
Cantora.
Iniciou a carreira artística no começo da década de 1930. Atuou nas rádios Educadora Paulista e Record. Em 1934, foi contratada pela Odeon e estreou em discos cantando a marcha “Beijos” e o samba “Vejo o céu todo estrelado”, composições de André Filho. No ano seguinte, gravou com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto regional os sambas “Adeus”, de Geraldo Decourt e “Nosso samba”, de Ivanir Ribeiro. Nesse mesmo ano, trasferiu-se para a Victor e lançou os sambas “A infelicidade me persegue”, de Assis Valente e “O dia morreu”, de Assis Valente e Oliveira Freitas com acompanhamento do Conjunto Regional RCA Victor.
Lançou em 1936 a marcha “A lua também quer brincar”, de Silvino Neto, e a batucada “Deve ser o meu amor”, de Ary Barroso, com acompanhamento do grupo Diabos do Céu. Nessa época, era considerada juntamente com o cantor Nuno Roland o maior cartaz do rádio paulista e foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro inaugurada naquele ano. Ainda no mesmo ano, gravou a marcha “Viu…”, de Ary Barroso e o batuque “Metamorfose”, de Hudson Gaya, o Petit, com acompanhamento do conjunto regional RCA Victor e as marchas “S . O . S.”, de André Filho e “Abel e Caim”, de Aldo Cabral, com o grupo Diabos do Céu, liderado pelo maestro Pixinguinha.
Em 1937, foi para a gravadora Columbia e no primeiro disco na nova gravadora lançou com o conjunto regional Columbia os sambas “A vida é um samba”, de sua autoria e Ivani Ribeiro, e “Novela”, de Assis Valente e L. Medeiros. Em seguida, naquele que acabaria sendo seu último disco, gravado em fins desse mesmo ano, cantou os sambas “Oui…Oui…” e “Machuca, bem!”, ambos de Floriano Pinho. Nessa época, atuou na Rádio Nacional cantando com acompanhamento do conjunto regional dirigido pelo flautista Dante Santoro.
Seus sucessos foram: “Beijos” e “Vejo o céu todo estrelado”, de André Filho; “Adeus”, de Geraldo Decourt; “Nosso samba”, de Ivanir Ribeiro e “Novela” e “A infelicidade me persegue”, de Assis Valente. Embora passando por três grandes gravadoras, Odeon, Victor e Columbia gravou apenas sete discos com 14 músicas o que contrasta com o cartaz que chegou a ter, principalmente em São Paulo, em meados dos anos 1930. Na época, porém, havia outras opções de atuação como os cassinos e as Rádios que muitas vezes deixaram o disco em segundo plano para vários artistas.
Em 2002, sua interpretação para o samba “Adeus”, de Geraldo Decourt, seu grande sucesso, foi relançada no volume 1 da “Série cantores do Rádio”, da EMI.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
EPAMINONDAS, Antônio. Brasil brasileirinho. Rio de Janeiro: Mec/Funarte, 1982.