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Nome Artístico
Suely Mesquita
Nome verdadeiro
Suely Maria Brigieiro Mesquita
Data de nascimento
7/8/1960
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositora. Cantora. Letrista. Escritora.

Em 1982, formou-se em Psicologia pela PUC-Rio. Estudou com Lúcia Valadão (canto), Ivan Fonseca (percepção, teoria musical e solfejo), Evandro Rosa (piano) e Bia Paes Leme (harmonia), entre outros.

Dados artísticos

Até a década de 1980, participou de diversos corais, com destaque para o Coro Come, com regência de Eduardo Lopes.

Em 1986, criou com o cantor Dida Forasteiro e o pianista Carlos Fuchs, o trio Tricot.

No ano seguinte, formou, com a cantora Arícia Mess, a banda “Pretapagã”. Integrou, com o guitarrista André Protásio, o duo Melodia Americana.

Em 1991, realizou, com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Rioarte, o evento “Microfone Relâmpago, que, em uma semana de aulas e ensaios, montou, no Espaço Cultural Sérgio Porto, um show com quatro cantores, selecionados entre mais de noventa candidatos. Dos quatro escolhidos, três seguiram carreiras profissionais: Beth Lamas (atriz e cantora), Rose Max (cantora de música brasileira atualmente estabelecida em Miami) e Glauco Lourenço (compositor que se tornou um de seus parceiros mais importantes a partir de 1996). Também nesse ano, participou da fundação do Grupo de Estudos da Voz do Rio de Janeiro (GEV), organização sem vínculo institucional integrada por professores de canto, cantores, regentes de coral e professores de percepção musical, que por cerca de cinco anos manteve reuniões semanais para estudar técnica vocal, fisiologia da voz e outros assuntos. O GEV tem como principais objetivos facilitar a aplicação da técnica do canto erudito e do conhecimento científico sobre fisiologia da voz às necessidades do cantor popular. Atualmente, além da cantora, integram o grupo os professores de canto e cantores Felipe Abreu, Alza Alves, Cecília Spyer, Marco D’Antonio, Clara Sandroni, Kaleba Villela e Glória Calvente; e a cantora e fonoaudióloga Ana Calvente.

Gravou dois discos, ainda inéditos, com produção de Pedro Tibau: “The Glamour Hunters” (1992), com as canções em inglês de Mathilda Kóvak, e “Samba de Branco” (1993).

A partir de 1993, começou a atuar na leitura crítica, redação e editoração dos verbetes da Enciclopédia Barsa relacionados a teoria e história da música. Coordenou a criação dos novos verbetes sobre música a serem acrescentados à versão da obra em CD-ROM, em 1999, e escreveu textos para o serviço de pesquisas da empresa, sobre técnica vocal e Internet.

Em 1994, iniciou sua parceria com o compositor, produtor e guitarrista Rodrigo Campello. A partir de então, por cinco anos dedicou-se apenas à composição, sozinha e com vários parceiros, entre os quais destacam-se Mathilda Kóvak, Luís Capucho, Pedro Luís, Paulo Baiano, Rodrigo Campello, Betti Albano, Kali C., Germana Guilherme, Fred Martins, Glauco Lourenço, Chico César, Zeca Baleiro, Celso Fonseca, Arícia Mess, Mário Sève, Kátia B., Lucina e Eugênio Dale.

Ao lado de Mathilda Kóvak, Arícia Mess e Pedro Luis, idealizou o CD “O Ovo” (1996), que lançou novos compositores cariocas (além dos três já citados, Rodrigo Campello, Boato, Bia Grabois, Luís Capucho, Ivan Zigg, Antônio Saraiva, Fred Martins e Tuins (banda extinta alguns anos depois, liderada por André Protásio e Sérjão Loroza). Produzido de forma independente, foi lançado, no Brasil, pela RioArte e pela Aion Produções Artísticas e, na Europa, pela Tangará, em 1998.

Com Rodrigo Campello criou, em 1999, a banda RecoRock, que participou do Projeto Novo Canto, no Rio de Janeiro, tendo como madrinha Fernanda Abreu.

Uma das pioneiras no acompanhamento de cantores profissionais em estúdios, no Brasil, atuou como preparadora vocal de vários discos, como “O Ovo”, “Astronauta Tupy” (Pedro Luis e A Parede, 1997, Warner/Dubas), “Abracadabra” (Boato, 1998, Warner), “Moro no Brasil” (Farofa Carioca, 1998, PolyGram), “Syang” (1998, Warner) e “É tudo um real” (Pedro Luis e A Parede, 1999, Warner), entre vários outros independentes e demos.

Ainda como preparadora vocal, trabalhou com elencos de atores e bailarinos, sob a direção de Karen Accioly, Tato Taborda e da coreógrafa Paula Nestorov. No musical infantil “Paxá Prajá” (1996), de Mathilda Kóvak e Patrícia Willaume, além da preparação vocal, compôs parte da trilha sonora e assinou, com Pedro Luís, a direção musical do espetáculo.

Além de ministrar aulas particulares de canto, criou e dirigiu, ao lado de Ryta de Cássia e Arícia Mess, o curso “Microfone – Preparação do Cantor Popular”, primeiro no Rio de Janeiro a oferecer uma formação integrada ao cantor popular. O curso atuou de 1988 a 1992.

Em 1999, criou na Internet a lista de discussão “Preparação Vocal” (http://www.yahoogrupos.com.br/group/preparacaovocal), com 114 membros em novembro de 2001.

Em 2000, realizou shows com a banda e teve uma música lançada na coletânea francesa “Les Enfants du Tropicalisme – La Nouvelle Vague”, ao lado de Fernanda Abreu, Chico César, Zeca Baleiro, Lenine, Ed Motta, Paulinho Moska e Paralamas, entre outros artistas. Participou de algumas edições especiais do “Tudo Bem”, programa radiofônico sobre música brasileira, produzido por Katrina Geenen e no ar há vinte anos, transmitido pela rádio WWOZ, de New Orleans, e ao vivo pela Internet em http://www.wwoz.org. Também nesse ano, compôs, em parceria com o saxofonista Mário Sève, a canção “Imaginária”, selecionada para concorrer ao “Festival da Música Brasileira” (TV Globo), na interpretação de Carol Saboya, com arranjo de Antônio Adolfo. Ainda em 2000, foi uma das 78 artistas escolhidas em todo o Brasil pelo projeto “Rumos Musicais”, do Instituto Itaú Cultural. Participou com duas faixas do CD coletânea da região do Rio de Janeiro, lançado pela RobDigital.

Em 2001, iniciou a coluna “Bolsa Nova”, sobre música independente, na revista virtual “Edadrebil” (http://www.edadrebil.com).

Lançou, em 2002, o CD “Sexo puro”, contendo suas composições “Maldade da memória”, “Interesse” (c/ Pedro Luís), “Prazer, prejuízo e ócio” (c/ Celso Fonseca), “XXI” (c/ Paulo Baiano), “Aristocracia” (c/ Luís Capucho), “Bebe chuva” (c/ Glauco Lourenço), “Samba”, “Sapatinho de cristal/No boteco” (c/ Rodrigo Campello), “Porcelana” (c/ Kali C. e Dudu Caribé), “Gazelle” (c/ Carlos Fuchs), “Pisca” (c/ Zeca Baleiro) e “Filhote da ditadura” (c/ Mathilda Kóvak). Tem músicas gravadas por seus parceiros Fernanda Abreu, Pedro Luis e A Parede, Fred Martins, Kali C., Kátia B., Paulo Baiano e pelas cantoras Via Negromonte, Eleonora Falcone, Bete Calligaris, Daúde, Verônica Sabino e Rosana. O disco foi produzido por Carlos Fuchs

É membro da Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz e da Associação Brasileira de Canto (ABC).

Discografias
[S/D] Trilha sonora do filme Hora Marcada, de Marcelo Taranto

(Participação:) Faixa:"Baby, baby"

2002 CD Sexo puro
2001 Instituto Itaú Cultural/Rob Digital CD Cartografia musical brasileira-Espírito Santos-Rio de Janeiro

(Participação:) (Faixas:"Bebe chuva" e "Filhote da ditadura")

2001 Fnac, Europa CD Coletânea da Fnac. La Fabrica de Ideas

(Participação:) (Faixa:"Bebe chuva")

1998 Totem Music/Paris CD Les Enfants du Tropicalisme-La Nouvelle Vague

(Participação:) (Vários artistas) Faixa:"Prometeu"

1996 RioArte/Aion Produções Artísticas CD O Ovo. Vários artistas

(Participação:) (Faixas "Prometeu" e "Lazy dance")

Obras
A Billion for your Thoughts (c/ Mathilda Kóvak)
Accept my Love (c/ Mathilda Kóvak)
Aristocracia (c/ Luís Capucho)
Artista
Bebe chuva (c/ Glauco Lourenço)
Chuva (c/ Rodrigo Campello)
Cigarro (c/ Kali C. e Jovi Joviniano)
Deep (c/ Paulo Baiano e Mathilda Kóvak)
Domingo e feriado (c/ Fred Martins)
Estrada (c/ Rodrigo Campello)
Filhote da ditadura (c/ Mathilda Kóvak)
Gazelle (c/ Carlos Fuchs)
Ignorada (c/ Kali C. e Drica Novo)
Interesse (c/ Pedro Luís)
Invisível tatuagem
Lazy dance (c/ Rodrigo Campello)
Limão galego
Maldade da memória
Mapa da mina (c/ Pedro Luis)
Me atende (c/ Luís Capucho)
Morrer de bem (c/ Rodrigo Campello)
Nada
Natureza humana (c/ Valdí Afonjah)
Negão (c/ André Protásio)
No boteco (c/ Rodrigo Campello)
O melhor da música brasileira (c/ Fred Martins)
Parada cardíaca (c/ Kali C. )
Pisca (c/ Zeca Baleiro)
Porcelana (c/ Kali C. e Dudu Caribé)
Prazer, prejuízo e ócio (c/ Celso Fonseca)
Promessa (c/ Celso Fonseca)
Prometeu (c/ Rodrigo Campello)
Pura eu
Pureza da Mistura (c/ Roger Freret)
Risos e chá (c/ Kátia B. e Marcos Cunha)
Roda que se mexe (c/ Fernanda Abreu e Rodrigo Campello)
Romena (c/ Luís Capucho)
Samba
Sapatinho de cristal
Temporário (c/ Rodrigo Campello)
Um deus (c/ Kali C. )
Vende-se peixe (c/ Rodrigo Campello)
XXI (c/ Paulo Baiano)
Zona e progresso (c/ Pedro Luís e Arícia Mess)
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.