
Compositor.
Fez seus primeiros estudos com professora particular e mais tarde na Escola de Aprendizes Marinheiros. Aos 16 anos foi para o Rio de Janeiro, e além de ter ingressado na Marinha, começou a compor. Dividia suas atividades musicais com o emprego na Marinha, de onde mais tarde deu baixa, passando a trabalhar em casas comerciais.
Sua primeira composição gravada foi “Tenho raiva de quem sabe”, com Kid Pepe e Noel Rosa, lançada na voz de Mário Reis pela Victor em 1934. O mesmo Mário Reis gravou no ano seguinte o samba “Sonho de jardineiro”, com Kid Pepe.
Em 1936, teve duas composições com Manoel Ferreira gravadas por Patrício Teixeira na Odeon: o samba “Crioula melindrosa”, e o samba-canção “Deixa de tristeza”, além do samba “Amar é muito bom”, lançado por Jaime Vogeler na mesma gravadora. Ainda nesse ano, Aracy de Almeida gravou na Victor o samba “Não há razão”, também parceria com Kid Pepe. No ano seguinte, fez com Manoel Ferreira os sambas “Não fiz nada” e “Eu fui fiel” gravados por Jaime Vogeler na Odeon. Também nesse ano, fez com César Brasil o samba “Quem é que não chora” gravado por Carmen Barbosa na Odeon, e com Oscar Lavado, a marcha “Pra galinha descansar”, lançado pela Dupla Preto e Branco na Victor. Em 1938, compôs com Gilberto dos Santos a marcha “Glórias do Brasil” gravada por Nuno Roland.
Em 1939, teve gravados na Victor os sambas “Uma dor e uma saudade”, composto com Reis Saint-Clair, por Orlando Silva, e “Eu não sou Deus”, por Murilo Caldas. Nesse ano, teve mais dois sambas gravados por Arnaldo Amaral na Columbia, “Ela foi e não voltou”, com César Brasil, e “Estou sentido com você”, com Romeu Gentil. O samba “Se ela perguntar”, parceria com Amado Régis, foi lançado por J. B. de Carvalho na Odeon em 1940. No ano seguinte, Linda Batista gravou a batucada “Não fico em casa”, parceria com Gonçalves Dias; Violeta Cavalcânti a batucada “Meu dinheiro tem”, com Germano Augusto; Cyro Monteiro o samba “Quem fica mal sou eu”, com Mário Amorim, e Os Bacharéis do Ritmo, a batucada “Eu não sei porque é…”, parceria com Ataulfo Alves, todas na Victor. Compôs com Nelson Trigueiro o samba “Lágrima sentida”, gravado por Nelson Gonçalves em 1944 na Victor.
Em 1950, o samba “Cinzas do passado”, com Manoel Ferreira foi gravado por Alcides Gerardi na Odeon e o samba “Esqueceste o teu passado”, com Reis Saint Clair, por Gilberto Milfont na RCA Victor. No ano seguinte, os cantores Hugo Santana e Jeová gravaram em dueto pelo selo Carnaval a batucada “Hoje não”, parceria com Almeidinha. Em 1954, Risadinha gravou na Odeon o samba “O maior sou eu”, parceria com Airton Amorim e Antônio Barreto. Em 1959, o samba “Meu prazer”, com Tito Mendes foi gravado por Gilberto Alves no LP “Gilberto Alves e o samba” da gravadora Copacabana.
Em 1962, o samba “Ainda é cedo”, com Airton Amorim foi relançado por Gilberto Alves no LP “Gilberto Alves de sempre” lançado pela gravadora Copacabana. Em 1970, seu samba “Cinzas do passado” foi relançado pelo cantor Noite Ilustrada em LP Continental. Teve mais de vinte composições gravadas por nomes como Mário Reis, Linda Batista, Patrício Teixeira, Gilberto Alves, Gilberto Milfont, Alcides Gerardi e Nelson Gonçalves.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.