1ª formação
Nando Carneiro
Muri Costa
Jaques Morelenbaum
Beto Rezende
Marcelo Costa (2)
Rui Motta
Marcelo Bernardes
Ritchie
2ª formação
Nando Carneiro
Muri Costa
Jaques Morelenbaum
Marcelo Costa (2)
Alain Pierre
David Ganc
Beto Rezende
Grupo de rock eletro-acústico formado no início da década de 1970, no Rio de Janeiro, por Nando Carneiro (violão e voz), Muri Costa (violão, viola e voz), Jaques Morelenbaum ( violoncelo, violino e vocal), Beto Rezende (guitarra, violão, viola e percussão), Marcelo Costa (percussão), Rui Motta (bateria) e Marcelo Bernardes (flauta).
Iniciou a carreira como banda de apoio do violonista fluminense Piry Reis.
Em 1973, lançou-se em carreira independente, caracterizando-se por mesclar elementos da música erudita com o rock. Por essa época, o cantor e compositor Ritchie, recém chegado ao Brasil, participou do grupo tocando flauta.
No ano seguinte, gravou o LP, “A Barca do Sol”, contendo os primeiros sucessos do grupo: “Lady Jane” e “O brilho da noite”, ambas dos irmãos Nando e Geraldo Carneiro, e “Fantasma da ópera” (Muri Costa e Geraldo Carneiro). O disco contou com a participação de Egberto Gismonti nas faixas “Arremesso” (Nando Carneiro e João Carlos Pádua) e “Alaska” (Nando Carneiro e Geraldo Carneiro).
O grupo tornou-se mais conhecido a partir de sua atuação em um especial para a TVE (RJ). Por essa época, acompanhava Egberto Gismonti.
Em 1976, já com nova formação, integrada por Alain Pierre (baixo e voz) e David Ganc (flautas), ao lado de Nando Carneiro, Muri Costa, Jaques Morelenbaum, Beto Rezende e Marcelo Costa, lançou o segundo disco, “Durante o verão”, com destaque para a faixa-título e “Belladonna, Lady of the rocks”, ambas de Nando e Geraldo Carneiro, e “Hotel colonial” (Muri Costa e Geraldo Carneiro).
Em 1978, seus integrantes participaram, como compositores, arranjadores e instrumentistas, do LP “Corra o risco”, de Olívia Byngton. No disco, produzido pelo poeta Geraldo Carneiro, a cantora regravou “Lady Jane”, “Fantasma da ópera” e “Brilho da noite”, sucessos do grupo, além de inéditas que viriam a compor o novo disco do conjunto: “Cavalo marinho” (Nando Carneiro e Cacaso) e “Jardim da infância” (Nando Carneiro, Beto Rezende e Geraldo Carneiro). O disco ainda contou com a participação especial do maestro John Neschling na faixa “Minha pena, minha dor” (John Neschiling e Geraldo Carneiro).
Em 1979, o grupo lançou pelo selo Verão Produções Artísticas o LP “Pirata”, cujo repertório incluía as músicas “Jardim da infância”, “Cavalo marinho”, “Estrela” (Nando Carneiro e João Carlos Pádua), “Manuel” (Muri Costa, Beto Rezende e Geraldo Carneiro), “Desencontro” (Nando Carneiro e João Carlos Pádua) e “Mercado das flores” (Muri Costa e Geraldo Carneiro).
Em suas apresentações, o grupo utilizava textos de poetas da chamada Geração Marginal, particularmente de Geraldo Carneiro, Cacaso e João Carlos Pádua.
Em 1980, fez uma participação especial na faixa “Mais clara, mais crua” (Egberto Gismonti e Geraldo Carneiro), do disco “Anjo vadio”, de Olívia Byngton, vindo a dissolver-se logo depois seguida.
Nando Carneiro casou-se com Beth Goulart e passou a produziu dois discos da cantora, “Sementes no ar” e “Passional”, sempre incluindo composições suas e de integrantes do conjunto. Mais tarde, após a separação, foi morar na Alemanha, onde desenvolveu carreira solo.
Muri Costa passou a acompanhar Dorival Caymmi, Danilo Caymmi e Gal Costa, entre outros artistas. Gravou um CD solo pela Leblon Records e logo depois passou a integrar o grupo Arranco de Varsóvia.
John Neschling, muito ligado ao grupo e presente em várias shows e discos, passou a reger a Orquestra Sinfônica de São Paulo.
Ritchie, que teve breve passagem pelo conjunto, fez grande sucesso com “Garota veneno” (Ritchie e Bernardo Vilhena) e outras composições de vários outros disco, inclusive “Altafidelidade” de 2002.
David Ganc acompanhou diversos artistas e mais tarde desenvolveu carreira solo lançando os CDs “Baladas brasileiras” (1996/Leblon Records) e “Caldo de cana” (1999/Kuarup).
Jaques Morelenbaum passou a fazer parte da banda de Tom Jobim e, com a morte do maestro, começou a trabalhar com Caetano Veloso, sendo um dos aranjadores mais respeitados da música popular brasileira. Formou o Quarteto Jobim-Morelenbaum e o trio Morelenbaum2/Sakamoto.
Em 2001, Charles Gavin editou em CD os dois primeiros discos do grupo lançados pela gravadora Continental.
No ano de 2019 o grupo retornou à cena artística fazendo o primeiro show no SESC Belenzinho, em São Paulo com a formação Nando Carneiro (violão e voz), Muri Costa (violão, viola e voz), Beto Rezende (guitarra, violão, viola e percussão), Jaques Morelenbaum (violoncelo), Alain Pierre (baixo), Marcelo Costa (bateria e percussão) e David Ganc (flauta).
No ano de 2024, a banda montou o espetáculo “Projeto Corra o Risco – Olívia Byington e A Barca do Sol”, apresentado no Sesc Belenzinho, em São Paulo, comemorando os 46 anos de lançamento do seu primeiro disco da cantora intitulado “Corra o Risco”, no qual foi acompanhada pelo grupo.
(Participação)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
CHAVES, Xico e CYNTRÃO, Sylvia. Da Pauliceia à Centopeia Desvairada – as Vanguardas e a MPB. Rio de Janeiro: Elo Editora, 1999.