2.001
Nome Artístico
Vicente Celestino
Nome verdadeiro
Antônio Vicente Felipe Celestino
Data de nascimento
12/9/1894
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
23/8/1968
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Ator.

Nasceu no dia 12 de setembro de 1894, na Rua Paraíso, bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Filho de imigrantes da região da Calábria, Itália, chegados ao Brasil dois anos antes de seu nascimento. Teve cinco irmãos e cinco irmãs. Quatro deles seguiram carreira artística como ele: João, galã cômico; Pedro, tenor; Radamés, barítono e Antônio, baixo. Chegou a trabalhar na sapataria do pai, em uma fábrica de guarda-chuvas, em 1905, como servente de pedreiro em 1906, voltando ao estabelecimento de seu pai em 1910.

Após terminar o curso primário, estudou desenho industrial no Liceu de Artes e Ofícios. Casou-se, em 1933, com a cantora e atriz Gilda de Abreu. O casamento foi realizado na manhã do dia 25 de setembro de 1932 e, à noite, Gilda usou o mesmo vestido em uma cena do espetáculo “A canção brasileira” (de Luís Iglesias e Miguel Santos e música de Henrique Vogeler), repetindo, com uma revoada de pombos e ao som da marcha nupcial, a emoção do casamento, para o público do teatro. Durante a carreira, conquistou o público feminino tanto por sua voz de tenor, quanto por sua bela estampa de galã.

Em 1965, recebeu o título de Cidadão Paulistano pela Câmara de Vereadores desta cidade. No dia 23 de agosto de 1968, quando se preparava para gravar um programa de televisão, onde seria homenageado pelo Movimento Tropicalista, passou mal no quarto do Hotel Normandie, em São Paulo, falecendo do coração minutos depois. Seu corpo foi transferido para o Rio de Janeiro, onde foi velado por uma multidão na Câmara dos Vereadores e sepultado sob palmas do público.

Dados artísticos

Famoso cantor (tenor), que lançou um estilo caracterizado pelo romantismo exarcebado, comovendo e arrebatando um grande público durante a primeira metade do século XX, através do teatro, de discos e do cinema nacional. Em 1902, com apenas oito anos, começou a cantar no grupo “Pastorinhas da Ladeira Viana”. No ano seguinte, participou do coro infantil da ópera “Carmen”, de Bizet, no Teatro Lírico. Nessa ocasião, o tenor italiano Enrico Caruso, entusiasmado com o menino, convidou-o para ir estudar na Itália. O pai, no entanto, não autorizou a ida do filho. Aos 11 anos, gostava de ouvir Eduardo das Neves no Passeio Público, fato que influenciou sua decisão de seguir a carreira de cantor. Em 1912, o Grupo dos Cartolas, formado por amigos do bairro da Saúde, montaram a peça “Vida de artista”, na qual ele cantou um solo, publicamente, pela primeira vez. A partir de então, abandonou o emprego na sapataria e passou a cantar em festas, serenatas e casas de chope, dedicando-se inteiramente à música. Um dia, quando cantava em uma dessas casas de chope, aceitou convite de trabalho de Alvarenga Fonseca que o levou para a Companhia Nacional de Revistas, da qual era diretor. No ano seguinte, passou a atuar num Chope-cantante recebendo 10 mil réis por noite. Estreou no teatro de revistas dia 10 de julho de 1914, aos 19 anos, na revista “Chuá, chuá”, de Eustórgio Wanderley e J. Ribas, cantando no coro e fazendo um solo da valsa “Flor do mal”, de Santos Coelho e Domingos Correia. A interpretação arrebatou o público. O sucesso com a valsa “Flor do mal” levou-o a lançar seu primeiro disco,  em 1915, pela Odeon, onde gravou a referida valsa.  Em seguida, gravou a valsa “Os que sofrem”, de Alfredo Gama e Armando Oliveira. Em 1916, trabalhou para a Companhia Leopoldo Fróes, onde foi promovido para o posto de ator-cantor, apresentando-se em São Paulo, Porto Alegre, Pelotas (RS), Pernambuco e Bahia. No mesmo ano, gravou uma série de modinhas pela Odeon, entre as quais, “Perdão de um coração”, “Sonhando” e “Feiticeira”, de autores desconhecidos. 

Em 1917, fez um dos principais papéis na burleta de costumes nacionais de Avelino de Andrade apresentada no teatro São José no Rio de Janeiro e atuou na opereta de costumes portugueses “A avozinha”, de Mário Monteiro apresentada no mesmo teatro. No mesmo ano começou a estudar canto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ainda no mesmo ano, gravou na Odeon a canção sertaneja “O capim mais mimoso”, de autor desconhecido e, com o cantor Bahiano e coro o desafio sertanejo “Urubu subiu”, também de autores desconhecidos e sucesso no carnaval daquele ano. Nessa época, gravou diversas canções com letras de Catulo da Paixão Cearense, com músicas de diferentes parceiros, entre as quais, “Ontem ao luar”, com Pedro de Alcântara; “Porque sorris”, com Juca Kalut; “Vai meu amor ao campo santo”, com Irineu de Almeida e “Horas melancólicas”, com Bonfíglio de Oliveira. 

Em 1919, participou de várias operetas, dentre as quais: “Amor de bandido”, de Oduvaldo Viana e Adalberto de Carvalho, encenada no Teatro São Pedro (hoje João Caetano), pela Companhia de Pascoal Segreto; “Juriti”, opereta de costumes sertanejos, de Viriato Correia, com música de Chiquinha Gonzaga e encenada no mesmo teatro, com enorme sucesso. Nessa opereta, além dele, participavam Abigail Maia e o jovem Procópio Ferreira, que com essa participação firmou seu nome no teatro. Em 1920, em sociedade com a atriz e cantora Laís Areda decidiu fundar sua própria companhia de operetas. No mesmo ano estreou “Loucuras de amor”, de Adalberto de Carvalho, no Teatro Americano cantando em dueto com a soprano Laís Areda. Em 1921, participou das montagens das óperas “Tosca”, de Puccini, e “Aida”, de Verdi, no Teatro Lírico, e de “Carmen”, no Teatro São Pedro. No mesmo ano, fez o papel título no espetáculo “O Mártir” do Calvário”, apresentado no Teatro São Pedro no Rio de Janeiro. 

Em 1922, por ocasião do centenário da Independência do Brasil gravou o “Hino da Independência”, de D. Pedro I e Evaristo da Veiga. No mesmo ano, fez sucesso com a valsa “Triste carnaval”, de Américo Jacomino e Arlindo Leal. Em 1923, em sociedade com a cantora Carmen Dora fundou nova companhia com a qual excursionou por todo o país durante os anos seguintes. No mesmo ano, fez sucesso com a canção “Caiuby (Canção da cabocla bonita)”, de Pedro de Sá Pereira. Em 1924, destacou-se com a gravação do fox-canção “O cigano”, de Marcelo Tupinambá e Gastão Barroso. Em 1925, percorreu o país com o espetáculo “O mano de Minas”, de Brandão Sobrinho e Celestino Silva. Em 1927, excursionou pelo Norte do país com um repertório de canções brasileiras. 

Em 1928, gravou as canções “Casinha da colina”, de Luiz Peixoto e Pedro Sá Pererira e “Eterna canção”, de Júlio Dantas e Marcelo Tupinambá; o samba “O que vale a nota sem o carinho da mulher?”, de Sinhô e a valsa “Raios de um olhar”, de Lamartine Babo e Lírio Panicali. Em 1929, gravou o clássico samba-canção “Linda flor”, de Henrique Vogeler e Cândido Costa. Em 1930, gravou as primeiras composições de sua autoria, o samba-canção “Vovô e vovó”, parceria com Atílio Milano e a canção “Quando te vi”. Em 1932, estreou na Columbia, onde gravou cinco discos, lançando a canção “Meu Brasil”, de Pedro de Sá Pereira e Olegário Mariano e o tango canção “Noite cheia de estrelas”, de Cândido das Neves. 

Em 1933, lançou a canção “Malandragem”, de Ary Barroso. Em 1934, tranferiu-se para a Victor, gravadora na qual permaneceu por 33 anos com um contrato de 50 mil réis mensais além da inédita clausa de percentual na vendagem dos discos. Na Victor obteve dois sucessos logo no primeiro disco, com os tangos canção “Ouvindo-te”, de sua autoria, este, gravado em dueto com a mulher Gilda de Abreu e “Rasguei o teu retrato”, de Cândido das Neves. Em 1935, cantou pela primeira vez a canção “O ébrio”, em programa na Rádio guanabara. Em 1936, gravou seu maior sucesso, a canção “O ébrio”, de sua autoria, que inspirou uma peça de teatro no mesmo ano. Em 1937, trabalhou com Gilda na ópera “Lucia de Lamenrmoor”, de Donizetti, no Teatro São Pedro. No mesmo ano, lançou outro grande sucesso de sua autoria, o tango canção “Coração materno”, inspirado em uma lenda de mais de 500 anos, segundo ele. Em 1938, voltou a gravar com a mulher Gilda de Abreu, lançando o tango “Irapuru”, de autoria dos dois. No mesmo ano, gravou de sua autoria as canções “Falando ao coração” e “Impiedosa”. Em 1939, gravou de Godofredo Santoro e Dante Santoro a canção “Ilusão de garoto” e a valsa “Martírios”. Em 1940, lançou as canções “Quero voltar”, parceria com Custódio Mesquita e Sadi Cabral e “Serenata”, de sua autoria; a valsa “Luz e sombra” e a modinha “Quando o outono chegar”, as duas últimas, parcerias com Mário Rossi. Em 1941, foi encenada a peça de teatro inspirada na canção “O ébrio”. No mesmo ano, fez sucesso com a valsa “Sangue e areia”, parceria com Mário Rossi. Lançou ainda no mesmo ano, duas composições de André Filho: a valsa “Cinzas no coração” e a canção “Cancioneiro do amor”. 

Em 1942, gravou a canção patriótica “Terra virgem”, parceria com Mário Rossi e o samba canção “Samba enciumado”, de sua autoria. Em 1943, gravou de sua autoria a canção “Jurema” e as valsas “Ilusão”, com Correia Leite e “Flor mulher”, com Osvaldo Santiago. Em 1944, gravou mais duas obras compostas em parceria com Mário Rossi, seu mais constante parceiro, a valsa “Mãos que falam” e a canção “Força de expressão”. Em 1945, fez uma versão para a canção “Granada”, de Augustin Lara. Gravou também, de Roberto Roberti e Arlindo Marques Júnior o bolero “Dois estranhos” e, de Miguel Lima e Mário Galvão o tango “Taça de fel”. 

Em 1946, foi lançado o filme “O ébrio”, baseado na canção de sua autoria com direção de sua mulher Gilda de Abreu e com ele no papel principal obtendo recordes de bilheteria. No mesmo ano, “Coração materno” foi transformado em peça de teatro. Em 1947, gravou mais duas composições feitas em parceria com Mário Rossi, as canções “Alma de palhaço” e “Sonho de artista”. No mesmo ano, estreou a  a peça “Coração materno”, no Teatro São José, em São Paulo. Em 1949, voltou a gravar com a mulher Gilda de Abreu, lançando a “Canção de amor”, de sua autoria. Em 1951, Gilda de Abreu dirigiu o filme “Coração materno”, adaptado de sua composição novamente com o cantor como estrela e com novos recordes de bilheteria. No mesmo ano, gravou de sua autoria a toada “Gaúcha que eu adoro” e a canção “Diga da janela”. 

Em 1952, regravou a modinha “Gandoleiro do amor” com música de Fábregas sobre versos de Castro Alves e a canção “Rasga o coração” e a valsa “Por um beijo”, as duas de Catulo da Paixão Cearense e Anacleto de Medeiros. Em 1954, escreveu as letras para duas valsas de Franz Lehar: “Valsa da viúva alegre” e “Conde de Luxemburgo”. Em 1956, gravou o samba “Fantasia carioca”, de Osvaldo Santiago e Alcyr Pires Vermelho e o tango “Não adianta”, de sua autoria. Em 1957, gravou o tango canção “Margarida” que fez com Zeca Ivo. No mesmo ano, gravou de Cândido das Neves as canções “Nênias” e “Em delírio”. Em 1958, gravou o samba canção “Nono mandamento”, de  René Bittencourt e Raul Sampaio e os sambas-canção “Conceição”, de Dunga e Jair Amorim e “Vingança”, de Lupicínio Rodrigues. No mesmo ano, estreou a opereta “A viúva alegre”, na TV Tupi e remontou a peça “O Mártir do calvário”, no Teatro São Pedro, em São Paulo. Ainda em 1958, o jornal O Globo publicou a seguinte nota: “Gilda de Abreu e Vicente Celestino, que se conheceram, noivaram e casaram durante as apresentações da “A canção brasileira”, no palco do Teatro Recreio, vão festejar as suas bodas de prata numa estação de rádio, a Nacional, no próximo dia 23 de setembro”. Poucos dias depois, o mesmo jornal destacava a festa realizada pelas Bodas de Prata do casal registrando a seguinte notícia: “Abrilhantada pelos alunos da professora Nícia Silva, da Escola Nacional de Música e mãe de Gilda de Abreu, e pelo coro orfeônico do Corpo de Bombeiros, realizou-se ontem na Igreja da Candelária, a missa em ação de graças pelas bodas de prata do casal Vicente Celestino. Oficiou-a dom Hélder Câmara, que, numa prática cheia de afeto e carinho, disse que, sendo Deus um grande artista, é, sem dúvida, o maior empresário de Vicente e Gilda. Entre os presentes anotamos os nomes de Paschoal Carlos Magno, deputados Rubens Berardo e Carvalho Neto, e Henriete Morineau”, concluiu o jornal O Globo. 

Sempre fiel a seu estilo, gravou também sambas e clássicos da bossa-nova como “Se todos fossem iguais a você”, de Tom Jobim e Vinícius de Morais, em 1959. Em 1960, gravou o samb-canção “Seresta”, de Ataulfo Alves.

Em 1964, teve seu aniversário de 70 anos comemorados com um programa de auditório na Rádio nacional. Em 1965, “O ébrio”, foi tema de uma novela na TV Paulista, na qual viveu o papel principal. No mesmo ano, recebeu o título de “Cidadão Paulistano” e cantou na Câmara Municipal como agradecimento. Ainda no mesmo ano, realizou um show no Cine Roma em Salvador com renda destinada às obras sociais de Irmã Dulca. Em 1966, gravou “Obrigado, meu Brasil” e “Canção da paz”, de Gilda de Abreu e Marina Ghiaroni. Em 1967, recebeu do júri do Festival Internacional da Canção o diploma de “A expressão Máxima da Canção”, na TV Globo. Ainda neste ano gravou histórico depoimento para o Museu da Imagem e do Som, testemunho, aliás, reproduzido quando do seu velório na Câmara dos Vereadores. 

Em 1968, Coração materno” foi gravada e lançada no LP-manifesto “Panis et Circensis”,  por Caetano Veloso com arranjo de Rogério Duprat como estratégia do movimento da “Tropicália”, que tinha a intenção de revolucionar os meios musicais da época. No mesmo ano, recebeu na TV Rio o Disco de Ouro, homenagem prestada pela RCA Victor. Sua discografia conta com cerca de 137 discos em 78 rpm (265 músicas), 10 compactos e 31 LPs. A partir dos anos 1990, a gravadora Revivendo vem relançando parte de sua obra em CDs. Em 2003, por ocasião dos 35 anos de sua morte foi homenageado pelo selo Revivendo com o lançamento de duas caixas contendo seis Cds com 113 faixas, a maioria obras inéditas em disco retiradas de gravações de rádio dos anos 1950 e 1960, nas Rádios Tupi e Nacional além de clássicos como “Coração materno”. Considerado pelo crítico Tárik de Souza como o “pai” do estilo brega. Em 2008, o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos publicou nota na qual afirmou: “A sepultura de Vicente Celestino no São João Batsita pode ser vendida contra a vontade dos seus parentes. Eles acusam o segundo marido de Gilda de Abreu, viúva do cantor de “O ébrio”, de querer cremar os restos mortais para vender o jazigo. O processo corre na 30º Vara Cívil. Uma sepultura simples, como a de Celestino, está valendo cerca de 150 mil”. O caso gerou uma onda de protestos, entre as quais do jornalista Ricardo Cravo Albin que realizou no Instituto Cultural Cravo Albin um ato de desagravo. Em 2012, suas interpretações para as canções “Cinzas”; “Abismo de amor”; “Entre lágrimas”; “Castelo de areia”; “Dilecta” e “Noite cheia de estrelas”, todas e Cândido das Neves, foram incluídas no CD “Cândido das Neves – Índio”, lançado pelo selo Revivendo em homenagem ao compositor Cândido das Neves.

Discografias
1994 Revivendo CD Catulo da Paixão Cearense nas vozes de Vicente Celestino e Paulo Tapajós
1993 Revivendo CD Noite cheia de estrelas
1990 Revivendo CD Vicente Celestino
1988 Edição para colecionadores LP Vicente Celestino

Os ídolos do rádio- Vol. VIII

1981 Revivendo LP Vicente Celestino
1981 Revivendo/Continental LP Vicente Celestino
1981 RCA Victor LP Vicente Celestino- Disco de Ouro (vol. 2)
1977 Abril Cultural LP Vicente Celestino- Nova História da MPB
1976 Continental LP Vicente Celestino (1894-1968)- Série Destaque nº 5
1973 RCA Victor LP Vicente Celestino- grandes intérpretes da M. P. B
1971 RCA Victor LP Alma e coração- Vicente Celestino
1971 Abril Cultural LP Vicente Celestino- História da Música Popular Brasileira- Vol. 25
1969 RCA Victor LP Tragam-me muitas rosas- Vicente Celestino
1968 RCA Victor LP 60 anos de canções- Vicente Celestino
1968 RCA Victor LP Obrigado meu Brasil- Vicente Celestino
1967 RCA Victor LP Vicente Celestino
1962 RCA Victor 78 Traga-me muitas rosas/Ilusão que passou
1961 RCA Victor 78 Ave Maria/Panis angelicus
1961 RCA Victor 78 Na casa branca da serra/Casinha da colina
1961 RCA Victor LP Vicente Celestino e suas canções célebres
1961 RCA Victor LP Vicente Celestino e suas canções célebres, vol. 2
1960 RCA Victor 78 Creio em ti/Seresta
1960 RCA Victor 78 Noite cheia de estrelas/Mia Gioconda
1960 RCA Victor 78 Peço a Deus/Desta vez
1960 RCA Candem 78 Sugestão de um sorriso/Uma página da vida
1959 RCA Victor 78 Felicidade sedutora/Meu romance
1959 RCA Victor 78 Minha serenata/Somente teu
1958 RCA Victor 78 Conceição/Vingança
1958 RCA Victor 78 Lazzarella/Napule sole mio
1958 RCA Victor 78 No país do sorriso/Sonho ou fantasia
1958 RCA Victor 78 Nono mandamento/Maria da Glória
1958 RCA Victor 78 Se todos fossem iguais a você/Alma negra
1957 RCA Victor 78 Ama-me se quiseres/Margarida
1957 RCA Victor 78 Nênias/Em delírio
1957 RCA Victor 78 Por que?/Deus do amor
1956 RCA Victor 78 Fantasia carioca/Não adianta
1955 RCA Victor 78 Lágrimas de outono/O milagre
1955 RCA Victor 78 Voa...voa.../Noite de paz
1954 RCA Victor 78 A gigolete/Viúva alegre em três minutos
1954 RCA Victor 78 Meu Brasil/Noite de lua cheia de estrelas
1954 Continental 78 Os milhões de arlequins/Último beijo
1954 RCA Víctor 78 Valsa da viúva alegre/Conde de Luxemburgo
1953 RCA Victor 78 Artista/Julieta
1953 RCA Víctor 78 Meu Brasil, terra natal/Canção de Caubi
1953 RCA Victor 78 Tentando esquecer/Beba comigo
1952 Victor 78 Canção de pierrô/A carta
1952 Víctor 78 Encantamento/História triste
1952 Víctor 78 Gondoleiro do amor/Lágrimas e risos
1952 RCA Victor 78 O meu ideal/Talento e formosura
1952 RCA Víctor 78 O que tu és/Luar do sertão
1952 RCA Victor 78 Rasga o coração/Por um beijo
1952 Victor 78 Remai, remai
1952 RCA Victor 78 Vai, ó meu amor ao campo santo/Ontem ao luar
1951 Víctor 78 Gaúcha que eu adoro/Diga da janela
1950 Victor 78 Louca de amor/Destino ingrato
1949 Victor 78 Ser ou não ser/Canção de amor
1947 Victor 78 Despeito/Alma de palhaço
1947 Victor 78 Sonho de artista/Altivez
1946 Victor 78 Altar de lama/Ilusão que passou
1946 Victor 78 Ave Maria/Porta aberta
1946 Victor 78 Mia Gioconda/Primeiro amor
1945 Victor 78 Granada/Dois estranhos
1945 Victor 78 Minha única ventura/Taça de fel
1945 Victor 78 Noite de amor/Pecaminosa
1944 Victor 78 Calvário/Perfume que acabou
1944 Victor 78 Legal com as duas/Mãos que falam
1944 Victor 78 Romance da ceguinha/Força de expressão
1943 Victor 78 Flor de sangue/Enquanto os lírios florescem
1943 Victor 78 Ilusão/Flor mulher
1943 Victor 78 Jurema/Flor do mal
1942 Victor 78 Fatalidade/À margem do igarape
1942 Victor 78 Terra virgem/Samba enciumado
1941 Victor 78 Cinzas no coração/A última estrofe
1941 Victor 78 Cinzas no coração/Cancioneiro do amor
1941 Victor 78 Tenho saudades/Sangue e areia
1940 Victor 78 Boca de rosa/Matei
1940 Victor 78 Luz e sombra/Quando o outono chegar
1940 Victor 78 Mariuccia/Passou-se o tempo
1940 Victor 78 Não te quero mais/Passou-se o tempo
1940 Victor 78 Quero voltar/Serenata
1939 Victor 78 Ilusão de garoto/Martírios
1938 Victor 78 Falando ao coração/Impiedosa
1938 Victor 78 Gilka/Lágrimas de um cego
1938 Víctor 78 Irapuru(Com Gilda de Abreu)/Tango brasileiro
1938 Victor 78 Madona/Folhas ao vento
1938 Victor 78 Se ela voltasse/Triste realidade
1937 Victor 78 Cinzas/Coração materno
1937 Victor 78 Esquecimento/Juão
1937 Victor 78 História complicada/Vagabundo
1937 Victor 78 Patativa/Botão de rosa
1937 Victor 78 Voltaste/Fidelidade
1936 Victor 78 Amo-te/Em delírio
1936 Victor 78 O Ébrio/Abismo de amor
1935 Victor 78 E nada mais!.../Castelos de areia
1935 Victor 78 Ouvindo-te (Com Gilda de Abreu)/Rasguei o teu retrato
1933 Columbia 78 Malandragem/E há muita gente por aí que sabe
1933 Columbia 78 Nas asas brancas da saudade/Renúncia em prantos
1932 Columbia 78 Cabocla serrana/Esquece
1932 Columbia 78 Entre lágrimas/Dileta
1932 Columbia 78 Meu Brasil/Noite cheia de estrelas
1930 Odeon 78 Vovô e vovó/Quando te vi
1929 Odeon 78 Linda flor
1929 Odeon 78 Lágrimas de amor/Nênias
1928 Odeon 78 A rosa vermelha/Canção bucólica
1928 Odeon 78 Amor...mulher...paixão/Abandonado amor
1928 Odeon 78 As manhãs do Galeão/Raios de um olhar
1928 Odeon 78 Bem-te-vi/Avião
1928 Odeon 78 Canção da guitarra/Último amor
1928 Odeon 78 Casinha da colina/Eterna canção
1928 Odeon 78 Foi assim/Adeus, oh terra em que nasci
1928 Odeon 78 Gostei de beijar as mulheres/L'Orloff (La Balalaika)
1928 Odeon 78 Medrosa/A luz do luar
1928 Odeon 78 O que vale a nota sem o carinho da mulher?
1928 Odeon 78 Porque te amei/Nosso amor
1928 Odeon 78 Santa/O cigano
1928 Odeon 78 Sublime canção/A casa das três meninas
1928 Odeon 78 Tenho uma cama com docel azul/Canção do cigano
1928 Odeon 78 Teu olhar/Se eu soubesse
1928 Odeon 78 Êxtase I e II
1925 Odeon 78 Canção praiana
1925 Odeon 78 Colombina
1924 Odeon 78 Como é belo amar!
1924 Odeon 78 Duquesa de Bal Tabarin-Entrada do príncipe
1924 Odeon 78 Mazurka azul
1924 Odeon 78 Meu Brasil, terra natal
1924 Odeon 78 Preso por um olhar
1924 Odeon 78 Princesa dos dollars-Canção de Fredy
1924 Odeon 78 Princesa dos dollars-Entrada Hans
1924 Odeon 78 Viúva alegre-Um conto de Danilo

(Com Laís Areda)

1923 Odeon 78 A luz do luar
1923 Odeon 78 Caiuby (canção da cabocla bonita)
1923 Odeon 78 O cigano
1923 Odeon 78 Ouvindo as ondas
1922 Odeon 78 Até as flores mentem
1922 Odeon 78 Canção do reservista
1922 Odeon 78 Hino da Independência
1922 Odeon 78 O pinhal
1922 Odeon 78 Reminiscências
1922 Odeon 78 Sonho antigo
1922 Odeon 78 Triste carnaval
1922 Odeon 78 À beira-mar
1921 Odeon 78 Do sorriso das mulheres nascem as flores
1921 Odeon 78 Fado das mãos
1921 Odeon 78 Ideal de caboclo
1921 Odeon 78 O que os teus olhos dizem
1921 Odeon 78 Paixão de artista
1921 Odeon 78 Saudade
1918 Odeon 78 Às armas
1918 Odeon 78 Canção militar (Capitão Casula)
1917 Odeon 78 Ao trono santo do Criador
1917 Odeon 78 Aos pés da cruz
1917 Odeon 78 Horas melancólicas
1917 Odeon 78 Ida
1917 Odeon 78 O capim mais mimoso
1917 Odeon 78 O seresteiro
1917 Odeon 78 Ontem ao luar
1917 Odeon 78 Porque eu fui poeta
1917 Odeon 78 Porque sorris (Sorrir dormindo)
1917 Odeon 78 Quebrei a jura
1917 Odeon 78 Samaritana (Olhos que falam)
1917 Odeon 78 Urubu subiu

(Com Bahiano)

1917 Odeon 78 Vai meu amor ao campo santo
1916 Odeon 78 Feiticeira
1916 Odeon 78 Perdão de um coração
1916 Odeon 78 Salve
1916 Odeon 78 Sonhando
1915 Odeon 78 Flor do mal
1915 Odeon 78 Os que sofrem
Obras
A carta
A gigolete (c/ Franz Lehar)
Alma de palhaço (c/ Mário Rossi)
Altar de lama
Amo-te, canção
Beba comigo (c/ Carlos Gardel e M. Romero)
Boca de rosa
Calvário
Canção de amor
Canção de pierrô (c/ Ercole Vareto)
Canção imortal
Conde de Luxemburgo (c/ Franz Lehar)
Coração materno
Despeito
Destino ingrato (c/ Roberto Font)
Deus do amor
Diga da janela
Encantamento
Enquanto os lírios florescem (c/ Mário Rossi)
Esquecimento (c/ Mário Rossi)
Falando ao coração
Fatalidade
Felicidade sedutora
Fidelidade
Flor de sangue
Força de expressão (c/ Mário Rossi)
Granada (c/ Augustin Lara)
Ilusão que passou (c/ Irani de Oliveira)
Impiedosa
Irapuru (c/ Gilda de Abreu)
Julieta (c/ Nicola Paone)
Jurema
Lazzarella (c/ R. Pazzaglia e D. Modugno)
Legal com as duas
Louca de amor
Luz e sombra (c/ Mário Rossi)
Margarida (c/ Zeca Ivo)
, Matei
Mia Gioconda
Mãos que falam (c/ Mário Rossi)
No país do sorriso
Noite de amor
Noite de paz (c/ Bixio)
Não adianta
Não te quero mais
O milagre
O ébrio
Ouvindo-te
Patativa
Pecaminosa (c/ Mário Rossi)
Por que? (c/ Pennino e De Flavis)
Porta aberta
Primeiro amor
Quando eu te vi
Quando o outono chegar (c/ Mário Rossi)
Quero voltar (c/ Custódio Mesquita e Sadi Cabral)
Samba enciumado
Sangue e areia (c/ Mário Rossi)
Se ela voltase (c/ Mário Rossi)
Sentinela do Brasil
Ser ou não ser (c/ José Bonifácio)
Serenata
Somente teu
Sonho de artista (c/ Mário Rossi)
Sonho ou fantasia (c/ F. S. ManglierI)
Tango brasileiro
Tenho saudades
Terra virgem (c/ Mário Rossi)
Valsa da viúva alegre (c/ Franz Lehar)
Viúva alegre em três minutos (c/ Franz Lehar)
Voa...voa (c/ Bixio)
Vovô e vovó
gaúcha que eu adoro
Bibliografia Crítica

ABREU, Gilda de. A Vida de Vicente Celestino. São Paulo, 1956.

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.

AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.

GUERRA, Guido. Vicente Celestino, o hóspede das tempestades. Rio de Janeiro: Record, 1994.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume1. São Paulo: Editora: 34, 1999.

VASCONCELLO, Ary. Panorama da Música Popular Brasileira – volume 2. Rio de Janeiro: Martins, 1965.