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Nome Artístico
Theo de Barros
Nome verdadeiro
Teófilo Augusto de Barros Neto
Data de nascimento
10/3/1943
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
15/03/2023
Local de morte
São Paulo, SP
Dados biográficos

Compositor. Instrumentista. Cantor. Arranjador.

Filho do compositor alagoano Teófilo de Barros Filho. Começou a aprender violão aos 11 anos de idade, tendo estudado com Francisco Batista Barros, Tio Manuel, João Caldeira Filho, Leo Perachi e Alfredo Lupi. Compôs sua primeira música, “Saudade pequenina”, aos 15 anos de idade.

A morte de Theo de Barros foi anunciada na madrugada do dia 15 de março pelo filho Ricardo Barros sem citar a causa da morte.

Dados artísticos

Em 1962, teve seu primeiro trabalho registrado com a gravação de “Natureza e igrejinha” por Alaíde Costa.

Como cantor, estreou em disco no ano seguinte, interpretando as canções “Vim de Santana” e “Fim”, ambas de sua autoria. Ainda em 1963, atuou como contrabaixista no Sexteto Brasileiro de Bossa, e apresentou-se como cantor e músico em televisão e em várias boates paulistas, como João Sebastião Bar, Baiúca e Jogral, entre outras.

Sua canção “Menino das laranjas” foi gravada por Geraldo Vandré em 1964 e por Elis Regina no ano seguinte, projetando-o como compositor.

Em 1966, participou do II Festival de Música Popular Brasileira com sua composição “Disparada” (c/ Geraldo Vandré), interpretada por Jair Rodrigues, Trio Maraiá e Trio Novo. A música obteve o 1º lugar, empatando com “A banda” de Chico Buarque. Ainda nesse ano, juntamente com Aírto Moreira, Heraldo do Monte e Hermeto Pascoal, formou o Quarteto Novo.

Participou de vários outros festivais e dirigiu diversas produções do Teatro de Arena (SP), destacando-se a montagem de “Arena conta Zumbi”, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal.

Escreveu, em parceria com Augusto Boal, a peça musical “Arena conta Bolívar”, que excursionou, em 1967, pelo México, Peru e EUA, com o elenco do Teatro de Arena.

Participou, como compositor, da trilha sonora de “Quelé do Pajeú”, filme dirigido por Anselmo Duarte em 1970.

Em 1972, assinou a direção musical da apresentação de “A capital federal”, de Artur Azevedo, encenada no Teatro Anchieta (SP), sob direção geral de Flávio Rangel.

Assinou a produção musical e escreveu arranjos para “Música popular do centro-oeste”, coleção de 4 LPs lançada pela gravadora Marcus Pereira.

Em 1979, fundou a Eldorado, em sociedade com Aluísio Falcão, lançando por esta gravadora o LP duplo “Primeiro disco”, como compositor, intérprete, arranjador, produtor musical e diretor artístico.

Participou do LP “Raízes e frutos”.

De 1981 a 1982, produziu e escreveu os arranjos para dois LPs premiados de Edu da Gaita.

Participou, em 1982, do Festival MPB Shell (Rede Globo), com a canção “Barco sul”, composta em parceria com Gilberto Karan.

Trabalhou como arranjador para a Movieplay entre 1990 e 1993, em CDs como “The Best of Antonio Carlos Jobim”, “The Beatles in Bossa Nova”, “The Best of Chico”, “Toquinho e Vinicius”, “Pery Ribeiro Songs of Brazil” e “Jane Duboc”.

Participou , em 1995, do VII Encontro da MPB com “Fruta nativa”, em parceria com Paulo César Pinheiro. Em 1997, lançou o CD “Violão solo”.

Atuando também na área publicitária, é autor de mais de 2.000 jingles.

Em 2004, lançou o CD “Theo”.

Em 2017, lançou no  no Auditório Ibirapuera, em SP, com acompanhamento de João Taubkin (baixo acústico e baixolão), André Kurchal (percussão), Shen Ribeiro (flautas), Angelo Ursini (clarinete, quarteto de cordas) e Ricardo Barros (viola caipira), o CD “Tatanaguê”, que contou com vocais de Renato Braz e Mônica Salmaso, apresentando diversas parcerias com Paulo Cesar Pinheiro.

Em 2022 lançou, com Adylson Godoy e Dino Galvão Bueno, o álbum “Notas Brasileiras”. O álbum foi também uma reunião de pais com  filhos músicos: Adriana Godoy, Anita Galvão Bueno e Ricardo Barros. Os seis cantaram 13 músicas entre inéditas como “Condão da natureza” (Dino Galvão Bueno e Theo de Barros), “Estrela Guia” (Adylson Godoy e Dino Galvão Bueno) e “Saideira” (Dino Galvão Bueno e Daltony Nóbrega), e já gravadas como “Menino das Laranjas” (Theo de Barros, 1964), “Sou Sem Paz” (Adilson Godoy) e “Mestre Navegador” (Dino Galvão Bueno e José Carlos Costa Netto), “Distarada” (Geraldo Vandré e Theo de Barros), “Canoa Grande” (Theo de Barros e Paulo César Pinheiro); “Tristeza Que Se Foi” (Adylson Godoy), “Canto do Morro” (Dino Galvão Bueno), “Rancho que Não Volta Mais” (Dino Galvão Bueno e Sérgio Lima), “É Demais Sonhar com Voce” (Adylson Godoy) e “Prece à Chuva” (Adylson Godoy).

Discografias
2022 Notas Brasileiras

Com Adylson Godoy e Dino Galvão Bueno

2017 CD Tatanaguê
2007 Paulinas À Luz de Velas
2004 Maritaca CD Theo
1997 Paulinas CD Violão solo
1979 Eldorado LP Primeiro disco
Obras
Barco sul (c/ Gilberto Karan)
Cantador
Disparada (c/ Geraldo Vandré)
Estória (c/ Paulo César Pinheiro)
Fim
Fruta nativa (c/ Paulo César Pinheiro)
Maria do Carmo
Menino das laranjas
Natureza e igrejinha
Para não ser mais tristeza
Vim de Santana
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.