Cantor. Compositor.
Nasceu em Belo Horizonte.
Em 1979 saiu de casa e foi para o Rio de Janeiro.
Passou por várias dificuldades ao chegar ao Rio de Janeiro dormindo na rua e em casa abandonada em Ipanema.
No Rio de Janeiro conheceu o compositor do Império Serrano Beto Sem Braço, que o levou para participar dos “pagodes da tamarineira”, como era chamada a roda de samba que alguns frequentadores do futebol faziam no bloco carnavalesco Cacique de Ramos, no subúrbio de Ramos. Freqüentando esta roda de samba conheceu Zeca Pagodinho, Almir Guinéto, Jorge Aragão, Bira Presidente, Deni de Lima, Mauro Diniz, Jovelina Pérola Negra, Arlindo Cruz e outros que também participaram do início do “Pagode” no Rio de Janeiro.
Em 1986 com a composição “O rato roeu”, de sua autoria, participou da coletânea “Na aba do pagode”. Por essa época, Agepê interpretou de sua autoria “Me leva”, que fez relativo sucesso.
No ano de 1995 sua composição “Mulheres”, foi incluída no CD “Tá delícia, tá gostoso”, de Martinho da Vila. Este CD atingiu a marca de mais de um milhão e meio de cópias vendidas graças ao sucesso desta música.
Em 1999, no disco “3.0 Turbinado ao Vivo”, Martinho da Vila incluiu “Coração de louça” (Toninho Gerais, Paulinho Rezende e Martinho da Vila). Em 2001 lançou o CD “Samba de botequim”, no qual foram incluídas de sua autoria “Arca de partideiro”, “Terça parte” (c/ Alceu Maia), “Dona de casa” (c/ Canário) e ainda “Mel e pimenta”, de autoria de Noca da Portela e Toninho Nascimento. Neste disco, também regravou o seu principal sucesso “Mulheres”. O CD foi lançado no Espaço Cultural Constituição, na Rua da Constituição, centro do Rio de Janeiro. Neste show contou com as participações especiais de Barberinho do Jacarezinho, Luiz Grande e Marcos Diniz.
No ano de 2002 lançou o CD “Samba de botequim” no Bar Mistura Fina, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Na ocasião, recebeu como convidados Serginho Meriti, Luiz Airão, Dunga, Alceu Maia, Délcio Carvalho e Noca da Portela. Neste mesmo ano, com direção de Túlio Feliciano, fez o lançamento do CD no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro. Neste show interpretou composições de sua autoria que foram sucesso com grandes artistas da MPB: Zeca Pagodinho, Emílio Santiago, Simone, Agepê, Bezerra da Silva, Martinho da Vila e Neguinho da Beija-Flor, entre outros, além de composições do disco.
Em 2005, ao lado de de outros convidados como Walter Alfaiate, Noca da Portela, Luiz Carlos da Vila, Rico Doriléu, Darcy da Mangueira e Roberto Serrão, foi um dos convidados de Chico Salles no “Projeto sambando no forró”, apresentado no Espaço Armazém Enseada, no Rio de Janeiro.
Em 2009 lançou o CD “Preceito” no qual interpretou diversas composições inéditas e regravações de alguns de seus sucessos, tais como “Pago pra ver” e “Seu balancê” (gravadas por Zeca Pagodinho), “Tudo que sou” (gravada por Aline Calixto) e ainda “Partido remendado”, gravada por ele mesmo anteriormente.
Tem mais de 200 músicas gravadas por diversos artistas de renome: Zeca Pagodinho (Seu balancê), Martinho da Vila (Mulheres e Hoje tem amor) e Agepê (Me leva).
Em 2011 apresentou-se ao lado dos músicos da roda do Samba Santa Luzia em vários Sesc´s da cidade do Rio de Janeiro, dentre os quais estavam incluídos o Teatro Sesc Ginástico, Sesc Madureira, Sesc Ramos e Sesc Tijuca. Nesse ano sua gravação de Martinho da Vila da música “Mulheres”, de sua autoria, entrou para a trilha do CD de sambas da novela “Insensato Coração”, da Rede Globo. Realizou uma temporada de shows quinzenais às quintas-feiras, na casa de shows Carioca da Gema, acompanhado dos músicos Papau (pandeiro), Carlinhos Sete Cordas (violão), Marcos Basílio (surdo), Alexandre Caldi (sopros), Marcelo Pizzotti (tantan) e Márcio Almeida (cavaquinho).
Entre seus parceiros constam Nélson Rufino, Paulinho Rezende, Roque Ferreira e Toninho Nascimento.
Em 2012 apresentou o show “Preceito” no Renascença Clube, no Rio de Janeiro, recebendo como convidados os cantores Nelson Rufino, seu parceiro na faixa “Pago pra ver”, Marcos Sacramento e Aline Calixto. Nesse mesmo ano participou da gravação do CD/DVD “Moacyr Luz e o Samba do Trabalhador”, gravado ao vivo no Renascença Clube, sob a regência do maestro Rildo Hora, no qual interpretou a música “De bar em bar”, de sua autoria com Roque Ferreira. O disco foi lançado em 2013 pelo selo Lua Music.
Em 2014 lançou o CD autoral “Tudo que sou”, no qual incluiu as músicas “Se a fila andar” (c/ Paulinho Rezende), “Caixa de Pandora” (c/ Paulinho Rezende), “Alma Boêmia” (c/ Paulinho Rezende), “Rainha ginga” (c/ Toninho Nascimento), “Tudo que sou” (c/ Toninho Nascimento), “Herdeiro de Jubiabá” (c/ Toninho Nascimento), “Nas malhas do destino”, “Obaxirê” (c/ Roque Ferreira), “Caminhos” (c/ Toninho Nascimento), “O que é meu” (c/ Toninho Nascimento), “No balaio da quitanda” (c/ Roque Ferreira), “Fogão de lenha” (c/ Toninho Nascimento), “Cada cabeça seu guia” (c/ Caros Caetano), “Giramundo” (c/ Toninho Nascimento) e “Coração levado” (c/ Paulinho Rezende).
Em 2016 lançou o CD “Estação Madureira”, produzido por Alessandro Cardozo, com músicas autorais e a regravação de “Caninana” (Chico Alves e Marco Pinheiro). O show de lançamento do disco foi apresentado na casa de shows Vivo Rio, no Rio de Janeiro.
Em 2021 lançou o CD “Tudo que sou, Vol. 1: Fragmentos”, gravado ao vivo no Cacique de Ramos, no Rio de Janeiro, com participação especial de Xande de Pilares na faixa “O rato roeu”.
Em 2022 lançou, em parceria com o cantor e compositor Chico Alves, o CD “Aluayê, os novos afro-sambas”, inspirado no disco “Os afro-sambas”, lançado em 1966 por Baden-Powell e Vinicius de Moares. Com dez faixas autorais, o disco contou também com a adesão do Trio Janaju, formado pelo maestro Jaime Alem e pelas cantoras Nair Cândia e Jurema de Cândia.
Em 2024 lançou o álbum “O amor dos poetas”, com 12 faixas, dentre as quais “Seu Zé”, com mais de 120 mil audições na plataforma Spotify.
(c/ Chico Alves)
(vários)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.