
Cantor. Compositor. Pesquisador. Instrutor de Artes. Artista plástico e cenógrafo.
Seu pai Sebastião Sigolo, conhecido como “Seu Branquinho”, era Mestre Folião da “Folia de Reis de Nova Jerusalém” e seu tio, Antônio Sigolo, Mestre Folião da “Folia de Reis Estrela Dalva do Oriente”, ambas do bairro K 11.
Nascido e criado no bairro K 11, em Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense da região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro.
Autor do Brasão das Armas do Município de Mesquita.
Em 1989 fez curso de cenografia e figurino na Escola Técnica de Artes de São Paulo.
Como decorador e figurinista integrou a equipe do carnavalesco Ilvamar Magalhães na Escola de Samba Vila Isabel, em 1991; do carnavalesco Renato Lage, no G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel, de 1995 a 1997 e a equipe do carnavalesco Ilvamar Magalhães, desta vez na Escola de Samba Portela, do ano de 1997 até o ano 2000. Neste mesmo ano fez curso de extensão em História da Arte no Centro Universitário Associação Brasileira de Ensino Universitário (UNIABEU).
Trabalhou por dez anos com pesquisa sobre a história da Baixada Fluminense junto ao professor, letrista e pesquisador Ney Alberto Gonçalves de Barros.
Entre os anos de 2001 e 2002 fez parte da equipe do carnavalesco Joãozinho Trinta no Grêmio Recreativo e Escola de Samba Acadêmico do Grande Rio e do carnavalesco Edigley Cunha na Escola Unidos da Ponte em 2002, além de integrar, neste mesmo ano, a equipe do carnavalesco Sílvio Cunha na Escola Inocente de Belford Roxo.
Como compositor integrou diversas alas de compositores de variadas escolas de samba de Nova Iguaçu e da cidade do Rio de Janeiro.
No ano de 1982 ingressou na Ala de Compositores do Bloco Carnavalesco Leão de Nova Iguaçu, sendo conhecido nesta época pelo pseudônimo “Tavinho do Leão”. Dois anos depois, em 1984, assumiu outro pseudônimo, desta vez Tavinho Dafé, por sugestão do compositor Romildo Bastos, que partiu do princípio de que Tavinho também participava do grupo jovem da Igreja Católica Sagrado Coração de Jesus, também do bairro K 11, onde residia.
No ano de 1987, fazendo parte da Ala de Compositores do G.R.E.S. Arranco de Engenho de Dentro, disputou com samba-enredo de sua autoria. Nos anos posteriores, 1988 e 1989, voltou a disputar dentro da mesma escola sambas em parceria com Juar e Professor Juninho Carnavalesco. Ainda e 1989, compôs, com Carlinho Pretinho e José Jorge, vários sambas-enredos, vindo a formar com esses dois compositores o trio K 11, alusão ao bairro K 11, do município de Nova Iguaçu, da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Integrando esse trio disputou sambas-enredos em escolas de samba da cidade de Nova Iguaçu, tais como G.R.E.S Leão de Nova Iguaçu.
Em 1991, em parceria com Carlinho Pretinho e José Jorge, compôs o samba-exaltação “O Leão na Selva de Ilusões de Janete Clair” para a Escola de Samba Leão de Nova Iguaçu, música esta que a escola utilizava antes do desfile para preparar a bateria. Tal composição foi utilizada no ano seguinte, em 1992, quando o Grêmio Recreativo Escola de Samba Leão de Nova Iguaçu desfilou pela primeira vez no Grupo Especial das Escolas de Sambas do Rio de Janeiro.
Em 1993 integrando a Ala de Compositores do G.R.E.S. Vila Rica de Copacabana participou da disputa interna de sambas-enredos da escola. Neste mesmo ano de 1993, em parceria com Adalto Magalha e Jarbas da Cuíca, compôs samba para a Escola Grêmio Recreativo Caprichosos de Pilares. Nos anos posteriores 1994, 1995 e 1996 passou a fazer sambas-enredos em parceria com Catoni para a disputa interna da Mocidade Independente de Padre Miguel.
No ano de 1999 compôs com os parceiros Donato, José Jorge, Paulinho Ponte e Paulinho TJ o samba “O Leão ruge mais forte na Sapucaí”, quando a escola deixou o Grupo B e passou para o Grupo de Acesso A. No ano seguinte, em 2000, compôs para o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Independente de Nova Iguaçu o samba-enredo “Esqueceram de mim? Sou índio dono da terra” e para a Escola de Samba Império Serrano outro samba-enredo, desta vez em parceria com Professor Juninho Carnavalesco, Jair do Cabuçu, Paulinho TJ e Paulinho Ponte. No ano seguinte, em 2001, com o samba-enredo “Allah-Lá-ô um carnaval das Arábias”, em parceria com José Jorge, Paulinho TJ e Pixulé, fez com que a Escola de Samba Leão de Nova Iguaçu permanecesse no Grupo de Acesso A. Por essa época, também participava da Ala de Compositores da Escola Beija-Flor de Nilópolis, para a qual compunha sambas-enredos em parceria com Ney Alberto Gonçalves de Barros, Eloir, Perivaldo Fadel e Juninho Carnavalesco.
No ano de 2004 passou a integrar a Ala de Compositores da Escola de Samba Estácio de Sá.
Em 2006 com seu samba-enredo “A fantástica viagem da cana de açúcar”, em parceria com Paulinho Ponte, o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Independente de Nova Iguaçu desfilou na avenida com enredo criado em parceria com carnavalesco Ednelson Senra.
Em 2010 o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Esperança do Amanhã desfilou com o samba-enredo “Paulo Santos”, de sua autoria em parceria com Daniel da Flora, Paulinho TJ e Juninho Carnavalesco, em homenagem ao fotógrafo muito conhecido na cidade de Nova Iguaçu e idealizador do projeto “Ilustres Anônimos”, que durante anos premiou diversas personalidades da região. Dois anos depois, em 2012, também com estes mesmos parceiros, compôs o samba “retorno ao Templo da Criação”, com o qual a Escola de Samba Esperança do Amanhã desfilou neste ano.
FERNANDES, Otair e SILVA, Inácio da Silva (Organizadores). Frutos da Terra: Sambas e Compositores Iguaçuanos. Rio de Janeiro: Núcleo LEAFRO (Laboratório de Estudos Afro-brasileiro e Indígenas – UFRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), 2013.