
Cantora.
Participou de coros de igreja na sua cidade natal. Em 1975, transferiu-se para São Paulo (SP) com intuito de cursar Sociologia. Nessa época, começou a estudar canto.
Iniciou sua carreira artística em 1980, atuando como vocalista da banda Sabor de Veneno, de Arrigo Barnabé, com quem gravou o LP “Clara Crocodilo”, no qual, além de participar de todas as faixas, fez a voz solo em “Instante”, “Infortúnio”, “Office-boy” e “Diversões eletrônicas”.
No disco “Tubarões voadores”, lançado em 1983, tornou-se a solista do compositor. Acompanhou também Itamar Assumpção em shows e gravações.
Ao longo da década de 1980, cantou em grupos de rock paulistanos, como Magazine e Joelho de Porco.
Em 1986, lançou seu primeiro trabalho solo, o LP “Vânia Bastos”, obtendo sucesso de público e crítica. No repertório, as canções “O gato” (Roberto Riberti e Arrigo Barnabé), “Eu sou é do papai (My heart belongs to daddy)” (Cole Porter), “Esse rapaz” (Eduardo Gudin), “Detetive durão” (Hermelino Neder e Arrigo Barnabé), “O pardal” (Passoca), “Neblina” (Otávio Fialho e Carlos Rennó), “Sabor de veneno” (Arrigo Barnabé), “Zoom” (Zé Miguel Wisnik), “Kitsch” (Hermelino Neder e Luiz Pinheiro) e “Além do arco-íris (Over the rainbow)” (H.Arlen e E.Y.Harburg).
A partir de 1989, passou a contar com a produção de Eduardo Gudin, com quem, gravou, nesse ano, o LP “Eduardo Gudin & Vânia Bastos”, contendo exclusivamente canções desse compositor: “Mensagem”, “Verde” e “Paulista”, todas com Costa Netto, “Conjunto de baile” e “Confesso”, ambas com Paulo César Pinheiro, “Estrela” (c/ Roberto Riberti e Élton Medeiros), “Lenda” (c/ Roberto Riberti, Hermelino Nader e Arrigo Barnabé), “Cidade oculta” (c/ Roberto Riberti e Arrigo Barnabé), “Bem bom” (c/ Carlos Rennó e Arrigo Barnabé) e “Balãozinho”.
Em 1990, lançou o LP “Vânia Bastos”, registrando as canções “Caiaque” e “Paulista”, ambas de Eduardo Gudin e Costa Netto), “Tudo o que você é (All the things you are)” (Hammerstein II e Kern), “O rouxinol” (Gilberto Gil e Jorge Mautner), “Frou Frou” (Roberto de Carvalho e Rita Lee), “Outra estação” (Eduardo Gudin), “Sky of my blues” (Hermelino Neder, Carlos Rennó e Arrigo Barnabé), “A vizinha do lado” (Dorival Caymmi), “Não canto na chuva” (Inácio Zatz) e “Pedacinho” (Passoca).
Em 1992, gravou o CD “Cantando Caetano”, contendo as seguintes obras de Caetano Veloso: “Grafitti”, “Peter Gast”, “Trem das cores”, Muitos carnavais”, “Louco por você”, “No dia que eu vim-me embora”, “Super bacana”, “Este amor”, “Love, love, love”, “Eu te amo” e “Um dia”.
Em 1994, lançou o CD “Canta mais”, com as faixas “Canta, canta mais” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), que foi tema da novela “Éramos seis” (SBT), “Clareou” (van Lins, Vitor Martins e Aldir Blanc), “Tabu (The sweetest taboo)” (Helen Folasade Adu e Martin Ditchan), “Doce ato” (Eduardo Gudin e Sergio Natureza), “Sobre as nuvens (Evie)” (Jimmy Webb), “O relógio (El reloj)” (Roberto Cantoral), “Jongo Trio” (Eduardo Gudin), “Senhoras do Amazonas” (Belchior e João Bosco), “Som conquistador” (Eduardo Gudin), “Frevo de Orfeu” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Frevo diavo” (Edu Lobo e Chico Buarque), “Pálida” (Tavito e Aldir Blanc), “Maravilhosa cidade” (Arrigo Barnabé) e “Loosin Yelav” (Folclore armênio).
Em 1995, gravou “Vânia Bastos & cordas”, registrando canções de Tom Jobim, com arranjos orquestrais de Francis Hime: “Eu sei que vou te amar”, “Derradeira primavera”, “Eu não existo sem você” e “Estrada branca”, todas com Vinicius de Moraes), “Retrato em branco e preto” e “Sabiá”, ambas com Chico Buarque. “Olha Maria” (c/ Chico Buarque e Vinicius de Moraes), “Dindi” (c/ Aloysio de Oliveira), “Correnteza” (c/ Luiz Bonfá), “Bonita”, “Luiza” e “As praias desertas”.
Lançou, em 1997, o CD “Diversões não eletrônicas”, contendo as faixas “Música maestro” (Roberto Roberti e Marques Junior), “Ave rara” (Edu Lobo e Aldir Blanc), “Calendário lunar” (Klébi e Silvana Stievano), “Linda de lua” (Celso Viáfora e Vicente Barreto), “Pra sempre e mais um dia” (Marina Lima e Antônio Cícero), “Fim de ano” (Swami Júnior e José Miguel Wisnik), “Por um beijo” (Anacleto de Medeiros e Catullo da Paixão Cearense), “Gavião calçudo” (Pixinguinha), “Absolutamente” (Olegário Mariano e Joubert de Carvalho), “Odeon” (Ernesto Nazareth e Vinicius de Moraes), “Choro pro Zé” (Guinga e Aldir Blanc), “Valsa de Eurídice” (Vinicius de Moraes), “Meio dia, meia lua” (Edu Lobo e Chico Buarque), “O apito no samba” (Luiz Bandeira e Luiz Antônio) e “Mil vezes” (Eduardo Gudin), além da faixa-título (Arrigo Barnabé).
Em 1999, gravou um CD dedicado às compositoras brasileiras, “Belas feras”, contendo as canções “Uma antiga manhã” (Marina Lima), “Ternura (Somehow it got to be tomorrow)” (K. Karen e E. Levitt), “Namorado” (Fátima Guedes), “Rosa cálida” (Lucina e João Gomes), “Seguir o coração” (Joyce), “Alegria ocidental” (Liminha e Daniela Mercury), “Não chora nenëm” (Ivone Lara), “Ele mexe comigo” (Baby Consuelo, Galvão e Pepeu Gomes), “Forró do Zé Lagoa” (Dominguinhos e Anastácia), “Dançar pra não dançar” (Rita Lee), “Nada amor” (Klébi Nori e Eduardo Gudin), “Só nos resta viver” (Ângela RoRo), “Alegre” (Adriana Calcanhoto) e “Ô abre alas” (Folclore). Fez temporada de shows pelo país que foram assistidos por mais 160 mil pessoas.
Sob a supervisão de Eduardo Gudin, apresentou-se no Sesc Pompéia (SP), ao lado das cantoras Jane Duboc, Ná Ozzetti, Monica Salmaso, Celine Imbert, Tetê Espíndola e Myriam Peracch, e da Orquestra Jazz Sinfônica, sob a regência de João Maurício Galindo, interpretando canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, cujas partituras mantiveram os arranjos originais de Leo Peracchi para o LP “Por toda a minha vida” (1959), de Lenita Bruno. O trabalho foi lançado, em 2002, pela Dabliú Discos, no CD “Canções de Tom e Vinicius – O Mestre Leo Peracchi e a Jazz Sinfônica”. Nesse mesmo ano, gravou o CD “Vânia Bastos canta Clube da Esquina”, para o qual selecionou 11 músicas do LP “Clube da Esquina” (1972), além das canções “Nascente” (Flávio Venturini e Murilo Antunes) e “Paixão e fé” (Tavinho Moura e Fernando Brant), essa última como vinheta de abertura do disco, ambas do repertório do LP “Clube da Esquina 2” (1978). O disco, produzido por Mazola, contou a participação de Milton Nascimento, em dueto com a cantora na faixa “San Vicente” (Milton Nascimento e Fernando Brant), e Luiz Avellar (piano e arranjos).
Em 2007, lançou o CD e DVD “Tocar na Banda”, gravado ao vivo em novembro de 2005 no Teatro Sesc Vila Mariana (SP). No repertório, as canções “Chegou a bonitona” (Geraldo Pereira e José Batista), “A vizinha do lado” (Dorival Caymmi), “Eu sou é do papai” (versão de Carlos Rennó para “My Heart Belongs To Daddy”, de Cole Porter), “Nem Camões” (Eduardo Gudin e Luis Tatit), “Mal menor” (Itamar Assumpção), “Eternamente” (Tunai, Sergio Natureza e Liliane), “Casaco marrom” (Danilo Caymmi, Renato Corrêa e Guarabyra), “Trem das Cores” (Caetano Veloso), “Certas coisas” (Lulu Santos e Nelson Motta), “Luiza” (Tom Jobim), “Cidade oculta” (Arrigo Barnabé, Eduardo Gudin e Roberto Riberti), “Sonora garoa” (Passoca), “Paulista” (Eduardo Gudin e J. C. Costa Neto), “Esse rapaz” (Eduardo Gudin), “Absolutamente” (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano) e a faixa-título Adoniran Barbosa).
Lançou, em 2010, o CD ”Na Boca do Lobo”, dedicado à obra musical de Edu Lobo. No repertório, as faixas “O Circo Místico” e “Meia-noite”, ambas com Chico Buarque, “Canção do amanhecer” (c/ Vinicius de Moraes), “Vento bravo” (c/ Paulo César Pinheiro), “Negro, Negro” (c/ Capinan), “Tempo presente” (c/ Joyce), “Upa, Neguinho” (c/ Gianfrancesco Guarnieri), “Casa Forte”, “No Cordão da Saideira”, “Glória” e “Gingado dobrado” (c/ Cacaso), esta última com a participação de Edu Lobo. O disco foi produzido por Thiago Marques Luiz sob a direção musical do violonista Ronaldo Rayol.
Em 2012, dividiu o palco do espaço Sesc Rio Preto (SP) com o compositor Arrigo Barnabé.
(Participação:)