
Compositor. Cantor.
Filho de José Ignácio dos Santos, violeiro, cantador e poeta de cordel.
Pai do cantor e compositor Inácio Rios.
Foi para o Rio de Janeiro com dez anos de idade, indo morar no Morro do Adeus, no bairro de Ramos, Zona Norte da cidade.
Seu apelido surgiu nas peladas de futebol do morro.
Em 1959, então com 16 anos, participou na fundação da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense. Por essa época, já compunha sambas.
Começou como puxador de corda, que separava a escola do público, depois virou passista e chegou a mestre-sala.
Comandou diversas alas da escola e chegou à Vice-Presidência da agremiação.
No ano de 1972, o sucesso de “Martim Cererê” fez com que Zé Katimba virasse personagem da novela “Bandeira 2”, da Rede Globo, escrita por Dias Gomes, com Grande Otelo no papel de sambista. Além de “Martim Cererê”, tema de abertura, outras duas músicas de sua autoria fizeram parte da trilha sonora, que vendeu 700 mil cópias.
No ano de 2008 retornou à Imperatriz Leopoldinense, da qual havia se afastado há alguns anos. No ano seguinte, em 2009, foi lançada a biografia do compositor. Escrita pelo jornalista Fernando Paulino “Zé Catimba – que grande destino reservaram pra você!”, o livro foi lançado no bar Estrela da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, com uma roda de samba comandada pelo filho do compositor Inácio Rios. O livro foi relançado em vários espaços, sempre com roda de samba, entre os quais o Teatro da UFF (em Icaraí, Zona Sul de Niterói) e a Livraria Folha Seca, esta última no centro do Rio de Janeiro. Neste mesmo ano foi homenageado com a “Medalha de Mérito Pedro Ernesto”, por iniciativa do vereador Eliomar Coelho, sendo esta uma honraria concebida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro àqueles personagens que se destacam na sociedade brasileira.
No ano de 2013, a convite da Prefeitura de Guarabira, do Estado da Paraíba, retornou a sua terra natal após 70 anos, sendo homenageado pela Câmara Municipal de Guarabira com a medalha honorífica “Osmar de Araújo Aquino”, por sua atuação artística no cenário nacional.
Em 2014 foi escolhido para ser tema da terceira edição do “Projeto Memória do Samba”, de responsabilidade da ONG Oficina do Parque, com DVD, CD e um novo livro. Neste mesmo ano, em 20 de novembro de 2014, data em que se celebra o “Dia da Consciência Negra”, foi homenageado no Quilombo dos Palmares com a “Medalha Zumbi dos Palmares”, aprovada pela Câmara Municipal de Niterói e ainda, homenageado no evento “Um Rio de Samba” criado pela Secretaria Municipal de Turismo e realizado pela Riotur, com o diploma “Baluarte do Samba Carioca”.
Em 2024 apresentou-se no palco do BNDES, pelo projeto “Quintas no BNDES”.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Edição Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atrações Produções Ilimitadas/MEC/Funarte, 1997.
ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010. EAS Editora, 2014.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval – seis milênios de história. Rio de Janeiro. Editora Gryphus, 2000.