
Compositor. Instrumentista (violonista e guitarrista). Cantor.
Em 1967, participou do II Festival Internacional da Canção Popular (FIC), com as músicas “Maria Madrugada” (c/ Junia Horta) e “Nem é Carnaval” (c/ Márcio Borges).
Dois anos depois, foi classificado na quarta edição do FIC, com a canção “Correntes” (c/ Marcio Borges). Também em 1969, fez sua primeira gravação, em disco de Nivaldo Ornellas.
Tornou-se bastante conhecido após sua participação no antológico disco de Milton Nascimento e Lô Borges, “Clube da Esquina”, lançado pela EMI-Odeon em 1972. Nesse disco, aparece tocando guitarra, baixo, violão, percussão ou no coro em quase todas as faixas.
Participou como instrumentista (tocando guitarra e violão) em shows de diversos artistas como Gal Costa, Nana Caymmi, Joyce e Edu Lobo.
Com Elis Regina, participou do show “Elis & Tom”, em 1970.
Em 1973, acompanhou Gal Costa no Midem, em Cannes. Nesse mesmo ano, lançou, com Beto Guedes, Danilo Caymmi e Novelli, o LP “Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta”, no qual interpretou suas composições “Meu canário vizinho azul” e “Manuel o audaz” (c/ Fernando Brant).
Em 1974, como inetgrante do grupo Som Imaginário, atuou com Milton Nascimento no show e na gravação ao vivo de “Milagres dos Peixes”.
Em 1975, firmou-se como compositor com a música “Beijo partido”, gravada por Nana Caymmi e em seguida por Milton Nascimento no álbum “Minas”. Segundo o historiador Jairo Severiano, no livro “A Canção do Tempo – vol II” (p. 209): “Beijo partido tipifica o estilo do compositor, com sua linha melódica aparentemente simples e a harmonia sofisticada”.
Apesar de ter sido eleito pela revista britânica “Melody Maker” como um dos 10 melhores guitarristas do mundo (quinto em 1977 e sétimo em 1978), seu primeiro disco solo, “Terra dos Pássaros”, só foi lançado em 1980, assim mesmo de forma independente, o que na época era uma façanha. Nesse mesmo ano, lançou o LP “Toninho Horta”.
Em 1983, recebeu o título de “Cidadão Honorário da Cidade de Austin”, nos Estados Unidos.
Em 1985, fez a direção musical da gravação de “A hora da estrela”, espetáculo com textos de Clarice Lispector, interpretados por Maria Bethânia.
No ano seguinte, organizou o I Seminário Brasileiro de Música Instrumental de Ouro Preto, patrocinado pela Ufop (Universidade Federal de Ouro Preto) e pelo Ministério da Cultura (Ministério Brasileiro de Educação e Cultura), que ficou conhecido como Festival de Inverno de Ouro Preto.
Em 1988, lançou o LP “Diamond Land”.
Em 1989, fez a direção musical do projeto “Planeta Terra”, no concerto realizado com a Orquestra Sinfônica Jovem de Campinas no Parque do Ibirapuera (SP), apresentado para uma platéia de 50 mil pessoas. O espetáculo, do qual participou ao lado de Nelson Ares, Nivaldo Ornellas e Marcio Montarroyos, teve registro no LP “Concerto Planeta Terra”, que incluiu sua composição “Terra”. Nesse mesmo ano, lançou o LP “Moonstone”.
A partir de 1990, passou a residir em Nova York, onde travou amizade com o guitarrista americano Pat Metheny, com quem partilha de grande afinidade musical. Ao lado do guitarrista, formou um duo apresentando-se durante a cerimônia de casamento do ator Robert Duvall.
Entre outros eventos, foi convidado pelos Grupos Japoneses Unicon e Polydor para participar do CD “A Big Hand for Hanshin”, em benefício das vítimas de Kobe, ao lado de Herbie Hancock, Keith Jarret, Pat Metheny e Ryuich Sakamoto.
Na década de 1990, excursionou por vários países, como Inglaterra, Rússia, Japão, Coréia, Finlândia, Eslováquia, Eslovênia , Croácia, Itália, Holanda, Bélgica, Suíça, Áustria e EUA. No exterior, participou ainda de shows e gravações com inúmeros artistas, entre eles: Pat Metheny, George Duke, Sergio Mendes, Manhatan Transfer, Orquestra de Gil Evans, Akiko Yano, Flora Purim, Astrud Gilberto, Joe Pass, Naná Vasconcelos, Paquito de Rivera, Airto Moreira, Wayne Shorter e Eliane Elias.
Ainda na década de 1990, lançou os CDs “Once I loved” (1992), ao lado de Gary Peacock e Billy Higgins, “Durango Kid-Part I” (1993), “Live in Moskow” (1994), “Qualquer canção Chico Buarque” (1994), ao lado de Carlos Fernando (do grupo Nouvelle Cuisine), “Foot on the road” (1994), “Durango Kid-Part II” (1995), “Sem você” (1995), interpretando canções de Tom Jobim ao lado de Joyce, “Serenade” (1997), “Flávio Venturini e Toninho Horta no Circo Voador” (1997) e “From Ton to Tom-A tribute a Tom Jobim” (1998).
Em 1992, acompanhou Marisa Monte no Royal Festival Hall, em Londres e, no ano seguinte, Caetano Veloso, no Festival Viva Brasil, em Bruxelas.
Apresentou-se no Blue Note, em Tokyo, ao lado de Joyce, em 1995. Neste mesmo ano, foi o criador do “Livro da Música Brasileira”, um compêndio com 400 registros dos trabalhos da maioria dos compositores brasileiros mais importantes, projeto patrocinado pela Secretaria de Cultura de Minas Gerais e pela Ufop.
Em 2000, participou das eliminatórias do Festival da Música Brasileira (Rede Globo), com a música “Amor é pra se amar”, interpretada por sua filha Luísa, que na época tinha 16 anos de idade. Nesse mesmo ano, finalizou o “Livrão da Música Brasileira”, a versão nacional do Real Book americano. O livro, que teve como revisor o compositor e professor Ian Guest, recebeu apoio da Secretaria de Cultura de Minas Gerais. Também em 2000, lançou o CD “Quadros modernos”, com Chiquito Braga e Juarez Moreira, com os quais se apresentou pelo Brasil em show de lançamento do disco.
Em 2004, lançou, ao lado do compositor cearense Felipe Cordeiro, o CD “Com o pé no forró”, contendo suas canções “Pecém”, “A magia do olhar”, “Festa em Olinda”, “Morena bonita”, “Uma canção na estrada”, “Sanfona Sanfoneiro”, “Amar como te amo”, “Viva Dominguinhos” e a faixa-título, todas com Felipe Cordeiro, e “Castanhão” (c/ Felipe Cordeiro e Fagner), Além de “Asa branca” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) e “A vida do viajante” (Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil).
Ainda nos anos 2000, lançou o CD “Duets” (2005), em parceria com Nicola Stilo, e o CD “Toninho Horta em Viena” (2007).
Em comemoração aos seus 40 anos de carreira artística, lançou, em 2011, o DVD “Ton de Minas”, resultado da turnê de mesmo nome, com 16 músicas, o making of do show, fotos do artista e uma entrevista em que ele fala de sua trajetória no cenário musical brasileiro. Fez show de lançamento do DVD no Teatro Alterosa, em Belo Horizonte. Nesse mesmo ano, foi lançado o CD “Duduka da Fonseca Trio plays Toninho Horta”, pelo trio integrado por Duduka da Fonseca (bateria), David Feldman (piano) e Guto Wirtti (contrabaixo), com suas composições “Aqui, Oh!” (c/ Fernando Brant), “Moonstone” (c/ Cacaso), “Waiting for Antela” (c/ Joyce), “Bicycle Ride”, “Moonstone”, “Francisca”, “Aquelas coisas todas”, “De Tom pra Tom”, “Luisa” e “Retrato do gato”.
Com vários discos lançados no exterior, em países como Estados Unidos e Japão, construiu uma sólida carreira internacional.
Toninho Horta e Felipe Cordeiro
Joyce e Toninho Horta
Carlos Fernando e Toninho Horta
Toninho Horta, Gary Peacock e Billy Higgins
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
SEVERIANO, Jairo e HOMEM DE MELLO, Zuza. A canção no tempo vol. 2. São Paulo: Editora 34, 1998.