
Compositor. Pianista. Arranjador. Autor teatral. Ator.
Filho de músicos, estudou piano e teoria musical com Maria Yeda Cadah na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de 1976 a 1978. Em 1979, ingressou na Escola de Música Villa-Lobos, onde estudou piano e harmonia com Maria Yeda Cadah e contraponto e arranjo com Hans Joachim Koellreutter. De 1980 a 1983, estudou composição, em aulas particulares, com Hans Joachim Koellreutter. Em 1983, licenciou-se em Música pela Uni-Rio.
Iniciou sua carreira profissional trabalhando como arranjador e pianista de música popular.
Em 1979, recebeu o primeiro prêmio de composição da Escola de Música Villa-Lobos e do Colégio da Orquestra Sinfônica Brasileira. Nesse ano, começou a fazer música para teatro, atuando como diretor musical e compositor em mais de 50 espetáculos.
Participou de diversos festivais de música contemporânea no Brasil e no exterior.
Em 1981, fundou, juntamente com Rodolfo Caesar, Aquiles Pantaleão, Tato Taborda e Rodrigo Cicceli, a cooperativa de compositores Estúdio da Glória, destinada à realização de obras eletroacústicas.
Dois anos depois, foi contemplado com o Prêmio Mambembe pela autoria da trilha sonora das peças “Will” e “A porta”.
Em 1993, recebeu pela segunda vez o Prêmio Mambembe pela autoria do musical infantil “Pianíssimo”, cujo texto foi transformado em livro e publicado pela Editora RHJ dois anos depois.
Em 1995, foi agraciado com o Prêmio Sated, na categoria Melhor Música, pela montagem de “Pianíssimo” em Belo Horizonte (MG). Também nesse ano, recebeu uma bolsa da Rio Arte para escrever “A orquestra dos sonhos”, ópera infantil montada no Centro Cultural Banco do Brasil em 1997 e lançada em CD pelo selo Pianíssimo, dedicado à música infantil. Nessa época, passou a assumir sozinho a gestão do Estúdio da Glória, onde produziu, juntamente com Rodolfo Caesar, os CDs “O Estúdio da Glória” e “Música eletroacústica brasileira”, lançados pelo selo Rio-Arte Digital.
Em 1996, apresentou duas obras no Festival Sonidos de las Américas-Brasil, realizado no Weill Recital Hall do Carnegie Hall, em Nova York (EUA). Ainda nesse ano, lançou o livro “Pequena história (não autorizada) da música”, publicado pela Editora Frente.
Em 1997, foi contemplado com o Prêmio Mambembe (“melhor texto”) e com o Prêmio Coca-Cola (“melhor música”) pelo musical infantil “Papagueno”. Recebeu ainda mais dois Prêmios Mambembe pela realização de dois dentre os cinco melhores espetáculos do ano: “Papagueno” e “A Orquestra dos Sonhos”. Por esse último, foi agraciado também com o prêmio Golfinho de Ouro, concedido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.
No ano seguinte, estreou a opereta de rua “O homem que sabia português”, com música e libreto de sua autoria, encomendada pela Companhia Burlantins de Belo Horizonte (MG), pela qual recebeu no ano seguinte dois prêmios Sesc/Sated (Belo Horizonte, MG), nas categorias “melhor texto” e “melhor música”, e o Prêmio Shell de “melhor música” (RJ). Ainda em 1998, estreou no Sesc/ Ipiranga (SP) “A redenção pelo sonho”, uma ópera sobre a vida e a obra de Monteiro Lobato, encomendada pelo Sesc, com música e libreto de sua autoria.
No ano seguinte, recebeu a Bolsa Vitae para escrever “Brincando de orquestra”, peça didática destinada ao público infantil.
Exerce, ainda, as funções de produtor musical da Rede Globo (desde 1988) e de apresentador da série “Concertos para a juventude” (desde 1997).
No teatro, trabalhou com diretores como Aderbal Freire Filho, Amir Haddad e Álvaro Apocalypse, do grupo Giramundo. Assinou os arranjos dos musicais “Pixinguinha”, de Amir Haddad, e “Dolores”.
Atuou também em trilhas sonoras para espetáculos de dança, criando roteiros e músicas para a Orquestra Brasileira de Sapateado.
Compôs para cinema e vídeo, principalmente com o diretor Eduardo Coutinho.
Em 2005, assumiu a direção artística da Sala Baden Powell, no Rio de Janeiro.
Em 2012, foi indicado ao Grammy Latino, na categoria Melhor Composição Clássica Contemporânea, pela peça “Quarteto Circular”, interpretada pelo Quarteto Radamés Gnattali, uma das faixas do CD “Na cadência do silêncio”, lançado em 2011.
Em 2013 recebeu o prêmio APTR (Associação de Produtores de Teatro do Rio) na categoria “Melhor Música”, pelo seu trabalho na peça “Era uma vez Grimm”.
Em 2013 participou do projeto “Ano do Brasil em Portugal” da FUNARTE com o espetáculo “Miranda por Miranda” com Stella Miranda. No mesmo ano compôs a música do documentário de longa-metragem “À queima roupa”, de Thereza Jessourum, premiado do “Festival de Cinema do Rio de Janeiro”. Compôs a música do especial “Alexandre e outros heróis”, da TV Globo, dirigido por Luiz Fernando Carvalho, indicado ao Emmy. Por encomenda do “Ciclo de Ópera Contemporêna” de Buenos Aires, escreveu música e libreto da ópera “O Perigo da arte”, apresentada no ano seguinte na Sala Cecília Meireles e escolhida pelo Jornal O Globo com um dos 10 melhores espetáculos do ano.
Em 2014 compôs a música original da novela “Meu pedacinho de Chão” de Luiz Fernando Carvalho, lançada CD pela Som Livre. Foi contemplado com o edital FAM (Fundo de Apoio a Música) da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro para a construção do site de continuidade do projeto “Brincando de Orquestra”. Recebeu pelo programa “Blim-Blem-Blom” transmitido pela Rádio MEC FM Rio a Menção Honrosa na categoria “Programa para crianças”. Compôs a música da peça “O pequeno Zacarias”, com texto e direção de José Mauro Brant, baseadas em contos de Hoffmann, recebendo novamente o prêmio APTR de 2014 de melhor música.
Em 2018 lançou o CD, “Makuru”, baseado no musical infantil para o qual escreveu as músicas em parceria com José Mauro Brant. O lançamento ocorreu no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro.
Em 2019 foi um dos convidados do 40º Curso Internacional de Verão da EMB (Escola de Música de Brasília) para ministrar duas disciplinas, Música para Audiovisual e Música Cênica e Musicais. Ainda neste ano lançou a “Classical Tracks”, uma livraria on-line de música clássica criada para o mercado audiovisual com os títulos de maior destaque e procura neste segmento. Todas as obras que foram oferecidas para licenciamento estavam em domínio público. As músicas do repertório da “Classical Tracks” foram gravadas por músicos brasileiros. A livraria começou com 62 títulos, divididos nos seguintes segmentos: Orquestra, Música de Câmara, Piano e Música Vocal.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.