0.000
Nome Artístico
Zé Pagão
Nome verdadeiro
José Marciano de Oliveira
Data de nascimento
22/6/1912
Local de nascimento
Leme, SP
Dados biográficos

Cantor. Compositor.

Dados artísticos

Em 1939, formou sua primeira dupla caipira, com Josafá Estevão Nepomuceno, o Zé Mané. Compositores e violeiros, Zé Mané e Zé Pagão conquistaram o público por seu estilo peculiar. Foram contratados pela Continental e, em 1943, gravaram o primeiro disco. A dupla interpretou naquele trabalho as modas de viola “Rosa branca” e “O cravo e a rosa”, composições de sua própria autoria. Ainda em 1943, lançaram o cateretê “No batê da portera”, de sua autoria e Vitor Ferreira de Morais, e a moda de viola “Sertão do Laranjinha”, da dupla, posteriormente gravada por Tonico e Tinoco, com arranjo do Capitão Furtado e que se transformou num clássico da música sertaneja. Seu repertório incluía rasqueados, modas de viola, canções rancheiras, cateretês. Fizeram sucesso na primeira metade dos anos 1940 com, entre outras, “Nossa bandeira”, de sua parceria com Vitor Ferreira de Morais, “Morada da mata”, da dupla, “Quanta saudade”, de sua autoria e “Goianinha”, de Zé Mané. Em 1944, gravou um disco com Luís Rosa, o Nhô Rosa. Cantaram nesse disco as modas de viola, “Paixão de caboclo”, de sua autoria, e “Uruguaiana”, de Braz Serrador. Em 1945, a dupla Zé Pagão e Zé Mané gravou o último disco, interpretando a toada “Canarinho cantador”, de sua autoria e Nhô Rosa, e a moda de viola “Esperança perdida”, de sua autoria. No mesmo ano morreu Zé Mané, pondo fim à dupla. Ainda em 1945, forma-se em definitivo a dupla Zé Pagão e Nhô Rosa que gravou, pela Continental, as modas de viola “Vida de carreiro” e “História triste”, ambas de sua autoria. Por essa época começaram a trabalhar na Rádio Gazeta, então Educadora Paulista, e na Rádio Bandeirante. Em 1946, gravaram mais um disco com duas modas de viola, “Jóia perdida”, com Vitor Morais, e “Parceiro do diabo”, de Nhô Pai. A dupla ainda gravou diversos discos com modas de viola e rasqueados, principalmente “A viola e a pinga”, de Euclides Rangel, e “A viola de madeira”, com Nhô Rosa, são exemplos típicos de modas de viola. “Morena linda”, de sua autoria e Nhô Rosa, foi um rasqueado que fez sucesso em 1949. Em 1951, passaram a gravar pela Todamérica, lançando as modas “Tropeiro de Goiás”, parceria com José Lima Gonçalves, e “Adeus por despedida”, de Francisco Lacerda e Ricardo Jardim. Gravaram também a moda de viola “Não gosto da cidade”, parceria de Ado Benatti e Nhô Rosa, e o cateretê “Campeiro de Mato Grosso”, de sua autoria e Juvenal Rodrigues. Em 1954, gravaram o último disco, interpretando “Rita de Cássia”, toada de Ado Benatti e Rodolfo Vila, e “Adeus cabocla”, valseado de parceria com Mira Vieira. Em seguida a dupla se separou. Algum tempo depois, juntou-se ao violeiro Faustino de Oliveira, criando a dupla Zé Pagão e Faustino. Começaram a trabalhar nas rádios Tupi e Piratininga. Em 1958, gravaram “Adeus Aurora”, toada com Geraldo Costa, e “Juriti”, catira de Dênis Brean e Osvaldo Guilherme. Gravaram também “Festa de Nhá Carola”, com Ado Benatti, “Boiadeiro paulista”, com Jeca Mineiro, e “Adeus Aurora”, com Geraldo Costa. A música “Juriti”, gravada pela dupla, foi incluída na trilha sonora do filme “Dioguinho”, de Carlos Coimbra. Gravaram em 1960, “Vou pra roça”, com Jeca Mineiro, e “Moda dos meses”, de Capitão Furtado.

Discografias
[S/D] Todamérica 78 Tempo de rapaz/Vingança do boizinho
1960 RGE 78 Vou pra roça/Galanteio de gaúcho
1959 Continental 78 Na boca da cobra/Rio Paraguai
1958 Continental 78 Adeus Aurora/Juriti
1957 Todamérica 78 Transporte a Mato Grosso/Festa da Nhá Carola
1955 Colúmbia 78 Dama de saia/Pregão de casamento
1954 Todamérica 78 Rita de Cássia/Adeus cabocla
1954 Todamérica 78 Rodeio de Uberaba/Boiadeiro paulista
1952 Todamérica 78 Não gosto da cidade/Campeiro de Mato Grosso
1952 Todamérica 78 Rapaz de gosto/Dança do balanceio
1951 Todamérica 78 Tropeiro de Goiás/Adeus por despedida
1950 Continental 78 Bento contador/Saudade de Jambeiro
1950 Continental 78 Gaúcho veterano/Saudade de alguém
1949 Continental 78 A viola foi madeira/Saci-pererê
1949 Continental 78 Eu vou, você não vai
1948 Continental 78 Maria Rita/A viola e a pinga
1946 Continental 78 Jóia perdida/Parceiro do diabo
1946 Continental 78 Mineira Rosalina/Ela voltará
1945 Continental 78 Canarinho cantador/Esperança perdida
1945 Continental 78 Vida de carreiro/História triste
1944 Continental 78 Paixão de caboclo/Uruguaiana
1943 Continental 78 No batê da portera/Sertão do Laranjinha
1943 Continental 78 Nossa bandeira/Borda da mata
1943 Continental 78 Quanta saudade/Goianinha
1943 Continental 78 Rosa branca/O cravo e a rosa
Obras
A viola foi de madeira (c/ Nhô Rosa)
Adeus cabocla (c/ Mira Vieira)
Boiadeiro paulista (c/ Jeca Mineiro)
Campeiro de Mato Grosso (c/ Juvenal Rodrigues)
Canarinho cantador (c/ Nhô Rosa)
Dama de saia (c/ Fostino)
Ela voltará
Esperança perdida
Festa da Nhá Carola (c/ Ado Benatti)
Galanteio de gaúcho
Gaúcho veterano
História triste
Jóia perdida (c/ Vitor de Morais)
Maria Rita (c/ Nhô Rosa)
Mineira Rosalina
Na boca da cobra (c/ Lourival dos Santos)
No batê da portera (c/ Vitor Ferreira de Morais)
Não gosto da cidade (c/ Ado Benatti e Nhô Rosa)
O cravo e a rosa (c/ Zé Mané)
Paixão de caboclo
Parceiro do diabo (c/ Nhô Pai)
Pregão de casamento (c/ Fostino)
Rio Paraguai (c/ Sebastião Vitor)
Rodeio de Uberaba (c/ Nhô Rosa)
Rosa branca (c/ Zé Mané)
Saudade de alguém (c/ Nhô Rosa)
Sertão do Laranjinha (c/ Zé Mané)
Transporte a Mato Grosso (c/ Tatu)
Tropeiro de Goiás (c/ José Lima Gonçalves)
Vida de carreiro
Vingança do boizinho (c/ Osvaldo Aude)
Vou pra roça (c/ Jeca Mineiro)