Rui Alvim
Marcílio Lopes
Jayme Vignoli
Luiz Flávio Alcofra
Josimar Carneiro
André Boxexa
Grupo de choro criado em 1989 na Universidade do Rio de Janeiro. Integrado por Rui Alvim ( Lisboa, Portugal – 29/10/1963 – clarinete e clarone), Marcílio Lopes (Cabo Frio, RJ – 22/2/1960 – bandolim e violão tenor), Jayme Vignoli (Rio de Janeiro, RJ – 13/3/1967 – cavaquinho), Luiz Flávio Alcofra (Rio de Janeiro, RJ – 3/11/1961 – violão), Josimar Gomes Carneiro (Rio de Janeiro, RJ -21/5/1966 – violão de sete cordas) e André Boxexa (André de Melo Santos – Rio de Janeiro, RJ – 18/8/1969 – percusssão e bateria).
Com formação instrumental, o grupo procurava seguir a linha dos conjuntos, ao mesmo tempo em que acrescenta a experiência adquirida em trabalhos com música popular e a formação acadêmica. Em seu repertório constavam interpretações de compositores tradicionais de choro, como Guerra Peixe e Radamés Gnatalli, e também de obras de compositores modernos, como Caetano Veloso, Guinga e Hermeto Pascoal.
Lançou o primeiro CD em 1994, com o título de “Água de Moringa”, recebendo grande acolhida da crítica, o que propiciou a indicação ao “Prêmio Sharp” na categoria “Melhor Grupo Instrumental do Ano”, com composições de Caetano Veloso, Ernesto Nazareth, Pixinguinha e Gilberto Gil, entre outros. No ano seguinte, em 1995, o disco foi lançado pelo selo Buda Musique, na França e nesse mesmo ano, lançado em outros países da Europa, nos EUA e no Japão.
Em 1996, apresentou-se pela primeira vez fora do país, em Paris, comemorando ao mesmo tempo o sucesso do primeiro CD pela Europa, Ásia e América do Norte. No ano posterior, em 1997, apresentou-se em Lisboa no show “Canto Atlântico”, integrado por artistas de várias partes do mundo lusófono.
Lançou o segundo CD em 1998, recebendo o “Prêmio Sharp” nas categorias de “Grupo Instrumental” e “Melhor Arranjador” para Josimar Carneiro. No disco o grupo interpretou composições de Canhoto da Paraíba, Jacob do Bandolim, Radamés Gnatalli, Guinga, Hermeto Pascoal e Guerra-Peixe. No mesmo ano, realizou show de lançamento do CD “Saracoteando”, na Sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro, contando com a participação dos músicos Cristovão Bastos e Carlos Malta. Apresentou-se também em São Paulo, no projeto “Choro”, tocando com Laércio de Freitas, Quinteto Villa-Lobos e Cristovão Bastos.
Em 2002, o grupo lançou o disco “As inéditas de Pixinguinha”, no qual foram apresentadas 13 composições do mestre: “Maria Conga”, “Kalu”, “No terreiro do Alibibi”, as três letradas por Gastão Vianna, e ainda “Machuca Mané”, “Dengo, dengo”, “Espere um pouco”, “Viva João da Baiana”, “Eu te quero”, “Vamos lá”, “Valsa triste”, “Os que sofrem”, “Valsa teu nome” e “Meu sabiá”. O disco contou com a participação especial de Nei Lopes, Martinho da Vila e Monarco em três faixas.
Durante o ano de 2003, o grupo fez diversos lançamentos do disco no circuito Sesc, de São Paulo, apresentou-se no Centro Cultural Carioca, na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro.
No ano de 2010 lançou o CD “Para Joel”, disco no qual foram gravadas 12 composições de Joel Nascimento, incluindo suas composições mais conhecidas e suas primeiras músicas compostas aos 14 anos de idade: “Ecos”, “Não sei porquê”, “Peneirando”, “Meu sonho”, “Reminiscências”, “Somente saudade”, “Saudade do mano”, “Congada do sino”, “Sorriso de Cristina”, “Primavera”, “O bufo” e “O pássaro”. . O disco foi lançado em show no Teatro Carlos Gomes, no projeto “Sete em Ponto”, espetáculo que contou com a participação do bandolinista junto ao grupo. Dois anos depois, em 2012, o grupo apresentou-se no projeto “Samba & Outras Coisas”, do Sesi Centro, no Rio de Janeiro, concebido e realizado pelos produtores Haroldo Costa e Paulo Roberto Direito.
No ano de 2017, no Auditório Radamés Gnatalli, da Casa do Choro, no Centro do Rio de Janeiro, o grupo lançou o CD “Festejo – Marcelo Menezes por Água de Moringa”, somente com composições de Marcelo Menezes que atuou no disco e no show. Foram interpretadas as instrumentais “Domingão na Venda Velha”, “Flor da serra”, “São Bernardes”, “Ardente”, “8 de maio”, “Em dias de jardim”, “Tania”, “Jacaré no seco anda”, “Villar dos Telles”, “Durante o frevo”, “Edu sobe de bonde” e “Vamos pegar o salgadinho da festa”.
Em 2019 gravou com a cantora Mariana Baltar o CD “Os Arcos – Paixão e Morte”, inteiramente dedicado à obra do compositor Aldir Blanc.
Em 2020 para celebrar os 30 anos do grupo, lançou o CD “Água de Moringa 30”, com músicas como “Batucando” (Jayme Vignoli), “Os três chorões” (Cristovão Bastos), “Seu Ataulfo” (Radamés Gnatalli), “Quatro coisas” (Guerra-Peixe), entre outras. Nesse mesmo ano realizou, em parceria com o pianista Carlos Fuchs, o CD “Caderno roubado”, com nove faixas.
Ao longo da carreira o grupo atuou com os mais diversos músicos, entre os quais Rildo Hora, Joel Nascimento, Paulo Moura, Altamiro Carrilho, Wilson Moreira, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Délcio Carvalho, Walter Alfaiate, Olívia Byngton, Itamar Koorax e Soraya Ravene.
No ano de 2024 o grupo fez apresentação no Alfa Bar e Cultura, um dois redutos de roda de choro mais conhecido no Centro do Rio de Janeiro, na Rua do Mercado.
No ano de 2025 o grupo, integrado por Marcílio Lopes, Jayme Vignoli, Rui Alvim, Luiz Flávio Alconfra, Josimar Carneiro e André Boxexa, apresentou-se regularmente no Bar do Serginho, no bairro de Santa Tereza, no Centro do Rio de Janeiro, onde promovia uma roda de choro mensal.
(c/ Carlos Fuchs)
(c/ Mariana Baltar)
(França)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
MARTINS, Jorge Roberto. O bandolim colorido de Joel Nascimento. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2019.
STROETER, Rodolfo, NATALE, Edson e FELIPE, Kiki. Anuário brasileiro dos músicos, produtores e estúdios. São Paulo: NKS Editora, 1996.