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Nome Artístico
Zé Calixto
Nome verdadeiro
José Calixto da Silva
Data de nascimento
16/7/1933
Local de nascimento
Campina Grande, PB
Dados biográficos

Instrumentista. Sanfoneiro. Compositor.

Nascido em 16/7/1933, foi registrado oficialmente por seus pais apenas em 11/8/1935.

Começando a tocar aos oito anos, aos doze já tocava sozinho em bailes e festas de sua cidade. Nas apresentações dessa época, conheceu Jackson do Pandeiro e Genival Lacerda.

Em 1959, em período de lua- de- mel de seu recente casamento, foi convidado por um amigo para fazer uma gravação no Rio e Janeiro. Deixou sua esposa e aceitou viajar oito dias num ônibus. Voltou três meses depois, para buscar sua companheira, mudando-se para a cidade maravilhosa, onde moram desde então.

Dados artísticos

Conhecido como o Rei dos oito baixos, dedicou toda sua vida à sanfona, desenvolvendo, especialmente, o gosto pela execussão do forró junino.Em 1960, gravou uma série de 4 discos ao acordeom pela gravadora Sinter com os forrós “Forró de Seu Dideu”, “Forró em Serra Branca”, “Forró em Campina Grande” e “Bodocongó”; a polca “Polquinha brejeira”; o frevo “Oito baixos no frevo”; o xote “Xote em fá” e o choro “Bossa-nova em oito baixos”, todas de sua autoria. Com sua sanfona de oito baixos, chamou tanto a atenção dos produtores cariocas, que logo foi contratado pela Phillips, passando a gravar um LP por ano.

Em 1961, por aquela gravadora, lançou os forrós “Arrodeando a fogueira”, de sua autoria e “Apertadinho”, de Ari Monteiro e Airão Reis. Em 1963, gravou, também na Philips, dois forrós: “A pisada é essa”, com Jackson do Pandeiro e “Tempo de milho verde”, com Aquilino Quintanilha.

Participou da coletânea “O fino da roça”, lançada pela gravadora Philips, em 1969, da qual participaram ainda, Jackson do Pandeiro, Zé Catraca, Messias Holanda, Zé Messias, Adélia Ramos e Elino Julião, liderados por Genival Lacerda, que substituiu Jackson do Pandeiro na excursão homônima, percorrendo todo o Nordeste, tocando com sucesso em clubes e praças, por ocasião dos festejos juninos.

Terminado o contrato com a Philips, Calixto foi recebido por quatro outras gravadoras, passando pela CBS, Tapecá, Continental e Odeon-EMI, lançando ao todo 26 discos solo.

Em 1972, teve as músicas “Forró do Nino”, parceria com New Carlos e “Forró do mestre-sala”, com Manoel Serafim gravadas no LP “Forró na palhoça” da CBS com interpretações suas.

O LP lançado pela CBS, em 1973, trazia como destasques “Forró do Nino”, de Bastinho Calixto e New Carlos e “Forró do mestre-sala”, de sua autoria com Manoel Serafim.

Em 1974, teve os forrós “No cantinho da parede” e “Só pra perturbar”, parceria com Bastinho Calixto, gravados por Bastinho Calixto pela EMI.

Atualmente, trabalhando com gravadoras independentes, é dedefinido por Sivuca, seu companheiro de forró, que o conhece a 40 anos, como “um cavalheiro rústico, um artesão no fole de oito baixos, já que ele mesmo afina sua sanfona”. Como artesão, Zé Calixto não se limita a seu instrumento, afinando, também, a sanfona e outros músicos.

Seu reconhecimento como instrumentista se

estende por vários artistas ligados à sanfona de oito baixos, como Joelson dos Oito Baixos que, com 40 anos de carreira, o aponta como ídolo.

É considerado também como ídolo de vários grupos da nova geração do forró, influenciando bandas como o Trio Forrozão e tendo participação no primeiro disco do grupo Mestre Ambrósio.

Faz questão de retornar à sua terra natal, Campina Grande, anualmente, para se apresentar no período das festas de São João, geralmente acompanhado de amigos, como Genival Lacerda e Borguetinho.

Em 2015, foi homenageado por Antônio Costa com o lançamento do álbum “Antônio Costa e Zé Calixto”, que teve a intenção de fazer um resgate da contribuição da sanfona de 8 baixos. O CD trouxe 6 faixas de sua autoria: “Oito Baixos no Frevo”, “Forró em Campina Grande”, “Bodocongó”, “Pisa de Mansinho”, “Forró em Serra Branca”, e “Forró de seu Dideu”.

Em 2017, realizou participação especial no disco “Sergival – 30 anos”, produzido pela Laser Disc, ao lado de Zé Calixto, Rildo Hora, Leo Gandelman e Silvério Pontes.

Em 2018, com coordenação de seu filho, foi iniciada a produção de um DVD com sua história e música.

Discografias
1973 CBS LP Zé Calixto
1963 Philips 78 A pisada é essa/Tempo de milho verde
1961 Philips 78 Arrodeando a fogueira/Apertadinho
1960 Sinter 78 Bodocongó/Bossa-nova em oito baixos
1960 Sinter 78 Forró de Seu dideu/Polquinha brejeira
1960 Sinter 78 Forró em Campina Grande/Xote em fá
1960 Sinter 78 Oito baixos no frevo/Forró em Serra Branca
Obras
A pisada é essa (c/ Jackson do Pandeiro)
Arrodeando a fogueira
Bodocongó
Bossa-nova em oito baixos
Forró de Seu dideu
Forró do Nino (c/ New Carlos)
Forró do mestre-sala (c/ Manoel Serafim)
Forró em Campina Grande
Forró em Serra Branca
No cantinho da parede (c/ Bastinho Calixto)
Oito baixos no frevo
Polquinha brejeira
Só pra perturbar (c/ Bastinho Calixto)
Tempo de milho verde (c/ Aquilino Quintanilha)
Xote em fá
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.