
Compositor. Instrumentista. Violonista. Compositor.
Foi marinheiro antes de vir para o Rio de Janeiro tentar a vida como artista. Tocava também viola portuguesa.
Instrumentista muito solicitado para gravações, emissões de Rádio e até shows dedicados à música portuguesa, atuou na Rádio Vera Cruz tocando exclusivamente música portuguesa, além de se apresentar em shows dos muitos clubes portugueses sediados no Rio de Janeiro. Foi amigo de Luiz Gonzaga e com ele formou uma dupla quando o futuro “Rei do baião” ainda estava ensaiando os primeiros passos na carreira artística. Com Luiz Gonzaga tocou em diversos locais do Rio de Janeiro incluindo o famoso Mangue, zana de prostituição carioca, no início da década de 1930.
Em 1929, foi contratado pela gravadora Parlophon onde atuou por quase três anos e fez gravações em dueto com A. F. da Conceição. Em 1929, fez sua primeira gravação na Parlophon interpretando ao violão com A. F. da Conceição na guitarra a valsa “Saudades de Portugal” e o “Fado da Conceição”, de A. F. da Conceição. No mesmo ano, gravou com A. F. da Conceição, com ambos tocando guitarras, a marcha “Vasco da Gama” e a valsa “Elza”, parcerias dos dois. Ainda em 1929 foi contratado pela gravadora Odeon onde atuou fazendo gravações solo e acompanhamento para outros artistas.
Em 1930, gravou, tocando guitarra com A. F. da Conceição, a marcha “Minas Gerais”, e a valsa “Alice”, parcerias com A. F. da Conceição. No mesmo ano, gravou tocando guitarra o choro “Estou sozinho”, enquanto sua valsa “Nair” foi registrada por A. F. da Conceição em gravação solo de guitarra. Em 1931, gravou o fado “Fado tondella”, de A. F. Conceição e teve o tango “Regina”, com A. F. Conceição gravado por este último em solo de guitarra. Gravou no mesmo ano, em dueto com A. F. Conceição, a valsa “Recordações de Helena”, de A. F. da Conceição. Também em 1931, acompanhou Carlos Campos na gravação dos fados “Duas almas” e “Variações em lá menor”, da valsa “Invicta”, e da marcha “Solar”.
Em 1932, tocou viola como acompanhamento do guitarrista Carlos Campos na gravação da valsa “Lágrimas de amantes” e no tango “Fernanda”, registros feitos na gravadora Odeon.
Em 1934, gravou em solos de viola a marcha “Lisboa-Rio” e o “Choro dos navegantes”, de sua autoria. No mesmo ano, acompanhou ao violão o cantor Manoel Monteiro na gravação dos fados “Minha mãezinha”, “Portugal pequenino”, “Troca de beijos”, “Fé no fado”, “Sentimento do fado”, “Odisséia de criança”, “Guitarras de Portugal” e “Não desdenhes”. No ano seguinte, gravou em solo de viola a “Marcha dos poveiros”, o choro “Campista” e as valsas “Lenir” e “Esmeralda”, todas de sua autoria. Gravou em 1936, de sua autoria, a marcha “Marcha triunfal” e o choro “Bandeirante”. No ano seguinte, fez acompanhamento de viola para o cantor Manoel Monteiro na gravação da marcha “Alcachofras de São João” e no fado “Fado Manoel Monteiro”. Ainda em 1937, a marcha “Romaria ao Senhor da Pedra”, com D. Santos, foi gravada na Victor por José Lemos.
Em 1941, teve a polca “Segure a polca” gravada por Luiz Gonzaga. Dois anos depois teve nova composição gravada por Luiz Gonzaga, a valsa “Yvonne”. Em 1946, o fado “Os dois velhinhos”, com Luiz Gouveia foi gravado na Continental por Amílcar Nogueira. Em 1956, sua valsa “Elza”, com A. F. Conceição, foi gravada por Jacob do Bandolim no LP “Valsas evocativas” lançado pela RCA Victor. Em 1968, sua clássica valsa “Elza”, com A. F. da Conceição, foi gravada por Carim Mussi, no LP “No Tempo da Seresta”, da gravadora Caravelle.Deixou dez discos gravados, porém, sua maior contribuição para a música popular brasileira foi ter aberto as primeiras portas na carreira de Luiz Gonzaga.
(Com A. F. Conceição)
(Com A. F. Conceição)
(Com A. F. Conceição)
(Com A. F. Conceição)
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.