Cantor. Compositor. Letrista.
Filho do comerciante Antônio Augusto que se mudou para o Rio de Janrio, indo residir no bairro da Saúde, em 1951, e dois anos depois para o bairro do Riachuelo.
Estudou na Escola Bolívia
Formou-se em Filosofia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Professor de Filosofia.
Professor no Colégio Argentina.
Um dos compositores preferidos de Clara Nunes, que dele gravou várias músicas.
Em 1974, Elza Soares gravou “Debruçado em meu olhar” (c/ Romildo), no LP “Quem é bom já nasce feito”, pela gravadora Tapecar. Neste mesmo ano, Clara Nunes interpretou a sua música mais conhecida: “Conto de areia” (c/ Romildo). A música virou marca registrada da cantora, inaugurando a fase mística de sua carreira. Ainda neste ano de 1974, Elizete Cardoso incluiu “Aroeira” e “Cuíca e viola”, “Flor misteriosa” e “Água de sereno”, todas em parceria com Romildo, no LP “Feito em casa”, lançado pela gravadora Copacabana.
No ano de 1975, Clara Nunes gravou com sucesso outra parceria da dupla Romildo/Toninho, “A Deusa dos Orixás”, em seu disco “Claridade”.
Em 1976 Elizete Cardoso gravou de sua autoria “Rio seco”, parceria com Toninho Nascimento. Neste mesmo ano Clara Nunes interpretou “Fuzuê”, parceria com Toninho Nascimento.
No ano de 1977, Clara Nunes, incluiu no LP “As forças da natureza” outra composição: “Senhora das Candeias” (c/ Toninho Nascimento).
Em 1978, Roberto Ribeiro gravou “Rosas do mar” (c/ Roberto Ribeiro); no ano posterior, no LP “Coisas da vida”, interpretou “Bate coração” (c/ Roberto Ribeiro); em 1980, lançou as músicas “Vem”, “Quem sabe amanhã” e “Ebó”, todas em parceria com Roberto Ribeiro e, no ano seguinte, em seu LP “Massa, raça e emoção”, gravou “Conchas e estrelas”. Neste mesmo ano, Clara Nunes incluiu em seu disco a música “Congada” (c/ Romildo) e, em 1982, a cantora interpretou em seu disco “Nação” duas parceria de Toninho e Romildo: “Menino velho” e “Vapor de São Francisco”. Também em 1982 Ana Clara gravou “Mar do Maranhão” (c/ Noca da Portela). Logo depois, em 1983, Roberto Ribeiro, gravou outra composição sua em parceria com Toninho Nascimento, “Algemas”. Neste mesmo ano, o grupo Fundo de Quintal fez sucesso com “Primeira semente” (c/ Noca da Portela), e Jorginho do Império incluiu em seu LP “Viva meu samba”, pela gravadora Continental, a música “Casa de cômodo” (c/ Noca da Portela e Romildo).
No ano de 1984, “Lágrima morena” (c/ Roberto Ribeiro), foi incluída no LP do parceiro, lançado pela gravadora Emi-Odeon. No ano seguinte, em seu disco “Corrente de aço”, Roberto Ribeiro gravou “Chafariz” e “Miçanga”, parcerias de ambos.
Em 1987, o cantor Marcelo Guimarães gravou “Ar de revolta” (c/ Noca da Portela). Neste mesmo ano, Roberto Ribeiro no LP “Sorri pra vida”, gravou duas composições suas: “Serra, Serrinha, Serrano” e “Desbandeirar”. No ano seguinte, em 1988, vários cantores gravaram suas composições: Eliane Machado – “À benção, mãe” e “Jongueia” (ambas com Noca da Portela); Neguinho da Beija-Flor – “Festejo” (c/ Noca da Portela) e Beth Carvalho – “Milagre brasileiro” (c/ Noca da Portela). Neste mesmo ano, Roberto Ribeiro interpretou em seu LP a música “Devaneios e tramas” (c/ Roberto Ribeiro e Nélson Rufino). No ano seguinte, Dominguinhos do Estácio gravou “Cena final” (c/ Noca da Portela) e a cantora Maria Luzimar interpretou “Vovó menina” (c/ Noca da Portela).
No ano de 1990 seu parceiro Noca da Portela lançou o disco “Brasilidade”, no qual incluiu “Cabeça de porco” (Toninho Nascimento, Noca da Portela e Romildo); Nossas Senhoras das Meninas” (Toninho Nascimento e Noca da Portela) e “Moça de estrada” (Toninho Nascimento e Noca da Portela).
Beth Carvalho, em 1991, incluiu em seu CD a música “Perdas e danos” (Toninho Nascimento e Noca da Portela) e Neguinho da Beija-Flor gravou “Cenas de ciúme” (Toninho Nascimento, Noca da Portela e Tranka). Neste mesmo ano, Ana Clara lançou o CD “Ilumina”, título retirado da música homônima em parceria com Tranka e Noca da Portela. Esta música viria a ser gravada no ano seguinte, com muito sucesso, por Maria Bethânia. No ano seguinte, o Grupo Sensação gravou “Malas prontas” (Toninho Nascimento, Rico Doriléu e Noca da Portela) e o cantor Gutto interpretou “Palavras” (Toninho Nascimento e Noca da Portela). No ano seguinte, o grupo Negritude Júnior gravou “Amor pela metade” (Toninho Nascimento, Tranka e Noca da Portela) e o Grupo Geração incluiu em seu CD a música “Tambores da paz” (Toninho Nascimento, Noca da Portela e Tranka).
O grupo Razão Brasileira gravou em 1995 “Marcas do prazer” (Toninho Nascimento e Noca da Portela) e Milton Nascimento, no ano seguinte, teve a sua voz acrescida à de Clara Nunes na música “Conto de areia”, no disco “Clara Nunes com vida”, em homenagem à cantora.
Em 1996, o cantor Nego da Grande Rio gravou “Presa da paixão” (Toninho Nascimento, Noca da Portela e Tranka). No ano seguinte, Martnália no disco “Minha cara”, pela gravadora ZFM Records, interpretou “Conto de areia”. U ano depois, Martnália no disco “Minha cara”, regravou “Conto de areia”.
Alcione, homenageando Clara Nunes, lançou em 1999 o disco “Claridade”, no qual interpretou “Conto de areia”.
Entre seus muitos sucessos gravados, constam: “Fuzuê” com Clara Nunes; “Te quero ter tempero” e “Deusa do amor”, ambas com a Banda Free Samba; “Celular”, grande sucesso na voz do cantor Wander Píres e “Coisa à toa” com o novato Delano no disco “Nova chama”, pela gravadora RGE.
Em 2002, foi lançado o livro “Velhas Histórias, memórias futuras” (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, livro no qual o autor faz várias referências ao compositor.
No ano de 2003, Nilze Carvalho interpretou “A deusa dos Orixás” (c/ Romildo) no CD “Um ser de luz – saudação à Clara Nunes”.
Em 2010 o parceiro Ernesto Pires lançou o CD “Mestiço” (Selo Olho do Tempo), no qual incluiu “Pilão de baobá”, parceria de ambos. Neste mesmo ano, ao lado de Euclides Amaral, Osmar do Breque, Noca da Portela, entre outros, foi um dos convidados da cantora e compositora Eliane Faria e do percussionista Darcy Maravilha para a roda de samba Tabuleiro da Baiana, em Botafogo.
No ano de 2011 foi um dos convidados de Roberto Serrão na roda de samba “Terapia Popular”, do bar Severyna, em Laranjeira, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Entre seus parceiros constam também João do Violão, Toninho Gerais, Noca das Portela, Catoni, Sérgio Fonseca e Roberto Ribeiro.
No ano de 2012 o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Portela classificou-se, no Grupo Especial do carnaval carioca, em 6º lugar com o samba-enredo “… E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual”, de sua autoria em parceria com Wanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo e Naldo. O samba foi o ganhador dos prêmios “Estandarte de Ouro” e “Tamborim de Ouro”, ambos na categoria “Melhor Samba-enredo de 2012”. Neste mesmo ano, ao lado de Bianca Cardoso, foi um dos convidados da roda de samba “Terapia Popular”, do cantor e compositor Roberto Serrão, apresentada no Centro Cultural Memórias do Rio, na Lapa, centro boêmio do Rio de Janeiro. No ano posterior, em 2013, a Portela classificou-se em 7º lugar do Grupo Especial, desfilando com o enredo “Madureira…o meu coração se deixou levar”, do carnavalesco Paulo Menezes, em samba composto em parceria com Wanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo e André do Posto 7, tendo como cantor Gilsinho.
Em 2014 a Portela desfilou pela terceira vez consecutiva com um samba de sua autoria, classificando-se em 3º lugar, no Grupo Especial, desfilando com Um Rio de mar a mar: do Valongo à glória de São Sebastião, parceria com Luiz Carlos Máximo, Waguinho, Edson Alves e J. Amaral, tendo como intérprete Wantuir.
Entre seus intérpretes constam Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Sônia Santos, Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Elza Soares, Agepê e Roberto Ribeiro.
Tem mais de 300 músicas gravadas das suas mais de 400 compostas com vários parceiros, entre os quais Ernesto Pires, Evandro Lima, Roberto Ribeiro e Romildo.
No ano de 2024 participou do “Samba Pra Roda”, tradicional roda de samba da Rua Capiberibe, do Morro do Pinto, no bairro do Santo Cristo, no centro do Rio de Janeiro.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso – Uma vida. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, S/D.
CAMPOS, Conceição. A letra brasileira de Paulo César Pinheiro: uma jornada musical. Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2009.
COUTINHO, Eduardo Granja. Velhas histórias, memórias futuras. Rio de Janeiro: Editora Uerj, 2002.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.