
Formação original:
Dadi
Mú Carvalho
Armandinho
Gustavo Schroeter
Ary Dias
Em outras formações:
Jorginho Gomes
Didi Gomes
Victor Biglione
Perinho Santana
O grupo surgiu no cenário artístico em 1977, criando uma linguagem instrumental pioneira, através da fusão de ritmos regionais brasileiros e rock.
Até 1975, Dadi e Moraes Moreira faziam parte dos Novos Baianos. Com a dissolução do conjunto, Moraes iniciou sua carreira individual. Para acompanhá-lo em shows e na gravação de seu primeiro disco solo, convidou Dadi (baixo), Armandinho (guitarra baiana) e Gustavo Schroeter (bateria). Os três instrumentistas atuaram durante dois anos com o cantor, até que decidiram partir para um trabalho próprio. Por sugestão de Caetano Veloso, adotaram o nome A Cor do Som, já utilizado anteriormente quando Dadi tocava com Os Novos Baianos. Para completar a formação da banda, os músicos convidaram o tecladista Mú Carvalho, irmão de Dadi, que já havia participado da gravação de uma das faixas do primeiro disco de Moraes. Com essa formação, o grupo se apresentou pela primeira vez no Festival Nacional do Choro em 1977, interpretando “Espírito infantil” (Mú Carvalho), classificada em 5º lugar. A apresentação, introduzindo ousadamente instrumentos elétricos na interpretação tradicionalmente acústica do chorinho, despertou o interesse da imprensa e do público para o potencial e a criatividade que viriam a se tornar a marca registrada da banda. O grupo, acrescido do percussionista Ary Dias, foi contratado, em seguida, pela gravadora Warner, que lançou neste mesmo ano o LP “A Cor do Som”, primeiro disco de sua carreira.
Em 1978, o conjunto foi convidado a se apresentar no Festival Internacional de Jazz de Montreux (Suíça), sendo a primeira banda brasileira a participar desse evento. A apresentação foi gravada ao vivo e gerou o LP “A Cor do Som, ao vivo, no Montreux Internacional Jazz Festival”.
No ano seguinte, o grupo fez show no Parque do Ibirapuera (SP) para um público de 60.000 pessoas Também em 1979, gravou o LP “Frutificar”, com destaque para “Beleza pura” (Caetano Veloso), “Abri a porta” (Gilberto Gil), “Swing menina”, (Moraes Moreira e Mú Carvalho) e a faixa-título, instrumental de Mú Carvalho, entre outras.
Em 1980, lançou o LP “Transe total”, que registrou a maior vendagem da carreira do grupo. No repertório, destaque para “Zanzibar” (Armandinho), “Palco” (Gilberto Gil) e “Semente do amor” (Mú Carvalho).
Em 1981, gravou “Mudança de estação” e se apresentou em concerto no Baterry Park de Nova York.
Dividido com seu trabalho no Trio Elétrico de Dodô e Osmar, Armandinho desligou-se do conjunto no ano seguinte, sendo substituído pelo guitarrista Victor Biglione. Com a nova formação, a banda gravou os discos “Magia tropical” (1982) e “As quatro fases do amor” (1983).
Em 1984, o guitarrista desligou-se do conjunto e Dadi assumiu a guitarra na gravação do LP “Intuição”, que contou com a participação especial de Egberto Gismonti e Túlio Mourão, além de Perinho Santana, que viria a compor a nova formação do conjunto.
No ano seguinte, o grupo gravou o LP “O som da Cor”, vindo a se dissolver em seguida.
Em 1996, a banda se reuniu, com a formação original, e gravou o CD “A Cor do Som ao vivo no Circo”, pelo qual recebeu, no ano seguinte, o Prêmio Sharp, na categoria Melhor Grupo Instrumental.
Em 2005, novamente com a formação original, o grupo apresentou-se no Canecão (RJ). O show contou com a participação especial de Caetano Veloso, Daniela Mercury, Moraes Moreira, Davi Moreira e o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, além dos músicos Nicolas Krassic (violinno), Nivaldo Ornelas (sax soprano), Marcos Nimrichter (acordeom e teclados), Jorge Helder (baixo acústico, violão e baixolão), Jorginho Gomes (bateria e percussão), Marco Túlio (flauta), Francisco Gonçalves oboé), Bernardo Bessler (violino), Marie Cristine (viola) e Marcio Mallard (cello). O espetáculo, gravado ao vivo, gerou o CD e DVD “A Cor do Som Acústico”, lançado nesse mesmo ano, com produção musical de Sérgio de Carvalho. Na virada do ano, o grupo se apresentou no Reveillon A Cor do Sonho, realizado no Rock in Rio, em Salvador.
Em 2006, foi contemplado com o prêmio Tim de Melhor Grupo, na categoria Canção Popular, pelo CD “A Cor do Som Acústico”.
Com sua formação original, apresentou-se, em 2011, no Circo Voador (RJ), pelo projeto “Viradão Carioca”. Nesse mesmo ano, fez temporada de três dias no Teatro Rival (RJ), contando com a participação especial de Nivaldo Ornelas (sax), Chico Chagas (acordeom) e Vittor Santos (trombone).
Em 2012, fez show Teatro Rival BR. Nesse mesmo ano, apresentou-se para uma plateia de cerca de 5.000 pessoas na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador.
Em 2013, apresentou-se dentro da “Corrente Cultural”, no Palco da Praça da Espanha, em Curitiba.
No início de 2014, apresentou-se no Teatro Rival (RJ) em sua formação original – Dadi, Mú Carvalho, Armandinho, Gustavo Schroeter e Ary Dias -, interpretando sucessos de carreira, como “Frutificar” (Mú Carvalho) e “Abri a porta” (Dominguinhos e Gilberto Gil).
Em 2017, o disco “Gosto do prazer”, de 1987, foi reeditado e lançado em formato digital disponibilizado pelo Itunes e por outras plataformas de streaming.
No ano de 2021 o grupo lançou o EP intitulado “Álbum Rosa”, com o qual sagrou-se vencedor do prêmio “Grammy Latino” na categoria “Melhor Álbum de Rock/Música Alternativa”.
No ano de 2024 apresentou-se no palco do Sesc 24 de Maio, em São Paulo, executando sucessos da carreira, tais como “Menino Deus”, “Abri a porta”, “Palco”, “Zanzibar”, “Beleza pura” e “Semente do amor”, além de faixas do disco “Álbum Rosa”. O grupo apresentou-se com a formação original, composta por Dadi Carvalho (baixo), Armandinho Macêdo (guitarra e bandolim), Mú Carvalho (piano), Ary Dias (percussão) e Gustavo Schroeter (bateria), e ainda, contou com a participação especial do baixista Fernando Nunes.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009; 2ª Esteio Editora, 2011; 3ª ed. EAS Editora, 2014; 4ª ed. EAS Editora, 2024.