2.002
Nome Artístico
Sergival
Nome verdadeiro
José Sergival da Silva
Data de nascimento
9/4/1965
Local de nascimento
Nossa Senhora da Glória, SE
Dados biográficos

Cantor, compositor, instrumentista. Toca flauta transversal, piano e violão. Mas é como Percussionista de Efeitos que obteve destaque pesquisando novos timbres, criando seus próprios instrumentos, de forma autodidata, à base de sucatas e artesanato sergipano. Teve infância e juventude nômade por conta da profissão de topógrafo de seu pai, vivenciando no interior dos estados de Sergipe, Bahia e Pernambuco, os elementos regionais que hoje compõem o conjunto de sua produção artística. Desde pequeno apresentava inclinação para as artes, participando ativamente das atividades culturais dos colégios por onde passou, influenciado pela herança do avô materno que foi um dos principais violonistas populares do sertão sergipano. Permaneceu em sua cidade natal até os 5 anos de idade, de onde partiu com sua família para conhecer o mundo. Teve aulas de Teoria Musical na grade curricular das várias cidades por onde passou. Chegou a Aracaju em meados de 1979, e lá estudou na Academia Carlos Gomes com o Prof. Heribaldo ( Piano, órgão eltrônico e acordeon ). Teve aulas particulares no Conservatório de Música com o Prof. Wanderley (Flauta transversal), Eliana Argollo ( Fundamentos de Violão ) e na Escola Técnica Federal de Sergipe com a pianista Maria Olívia, onde concluiu também o curso técnico de Edificações em 1984, ingressando na Petrobras onde trabalha até hoje. Permaneceu naquela cidade até dezembro de 2005, quando se mudou para o Rio de Janeiro, RJ, transferido pela empresa. Possuidor de uma versatilidade natural, atua profissionalmente em diversos segmentos artísticos, o que lhe valeu os títulos de Multiartista, Artecultor e de Menestrel Sergipano, tendo representado o estado de Sergipe em diversos momentos do seu fazer cultural, principalmente na música.

Dados artísticos

Artista de grande versatilidade, atua em diversos campos artísticos. Em seu trabalho de percussionista faz pesquisa de novos sons inspirados na cultura nordestina. Fabrica seus próprios instrumentos utilizando materiais como sucatas, brinquedos e objetos do cotidiano, encontrados no artesanato sergipano. Em 1984, foi um dos fundadores da BandAuê, grupo regional do qual fez parte como músico e que marcou época na história musical de Sergipe, atuando por quatro anos. Com o mesmo grupo, participou do Festival de Arte de São Cristóvão e do Projeto Pixinguinha. Em 1988 criou a dupla Sena & Sergival, que nasceu do encerramento das atividades da banda, iniciando daí uma longa temporada de sucesso em bares e casas noturnas, tendo representado Sergipe em vários festivais nacionais de música, iniciando, naquele período, os shows de abertura para estrelas da música nordestina, além de participação no Projeto Seis e Meia e no Canta Nordeste da Rede Globo. Em 1990 conquistou os prêmios de primeiro lugar e de melhor declamador da II Semana de Arte da Petrobrás. A partir de então, tem participado de diversos concursos e entrou em diversas antologias nacionais e internacionais, entre as quais o Prêmio Nacional Gregório de Matos, com três poemas classificados e a antologia “Hermanos”, com poetas brasileiros e  cubanos, em livro publicado em Havana. Com o encerramento da dupla em julho de 1999, inicou nova trajetória em uma carreira solo fortalecida por seus trabalhos de pesquisa sobre a cultura popular e musicalidade folclórica do Nordeste e, em particular, de Sergipe. Em função desse trabalho participou como conferencista no I Seminário de Cultura Popular promovido pela Academia Sergipana de Letras, onde palestrou sobre o tema “O cancioneiro popular”. Realizou shows musicais no Cultural de Pirambu e no I Encontro Cultural de Itaporanga DAjuda. Teve participações especiais em diversos shows de artistas sergipanos, entre os quais Chiko Queiroga, Antônio Rogério e Mingo Santana. Em 2000, realizou durante as festas juninas, juntamente com o grupo Pé de Serra o show “10 anos de forró e saudade”, em homenagem a Luiz Gonzaga, resultado de suas pesquisas sobre a obra do Rei do Baião. O show também foi apresentado em cidades de Alagoas e Bahia. Foi escolhido como o melhor intérprete no Festival de Música do Clube dos Empregados da Petrobrás, com a música “Notícia do Nordeste”, que obteve boa execução nas rádios locais. Ainda em 2000 estreou o show “As coisas dos caçuá”.

Sua versatilidade o levou a atuar profissionalmente em diversos campos artísticos, sempre voltados para a cultura popular nordestina, como forma de reunir elementos  para  a  sua  carreira  musical. Na    fotografia ( Diretor Cultural da ASAFOTO), por onde participou de concursos e safáris fotográficos, tendo realizado exposições individuais e coletivas ); no teatro ( Fundador, roteirista e ator do Teatral Retirantes, além de ter realizado ao vivo as sonoplastias de efeitos  de  peças de Arrabal e leituras de Bertolt Brecht ); na  literatura ( Poeta, Declamador e Dramaturgo, é Membro do Movimento Cultural da Academia Sergipana de Letras, onde ocupa a cadeira nº. 07). Lançou o livro de poesias e contos entitulado Sementear, além de ter participado de várias antologias, concursos literários, saraus lítero-musicais e proferido palestras sobre a música e a cultura popular do Nordeste em escolas, universidades e entidades diversas; na Petrobrás (Desenhista Industrial), também confeccionou cartazes, logomarcas e ilustrações para inúmeros eventos da Companhia. Criou a Semana de Arte da Petrobrás em Sergipe e Alagoas, onde a cada ano, durante uma semana, os funcionários apresentavam suas produções artísticas para os colegas em diversos segmentos como fotografia, música, literatura, artes plásticas e outras modalidades. Foi Agente Cultural da Petrobrás em Sergipe, difundindo a imagem da Empresa junto à comunidade. Fez diversas participações especiais como  solista em apresentações do Coral da Petrobrás); na televisão foi apresentador, durante 04 anos, do programa de música Casa de Taipa, da TV Caju, onde entrevistava ao vivo cantores e compositores de todo o Brasil, principalmente na transmissão do Forrocaju. Participou de inúmeros comerciais para televisão com sua autenticidade regional, no figurino e no falar.

Ativo agitador cultural, essas atividades o credenciaram a receber inúmeros títulos em seu estado como a Medalha do Mérito Cultural Ignácio Barbosa, a Comenda Sílvio Romero e os troféus O Capital de Música de 2000, Talento Sergipano UNIMED e Troféu Gérson Filho de Cultura Popular. Por sua ampla atuação artística, passou ser convidado a parte do júri em diversas oportunidades como em Festivais de Música, Festivais de Sanfoneiros, Festivais de Violeiros, Festivais de Quadrilhas Juninas e Concursos Literários; Em dezembro de 2005, começou a desenvolver, com o luthier Elifas Santana, o projeto do instrumento Noviola, um híbrido semi-acústico de violão e viola caipira. No mesmo mês, mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro.

Seu primeiro CD “Sergival e as coisas do caçuá”, lançado em 2008, traz repertório dedicado aos ritmos e folguedos nordestinos, revelando profunda intimidade de sua arte com a cultura popular da região nordeste. A maioria das faixas é de sua autoria. O disco conta com participações especiais de diversos artistas de Sergipe como: o Grupo Parafolclórico da Terceira Idade do SESC – Sergipe; Antônio Carlos do Aracaju e Aboiadores; Grupo Folclórico Reisado de Marimbondo -Povoado de Marimbondo (Japaratuba -SE); Marcos Guedes e seu trio de Forró Pé-de-Serra, João Sapateiro, Mestre Sabáu e Mingo Santana, entre outros, além de Dominguinhos,  Alcymar Monteiro, Chiko Queiroga & Antônio Rogério e músicos como Quartinha, Ary Collares e Renato Piau. Na sequência do repertório, as faixas: “As coisas do caçuá”, de sua autoria com Léo Mittaraquis; “Notícias do Nordeste”, de sua autoria; “Salada Tupiniquim”, de Ismar Barreto; “Deslumbramento”, de João Sapateiro; “Sempre boiadeiro”, “Desfiles de jegue de Itabí”, “Sementear”, “Anagrama”, “Maramar”, “Mendigos, Canto de entrada”, “Boi de reisado”, Adeus, adeus”, todas de sua autoria e “Carira”, de Mingo Santana. Nesse ano intensificou sua atuação nos palcos do Rio de Janeiro. Entre outros shows, apresentou-se no Centro Cultural da Justiça, no encontro de cantadores nordestinos, tendo na platéia, como convidado especial, o presidente da república Luís Inácio Lula da Silva. Em 2009, entre outros, apresentou show na Academia Brasileira de Letras, e no Centro Cultural Carioca, no Rio de Janeiro. Em fevereiro de 2010, apresentou-se, com seu grupo na casa de shows Lapa quarenta graus, na Lapa, Rio de Janeiro, local marcado pela boemia do samba carioca. Em março de 2010, passou a produzir e apresentar o programa “Puxa o Fole”, na Rádio Nacional (RJ), dedicado exclusivamente à música nordestina. No programa, além de mostrar uma pesquisa afiada da música popular do nordeste, trazendo grande diversidade de compositores, grupos, cantores e músicos representativos da música popular nordestina, homenageia nomes que se tornaram clássicos nessa vertente. Na edição de estréia, Sergival recebeu a cantora Carmélia Alves, conhecida como “A rainha do baião” e Ricardo Cravo Albin, pesquisador e escritor, além do grupo “Os primos do nordeste”. O programa também abriga um bloco denominado “Encontro de sanfoneiros”, que homenageia músicos renomados dessa área, além de trazer ao público nomes pouco conhecidos. Em 2013, apresentou-se mensalmente no evento “Quintas do forró”, no Centro Cultural Memórias do Rio, na Lapa, Rio de Janeiro. Em 2015, seu programa “Puxa o fole”, apresentado todos os domingos na Rádio Nacional, completou 5 anos. Na ocasião, recebeu, em edição comemorativa, no auditório da Rádio, no Rio de Janeiro (RJ), artistas como Maciel Melo, Geraldo do Norte, a cantora sergipana Amorosa, e o grupo carioca Fulano de quê?. Em 2016,completou 30 anos de carreira,e lançou, com o Trio Caçuá, o CD “Festança”.
O disco recebeu o prêmio Sanfona de Ouro, em Aracaju (SE), como o melhor do ano.
No mesmo ano, apresentou-se, como uma das principais atrações, em diversas festas em Aracaju (SE), como “Forrocaju”, no mercado central de Aracaju, e “Arraiá do povo”, na orla de de Atalaia, e também no Rio de Janeiro (RJ), no “Arraiá dus impoussivi”, na Lapa.
Em 2017, lançou o disco “Sergival – 30 anos”, produzido pela Laser Disc, com participações especiais de Zé Calixto, Rildo Hora, Leo Gandelman e Silvério Pontes. O CD, que apresentou uma música de sua autoria, “Adeus, adeus”, foi lançado em um show no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro (RJ).

Em 2018, encerrou o show comemorativo do lançamento da exposição “João do Vale – 80 anos”, realizada pelo Instituto Cultural Cravo Albin, no Rio de Janeiro (RJ), com curadoria de Paulo Luna. O evento integrou a “Semana do Nordestino” do ano.

No mesmo ano, comemorou um ano de organização do evento “Varejo Cultural”, realizado mensalmente no Rio de Janeiro, em que reune artistas nordestinos radicados no Rio de Janeiro, com apresentações de música e poesia.

Em 2019, apresentou-se homenageando o centenário de nascimento de Jackson do Pandeiro na segunda edição do evento anual “Trem do Forró”, realizado no Rio de Janeiro (RJ). A apresentação saiu da estação Central do Brasil de trem em direção à estação de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, com apresentações de vários artistas ligados ao universo do forró. O evento foi considerado uma referência em termos de reunião de artistas ligados ao forró no calendário do gênero na cidade e região.

Discografias
2017 30 anos – CD
2016 Festança (c/ Trio Caçuá) – CD
2008 Independente CD Sergival e as coisas do caçuá

(Coletâneas:)

2005 CD 28 BC - 28º Batalhão de Caçadores do Exército

Disco comemorativo gravado pelo Coral da Petrobrás de Sergipe - Com a música "As coisas do caçuá", com Léo Mittaráquis.

2003 LP Prata da Casa Petrobras

(Coletâneas:) (Com a música "Anagrama")

2000 LP Canto da Terra

(Coletâneas:) (Com a música "Salada tupiniquim", de Ismar Barreto)

1999 Demo I Fest. Música CEPE-Se

(Discos Independentes:) "Notícias do Nordeste"

1994 LP Canta Nordeste

(Coletâneas:) (Com a música "Sementear")

1988 LP Forrozão da Rua de Siriri

(Coletâneas:) (Com a música "Sempre boiadeiro")

1985 Demo Band’Auê

(Discos Independentes:) ("S.O.S. Nordeste", com Gilberto Nunes

Obras
Adeus, adeus
Anagrama
As coisas do caçuá (c/ Léo Mittaráquis)
Boi de Reisado
Canto de entrada
Desfikes de jegues de Itabí
Maramar
Mendigos
Notícias do Nordeste
Sementear
Sempre boiadeiro
Shows
2000 Casa de Las Américas, UNEAC ( União dos Escritores e Artistas de Cuba), além de concerto com o violonista Gilson Macedo no Gran Teatro de Habana;
1999 Melhor Pesquisa Musical, Figurino, Cenário e Vocal;
Circuito Cultural Banco do Brasil com Marcos Suzano; Palco principal do Forrocaju com Elba Ramalho;
Encontro Nacional de Forró Salvador-BA; Forrócaju c/ Genival Lacerda;
Noite Sergipana no Scalla-RJ, bem como nas cidades de Gramado-RS, Vitória-ES, Centro Cultural São Paulo-SP, Recife-PE, Brasilia-DF; Palco principal do Forrócaju com Amelinha; Participação especial no I Encontro Nacional de Corais da Petrobras realizado no Hotel Glória Rio de Janeiro-RJ; Show de abertura dos festejos juninos de Aracaju-SE, com Nando Cordel
Projeto Petrobras de Música com Dominguinhos; Circuito Cultural Banco do Brasil com Alceu Valença; Forrócaju com Gilberto Gil e Zé Ramalho;
Show de abertura do Encontro Rotário Internacional na cidade de Foz do Iguaçu-PR, Palco principal do Forrócaju com Fagner e Fala Mansa;