Vidraça

Ritmista que fez parte de importante grupo de músicos brasileiros que atuou nas primeiras décadas do século XX como Pixinguinha, Donga, João da Bahiana, Alfredinho Flautim e outros. Em 1927, fez parte como tocador de afoxé do grupo Jazz Band Os Batutas, uma espécie de continuação do famoso Oito Batutas com a participação de novos instrumentistas, excursionando pelo sul do Brasil. Em 1928, fez sucesso no carnaval com o samba “Ai, eu queria”, parceria com Pixinguinha, gravado na Odeon por Francisco Alves. Em 1931, passou a integrar o Grupo da Guarda Velha criado por Pixinguinha, com o qual gravou 6 discos na Odeon com os partidos-alto “Há! Hu! Lahô!”, e “Conversa de crioulo”, a chula-raiada “Patrão prenda o seu gado”, as três de Pixinguinha, Donga e João da Bahiana, o batuque “Cadê Viramundo”, de J. B. de Carvalho, a quadrilha “Esperança”, com duas partes, de Anacleto de Medeiros, e o maxixe “Ainda me recordo” e o choro “Estou voltando”, ambos de Pixinguinha, além dos sambas “Ai que dor”, de Heitor dos Prazeres, e “Como eu te amei”, de André Filho, que contaram com as participações do Trio TBT, e a batucada “Já andei”, e a macumba “Que querê”, as duas do trio Pixinguinha, Donga e João da Bahiana, em disco que contou com as participações vocais de Francisco Sena e Zaíra de Oliveira. Em 1939, participou da “Exposição do Estado Novo”, onde foram apresentadas danças típicas brasileiras, integrando o conjunto regional, ao lado de Jararaca, Xerem, José Soares, M. Alvarenga, Bentinho, João da Baiana, João Pernambuco, Pixinguinha, Valzinho, Aristóteles Couto, Manoel Gomes da Silva, Waldemar, Elídio, Nelson de Miranda e Luperce Miranda. Participou da chamada época de ouro da música popular, apresentando-se ainda em emissoras de rádios e realizando shows em teatros do Rio de Janeiro e outras cidades do país.