
Instrumentista.
Filho de músicos, cresceu em meio às rodas de Choro realizadas em sua casa. Sua mãe tocava bandolim e seu pai, João de Paula e Silva, tocava violão e cavaquinho.
Seu irmão gêmeo Valdir de Paula e Silva também é músico e foi um dos fundadores do grupo Chapéu de Palha.
Ganhou de sua irmã o primeiro violão de sete cordas.
Em uma época de sua vida, chegou a morar em um barraco de tábua, em Campo Grande (RJ), tendo que pescar para comer e até mesmo roubar galinha.
Na década de 1980 morou na Bahia.
Também conhecido como Valter Sete Cordas.
Tocou no grupo Suvaco de Cobra.
Iniciou sua carreira artística tocando em programas de rádios como Mayrink Veiga e Vera Cruz.
Na década de 1960 tocou no Regional do Niquinho, grupo do qual também participava seu irmão Valdir. Integrando esse grupo, participou de várias gravações realizadas pela gravadora CBS (atual Sony Music). Nesse época atuava como violonista em casas noturnas do Rio de Janeiro, entre as quais “Zicartola”, onde formou com Valdir (violão de 6 cordas) a Dupla do Barulho. Atuou também como guitarrista em várias bandas de rock, passando a adaptar, mais tarde, os solos que produzia na guitarra para o violão de sete cordas.
Tocou ao lado de Abel Ferreira, Zé da Velha, Silvério Pontes, Altamiro Carrilho, Orlando Silva, Cartola, entre outros artistas.
Integrou o grupo Fundo de Quintal, com o qual gravou dois discos.
Ao lado da dupla de Zé da Velha e Silvério Pontes, gravou os CDs “Só Gafieira” e “Tudo Dança”.
Em 2002 passou a integrar o grupo Chapéu de Palha, do qual seu Irmão Valdir de Paula e Silva foi um dos fundadores.
Em 2010 lançou o CD “YV”, ao lado de Yamandú Costa. Produzido por Marcello Gonçalves, o disco foi lançado pelo selo MP, B e distribuído pela gravadora Universal Music.
Em 2011 lançou, ao lado dos músicos Henry Lentino e Diego Zangado, o CD “Diálogos de um chorão”, que contou com as faixas “Saliente” (Jacob do Bandolim), “Naquele tempo” (Pixinguinha e Benedito Lacerda), “Valter no pop”, “Poromandinho” e “Diálogo para um mestre” (Henry Lentino), “Risque” (Ary Barroso), “Espinha de bacalhau” e “Batendo a porta” (Severino Araújo de Oliveira), “Linha de passe” (João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio). O disco, de cujo nome foi inspirado nos “Diálogos” de Platão, foi lançado pelo selo Biscoito Fino.