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Nome Artístico
Tom Zé
Nome verdadeiro
Antônio José Santana Martins
Data de nascimento
11/10/1936
Local de nascimento
Irará, BA
Dados biográficos

Compositor. Cantor. Arranjador. Ator.

Estudou na Universidade Federal da Bahia, onde teve aulas com H. J. Koellreuther, Walter Smetak, Ernst Widmer, Jamary Oliveira, entre outros. Tornou-se membro fundador do Grupo de Compositores da Bahia (música erudita), ao lado de Milton Gomes, Lindebergue Cardoso, Rinaldo Rossi, Nicolau Kokron e Ernst Widmer. Com este grupo, participou do concerto realizado pela Orquestra Sinfônica da UFBA. Foi professor de Contraponto e Harmonia na Escola de Música da universidade Federal da Bahia. Integrou, como violoncelista, a Orquestra Sinfônica da UFBA e a Orquestra de Estudantes da mesma universidade. Participou como compositor de concertos realizados em 50 escolas de Salvador, na Bahia.

Dados artísticos

No início da década de 1960, conheceu Gilberto Gil, Gal Costa, Caetano Veloso e Maria Bethânia.

 

Em 1964, participou do espetáculo “Nós, por exemplo”, que marcou a inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador, onde se apresentou ao lado de Caetano, Gal Costa, Maria Bethânia, Djalma Corrêa, Alcivando Luz, Piti, Fernando Lona e Gilberto Gil. Nesse ano, o grupo ainda apresentou, no mesmo teatro, o show “Nova bossa velha, velha bossa nova”.

 

Em São Paulo, participou, ao lado de Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso e Piti, de outro espetáculo, “Arena canta Bahia”, dirigido por Augusto Boal e apresentado no TBC, antigo palco do Teatro Brasileiro de Comédias, em São Paulo.

 

Em 1968, lançou, ao lado de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, dos poetas letristas tropicalistas Torquato Neto e Capinam, e dos maestros e arranjadores Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzella, o LP manifesto “Tropicália ou panis et circensis”, no qual o grupo firmou as bases do Tropicalismo. Nesse mesmo ano, participou do IV Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Record de São Paulo, obtendo a primeira colocação com sua composição “São São Paulo, meu amor”, e a quarta colocação com “2001”, em parceria com Rita Lee, defendida pelo grupo Os Mutantes, e que também levou o Prêmio de Melhor Letra. Seu primeiro LP individual, “Tom Zé”, foi lançado ainda em 1968.

 

Na década de 1970, fundou em São Paulo a Escola Popular Sofisti-Balacobaco – Muito Som e Pouco Papo. Participou ainda, como ator e cantor, da peça musical “Rock horror show”, dirigida por Rubens Corrêa, no Teatro da Praia, Rio de Janeiro.

 

Em 1973, lançou “Todos os olhos”. O disco não foi bem recebido por parte do público e da crítica, sendo considerado inovador demais. A partir daí, ao contrário dos seus amigos baianos Gal, Gil, Caetano e Bethânia, afastou-se da mídia.

 

Em 1977, trabalhou na agência de publicidade DPZ, ao lado de Washington Olivetto, Roberto Dualibi, F. Petit e Zaragoza.

 

Na década de 1980, trabalhou com música experimental. Nessa época, realizou um concerto no Teatro Municipal de São Paulo, exibido pela TV Cultura.

 

Ao final da década de 1980, foi descoberto pelo músico americano David Byrne, que comprou em um sebo seu LP “Estudando o samba”, lançado em 1974 pela Continental. As inovações propostas nesse disco levaram Byrne a lançar o compositor no mercado internacional.

 

Em 1990, lançou pelo selo Luaka Bop o disco “The Best of Tom Zé”, que foi aclamado pela crítica, ficando entre os 10 melhores da década em todo o mundo na avaliação da revista Rolling Stone. A partir disso, excursionou pela Europa e Estados Unidos durante toda a década de 1990.

 

Foi contemplado com o Prêmio de Criatividade em Telluride, no Colorado, EUA, no festival Composer to Composer, ao lado de músicos eruditos e/ou de vanguarda de todo o mundo.

 

Em 1993, apresentou-se em concerto no Moma (Museu de Arte Moderna de Nova York), sendo o primeiro e único músico brasileiro a se apresentar nesse espaço, onde não se fazem apresentações musicais habitualmente. Foi também o primeiro e único compositor da América Latina a se apresentar no altamente seletivo Walker Art Center, Minneapolis, que convoca apenas nomes como Phillip Glass, John Cage e Bob Wilson.

 

No ano seguinte participou, como ator, do filme “Sábado”, de Ugo Georgetti.

 

Em 1997, compôs para o Grupo Corpo a trilha sonora “Parabelo”, em parceria com José Miguel Wisnik. Com esse trabalho, recebeu o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), sendo também indicado para o Prêmio Sharp.

 

No ano seguinte, a APCA lhe conferiu o Grande Prêmio da Crítica, na categoria Música.

 

Ainda na década de 1990, participou do “Abril Pró-Rock” e realizou turnê nos Estados Unidos, acompanhado pelo grupo de vanguarda Tortoise.

 

Transformou-se num “ícone musical dos EUA”, segundo diversos críticos. A publicação “Rolling Stone” classificou o CD “The Best of Tom Zé”, único representante da música brasileira, como um dos 10 discos da década.

 

Recebeu o Troféu Cidadão-Artista, em companhia de Eduardo Suplicy e de outros brasileiros.

 

Em 1999, lançou no Brasil o CD “Com defeito de fabricação”, pela Trama, voltando a ganhar espaço na mídia brasileira. O disco obteve classificação de quatro estrelas da publicação “Rolling Stone” e recebeu críticas favoráveis das publicações “Spin”, “NY Times”, “Village Voice” e “Billboard” (EUA, “Les Inrockuptibles”).

 

Em 2000, lançou o CD “Jogos de armar (Faça você mesmo)”, contendo suas canções “Passagem de som” (c/ Gilberto Assis), “Peixe viva (Iê-quitíngue)” (c/ Zé Miguel Wisnik), “Jimi renda-se” (c/ Valdez, “Chamegá” (c/ Vicente Barreto), “Desafio” (c/ Gilberto Assis), “Conto de fraldas”, “Medo de mulher”, “O PIB da PIB (Prostituir)” (c/ Alê Siqueira e Sérgio Molina), “Cafuas, guetos e santuários”, “A chegada de Raul Seixas e Lampião no FMI”, “Perisséia” (c/ Capinan) e “Sonhar (Sonho da criança-futuro-bandido da favela, na noite de Natal)” (c/ Sérgio Molina), além de “Pisa na fulô” (Silveira Júnior, João do Valle e Ernesto Pires) e “Asa branca” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).

 

Lançou, em 2002, o CD “Santagustin”.

 

No ano seguinte, lançou o CD “Imprensa cantada” e o o livro “Tropicalista Lenta Luta” (Publifolha). Também nesse ano, lançou o DVD “Jogos de armar”, registro do show homônimo.

 

Em 2005, lançou o CD “Estudando o Pagode – Segregamulher e Amor”, contendo 16 faixas inéditas, como “Quero pensar”, “Duas opiniões” e “Prazer carnal”. O disco, produzido por Jair Oliveira, contou com a participação de Luciana Mello, Zélia Duncan, Patrícia Marx e Suzana Salles. Nesse mesmo ano, participou do Festival de Banlieues, na França.

 

Lançou, em 2006, o CD “Danç-Êh-Sá – Pós-Canção/Dança dos Herdeiros do Sacrifício/7 Caymianas para o Fim da Canção”, contendo sete pós-canções sem letras mas com ruídos vocais, além de textos e sub-textos, transitando pelo terreno da música eletrônica com forte base percussiva: “Uai-uai – Revolta Queto-Xambá 1832”, “Atchim – Revolta Paiaiá 1673”, “Triú-triii… – Revolta Malê 1835”, “Cara-cuá – Revolta Nagô-Oió 1830” e “Abrindo as urnas – Encourados de Pedrão 1823”, todas com Paulo Lepetit, “Acum-mahá – Revolta Jege-Mina-Fon 1834” e “Taka-tá – Revolta Banta 1910”.

 

Em 2007, ganhou o 27º Prêmio Shell de Música, que teve entre os jurados desta edição a cantora Zélia Duncan, o pesquisador e crítico musical Rodrigo Faour e o músico Ricardo Silveira. Nesse mesmo ano, estreou no circuito cinematográfico o documentário “Fabricando Tom Zé”, do cineasta paulista Décio Matos Jr., centrado na turnê realizada pelo artista na Europa no ano de 2005. O longa foi eleito Melhor Documentário pelo júri popular do Festival do Rio de 2006. Também em 2007, realizou, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, o show que marcou a estréia do projeto “Independência ou Morte? – outros caminhos da música brasileira”, que teve como objetivo discutir a importância da música independente no Brasil, por meio de shows e debates. Também no mesmo projeto, participou, ao lado de Carlos Eduardo de Andrade (presidente da Associação Brasileira de Música Independente, ABMI), Benjamin Taubkin (músico e fundador da ABMI) e o produtor musical Alexandre Fontanetti, com mediação de Kid Vinil, de debate sobre música independente.

 

Lançou, em 2010, o DVD ao vivo “O pirulito da ciência” (Biscoito Fino), revendo sua trajetória de 50 anos de carreira. No repertório, 24 canções, entre as quais: “Nave Maria”, “Classe operária”, “Ui! (Você inventa)”, “Menina Jesus”, São, São Paulo”, “Síncope Joãobim” e “Lavagem da Igreja de Irará”. Mantém na internet o blog “tom-ze.blog.uol.com.br “, espaço em que propõe a seus leitores a leitura e a discussão de livros de autores brasileiros. Nesse mesmo ano, seu disco “Todos os olhos”, de 1973, foi reeditado em vinil, dentro da série “Clássicos em Vinil”, da Polysom.

 

Em 2011, foi lançada nos Estados Unidos a caixa de sete discos de vinil “Studies of Tom Zé – Explaining things so I can confuse you”. Nesse mesmo ano, apresentou-se no Alice Tully Hall, no Lincoln Center Festival, em Nova York. Também em 2011, fez show no Circo Voador, no Rio, acompanhado por Cristina Carneiro (teclado), Renato Léllis (guitarra), Felipe Alves (baixo), Jarbas Mariz (cavaquinho e percussão) e Lauro Léllis (bateria).

 

Em 2012, lançou o CD “Tropicália Lixo Lógico”, com suas canções “NYC Subway Poetry Department” (c/ Henrique Marcusso), “Apocalipsom A (O fim no palco do começo)”, “Capitais e tais”, “Tropicalea Jacta Est”, “O motobói e Maria Clara”, “Marcha-enredo da Creche Tropical”, “Amarração do amor”, “Não tenha ódio no verão”, “Jucaju”, “De-de-dei Xá-xá-xá”, “A Terra, meus filhos”, “Debaixo da marquise do Banco Central”, “Navegador de canções”, “Aviso aos passageiros”, “Apocalipsom B (O começo no palco do fim)” e a faixa-título. O disco contou com a participação de Emicida (nas faixas “Apocalipsom A (O fim no palco do começo)” e “Apocalipsom B (O começo no palco do fim)”), Mallu Magalhães (nas faixas “Tropicalea Jacta Est” e “O motobói e Maria Clara), Washington (na faixa “Tropicália Lixo Lógico”), Pélico (na faixa “De-de-dei Xá-xá-xá”) e Rodrigo Amarante (na faixa “NYC Subway Poetry Department”). O CD “Tropicália lixo lógico” figurou na relação “Os Melhores Discos de 2012” – assinada pelos jornalistas Bernardo Araújo, Carlos Albuquerque, Leonardo Lichote e Sílvio Essinger -, publicada na edição de 30 de dezembro desse mesmo ano do Jornal “O Globo”.

 

Em 2013, após polêmica na internet criada por um grupo de fãs que o criticou por ter atuado como narrador em um comercial da Coca-Cola, lançou o EP “Tribunal do Feicebuqui”, contendo suas canções “Zé a zero” (c/ Segreto e Tim Bernardes), “Taí” (c/ Segreto) e “Irará iralá”, além de “Papa Francisco” (Tim Bernardes) e “Tom Zé Mané” (Segreto, Tatá Aeroplano, Gustavo Galo e Emicida). Nesse mesmo ano, foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Álbum Pop/Rock/Reggae/HipHop/Funk, pelo CD “Tropicália Lixo Lógico”, produzido por Daniel Maia.

 

Em 2014, lançou o disco “Vira lata na Via Láctea”. Composto apenas por múscas inéditas, o trabalho seguiu a mesma proposta do EP lançado em 2013: ativar e estabelecer a conexão com a chamada Geração Y, trazendo à tona temas como internet, mensagens inbox e até o Papa Francisco.

Ao longo das 14 faixas, o músico divide os vocais com nomes consagrados como Milton Nascimento (em “Pour Elis”) e Caetano Veloso (em “A pequena suburbana”) e, também, talentos da nova geração como Criolo (em “Banca de jornal”), Trupe chá de boldo (em “Irará irá lá”), O terno (em “Papa perdoa Tom Zé”) e Filarmônica de Pasárgada (em “Guga na lavagem), entre outros.

Em 2016, iniciou a turnê “Eu cantando para os meus”, apresentando-se no Circo Voador, no RJ. Para o repertório, releituras de músicas já consagradas.  Ainda em 2016, lançou o disco de inéditas “Canções eróticas de ninar”, pela gravadora CIRCUS, com produção de Paulo Lopetit e Daniela Maia. O CD e LP contou com 13 faixas, sendo elas  “Sexo”, “Descaração familiar”, “Urgência didática” (c/ Marcelo Segreto), “Sobe ni mim”, “Orgasmo terceirizado”, “USP x GV”, “No tempo em que ainda havia moça feia”, “Dedo”, “Arroz, lenda e buquê”, “Por baixo”, “Cadê, mané?”, “Levada: sobe ni mim” e “Um Circo Voador”. No ano seguinte, em 2017, o disco foi incluído na lista de indicados, na categoria “Pop/rock/reggae/hip hop/funk”, ao “28º Prêmio da Música Brasileira”. Além disso, a música “Descaração familiar” também foi incluída na lista de indicadas à melhor canção. Neste mesmo ano juntou-se a Paulo Lepetit e compôs “Queremos as delações”, música com teor político e com o objetivo de cobrar ações imediatas da operação Lava Jato, uma série de investigações contra um esquema de lavagem de dinheiro e propina que movimentou milhões de reais. Poucas semanas mais tarde, lançou no Sound Cloud, aproveitando o momento pré-carnaval, a marchinha “Homologô”, com arranjo de Daniel Maia, na qual seguiu cobrando agilidade nessas mesmas investigações e punições para os políticos envolvidos. Também em 2017, apresentou o show “Canções eróticas de ninar”, na Caixa Cultural, Rio de Janeiro. No espetáculo, o qual fazia parte da turnê que comemorava seus 80 anos de idade, foram executadas músicas do disco mais recente e alguns sucessos do artista, como “Augusta, Angélica e Consolação” e “2001” (c/ Rita Lee). O show contou com o acompanhamento da mesma banda que gravou o disco, formada pelos músicos Cristina Carneiro (teclado e voz), Jarbas Mariz (percussão, bandolim, viola de 12 cordas e voz), Daniel Maia (guitarra e voz), Felipe Alves (instrumentos experimentais berimblanck, buzinório e voz) e Rogério Bastos (bateria), além do próprio Tom Zé nos vocais.

Em 2018, em entrevista à colunista Mônica Bergamo do jornal Folha de São Paulo, declarou, “Tom Zé é um medroso e não fala mais de política”. Na ocasião afirmou que “ficou covarde” após ter sido atacado na internet devido a suas músicas sobre o presidente Michel Temer. Ainda no mesmo ano, realizou show comemorativo de 50 anos do LP “Grande Liquidação” (1968) e apresentou-se no festival “João Rock 2018”, ao lado de Gilberto Gil, Mutantes, Criolo, Planet Hemp, Raimundos, Skank e Pitty, celebrando 50 anos de Tropicália. Foi acompanhado por Jarbas Mariz (viola 12 cordas, bandolim, percussão e vocal), Daniel Maia (guitarra e vocal), Cristina Carneiro (teclado e vocal), Felipe Alves (baixo e vocal) e Fábio Alves (bateria).

Em 2019 o jornalista italiano Pietro Scaramuzzo lançou o livro “Tom Zé, l’ultimo tropicalista”, lançado na Itália, com prefácio de David Byrne. A biografia autorizada reuniu histórias sobre a infância do cantor em Irará (BA), anedotas tropicalistas, depoimentos de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Arto Lindsay, Luiz Tatit, Whashington Olivetto, Zé Miguel Winisk e do biografado.

Discografias
2016 CIRCUS CD Canções eróticas de ninar
2016 CIRCUS LP Canções eróticas de ninar
2014 Onerpm. CD Vira lata na Via Láctea.
2013 Tribunal do Feicebuqui (Tom Zé) – Independente – EP
2012 Tropicália Lixo Lógico (Tom Zé) – Independente – CD
2011 Studies of Tom Zé - Explaining things so I can confuse you (Tom Zé) – Luaka Bob/EUA – caixa com sete discos de vinil
2010 Biscoito Fino O pirulito da ciência (Tom Zé)
2006 Tratore CD Danç-Êh-Sá - Pós-Canção/Dança dos Herdeiros do Sacrifício/7 Caymianas para o Fim da Canção (Tom Zé)
2005 Trama CD Estudando o Pagode-Segregamulher e Amor (Tom Zé)
2003 Trama CD Imprensa cantada (Tom Zé)
2003 Trama DVD Jogos de armar (Tom Zé)
2002 BMG Brasil CD Eu vim da Bahia (Vários artistas) - participação
2002 CD Santagustin (Tom Zé)
2000 Trama CD Jogos de armar (Faça você mesmo) (Tom Zé)
1998 Luaka Bop/WEA CD Com defeito de fabricação (Tom Zé)
1998 CD No jardim da política (Tom Zé)
1997 Continental/Warner Music CD Parabelo - Trilha sonora da Cia. De Dança Grupo Corpo (Tom Zé e José Miguel Wisnik)
1994 Warner CD Tom Zé (Tom Zé) - coletânea
1992 Luaka Bop/Warner Bros CD The Hips of Traditions - The return of Tom Zé (Tom Zé)
1990 Independente LP Cantando com a platéia (Tom Zé e Gereba)
1990 Luaka Bop/Warner Bros CD The Best of Tom Zé (Tom Zé) - coletânea
1984 RGE Nave Maria (Tom Zé)
1978 Continental Correio da estação do Brás (Tom Zé)
1976 Continental Estudando o samba (Tom Zé)
1973 Continental Todos os olhos (Tom Zé)
1972 Continental Tom Zé-Se o caso é chorar (Tom Zé)
1970 RGE Tom Zé (Tom Zé)
1968 Rozemblit Tom Zé (Tom Zé)
1968 Philips LP Tropicália ou panis et circensis (Vários artistas) - participação
Obras
2001 (c/ Rita Lee)
A Terra, meus filhos
A babá
A boca da cabeça
A briga do edifício Itália com o Hilton Hotel
A chegada de Raul Seixas e Lampião no FMI
A dor é curta e o nome comprido (c/ Odair Cabeça de Poeta)
A gravata
A moreninha
A pequena suburbana
A quantas anda você?
Abrindo as urnas - Encourados de Pedrão 1823 (c/ Paulo Lepetit)
Acalanto nuclear
Acum-mahá - Revolta Jege-Mina-Fon 1834
Amar
Amarração do amor
Apocalipsom A O fim no palco do começo
Apocalipsom B O começo no palco do fim
Arroz, lenda e buquê
Arroz, lenda e buquê
Atchim – Revolta Paiaiá 1673 (c/ Paulo Lepetit)
Augusta, Angélica e Consolação
Aviso aos passageiros
Banca de jornal
Bendegó (c/ José Miguel Wisnik)
Botaram tanta fumaça
Brigitte Bardot
Buxixo na aldeia (c/ Odair Cabeça de Poeta e Marinho)
Cabeça de aluguel
Cachorro do inglês (c/ Chico de Assis)
Cademar (c/ Augusto de Campos)
Cadê Mané?
Cadê, mané?
Cafuas, guetos e santuários
Camelô
Capitais e tais
Cara-cuá – Revolta Nagô-Oió 1830 (c/ Paulo Lepetit)
Catecismo, creme dental e eu
Chamegá (c/ Vicente Barreto)
Cilindrada
Complexo de Épico
Conto de fraldas
Cortina 1 (c/ Dougie Bowne, Arto Lindsay e Cyro Baptista)
Cortina 2 (c/ Dougie Bowne, Arto Lindsay e Cyro Baptista)
Cortina 3 (c/ Dougie Bowne, Arto Lindsay e Cyro Baptista)
Cortina 4 (c/ Dougie Bowne, Arto Lindsay e Cyro Baptista)
Curiosidade - Arion Tobim Remix (c/ Gilberto Assis)
Curso intensivo de boas maneiras
De-de-dei Xá-xá-xá
Debaixo da marquise do Banco Central
Dedo
Dedo
Defeito 1 - O gene (c/ Pedro Braz)
Defeito 10 - Cedotardar (c/ Moacir Albuquerque)
Defeito 11 - Tangolomango (c/ Adoniram Barbosa)
Defeito 12 - Valsar
Defeito 13 - Burrice
Defeito 14 - Xique-xique (c/ José Miguel Wisnik)
Defeito 2 - Curiosidade (c/ Gilberto Assis)
Defeito 3 - Politicar
Defeito 4 - Emerê (c/ José Miguel Wisnik)
Defeito 6 - Esteticar (c/ Vicente Barreto e Carlos Rennó)
Defeito 7 - Dançar
Defeito 8 - ONU. Vendem-se armas (c/ André Abujamra)
Defeito 9 - Juventude javali
Desafio (c/ Gilberto Assis)
Descaração familiar
Distância (c/ João Araújo e Laís Marques)
Dodó e Zezé (c/ Odair Cabeça de Poeta)
Dor e dor
Dulcinéia popular brasileira
Escolinha de robô
Esquerda, grana e direita
Feira de Santana
Feitiço
Fliperama
Frevo (c/ Tuzé de Abreu)
Geração Y
Glória
Guga na lavagem
Guindaste a rigor
Happy end (c/ Antônio Pádua)
Hein?! (c/ Vicente Barreto)
Homologô
Identificação
Irará iralá
Irará irá lá
Jeitinho dela
Jimmy, renda-se (c/ Valdez)
Jingle do disco (c/ Júlio Fischer)
Jucaju
Levada: sobe ni mim
Levada: sobe ni mim
Lua-gira-sol
Lá vem a onda (c/ Anderson Benvindo)
Mamon
Marcha-enredo da Creche Tropical
Maria bago mole (c/ Deraldo Miranda e Dega de Bráulio)
Maria do colégio da Bahia
Me dá, me dê, me diz
Medo de mulher
Menina Jesus
Menina, amanhã de manhã
Mestre-sala
Moamar no mundo
Moda do fim do mundo (c/ Rolando Boldrin e Svaniek)
Multiplicar-se única
(c/ Vicente Barreto)
Músico (c/ Biriberu e Herbert Vianna)
NYC Subway Poetry Department c/ Henrique Marcusso
Namorinho de portão
Nave Maria
Navegador de canções
Negra (c/ Vicente Barreto e Fábio Paez)
Neném gravidez
Neto (do Corinthians)
No dia em que a bossa nova pariu o Brasil (c/ Vicente Barreto)
No tempo em que ainda havia moça feia
No tempo em que ainda havia moça...
Não buzine que eu estou paquerando
Não tenha ódio no verão
O PIB da PIB (c/ Alê Siqueira e Sérgio Molina)
O abacaxi de Irajá (c/ Perna e Ribeiro)
O amor é velho, menina
O anfitrião
O dicionário faliu (c/ Edvaldo Santana)
O forró vai ser doutor (c/ Odair Cabeça de Poeta)
O luar de iô-iô (c/ Odair Cabeça de Poeta)
O motobói e Maria Clara
O pão nosso de cada mês
O riso e a faca
O sândalo
Ogodô, ano 2000 (c/ Júlio Fischer)
Orgasmo terceirizado
Papa perdoa Tom Zé
Parque industrial
Passageiro
Passagem de som (c/ Gilberto Assis)
Peixe viva (c/ Zé Miguel Wisnik)
Perisséia (c/ Capinan)
Por baixo
Por baixo
Pour Elis
Pro mestre Zequinha de Puciano
Profissão ladrão
Qualquer bobagem (c/ Os Mutantes)
Quando eu era sem ninguém
Quem parte na luz, quem parte nas trevas (c/ Rogério Duarte)
Queremos as delações com Paulo Lepetit
Quero sambar, meu bem
Retrato na Praça da Sé
Sabor de burrice
Salva a humanidade
Se o caso é chorar (c/ Perna)
Sem a letra "a" (c/ Elifas Andreato)
Sem entrada e sem mais nada
Senhor cidadão (sobre poema "Cidade", de Augusto de Campos)
Sertão de Nova Youk (c/ Odair Cabeça de Poeta)
Sexo
Sobe ni mim
Sofro de juventude (c/ Eder Sandoli)
Sonhar Sonho da criança-futuro-bandido da favela, na noite de Natal (c/ Sérgio Molina)
Su Su menino mandu (c/ Odair Cabeça de Poeta e Oscar Souza)
São Paulo meu amor
Taka-tá - Revolta Banta 1910
Tatuarambá (c/ Júlio Fischer)
Taí c/ Segreto
Teu olhar
Todos os olhos
Triú-triii... – Revolta Malê 1835 (c/ Paulo Lepetit)
Tropicalea Jacta Est
Tropicália Lixo Lógico
Uai-uai – Revolta Queto-Xambá 1832 (c/ Paulo Lepetit)
Um "oh" e um "ah"
Um Circo Voador
Um circo voador
Urgência didática
Usp X Gv
Vaia de bêbado não vale (c/ Vicente Barreto)
Você inventa (c/ Odair Cabeça de Poeta)
Zé a zero c/ Segreto e Tim Bernardes
Shows
2017 Caixa Cultural, RJ Canções eróticas de ninar
2016 Circo Voador. RJ “Eu cantando para os meus”.
2011 Tom Zé - Lincoln Center Festival, Alice Tully Hall, Nova York.
2011 Tom Zé – Circo Voador, Rio de Janeiro
Estudando o samba, Teatro Oficina, Rio de Janeiro.
No jardim da política. Teatro Lira Paulistana, São Paulo.
Nós, por exemplo. Teatro Vila Velha, Bahia.
O som livre de Tom Zé e Gal Costa.Teatro de Arena, São Paulo.
Rocky horror show. Teatro da Praia, Rio de Janeiro.
Tom Zé. Festival de Banlieues, França.
Tom Zé. Festival de Jazz. Zurique, Suíça.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

BALDERSTONE, Dan, GONZALES, Mike and LOPES, Ana. Encyclopedia of Contemporary Latin American Culture and Literature. New York: Routledge, 2000.

CAMPOS, Augusto de. No balanço da bossa. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1993.

DUNN, Christopher. Brutality Garden: Tropicália and the Emergence of a Brazilian Counterculture. Chapel Hill: University of North Carolina Press.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.

PERRONE, Charles. Masters of Contemporary Brazilian Song, 1965-1985. Austin: University of Texas Press, 1989.