América 4

Grupo fundado em 1988 por Tobi Gil (voz, zampona e quena), também integrado por César Rebechi (voz, charango, guitarra e violão), Rogério Pardal (baixo) e Marcos Coelho (bateria).

Criado na cidade de Vitória, no Estado do Espírito Santo, a banda teve em sua formação original músicos de nacionalidades variadas, tais como o boliviano (Tobi Gil), o argentino (César Rebechi) e os brasileiros (Rogério Pardal e Marcos Coelho), que se reuniram com o intuito de fundir a música latino-americana. No decorrer dos anos, o grupo teve diversas formação em sua trajetória, que contou com músicos peruanos, uruguaios, chilenos, argentinos, bolivianos, hondurenhos e brasileiros. Um verdadeiro colorido harmônico, com ritmos e melodias andinas, explorando instrumentos característicos dos nossos países vizinhos – quena (flauta de cana ou osso), zampoña (que se assemelha a flauta de Pan) e a Tarka (de madeira), oriundos do folclore boliviano, o bombo leguero (de pele de carneiro ou guanaco) e o charango boliviano (de 10 cordas feito de madeira, ou com o casco de tatu, o chamado quirquincho), além de guitarra e outros instrumentos complementares, mesclados com a sonoridade mineira e o folclore capixaba, além de trazer à tona, em sua sonoridade, jongos do congo (herança capixaba e africana), a influência regional do Vale do Jequitinhonha (riqueza sonora de Minas Gerais), e dos maracatus pernambucanos e o congo capixaba.

A partir do ano de sua criação, o grupo passou a participar de vários eventos e shows, principalmente nos Estados do Espírito Santos, Minas Gerais Tocantins e Rio de Janeiro.

No ano de 1990 lançou o primeiro LP intitulado “Minas Latina” (independente). No ano seguinte, em 1991, gravou o disco “Amo Espírito Santo”, e no ano posterior, em 1992, lançou o terceiro LP em comemoração aos tempo de estrada do grupo, “5 Anos de Estrada”. Nesta época, o grupo fez o programa “Show Capixaba”, na TV Capixaba, de Vitória do Espírito Santo. Por essa época, participou de vários programas de televisão no Espírito Santo e Minas Gerais.

Em 1993 apresentou o show “Arte e Cultura” em Tocantins, e fez abertura do show de Geraldo Azevedo. No ano seguinte, em 1994, gravou o CD “Fusão latina”. O disco contou com a participação especial do percussionista uruguaio Beto Lopes e do músico e compositor capixaba Carlos Papel, e ainda com o apoio da Prefeitura Municipal de Vitória. Ainda neste trabalho do grupo, além de composições dos próprios componentes, destacaram-se “Cariñito” e “Mambo”, ambas do folclore peruano, e ainda “Humahuaqueño”, de A. Zaldivar, e “Marcha nativa dos índios Quiriris”, de Toinho Alves e Marcelo Melo. O CD teve participação especial de Carlos Papel (voz em “Luna Llena”); João Pimenta (voz em “Afins Gerais’); João Batista (voz em ‘Todo Povo da América”); Beto Lopes (percussão, efeito e vocais); Jorge Gabriel (violão em “Marcha Nativa dos índios Quiriris”); Ghuilherme Merçón (teclados e piano em “Luna Llena, “Cariñito”, “Todo Povo da América” e Afis Gerais”); Jorge Pombo (viola de cabaça em “Todos Os Povos da América”, “Esperanto” e “Afins Gerais”), Jaceguay Lins e Beth Broeto (tambores em “Balanço do Congo”); Tyta (voz em “Añoranzas”; Fernando Rueda (voz em “Añoranzas”) e Leo Rodrigues (chocalho em “Humahuaqueño” e pássaro humano em “Marcha nativa dos Índios Quiriris”.

Entre os anos de 1994 e 1995 o grupo participou como convidado do “Vitória Jazz”, em Vitória (ES), e na Universidade Federal de Minas Gerais, do “Projeto Américas”, realizado na concha acústica Praça Liberdade, além de ser o convidado especial, representando a “Música de integração LatinoAmericano no Brasil”, do projeto “Virá que eu vi 2000 – Encontro Latino Americano”, realizado em Nova Venécia (ES), pelo Grupo Tarahumaras, e ainda, do programa “Reportagem no Programa Espaço Local – TVE Vitórias”, da TVE Assembleia. No ano posterior, em 1996, lançou o CD “Concierto de Los Andes”.

Em 1997 participou do projeto instrumental na praia de Camburi, Vitória-ES, pelo DEC – Departamento Estadual de Cultura – ES. Fez turnê por Minas Gerais, apresentou-se no “Festival de Inverno São João del. Rey”; no “FESTIVALE” (Serro); “Festival de Música de Pato de Minas”; “Festival de Ipatinga”, ‘Festival de Itambacuri”, “Festival de Música de Matozinhos”, “Festival de Rio Casca”, “Aniversário de Coronel Fabriciano”, “Festival de Música de Timóteo”, além do “Encontro Mundial das Cidades”, realizado na UFES (Universidade Federal do Espírito Santo).

Em 1998 lançou o disco “Tambores de Congo”. Neste mesmo ano, apresentou-se no “Projeto Verão”, realizado pela da Prefeitura Municipal de Vila Velha, ainda, na “Festa da Penha”, em Vila Velha – ES. Também em 1998, apresentou-se no “Fórum das Américas na Estação”, em Belo Horizonte, representando o Espírito Santo, no Teatro Rondon Pacheco (Uberlândia), no Teatro de Uberaba e no “Projeto América”, Belo Horizonte (BH).

Em 1999 lançou o trabalho comemorativo “12 Anos de América”, com composições autorais e de outros autores. Fez shows na Tenda Cultural de Vila Velha e participou da “Festa da Radio Universitária 10 anos” em Vitória do Espírito Santo. No ano seguinte, em 2000, a TVE, apresentou o Especial “Grupo América 4 – 12 Anos de Estrada”. Neste mesmo ano lançou o CD “Grupo América 4 – Música Latino-Americana”, apresentando-se na casa ade show carioca Mistura Fina, no bairro da Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro.

No ano de 2013 lançou o CD “25 Anos de América 4” em show no Teatro Marista, com o apoio da Secretaria de Cultura de Vila Velha (ES).

Em 2014 apresentou-se no “Aniversário de 60 Anos da UFES” e lançou o CD “América Latina”. No ano seguinte, em 2015, gravou o trabalho “Projeto América Latina – GRUPO AMÉRICA 4 – coletânea”. Participou dos eventos “Circulação Cultural”; “Festival de Pinheiros”; “Encontro de Arte e Cultura em Nova Venécia”; “Festival de Música de Colatina” e fez show no Teatro de Vila Velha, no Espírito Santo.

Em 2016 lançou o CD “Nova Sonoridade” e apresentou-se no projeto “Carnaval do Congo em Roda De Água”, em Cariacica, e também na “Festa do Caboclo Bernardo”, em Regência (Linhares), no Espírito Santo. No ano posterior, em 2017, fez o show “Concerto Latino-americano”, no Theatro Carlos Gomes, no Painel Cultural, e no Teatrinho do Sesc Vitória.

No ano de 2018 lançou o “Projeto América Latina – GRUPO AMÉRICA 4 – coletânea” (Relançamento); fez show no Cine Theatro Brasil no “Projeto Cartazes” (BH – MG), show “30 Anos de Resistência”, no Teatro SESC Glória, onde apresentou o CD “A Nova Sonoridade”, e na “Virada Cultura de Vitória do Espírito Santo”. No ano posterior, em 2019, fez show na Arena Verão, Vila Velha, e no ano seguinte, em 2020, pela Lei Aldir Blanc, show na Praça Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha.

Em 2021 participou de vários projetos, em entre os quais “Projeto Emergencial”, “Semana Cultura Conecta”, além de show em Colatina (ES), “Projeto Circulação”, espetáculos e musicais no FunCultura, pela Secult, show em Vila Velha pelo “Projeto Circulação” e espetáculo e musicais FunCultura, pela Secult. No ano seguinte, em 2022, fez show no Teatro Sesc Glória e no ano seguinte, em 2023, na Casa do Governo, na Praia da Costa Vila Velha, além de participar do “Projeto Kalantara – Tobi Gil e César Rebechi.

No ano de 2025 o grupo apresentou-se no Teatro da Academia de Letras de Vila Velha, no bairro da Prainha, na cidade de Vila Velha, do Estado do Espírito Santo.

No decorrer da carreira de 35 anos (em 2025) o grupo fez a abertura de shows de artistas como Zé Ramalho, Fagner, Zé Geraldo, a dupla Sá & Guarabira e Sérgio Reis, assim como, participou de shows com Rubinho do Vale, Décio Marques, Markus Ribas, Sérgio Moreira, Celso Adolfo, Marcos Ruas, Saldanha Rolim e Maurício Tizumba.

Bibliografia crítica: 

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.