
Cantora. Compositora.
Prima de Ari Cordovil e Hervê Cordovil. Seu interesse pela música foi despertado pelo som do piano de sua mãe, ainda na infância. Aos 12 anos, começou a estudar violão. Na adolescência apresentou-se, como cantora, em festas organizadas em seu colégio, onde estudavam também Toninho Horta, Lena Horta e Milton Nascimento. Em 1969, formou-se em História pela Faculdade de Filosofia de Belo Horizonte.
Em 1965, estreou profissionalmente, ao lado de Marílton Borges, no show “Maria Maranhão”, patrocinado pela União Estadual dos Estudantes de Belo Horizonte e realizado no Instituto de Educação (MG).
Em 1967, participou do espetáculo “Taí nosso canto”, que se transformou em movimento pelo qual artistas mineiros cantavam compositores mineiros, do qual fizeram parte Milton Nascimento,Toninho Horta, Márcio Lott e Tavito, entre outros. Conseguindo destaque pessoal na imprensa, viajou para o Rio de Janeiro, onde se apresentou nos programas “Um instante, maestro” e “Rio hit parade”.
Como compositora, estreou em 1968 na versão mineira do Musicanossa (originário do Rio de Janeiro), cujos shows promoveram uma integração entre as músicas carioca e mineira da época. Por suas composições, recebeu destaque no jornal “Estado de Minas”.
Em 1969, fez parte do elenco do espetáculo “Festivaletudo”, uma sátira ao III Festival Internacional da Canção (RJ), de autoria de Alberto Francisco do Carmo, com direção musical de Toninho Horta. Em seguida, foi contratada como cantora de jingles pela produtora Bemol (BH).
Foi uma das integrantes, juntamente com Lena Horta, Lila Vate e Lídia Limp, do Quarto Canto, criado por Toninho Horta, que assinava, também, os arranjos musicais. Com o grupo, apresentou-se por várias cidades mineiras e atuou, com Marcos e Paulo Sérgio Valle, no show “Os dentes brancos do mundo”, realizado no Teatro Imprensa Oficial (BH). Participou, como cantora e compositora, do I Festival Estudantil da Canção e da fase mineira do III e do IV Festival Internacional da Canção. Sua música “Dias nas Gerais”, interpretada pelo trio vocal Umas e Outras, alcançou o 3º lugar no Festival Mineiro da Canção.
Ainda em 1969, formou-se em História pela Faculdade de Filosofia de Belo Horizonte. Ingressou no magistério e no quadro de funcionários da Caixa Econômica Estadual de Belo Horizonte.
Em 1973, desligou-se de suas atividades na Caixa Econômica e transferiu-se, por sugestão do cantor Márcio Lott, para o Rio de Janeiro, onde fez parte da banda de Osmar Milito, em shows na boate Flag.
No ano seguinte, passou a integrar a banda do maestro Edson Frederico, com quem atuou na casa noturna 706 (RJ) e com quem viajou no final do ano para Montreal (Canadá), dividindo o palco com o conjunto de Sérgio Mendes. De volta ao Brasil, desligou-se do grupo e passou a fazer parte da banda Cravo e Canela, de Reynaldo Arias, com a qual se apresentou nas boates Vivará e Don Quixote (RJ).
Em 1977, gravou o LP “Preço de cada um”. Nessa época, prestou concurso para a estatal Interbras, abandonando, em seguida, a carreira de cantora profissional.
No início da década de 1980, apresentou-se em alguns shows em Niterói e em outras cidades do Estado do Rio de Janeiro, ao lado de Roger Henri. Com o músico, compôs a canção “Deixa ficar”, classificada em 1º lugar no Festival da Petrobras, premiada também nas categorias Melhor Intérprete e Melhor Arranjo. A canção, em gravação de Nana Caymmi, fez parte da trilha sonora de “Teresa Batista”, novela levada ao ar pela TV Globo, sendo incluída, também no repertório do LP “Família Caymmi”. Mais tarde, recebeu regravação de Emílio Santiago, sendo incluída no disco “Aquarela V”. Em 1999, a gravação de Nana Caymmi fez parte do CD em que esta cantora registrou seus sucessos de novela.