Cantor. Instrumentista. Compositor.
Aos nove anos de idade atuou em uma peça dirigida por Ziembinski. Na adolescência, começou a tocar violão e a compor.
Ainda estudante, participou de festivais de música no Colégio Rio de Janeiro. Fez parte do grupo Cantares, com o qual lançou um compacto duplo pela Funarte, pelo projeto “Vitrines”, em 1978. No ano seguinte, formou, com Cláudio Nucci, David Tygel e Maurício Maestro, o quarteto vocal e instrumental Boca Livre, com o qual gravou vários discos. Construiu sua carreira solo paralelamente ao seu trabalho com o conjunto, participando individualmente de vários projetos musicais.
Em 1982, gravou o LP “A fonte da vida”, seu primeiro disco solo. Dois anos depois, lançou o LP “Luz e mistério”. Em 1984, começou a atuar em dupla com Claudio Nucci, com quem lançou o disco “Pelo sim, pelo não”, no ano seguinte. Suas canções “Pelo sim, pelo não” (c/ Claudio Nucci e Juca Filho) e “A hora e a vez”(c/ Claudio Nucci e Ronaldo Bastos), gravadas nesse disco, foram incluídas na trilha sonora da novela “Roque Santeiro” (Rede Globo). Em 1985, participou da trilha sonora da minissérie “O tempo e o vento” (Rede Globo), gravando as músicas “Rodrigo, meu capitão” e “Dona Bibiana”, de Tom Jobim. Em 1986 formou, com Cláudio Nucci, Ricardo Silveira, Marcos Ariel, Zé Nogueira, Jurim Moreira e João Batista, a Banda Zil, com a qual lançou, em 1988, o LP “Zil”. O disco foi relançado dois anos depois pela PolyGram americana nos Estados Unidos, Europa e Japão, acrescido de sua canção “Song for a rainforest” (c/ Claudio Nucci), e esteve durante duas semanas na parada de sucessos da revista Billboard. Em 1989, integrou a banda de Al di Meola, participando da gravação do LP “Tiramisu” e de turnês pelos Estados Unidos e Europa.
Em 1991, lançou o LP “Pegadas”. Dois anos depois, atuando em trio ao lado de Victor Biglione e Litto Nebbia, gravou em Buenos Aires o disco “Ponto de encontro”, lançado no Brasil, em 1994, pela Leblon Records. Ainda nesse ano, lançou o CD “Arranha céu”, com regravações de antigos sucessos de Silvio Caldas, como “Chão de estrelas”, “Se tu soubesses” e “Mulher”, essa última incluída na trilha sonora da novela “Éramos seis” (SBT). O disco foi recebido pela crítica especializada como o melhor lançamento fonográfico do ano. Em 1996, lançou o CD “Natural do Rio de Janeiro”, homenageando Zé Keti. No ano seguinte apresentou-se, ao lado de Elton Medeiros e Mariana de Moraes, em “Alegria continua”, espetáculo gravado ao vivo e lançado em CD pela gravadora MP,B/Warner. Em 1998, realizou turnê de lançamento do CD “Boca Livre convida”, apresentando-se em diversas capitais brasileiras, no Summerstage Festival de Nova York (EUA) e dividindo o palco com João Gilberto em Miami (EUA), como integrante do grupo. Ainda nesse ano, convidado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, apresentou-se, acompanhado por uma orquestra de cordas, no espetáculo “Silvio Caldas: 90 anos”, realizado no Teatro João Caetano, O show foi apresentado também no Sesc Vila Mariana (SP), sendo gravado ao vivo e lançado em CD pela Indie Records, com apoio cultural da Funarj.
Em 2000, lançou os CDs “Filosofia”, contendo canções de Noel Rosa e Chico Buarque e “Cabô”, no qual registrou sambas de sua autoria, em parceria com Lenine, Pedro Luis e Elton Medeiros, entre outros. Ainda nesse ano, desligou-se do grupo Boca Livre, sendo substituído por Claudio Nucci. Também em 2000, participou, ao lado de Olívia Hime, Lenine, Sérgio Santos e Leila Pinheiro, da “Sinfonia do Rio de Janeiro de São Sebastião”, composta por Francis Hime, com letras de Paulo César Pinheiro e Geraldo Carneiro. O espetáculo, com idealização e roteiro de Ricardo Cravo Albin, apresentado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, foi gravado ao vivo e lançado em CD e DVD pelo selo Biscoito Fino, com boa repercussão no Brasil e no exterior. Em 2002, gravou, com Wagner Tiso, o CD “Memorial”, homenagem a Juscelino Kubitschek, contendo canções como “Peixe vivo” (domínio público), “Tristeza do Jeca” (Angelino de Oliveira) e “Rosa morena” (Dorival Caymmi), entre outras. Em 2003, lançou o CD “Minha praia”, contendo canções de sua autoria, como “Papo de passarim” e “Fica melhor assim”, ambas com Xico Chaves, “A hora e a vez” (c/ Claudio Nucci e Ronaldo Bastos), “Anima” (c/ Milton Nascimento), “Toada” (c/ Claudio Nucci e Juca Filho), “Na São Sebastião” (c/ Lenine), “Moda” (c/ Juca Filho), “Andorinha” (c/ Paulo César Pinheiro), “Algum lugar” (c/ Capinam) e “Insônia” (c/ Arnaldo Antunes), além de “Folhas no ar” (Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho) e “Não diga a ela minha residência” (Bide e Marçal). Fez show de lançamento do disco na Modern Sound (RJ).
Em 2004, apresentou-se no Mistura Fina (RJ), acompanhado de Ricardo Silveira (guitarra), Rômulo Gomes (baixo) e Jurim Moreira (bateria) e Chicquinho Chagas (piano e acordeom). Nesse mesmo ano, interpretou canções do repertório de Orlando Silva no show “Orlando Mavioso”, no Centro Cultural Carioca (RJ). Nesse mesmo ano, foi contemplado com o Prêmio Rival BR, na categoria Melhor Cantor.
Em 2005, apresentou-se na série “Compasso Samba & Choro”, no Paço Imperial (RJ). Também nesse ano, fez show no Mistura Fina (RJ).
Em 2007, lançou o DVD “Zé Renato – Ao Vivo”, gravado ao vivo na casa Estrela da Lapa (RJ). Entre as canções de sua autoria, “Ponto de encontro” e “Ânima”, ambas com Milton Nascimento, “Papo de passarim” (c/ Xico Chaves), “A hora e a vez” (c/ Claudio Nucci e Ronaldo Bastos), “Benefício” (c/ Hamilton Vaz Pereira) e “Bicicleta”, além das inéditas “Estrela d’Alva” (c/ Juca Filho), “Delicada” (c/ Tereza Cristina), “Todo mundo quer um bem” (c/ Fausto Nilo) e “Luz da nobreza” (c/ Pedro Luís). Também no repertório, “Cantoria” (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho), “Mulher” (Sady Cabral e Custódio Mesquita), “Diz que fui por aí” (Zé Kéti e Hortêncio Rocha), “Não é pra mim”, versão de Aldir Blanc para o clássico “But not for me” (George e Ira Gershwin), “Entre bares”, versão de Moska para “Between the Bars” (Elliot Smith), “Roxane” (Sting), “Eu quero é botar meu bloco na rua” (Sérgio Sampaio) e “Foi Deus” (Alberto Janes). O espetáculo contou com uma banda formada por Marcos Nimrichter (piano elétrico e violão), Rômulo Gomes (baixo acústico) e Márcio Bahia (bateria), e teve a participação especial de Milton Nascimento, Boca Livre e Zé Nogueira.
Em 2008, apresentou-se no projeto “Sarau da Pedra”, realizado pela Repsol no Instituto Cultural Cravo Albin, com produção de Heloisa Tapajós e Andrea Noronha. O show teve acompanhamento (baixo e apoio vocal) de Rômulo Gomes e contou com a participação especial dos pianistas Alberto Rosenblit e Mú Carvalho. Nesse mesmo ano, lançou o CD “É tempo de amar”, produzido por Dé Palmeira, interpretando as seguintes canções do repertório da Jovem Guarda: “Ninguém vai tirar você de mim” e “Custe o que custar”, ambas de Hélio Justo e Edson Ribeiro, “Coração de papel” (Sérgio Reis), “Eu não sabia que você existia” (Renato Barros e Toni), “Por você” (Francisco Enoé e Vinicius de Moraes), “Lobo mau” (Ernest Mareska, vrs. Hamilton di Giorgio), “Com muito amor e carinho” (Chil Deberto e Eduardo Araújo), “Não há dinheiro que pague” (Renato Barros), “Nossa canção” (Luiz Ayrão), “Quero ter você perto de mim” (Neneo), “O tempo vai apagar” (Paulo César Barros e Getúlio Cortes), “A última canção” (Carlos Roberto) e a faixa-título (Pedro Camargo e José Ari). A faixa “O tempo vai apagar” foi incluída na trilha sonora da novela “A favorita” (Rede Globo).
Em 2010, recebeu indicação para o Prêmio da Música Brasileira, como Melhor Cantor na categoria MPB, pelo álbum “Zé Renato ao vivo”. Nesse mesmo ano, lançou, em parceria com Renato Braz, o CD “Papo de passarim”, gravado ao vivo no Teatro Fecap (SP). No repertório, suas composições “Ponto de encontro” (c/ Milton Nascimento), “A hora e a vez” (c/ Claudio Nucci e Ronaldo Bastos), “Papo de passarim” (c/ Xico Chaves) e a faixa-bônus “Canção cubana”, e ainda a faixa “Sem fim” (Novelli e Cacaso)/”Anima”, esta de sua parceria com Milton Nascimento, além de “Desenredo” e “Rio Amazonas”, ambas de Dori Caymmi e Paulo Cesar Pinheiro, “Um novo amor chegou” (Wilson das Neves e Paulo Cesar Pinheiro), “Kid Cavaquinho” (João Bosco e Aldir Blanc)/”De frente pro crime” (João Bosco e Aldir Blanc), “O dia em que o morro descer e não for carnaval” (Wilson das Neves), “A saudade mata a gente” (João de Barro e Antonio Almeida), “Capoeira de Arnaldo” (Paulo Vanzolini), “Panelada de bochecha” (Ary Monteiro e Raymundo Evangelista), “Adiós felicidad” (Ela OFarril). Os dois artistas dividem, neste trabalho, vocais, violões, percussões e direção musical, e contam com a participação do baixista Sizão Machado. O disco teve produção musical de Homero Ferreira e direção de produção de Memeca Moschkovich e Carolina Gouveia.
Em 2011, lançou o CD “Em breves minutos”, contendo suas canções “Um abraço no Japão”, “De onde é que vem a saudade”, “Desarmonia” e “Tá legal”, todas com Joyce, “Imbora” e “Na trilha do meu sonho”, ambas com Pedro Luís, “La luna” (c/ Ivan Santos), “A cor do anel de Isabel” (c/ Lula Queiroga), “Vai tambor” (c/ Juca Filho), “Água pra que?” (c/ Ivan Santos), “Sweet Gil” e “Porque choro”. O disco contou com a participação de Toninho Horta (na faixa “Tá legal”) e Jaques Morelenbaum (na faixa “Água pra que?”). Também nesse ano, apresentou-se no Centro Cultural da Light (RJ), pelo projeto “Meio dia e meia em ponto”, apresentado e roteirizado por Ricardo Cravo Albin, interpretando canções de seu repertório.
Participou, em 2012, do projeto “Terças Notáveis”, série “Grandes Nomes, Grandes Discos”, realizado na casa Miranda (RJ), que teve como tema Ary Barroso. No evento, tocou alguns dos grandes sucessos do compositor e participou da mesa de debate ao lado do pesquisador Sergio Cabral. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Palácio das Artes (BH) com seu grupo Boca Livre, ao lado de Claudio Nucci, Renato Braz e o grupo Cobra Coral, no espetáculo musical “Semente”, concebido e dirigido por Cláudia Brandão e Marcio Borges. Com arranjos assinados por Wagner Tiso, Maurício Maestro e Túlio Mourão, o espetáculo contou com a participação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob a regência do Maestro Marcelo Ramos, da Companhia de Dança Palácio das Artes, de Helena Borges e do Coral Infanto-Juvenil Palácio das Artes. Ainda em 2012, apresentou-se no Teatro Rival (RJ) com o show “Zé Renato pras crianças”, interpretando o repertório dos seus CDs “Samba pras crianças” e “Forró pras crianças”.
Em 2013, apresentou-se no espaço Vizta (RJ), pelo projeto “Bossa, jazz e muito mais”, com o ZR Trio, formado ao lado de Rômulo Gomes (baixo e vocal) e Tutty Moreno (bateria). Nesse mesmo ano, lançou, com seu grupo Boca Livre, o CD “Amizade”, contendo sua canção “Mistério do prazer” (c/ Claudio Nucci e Juca Filho), além de “Baião do acordar” (Novelli), “Rio Amazonas” (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro), “Tempestade” (Chico Pinheiro e Chico César), “Terra do Nunca” (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro), “Paixão e fé” (Tavinho Moura e Fernando Brant), “Água Clara” (Mauricio Maestro) e a canção-título (Marcos Valle e Mauricio Maestro). O disco contou com a participação de Marcos Valle (piano acústico), Cristovão Bastos (piano acústico), João Carlos Coutinho (piano acústico, piano elétrico e acordeom), Francisco Sartori (teclado), Jorge Helder (baixo acústico), Ricardo Silveira (guitarra), Jr Tostoi (guitarra FX), Danilo Caymmi (flauta), Iura Ranevsky (cello), Jaques Morelenbaum (cello), Zé Nogueira (duduk), Marcelo Costa (bateria e percussão), Renato Massa (bateria), Rafael Barata (bateria) e Armando Marçal (percussão), e arranjos vocais e instrumentais de Maurício Maestro.
No início de 2014, apresentou-se com o ZR Trio, formado com Rômulo Gomes (contrabaixo e vocal) e Tutty Moreno (bateria), no espaço Vizta (RJ), pelo projeto “Bossa, jazz e muito mais”.
Constam da relação dos intérpretes de suas canções artistas como compositor Zizi Possi, Leila Pinheiro, Lulu Santos, Cris Delanno, Verônica Sabino, Jane Duboc, Tadeu Franco, Jon Anderson, Nana Caymmi e MPB-4 e Boca Livre, entre outros.
Em 2016, por conta da dupla comemoração, referente aos seus 60 anos de idade e 40 de carreira, misturou projetos de rememoração e alguns novos. O selo Discobertas lançou o box com quatro CDs “Anos 80”, composto por raridades gravadas ao longo da carreira.
No mesmo ano, voltou a unir-se a Claudio Nucci, Ricardo Silveira, Marcos Ariel, Zé Nogueira, Jurim Moreira e João Batista, com quem em 1987 formou a Banda Zil. Depois de apenas um disco gravado, o grupo apresentou-se no Cultural Bar, em Juiz de Fora, para a gravação de um DVD.
Com Jards Macalé, Guinga e Moacyr Luz, com quem formou a banda Dobrando a esquina, em 1999, também planejou a gravação de um DVD.
Com o Boca Livre, já agendou o lançamento, nos EUA e na Europa, de um CD com o repertório do músico panamenho Rubén Blades.
Em 2016, participou de um disco em homenagem ao pianista, compositor e arranjador Luiz Eça, um dos fundadores do Tamba Trio. Gravado nos estúdios da Biscoito Fino, o projeto contou ainda com a participação de Dori Caymmi, Fred Eça, Igor Eça, Edu Lobo e Toninho Horta.
Completou 40 anos de carreira em 2017, e esteve envolvido em vários projetos neste ano. Retomou os shows com o grupo Boca Livre e Banda Zil. Preparou um novo álbum solo, batizado de “Bebedouro”. Ainda nesse ano, lançou álbum autoral e usou como estratégia a divulgação on-line do single “Naúfrago”, primeiro tema a ganhar as plataformas digitais. Em parceria com o carioca Nei Lopes, a canção nasceu de uma inspiração que veio de longe, segundo ele “Essa música especifica foi inspirada na cantora Cesária Evora e nos sons do Cabo Verde. Nei escreveu uma poesia de amor ambientada nas paisagens de lá, depois que eu mandei a melodia e conversei com ele a respeito dessa inspiração”.
“Bebedouro” teve parcerias com Paulo César Pinheiro, Joyce Moreno e Nei Lopes. Produzido pelo saxofonista Zé Nogueira e Cristóvão Bastos, o trabalho também teve parcerias com novos artistas da cena na MPB, como o músico João Cavalcanti (ex-Casuarina), autor de “Samba e Nada Mais”. O disco ainda contou com as parcerias de Dori Caymmi, Capinam, Moraes Moreira e Moacyr Luz, na canção Agogô.
O show de lançamento de “Bebedouro” ocorreu no Teatro Riachuelo (RJ), pelo projeto “Música das 7”. No repertório do show executou parcerias como, “Sacopenapam” (com Joyce), “Agora e sempre” (com Capinam), dentre outras. Na ocasião foi acompanhado por Cristóvão Bastos no piano, Zé Nogueira no saxofone soprano, Jamil Joanes no baixo, Kiko Freitas na bateria, Everson no trombone e Aquiles Moraes no trompete.
Em 2019 apresentou-se ao lado do compositor e violonista Guinga com o show “Prece à Lua”. O espetáculo aconteceu no Teatro Rival com repertório de composições de Guinga como “Saci”, “Picotado”, “Fica melhor assim” e “Papo de Passarim”, de Zé Renato, com destaque para o arranjo especial de “Prece à lua”. A idéia do show teria surgido a partir da vontade dos dois de transformar as conversas musicais de camarim em espetáculo. No mesmo ano de 2019 lançou o CD “O Amor É um Segredo”, onde interpretou nove composições do cantor Paulinho da Viola como “Cidade Submersa” (1973), “Vida” (1975), “Sofrer” (1978), “Foi Demais” (1979), “Lua” (1981), “Só o Tempo” (1982), “Um Caso Perdido” (1989), “Madrugadas” (1966) e de “Para um Amor no Recife” (1971). Todas as faixas foram gravadas por ele mesmo no violão e nos vocais, além das participações dos músicos Tostão na percussão e Spok e Fabinho Costa nos sopros.
Em 2021 fez, ao lado do filho João Moschkovich, o show de reabertura do Tetaro Rival, no Rio de Janeiro – após o período de isolamento social devido à pandemia provocada pelo coronavírus. No início desse mesmo ano deixou o grupo Boca Livre, do qual fez parte desde 1978, devido a desavenças políticas. Lançou os CDs: “Zé Renato em Orlando Mavioso – Sobre as interpretações de Orlando Silva”, registro inédito de show apresentado em 2004, no Centro Cultural Carioca, em homenagem ao cantor Orlando Silva. No mesmo ano, lançou “Água pras crianças”, disco infantil que fala da importância da água para o nosso planeta, com participações especiais de Lenine, Geraldo Azevedo, Pedro Luís, Marina Íris e do coral do Instituto Sabendo Mais, da Comunidade da Maré, no Rio de Janeiro. Ainda em 2021 exibiu, pelo canal de Youtube do SESC 24 de Maio, a websérie de quatro episódios “Aos mestres com carinho”, em que homenageou os cantores e compositores Silvio Caldas, Zé Keti, Chico Buarque, Noel Rosa e Paulinho da Viola.
Em maio de 2022, foi lançado o álbum “Pasieros”, ou “Parceiros” em português, do qual Zé Renato participou como integrante do Boca Livre. O trabalho foi gravado gravado em 2011 com o repertório do panamenho Rubén Blades, cantor, compositor e músico panamenho de sucesso na década de 1970 com obra de teor político a favor da democracia. O cantor panamenhotambém participou do trabalho. As músicas incluídas na versão brasileira do álbum foram “Sin Tu Cariño”, “Buscando Guayaba”, “Juana Mayo”, “Dime”, “Aguacero”, “Vida”, “Caminando” e “Pedro Navarra”. A versão para a América Latina teve também as músicas “Paula C”, “Dia Dia” e “Adan Garcia”.
A base instrumental foi executada por João Carlos Coutinho no piano, o baixista Jorge Helder, o acordeonista Chiquinho Chagas, o trompetista Jessé Sadoc, o violoncelista Iura Ranevsky, o cavaquinhista Wanderson do Cavaco, os bateristas Pantico Rocha e Robertinho Silva e os percussionistas Marcelo Costa, Marcos Suzano e Marçalzinho.
O fato de o álbum ter sido lançado apenas em 2022, apesar de gravado em 2011, possibilitou que o álbum concorresse e ganhasse, em março de 2023, o prêmio Grammy na categoria Melhor Álbum de Pop Latino.
Em 2023, lançou, pela Biscoito Fino, o álbum “Quando a Noite Vem”. O trabalho teve a direção artística da atriz e diretora Patrícia Pillar. Além de cantar, Zé Renato escreveu os arranjos de sete das nove faixas: “I can’t stop loving you” (Don Gibson, 1958), “Seu Olhar Não Mente (de Nanado Alves e Ilmar Cavalcanti, com a participação de cantora Céu), “Bom dia, tristeza” ( de Adoniran Barbosa e Vinicius de Moraes, com a participação de Pedro Sá na guitarra), “Encantado” (Nature boy – Eden Ahbez, versão em português de Caetano Veloso, com a participação de Bernardo Couto na guitarra portuguesa), “Cantiga de Quem Está Só” (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), “Arrivederci Roma” (Renato Rascel, Pietro Garinei e Sandro Giovannini, com sopros orquestrados por Cristovão Bastos) e “Nenhuma Dor” (Caetano Veloso e Torquato Neto).
Em 2024 gravou, com Edu Lobo, a música “Ponteio” para a trilha da novel “No rancho fundo”, novela da rede Globo que estreou no mesmo ano. Ainda em 2024 lançou, pelo selo Discobertas, álbum ao vivo com o pianista João Carlos Assis Brasil gravado em 1994 na Sala Cecília Meireles. Além dos dois, participaram da gravação Marcos Ariel (piano), Marco Pereira(violão) e Omar Cavalheiro(baixo). O álbum foi feito a partir de gravação em fita K7 masterizada por Ricardo Carvalheira. A produção artística de Maurício Gouvêa e Memeca Moschovich. No álbum foram colocadas as músicas “Maringá” (Joubert de Carvalho), “Arranha-céu”(Silvio Caldas e Orestes Barbosa); “Serra da boa esperança” (Lamartine Babo); “Faceira” (Ary Barroso); “Sem você” (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes), “Serenata do adeus” (Vinicius de Moraes); “ A lenda do caboclo” (Heitor Villa-Lobos); “Elba”(Victor Assis Brasil), “ Our love is here to stay”(George e Ira Gershwin) “Blues”(Victor Assis Brasil); “Waltzing”(Victor Assis Brasil), “Prelúdio”(Villa-Lobos), “Promessa” (Custódio Mesquita e Evaldo Ruy); “Mulher” (Custódio Mesquita e Sady Cabral); “A saudade mata a gente” (João de Barro e Antônio Almeida); “ Toada (Na direção do dia)” (Zé Renato, Claudio Nucci e Juca Filho); “Pedra que rolou” (Pedro Caetano) e “Minha palhoça” (J. Cascata).
(Trilha sonora da websérie)
(com grupo Boca Livre)
(com Renato Braz)
(com Wagner Tiso)
(Como integrante do grupo Boca Livre)
(Como integrante do grupo Boca Livre:)
Élton Medeiros, Mariana de Moraes e Zé Renato
(Como integrante do grupo Boca Livre)
(Como integrante do grupo Boca Livre:)
(Sobre as músicas e interpretações de Sylvio Caldas)
Victor Biglione, Zé Renato e Litto Nebia
(Como integrante do grupo Boca Livre:)
(Como integrante do grupo Boca Livre:)
Claudio Nucci e Zé Renato
(Como integrante do grupo Boca Livre:)
(Como integrante do grupo Boca Livre:)
(Como integrante do grupo Boca Livre:)
(Como integrante do grupo Boca Livre:)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.