
Cantor. Compositor. Ficou conhecido como o “Cantor dos olhos verdes”. Em 1945, passou a residir na cidade de São Paulo.
Estreou em discos em 1945, quando gravou na Continental com acompanhamento de Rago e seu conjunto a marcha “Quero bis”, de Valdomiro Lobo, e o samba “Maestro atenda o pedido”, de Rômulo Paes e Valdomiro Lobo. EM 1946, lançou mais dois discos também com acompanhamento de Rago e seu conjunto. No primeiro, interpretou os sambas “Pensando nela”, de Hélio Sindô e Valdomiro Lobo, e “O meu viver”, de sua autoria, Valdomiro Lobo e Rago. No segundo, cantou a marcha “O maestro tem razão”, de Hélio Sindô e Valdomiro Lobo, e o samba “Olinda não fracassou”, de Hélio Sindô e Arlindo Pinto. Em 1948, passou a gravar na Odeon e lançou com acompanhamento do conjunto Odeon a marcha “Não me falte a lua”, de Gomes Cardim e Fernando Martins, e o samba “Você chorou”, de Gomes Cardim e Noel Vitor. Em 1950, gravou os sambas “Brasil romântico”, de Lauro Muller e Ubaldo Silva, e “Noite sem promessa”, de Fernando Martins, o bolero “Amor e mais amor”, de B. Capo, com versão de Haroldo Barbosa, e o baião “Rolinha”, de Victor Simon e Bueno Braga, além das marchas “Ai, ai de mim”, de José Roy e Orlando Monello, e “Clara”, de Odaurico Mota. Em 1951, gravou o clássico samba “Terra seca”, de Ary Barroso, além do bolero “Tentação”, de Alfredo Godinho e Domingos Blasco, dos sambas “Brasil moreno”, de Ary Barroso e Luiz Peixoto, e “Foi Deus”, de Orlando Monello, do baião “Sabugueiro”, de Ubaldo Silva e Gomes Costa, da marcha “Vem morena”, de José Roy, e dos sambas-canção “Veleiro do Brasil”, de Victor Simon, e “Voltei”, de José Roy e Liz Monteiro. Em 1952, gravou seus dois últimos discos pela Odeon com os sambas “Brasil grande”, de Petrus Paulus, “Exaltação ao Rio”, de Cristóvão de Alencar e Luiz de França, e “Amazonas (Inferno verde)”, de Victor Simon e Liz Monteiro, e o samba-canção “Sofrimentos iguais”, de Alfredo Godinho. Nesse mesmo ano, foi contratado pela RCA Victor, gravadora na qual lançou os primeiros disco em outubro do mesmo ano interpretando os sambas “Não adianta chorar”, de José Roy, S. Falcão e A. de Oliveira, e “Não sou Deus”, de Liz Monteiro e Orlando Monello, e as marchas “Vou morar no deserto”, de José Roy e Orlando Monello, e “Boneca”, de Jucata. Na década de 1950 assinou contrato como artista exclusivo da Rádio e Televisão Tupy. Em 1953, gravou o samba “Saudade”, de José Roy e Orlando Monello, a valsa “Feliz casamento”, de A. Sciarotta e Orlando Monello, o samba-canção “Sonho desfeito”, de Q. Querino e Orlando Monello, o bolero “Meu mal é você”, de sua autoria, e o tango “Mentira”, de Flores, Pracanico e Rodrigues. Gravou ainda a marcha “Hino infantil”, de sua autoria e a valsa “São Judas Tadeu”, uma parceria com Ubaldo Silva, com acompanhamento do coro do Orfanato São Judas Tadeu. Gravou em 1954 os boleros “Amor perdido”, de Pedro Flores e Liz Monteiro, e “Bolero dos namorados”, de sua autoria, o tango “Lencinho querido”, de Feliberto e Peñaloza, em versão de Maugéri Neto, e o samba-canção “Ambição”, de Erasmo Silva e Américo Seixas, entre outras. No ano seguinte, lançou os sambas “Funeral”, de Tânio Jairo e Antônio Lopes, e “Casado não pode abusar”, de José Roy e João Grimaldi, o tango “Minha esposa querida”, de sua autoria, e o samba-canção “Agasalho”, de Armando Castro, Barros Filho e Raguinho. Ainda em 1955, lançou seus dois últimos discos pela RCA Victor interpretando a valsa “Ano novo”, de sua autoria, Arlindo de Oliveira e Leitão, a marcha-rancho “Natal…natal”, sua autoria e de Doca, o samba “Gorro de meia”, de José Roy e João Grimaldi, e a marcha “Cadilac de pobre”, de José Roy e Edson Borges. Em 1956, transferiu-se para a gravadora Polydor e registrou com acompanhamento da Orquestra Polydor sob a regência do maestro Enrico Simonetti o beguine “Arrivederci Roma”, de R. Rascel, Garinel e Giovani com versão de Júlio Nagib, e o samba-canção “Nada”, de sua autoria. No mesmo ano, gravou a marcha “Quem paga sou eu”, de Everton Correia e Inácio Heleno, e os sambas “Não sou palhaço”, de José Roy e Orlando Monelo, “Jequintibar”, de Firmo Jordão, o Doca e Mário Pretextato, o Popó, e “Cai meu pranto”, de Victor Simon e Antoninho Lopez. Gravou pela gravadora Califórnia em 1960, com acompanhamento de J. Catarino e sua banda as marchas “Meu vício é mulher”, de Haroldo Lobo, Milton de Oliveira e J. Lima, e “Cravo e canela”, de Nelson Figueiredo, Henrique de Almeida e Rômulo Paes. Em 1963, lançou pela Philips o samba-canção “Meu amanhã não é mais seu”, de Dora Lopes, e a balada “Eu que amo só você”, uma versão de Fred Jorge para o sucesso do italiano Sérgio Endrigo “Io que amo solo te”, em disco que contou com o acompanhamento de Portinho e sua orquestra. Pouco depois, já com a carreira em declínio, lançou pelo selo RMS os sambas “Gimba”, de Jorge Koszas e Gianfrancesco Guarniri, e “Céu brasileiro”, de Odovaldo Migliano. Mesmo sem ser dos mais renomados cantores de sua geração, lançou 36 discos pelas gravadoras Continental, Odeon, RCA Victor, Philips e Polydor.