Cantor. Compositor. Produtor.
Seu pai faleceu quando ele tinha dois anos de idade, sendo então entregue pela mãe ao avô, José Alves Ramalho. Foi criado por ele e pela avó Soledade, com quem aprendeu o amor pela natureza. Seu avô lhe possibilitou estudar nos melhores colégios da cidade natal. Quando estava no segundo grau, começou a ter contato com os violeiros e a familiarizar-se com o cordel, ensaiando as primeiras composições.
Por vontade da família, ingressou na Faculdade de Medicina. A partir de 1971, passou a morar em João Pessoa.
Em 1974, lançou seu primeiro disco, um álbum duplo lançado com Lula Cortes pelo selo Rozenblit. No mesmo período, usando o nome artístico de Zé Ramalho da Paraíba, foi para o Rio de Janeiro em companhia de outros artistas nordestinos. Passou a integrar a banda de Alceu Valença, tocando viola no show “Vou danado pra Catende”. No intervalo do primeiro para o segundo ato do show, aparecia cantando sua composição “Jacarepaguá Blues”. Em 1974, durante um show no Teatro Aquarius, em São Paulo, ele, que na época envolvera-se com o uso de drogas, como o LSD, trocou a música que normalmente apresentava, cantando “Vila do sossego”. Tal situação provocou uma certa confusão por sair do roteiro do show, e acabou acarretando o rompimento com Alceu Valença, apesar da recepção calorosa dada pelo público à canção. Um ano depois, os dois reataram a amizade quando no show “Espelho cristalino”, Alceu Valença incluiu, sem que Zé Ramalho soubesse, a música “Vila do sossego”. Continuando a morar no Rio de Janeiro, Zé Ramalho lutava para sobreviver e dar prosseguimento à carreira artística. Chegou a dormir em banco de praça e a trabalhar em gráfica para sobreviver. Em 1977, teve contato com o produtor Augusto César Vanucci que conheceu sua obra e o convidou para ir a São Paulo participar da gravação da música “Avôhai”, interpretada pela cantora Vanusa em seu disco “Dez anos de Vanusa”. No mesmo ano, lança o folheto de cordel “Apocalipse agalopado” e assina contrato com a gravadora CBS, e, no ano seguinte, lança o disco “Zé Ramalho”, com destaque para as composições “Avôhai”, “Vila do sossego”, “Chão de giz” e “Bicho-de-sete-cabeças”.Com letras cheias de imagens místicas e proféticas, o disco rapidamente tornou-se sucesso de público e de crítica. Ainda em 1978, conheceu a cantora paraibana Amelinha, com quem passa a viver. Ela gravou a composição “Frevo mulher” e obteve grande sucesso no Festival MPB Shell. Em 1979 chegou a consagração definitiva com o lançamento do disco “A peleja do diabo com o dono do céu”, e o grande sucesso “Admirável gado novo”, que consolida definitivamente o nome de Zé Ramalho junto ao público. Destacam-se ainda nesse disco as composições “Pelo vinho e pelo pão”, “Mote das amplidões”, a música que dá título ao disco e “Frevo mulher”, todas de sua autoria. No mesmo ano, foi responsável pela produção do disco “Vinte palavras girando ao redor do Sol”, da cantora, compositora e escritora Cátia de França. O LP, lançado pela CBS, contou com participação especial de artistas como Dominguinhos, Elba Ramalho, Amelinha e Sivuca. Em 1980, participou do Festival de Música Popular da TV Globo, classificando-se entre os vinte primeiros colocados com a música “Hino à amizade”, interpretada por ele mesmo. Em 1981, lançou o disco “A terceira lâmina”, que traz “Canção agalopada”, “Ave de prata”, “Atrás do balcão”, além da canção título, entre outras, que, com letras intrigantes, aumentaram a popularidade do cantor e compositor. Em 1981, participou do LP “João do Vale”, de João do Vale, produzido por Chico Buarque para a gravadora CBS, elaborando a regência e o arranjo, em parceria com José Briamonte, das músicas “Estrela miúda”, de Luis Vieira e João do Vale, e “Morceguinho (o rei da natureza)”, de João do Vale, tocando violão na faixa “Bom vaqueiro”, de João do Vale e Luiz Guimarães, viola, na faixa “Estrela miúda”, de Luis Vieira e João do Vale, e cantando e tocando viola, na faixa “Morceguinho (o rei da natureza)”. Em 1982, lançou o disco “Força verde”, cujo título foi inspirado no personagem das histórias em quadrinhos “O Incrível Hulk”. O disco apresenta uma compilação de símbolos e seres mitológicos ligados ao estudo de discos voadores. Por conta da letra de uma das canções, foi acusado de plagiar versos do poeta irlandês William Yeats, o que lhe valeu um processo, depois arquivado. A Marvel, editora da revista Hulk, admitiu que colocara os créditos devidos ao poeta na revista na qual Ramalho se inspirara para fazer a letra em questão. Neste período, o artista atravessou uma fase turbulenta em sua carreira, devido ao uso de drogas e o fim do casamento com a cantora Amelinha. Em 1983 é lançado o disco “Orquídea negra”, cuja canção título é de Jorge Mautner, a quem o disco foi dedicado. Importantes artistas participaram deste trabalho, como Egberto Gismonti, na faixa “Pra chegar mais perto de Deus” e Maria Lúcia Godói em “Coração de rubi”. Fagner, Robertinho do Recife, A Cor do Som e Osmar também fizeram parte do disco. Mesmo assim, o trabalho não fez muito sucesso, e, em seus shows, o público continuava a preferir suas primeiras composições. O artista resolveu então mudar o rumo de sua carreira. Ele, que em sua juventude foi fã da Jovem Guarda e de grupos de rock como Beatles e Rolling Stones, lançou em 1984 o disco “Pra não dizer que não falei de rock…”, fazendo uma revisão em seu estilo, o que lhe valeu a acusação de ter se vendido ao sistema, fazendo composições comerciais. Destacam-se no disco “Dogmática” e “O tolo da colina”. No mesmo ano, casou-se, pela terceira vez, com Roberta Fontenele, prima de Amelinha, sua ex-mulher. Em 1985, foi lançado o disco “Eu gosto de águia e de amigos”, que também não obteve muito sucesso, tendo se destacado a composição “Mistérios da meia-noite”, incluída na novela “Roque Santeiro”, da TV Globo.
Em 1986, lançou o disco “Opus visionário”, em que retoma os temas místicos com que havia se sobressaído no início da carreira. Nesse período, o cantor passou por difíceis problemas devidos ao uso de cocaína, prejudicando o seu trabalho. Mesmo assim, em 1987, lançou o disco “Décimas de um cantador”, após o qual resolveu se afastar da vida artística a fim de tratar-se da dependência das drogas.
Retomou a carreira em 1990, lançando um disco da série Academia Brasileira de Música intitulado “Brasil Nordeste”, em que interpretou diversos forrós. Em 1992 foi convidado a gravar um tema para a segunda versão da novela “Pedra sobre pedra”, da TV Globo, interpretando a composição “Entre a serpente e a estrela”, de Aldir Blanc, que acaba incluída no disco “Frevoador”, cujo título se espelha na faixa homônima que é uma versão de Zé Ramalho para a música “Hurricane”, de Bob Dylan, lançado no mesmo ano. Destacam-se ainda nesse disco as composições “Nona nuvem”, de Zé Ramalho e Vital Farias, e “Do terceiro milênio para frente”, de Zé Ramalho e Oliveira de Panelas. Em 1996, lançou o disco “Cidades e lendas”. No mesmo ano, sua composição “Admirável gado novo”, de um de seus primeiros discos, voltou a ser sucesso, ao ser incluída na trilha sonora da novela “O Rei do gado”, da TV Globo. Realizou também o primeiro show da série “O grande encontro”, cantando com Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, entre outras, “O amanhã é distante”, versão de Geraldo Azevedo e Babau para “Tomorrow is a long time”, de Bob Dylan, “O trem das sete”, de Raul Seixas e “Chão de giz”, de sua autoria. Em 1997, lançou “Antologia acústica”, disco duplo com vinte faixas, uma releitura de seus antigos sucessos. No mesmo ano, é lançado o segundo disco da série “O Grande encontro”, desta vez sem a participação de Alceu Valença. Constam do CD, além de composições de artistas nordestinos, diversas canções de sua parceria com Geraldo Azevedo, como “Pedras e moças” e “Miragens”. Em 1998 e 1999, realizou diversos shows pelo Brasil acompanhado de Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. Ainda em 1998, lançou o CD “Eu sou todos nós”, com destaque para as faixas “Falido transatlântico”, de Marcus Vinicius; “Metrópolis dourada”; “Beira-mar – capítulo final” e “Sem-terra”, de sua autoria, além de “Errare humanun est”, de Jorge Bem. Em 2000, lançou o CD duplo “Nação nordestina”, contando com a participação de diversos artistas do Nordeste, como Elba Ramalho, Hermeto Pascoal, Fagner e Ivete Sangalo, entre outros. A capa do CD é uma paródia do LP dos Beatles “Sgt. Peppers” e nela aparecem diversos nomes da música nordestina como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e João do Vale. O primeiro disco apresenta músicas de protesto contra a miséria do país, como “Beijo-morte-beijo”, de Pedro Osmar e Jaiel de Assis, “O meu país”, de Livardo Alves, Orlando Tejo e Gilvan Chaves e “Caminhando ou Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. O segundo disco traz composições mais alegres, como “Bandeira desfraldada”, de Vital Farias, com a participação de Elba Ramalho; “Garrote ferido”, de autoria do próprio Zé Ramalho, com a participação de Fagner; “Eu vou pra lua”, de Luiz Boquinha e Ari Lobo, com a participação do grupo Cascabulho e “Amar quem já amei”, de João do Vale, com a participação de Ivete Sangalo. Com este CD, Zé Ramalho realizou o seu mais importante trabalho desde o lançamento de seus primeiros discos. É considerado um dos principais responsáveis pela fusão entre a música pop, a música nordestina e seus diversos ritmos. No mesmo ano, gravou, com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo o CD “O grande encontro 3”, lançado com uma série de shows. Em 2001, lançou, com uma série de shows a partir do Canecão, RJ, o CD “Zé Ramalho canta Raul Seixas”. No trabalho, um tributo ao roqueiro baiano, ele interpreta 10 composições do “maluco beleza”, entre as quais “Metamorfose ambulante”, “Trem das sete” e “Ouro de tolo”. Do CD consta ainda a composição “Para Raul”, de sua autoria. Nesse ano, seu disco duplo “Nação nordestina” recebeu indicação ao Grammy Latino.
Em 2002 lançou o CD “O gosto da criação”, com produção de Robertinho do Recife e trazendo 12 composições de sua autoria, entre as quais, “O apocalipse de Zé Limeira”, “O silêncio dos inocentes” e “Tudo que eu fiz foi viver”, além da faixa título.
Em maio de 2003, comemorou 25 anos de carreira apresentando o show “Estação Brasil”, no Canecão, lançando o CD duplo homônimo, em que faz uma releitura de diversos clássicos da MPB:”Malandragem, dá um tempo” de Bezerra da Silva, música temática do videoclipe gravado na mesma ocasião; “Mesmo que seja eu” de Erasmo Carlos; “Não quero dinheiro”, grande sucesso de Tim Maia; “O que é a vida ” de Gonzaguinha; “Águas de março”, de Tom Jobim, com participação de Tetê Espíndola; “Bete Balanço”, de Cazuza; “Caçador de mim” de Milton Nascimento e Fernando Brant e “Planeta Água” de Guilherme Arantes, alternadas com composições próprias.Segundo o cantor, o disco encerra uma trilogia iniciada com “Antologia acústica, de 1997, que expressava sua relação com a música, seguido do disco “Nação Nordestina”, que expressava sua relação com a região onde nasceu e completada com “Estação Brasil”, que expressa sua relação com o país.
No mesmo período, são lançados, pela Sony Music, dez discos compilados do cantor. No mesmo ano gravou com o grupo de rock Sepultura a música ” A dança das borboletas”, parceria sua com Alceu Valença, de 1978. A gravação integrou a trilha sonora do filme “Lisbela e o prisioneiro”, filme de Guel Arraes, para o qual o cantor também fez a locução. Ainda em 2003, participou do projeto “Todos cantam Zé Dantas & Luiz Gonzaga”, um CD lançado pela Som Livre, em que grandes nomes da música brasileira interpretaram as principais obras que Luiz e Zé compuseram juntos. No disco, realizou participação especial na faixa “ABC do sertão” e realizou participação especial na faixa “Farinhada”. Do projeto, também participaram artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Sérgio Reis, Alceu Valença e Dominguinhos. Em 2005, realizou show no Claro Hall, acompanhado de sua “Banda Z”, na Barra da Tijuca, RJ, do qual foi feita a gravação de seu novo DVD, revisando seus maiores sucessos, aos quais emprestou novas interpretações. Em 2007, lançou o CD “Parceria dos viajantes”, considerado por alguns seu melhor disco dos últimos anos. O disco reuniu amigos parceiros e instrumentistas com quem há muito queria trabalhar, sem se preocupar com a unidade mantida até então. Entre os convidados estão Oswaldo Montenegro, Zeca Baleiro, Banda Calypso e Pitty, Sandra de Sá, entre outros. No repertório, a autobiográfica “O rei do rock”, em parceria com Zeca Baleiro, que abre o disco; “Nave interior”, com Chico César; “Montarias sensuais”, de Jorge Mautner; “O norte do norte”, parceria com Zé Nêumane; “Do muito e do pouco”, com Oswaldo Montenegro; “Procurando a estrela”, com Toti Cavalcanti; “Farol dos mundos”, com Robertinho do Recife; “”Pássaros noturnos”, com participação de Joelma e a Banda Calypso; “Chamando o silêncio”, com os parceiros do grupo Cidade Negra; “Porta de luz”, com Dominguinhos e Zélia Duncan e “As aparências enganam”. O disco conta também com João Barone, na bateria, Robertinho do Recife, na guitarra, Zé Gomes na percussão. O CD recebeu indicação para o Grammy Latino/2007, na categoria Melhor álbum de música popular brasileira. Ao final deste mesmo ano, lançou, pela SomLivre, o CD “Em foco”, em que apresenta um retrospecto dos grandes sucessos de sua carreira.
Em 2008, lançou o CD “Zé Ramalho canta Bob Dylan”, no qual interpreta uma composição dedicada ao compositor americano: “Wigwam / Para Dylan” e também as seguintes versões para canções do mesmo: “O homem deu nome a todos animais” (Man gave name to all the animals); “Tá tudo mudando” (Things have changed); “Como uma pedra a rolar” (Like a rolling stone); “Negro amor” (And its all over now baby blue); “Não pense duas vezes, tá tudo bem” (Dont think twice, its all right); “Rock feelingood” (Tombstone blues); “O vento vai responder” (Blowinin the wind); “Mr. Do Pandeiro” (Mister Tambourine man); “O amanhã é distante” (Tomorrow is a long time); “Batendo na porta do céu” versão II (Knock, knock, knocking on heavens door); e “If not for you”. Entre outros, o repertório foi mostrado no show “Zé ramalho canta Bob Dylan e ele mesmo”, apresentado no espaço Vivo, no Rio de Janeiro, em abril de 2009. Em maio de 2009, lançou, pelo selo Discobertas, o CD “Zé Ramalho canta Luiz Gonzaga”, marcando 20 anos de ausência do Rei do Baião. Neste disco, produzido por Marcelo Fróes, Zé Ramalho incluiu 11 faixas gravadas em ocasiões diferentes, desde o período do projeto “Academia Brasileira de Letras” (1991), passando pelos anos 1990, em discos especiais da BMG, incluindo participações especiais em discos de outros artistas, e também gravações em discos próprios já nos anos 2000. No repertório estão: “Baião”, “O xote das meninas”, “Asa Branca”, “No meu pé de serra”, “Qui nem jiló”, “Paraíba” e “Assum preto”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; “Imbalança” e “São João na roça”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas; “ABC do sertão”; “Boiadeiro”, de Armando Cavalcanti e Klecius Caldas; “Pau de Arara”, de Guio de Morais e Luiz Gonzaga; “Olha pro céu”, de Luiz Gonzaga e José Fernandes; “Fica mal com Deus”, de Zé Ramalho e Luiz Gonzaga; e “Amanhã eu vou”, de Beduíno. Em setembro do mesmo ano, apresentou-se novamente no Rio de Janeiro, dessa vez, no aniversário de 44 anos da tradicional “Feira de São Cristóvão”, o atual Centro de Tradições Nordestinas. Seu show, que foi o principal da noite, contou com preliminares de artistas como Cara Forró, Boi da Feira, Trio Aba de Couro e Trio Taperoá. Em 2010, seguindo a mesma linha de trabalho dos últimos anos, lançou o CD “Zé Ramalho canta Jackson do Pandeiro”, pela Microservice, regravando clássicos de Jackson, como “Chiclete com banana”, “Sebastiana”, “O canto da Ema”, “Lamento de sapo”, entre outros. No ano seguinte, continuou homenageando os artistas que ele definiu como seus principais influenciadores, e gravou o CD “Zé Ramalho canta Beatles”. Nesse álbum, produzido por ele próprio, gravou versões novas de grandes sucessos, como “Your Mother Should Know”, balada de Paul McCartney, que os Beatles gravaram para o filme “The Magical Mystery Tour”, em 1967. Em 2011, teve participação especial no CD “O olho da pedra e outrops chacunduns”, de Léo Tucherman. Nesse mesmo disco, também teve a sua música “Táxi lunar” gravada. No ano seguinte, voltou a gravar um disco de inéditas, seu 23o álbum de carreira, “Sinais dos tempos”, por um selo próprio, Avôhai Music. O disco trouxe as 12 músicas compostas somente por ele, que mesclaram misticismo e piscicodelismo, tendo destacado-se “Olhar alquimista”, “O que ainda vai nascer” e “A noite branca”. Também em 2012, participou do disco “Luiz Gonzaga – Baião de dois”, lançado pela Sony Music e produzido por Fagner, em homenagem ao centenário do nascimento do Rei do baião. O CD apresentou quinze obras interpretadas por Luiz Gonzaga, remasterizadas digitalmente, em duetos virtuais com nomes como, além do próprio Zé Ramalho, Zélia Duncan, Amelinha, Zeca Pagodinho, Alcione, Alceu Valença, Chico César, Zeca Baleiro, Ivete Sangalo, Fagner e Jorge de Altinho. Em 2013, apresentou-se, juntamente com a banda Sepultura, no festival internacional Rock in Rio. Na ocasião, foi saudado pelo público com gritos de “Zépultura”. Em 2014, foi homenageado pelo cantor e compositor Zeca Baleiro, que realizou uma série de shows inspirados em sua obra. O projeto integrou a série “Banco do Brasil Covers”, que passou por capitais como São Paulo, Curitiba e Salvador. No Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo (SP), Zeca Baleiro participou também de um bate-papo sobre a vida e obra de Zé. Em 2014, estabeleceu uma parceria com Fágner e gravou o DVD “Fagner e Zé Ramalho ao vivo”, pela Sony Music. O disco, gravado ao vivo no Teatro Net Rio, no Rio de Janeiro (RJ), passeou pelo repertório de sucesso de ambos, com músicas como “Dois Querer”, “Asa Partida”, “Pelo Vinho E Pelo Pão”, “Mucuripe”, “Noturno (Coração Alado)”, “Jura Secreta” e “Fanatismo”, sucessos com Fagner, e “Chão De Giz, “Romance No Deserto”, “A Terceira Lâmina”, “Garoto De Aluguel”, “Kamikaze”, “Pedras Que Cantam” e “Admirável Gado Novo”, sucessos com Zé Ramalho. Em 2016, iniciou nova turnê, cujo repertório foi integrado por seus antigos sucessos e versões de músicas de Raul Seixas, Gonzaguinha e Bob Dylan. O local escolhido para inaugurar a temporada de apresentações foi a casa de shows Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). Em 2018, lançou o álbum “Avôhai 40 anos – Remake”, produzido em parceria pela editora Avôhai e o selo Discobertas, com capa inspirada na logomarca do título de seu primeiro disco de carreira, de 40 anos antes.
O CD teve participação especial de Robertinho do Recife na faixa “Bicho de 7 cabeças” (Zé Ramalho, Geraldo Azevedo e Renato Rocha), Luiz Lopez, na faixa “Voa voa”, de Zé Ramalho, e apresentou composições próprias de Zé Ramalho e em parceria com diversos artistas, como “A noite preta” (c/ Lula Cortes e Alceu Valença), “A dança das borboletas” (c/ Alceu Valença), “Adeus segunda-feira cinzenta” (c/ Geraldo Azevedo), “A noite preta” (c/ Lula Cortes e Alceu Valença), e “A dança das borboletas” (c/ Alceu Valença).
Em setembro de 2022, no dia 9, lançou, em uma parceria da Discobertas com seu selo Avohai Music, o álbum “Ateu psicodélico”. O álbum, lançado nas plataformas digitais e em CD, foi feito com 12 músicas próprias. A produção musical foi do guitarrista Robertinho de Recife. As músicas incluídas foram “As onzes palavras” (single lançado antes do álbum, no mês de agosto), “Olhar entorpecido”, “O gosto fino das sensações”, “Martelo Armagedon”, “A estrada de tijolos amarelos”, “Repentista Marvel”, “Beira mar, a ressurreição”, “Cópula”, “O diagrama da alma dourada”, “Sextilhas filosóficas”, “Amanhecer tantra” e “O que o mundo não sabe explicar”. Os músicos que participaram das gravações foram Zé Ramalho(voz, violão e viola) Robertinho do Recife (guitarra e viola), Zé Gomes (percussão), Rogério Fernandes e Rob Endraus (baixo), Vladimir Sousa e Dodô de Moraes (teclados e arranjos de cordas), Toti Cavalcanti(sax), Waldonys(sanfona) e Andreas Kisser(guitarra) e Eduardo Constant(bateria).
Em 2023 fez a turnê “Show de sucessos” em comemoração aos 50 anos de carreira. O repertório do show teve as músicas “Para não dizer que não falei de flores”(Geraldo Vandré), “Pra não dizer que não falei de flores” (Geraldo Vandré), “Galope rasante” (Zé Ramalho, 1979), “Cidadão” (Zé Geraldo), “Beira-mar” (Zé Ramalho),”Entre a serpente e a estrela” (versão em português de Aldir Blanc da música “Amarillo by morning”, de Terry Stafford e Paul Fraser), “Táxi lunar” (Zé Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo), “A terceira lâmina” (Zé Ramalho), “Banquete de signos” (Zé Ramalho), “Eternas ondas” (Zé Ramalho), “Avohai” (Zé Ramalho), “Vila do sossego” (Zé Ramalho), “Chão de giz” (Zé Ramalho), “Garoto de aluguel (Taxi boy)” (Zé Ramalho), “Admirável gado novo” (Zé Ramalho), “Gita” (Raul Seixas e Paulo Coelho), “Medo da chuva” (Raul Seixas e Paulo Coelho), “Frevo mulher” (Zé Ramalho), “Sinônimos” (Claudio Noam, Cesar Augusto e Paulo Sérgio Valle) e “A vida do viajante” (Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil). A banda de apoio teve os músicos da Banda Z, formada por Edu Constant (bateria), Rogério Fernandes (baixo), Toti Cavalcanti (sopros), Vladimir Oliveira (teclados) e Zé Gomes (percussão).
No mesmo ano, no mês de outubro, foi lançado no Teatro Prudential, no Rio de Janeiro (RJ), o musical “O admirável sertão de Zé Ramalho”. O espetáculo foi idealizado por Eduardo Barata tendo como base a biografia “Zé Ramalho: o poeta dos abismos”, de Henri Koliver e teve a direção de Marco André Nunes. O texto foi de Pedro Kosovski.
Single com Overdrive Duo
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Versão com faixa bônus
De Luxe
Com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo
Ao vivo
Com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo
(c/Lula Côrtes)
Zé Ramalho: Um visionário no século XX – Luciane Alves – Ed. Nova Era.