Cantor. Nasceu no bairro do Catete, no Rio de Janeiro. Foi homenageado na cidade de Piracicaba, SP, com seu nome sendo dado a uma rua.
Aos 12 anos já era animador infantil na TV Rio e, três anos depois começou a cantar no programa “Os Curumins” da Rádio Tamoio. Em 1956, escolhido como melhor cantor, começou a aparecer constantemente no programa “O trem da alegria”, na mesma rádio. Seguia o estilo rock-balada dos irmãos Campello. Gravou alguns 78 rpm pela Columbia. Em 1959, foi convidado por Paulo Gracindo para se apresentar em seu programa na rádio Nacional. Agradou tanto, que foi apresentado ao compositor Edson Borges que o levou para a gravadora Columbia, onde foi contratado. No mesmo ano, lançou seu primeiro disco, interpretando a toada “Mudou muito”, de Edson Borges e Enrico Simonetti e o samba canção “Menino triste”, de Edson Borges, que era um compositor muito gravado por artistas não ligados ao gênero rock. Ainda em 1959, lançou um de seus maiores sucessos, a balada “Macianita”, de Marconi e Alderete, com versão de Fernando César, música que se tornou um clássico do rock no Brasil, e que foi regravada por Raul Seixas em 1973 no disco “Os 24 maiores sucessos da era do rock”. Em 1960, obteve outro grande sucsso com “Broto legal”, de Barnhart, com versão de Renato Corte Real. No mesmo ano, participou do filme “Alegria de viver” e foi tema de longa reportagem da revista “Radiolândia”, recebendo então tratamento de ídolo. Participou ainda do filme “Matemática zero, amor dez”, de Carlos Augusto Hugo Christensen, cantando “Rock de morte”, de Nadir Peres e Lyrio Panicali. No mesmo ano, lançou seu primeiro LP, “Sérgio Murilo”, com acompanhamento de Lyrio Panicali e Sua Orquestra, no qual interpretou “Marcianita”, de José Imperatore Marcone e Galvarino Villota Alderete, versão de Fernando César; “Dó-Ré-Mi”, de Fernando César; “Put Your Head On My Shoulder”, de Paul Anka; “Lua Azul”, versão de Claribalte Passos, para a clássica balada “Blue Moon”, de Richard Rodgers e Lorenz Hart; “The Diary”, de Neil Sedaka e Howard Greenfield; “Menino Triste”, de Edson Borges; “Se Eu Soubesse”, de Fernando César, feita sobre O Lago dos Cisnes de Tchaikowsky; “É Meu Destino Amar”, versão de Osvaldo Santiago para “Im In The Mood For Love”, de Jimmy McHugh e Dorothy Fields; “Oh! Carol”, de Neil Sedaka e Howard Greenfield; “Estúpido Cupido (Stupid Cupid)”, de Neil Sedaka e Howard Greenfield, versão de Fred Jorge; “Personality”, de Lloyd Price e Harold Logan, e “Mudou Muito”, de Edson Borges e Henrique Simonetti. Nesse ano, suas gravações de “Estúpido cupido” e “The diary”, com acompanhamento do maestro Lyrio Panicali foram incluídas na coletânea “As 14 Mais – Vol. 1”, da gravadora Columbia. Ainda em 1960, lançou seu segundo LP, “Novamente Sérgio Murilo”, com acompanhamento da Orquestra e Conjunto Bob Rose, no qual interpretou “Broto Legal (Im In Love)”, de H. Earnhart, versão de Renato Corte Real; “Something Happened”, de B. Wilson e G. Van Cleve; “Quando Ela Sai (Shy)”, de Lehman e Lebowsky, versão de Dela Mare; “Ding-a-ling”, de Mann, Lowe e Appell; “Trem do Amor (One Way Ticket To The Blues)”, de Hank Hunter e Jack Keller, versão de Fred Jorge; “Its Time To Cry”, de Paul Anka; “Pagando Trinta (Love Song From Beauty And The Beast)”, de Jay Livingston e M. David, versão de Fernando César; “My Home Town”, de Paul Anka; “Querida (Believe Me)”, de B. Conte, T. Austin e J. Villa, versão de Renato Corte Real; “Shimmy Shimmy Ko-ko-bop”, de B. Smith; “O Rock É Bom de Dançar (You Gotta Learn You Rhythm And Blues)”, de Neil Sedaka e Howard Greenfield, versão de Dela Mare, e “Pretty Blue Eyes”, de Teddy Randazzo e Bobby Weinstein. Em pleno sucesso, apresentava na rádio Tupi o programa “Alô brotos”, com Sônia Delfino. Em 1961, gravou o LP “Baby”, novamente com acompanhamento da Orquestra e Conjunto de Bob Rose, trazendo suas interpretações para as músicas “Domingo de Sol”, de Rutinaldo e Vicente Amar; “Baby”, de Astor Silva e Renato Corte Real; “Tu És Tudo Para Mim (You Mean Everything To Me)”, de Neil Sedaka e Howard Greenfield, versão de Fred Jorge; “Minha História de Amor (The Story Of My Love)”, de Paul Anka, versão de Fred Jorge; “Um Só Momento”, de Esther Delamare; “Biquini de Bolinha Amarelinho Tão Pequenininho (Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polka Dot Bikini”, de Paul Vance e Lee Pockriss, versão de Hervé Cordovil; “Merci Meu Bem (Merci Paris”, de Chabrier e Barelly, versão de Fernando César; “O Sininho da Matriz”, de Renato Corte Real e Nadir Peres; “Balada do Homem Sem Rumo”, de Castro Perret; “Abandonado (Only The Lonely)”, de Roy Orbison e Joe Melson, versão de Gerson Gonçalves; “Tu Serás”, de Ângela Martignoni e Othon Russo, e “Teenage Dance (Quem Não Gosta de Rock)”, de S. Balono. No mesmo ano, sua gravação para a balada “Domingo de Sol”, de Rutinaldo e Vicente Amar, foi incluída na coletânea “As 14 Mais – Vol. VI”, da CBS. Em 1963 apresentou-se com grande sucesso no Peru, onde recebeu o prêmio de “Artista estrangeiro mais popular” e o “Microfone de prata”. A partir de 1964 passou a gravar pela RCA Victor, na qual estreou com o compacto simples “Festa de Surf”, de Carlos Imperial, e “Dá-me Felicidade (Free Me)”, de Jimmy Breedlove e Lynn Breedlove, versão de Rossini Pinto. Em seguida, lançou o LP “SM 64”, que marca uma mudança em seu repertório até então baseado em twists e versões de sucessos de Paul Anka e Neil Sedaka. Nesse LP registrou as composições “Lá Vai Ela” e “Festa de Surf”, de Carlos Imperial; “Novo Vai e Vem” e “Sinfonia do Castelinho”, de Carlos Imperial e Paulo Imperial; “Rei da Brotolândia”, de Erasmo Carlos, e “Duas Bonequinhas”, de Erasmo Carlos e Roberto Carlos, obras de autores que começavam a dar nova cara ao rock no Brasil, além de “Isto É o Que Resta ao Fim de Um Amor (Cio Che Rimane Alla Fine Di Um Amore)”, de Fidenco, versão de Aldacir Louro; “Três Estrelas Brilharão Esta Noite (Three Stars Will Shine Tonight)”, de Jerry Goldsmith, Pete Rugolo e Hal Winn, versão de Esther Delamare; “Dá-me Felicidade (Free Me)”, de Jimmy Breedlov e Lynn Breedlove, versão de Rossini Pinto; “Estrada da Barra”, de Esther Delamare; “No Ano Setenta”, de Fernando César e João Leal Brito, o Britinho, e “Presta Atenção”, de Augusto Mesquita e Osmar Safety. Em 1965, lançou o compacto simples “Te Agradeço Porque (Ti Ringrazio Perché)”, de Bardotti, G. F. Reverberi e G. P. Reverberi, versão de Aldacir Louro, e “Você É de Chorar”, de José Messias, e em seguida, o compacto duplo “Sérgio Murilo” que incluiu as músicas “Lucifer”, de Baby Santiago; “Dançando O Letkiss (Doin The Jenks)”, de J. Rohde, versão de Rossini Pinto; “Shake”, de S. Cooke, versão de Erasmo Carlos, e “Para Esquecer Você”, de Rossini Pinto e Valdir Correia. Aliando-se ao fenômeno da Jovem Guarda, nesse período lançou vários discos de sucesso. Por conta do grande sucesso alcançado no Peru gravou, ainda em 1965, o LP “El muchacho de oro del Brasil”, todo em castelhano, com interpretações de músicas como “No Quisiera” e “Cuando Salga El Sol”, de Vladimiro Chacón; e “Lagrimas” e “Al Compas Del Amor”, de Mário Pastor. Em 1966, lançou um último LP pela RCA Victor interpretando “O Dragão” e “Parece Mentira”, de Rossini Pinto; “O Pequeno Gastronauta”, de Paulo Brunner e Ivanildo Teixeira; “Não Tenho Ninguém (As Tears Go By)”, de Mick Jagger, Keith Richards e Andrew Oldham, versão de Rossini Pinto; “Ilusão Perdida”, de Rossini Pinto; “Por Mim Vai Chorar”, de Silvinha Chiozzo e Adelaide Chiozzo; “Ontem”, versão de Rossini Pinto, para “Yesterday”, de John Lennon e Paul McCartney; “O Pão”, de Reginaldo Rossi, Namir Cury e Orácio Faustino; “Eu Te Saúdo Madame (Je Vous Salue Madame)”, de Christophe, versão de Rossini Pinto; “Ela Tem Que Ser Meu Bem”, de Isaias Souza; “Brotinho Apaixonado (Im Gonna Get Married)”, de Harold Logan e Lloyd Price, versão de Rossini Pinto, e “Incurably Romantic”, de Sammy Cahn e Jimmy Van Heusen. No mesmo ano, lançou seu primeiro disco pela gravadora Continental, um compacto simples com as músicas “Coraçãozinho (Piccolo Cuore)”, de John Carter, Alquist e Ken Lewis, versão de Geraldo Figueiredo, e “Açúcar (Zucchero)”, de Mogol, Ascri, Roberto Soffici e Roberto Guscelli, versão de Nazareno de Brito. Em 1968, lançou seu primeiro LP pela gravadora Continental com as músicas “A Felicidade (La Felicidad)”, de Palito Ortega, versão dos Beat Boys; “Romeu e Julieta (Romeo Und Julia)”, de Henry Mayer e Hans Bradtke, versão de Fred Jorge; “Lili Marlene (Lili Marleen)”, de N. Schultze e H. Leip, e “Playboy”, de Gene Thomas, versões de N. Bourget; “Comemoração (Congratulations)”, de B. Martin e P. Coulter, e “A Tramontana (La Tramontana”, de Daniele Pace e Mario Panzeri, versões de Geraldo Figueiredo; “Dessa Eu Escapei”, de Getúlio Cortes; “Há Sempre Um Sol Que Volta (Immer Wieder Geht Die Somne Auf)”, de Jurgens e Horbiger; “A Um Passo do Amor (Step Inside Love)”, de John Lennon e Paul McCartney, “O Que Somos Na Vida (AujourdHui Cest Toi)”, de Francis Lai e Pierre Barouh, versões de Nazareno de Brito, e “É o Fim (Trink Summer”, de C. Otis, e “Se Tu Queres Deixar-me (Se Tu Me Vuoi Lasciare)”, de M. Cortopassi, versões de Alexandre Cirus. Em 1969, lançou compacto duplo com as músicas “M… De Mulher (F… Comme Femme)”, de Salvatore Adamo, versão de Antônio Marcos; “Coraçãozinho (Piccolo Cuore)”, de John Carter, Alquist e Ken Lewis, versão de Geraldo Figueiredo, e “Açúcar (Zucchero)”, de Mogol, Ascri, Roberto Soffici e Roberto Guscelli, e “O Que Somos Na Vida (AujourdHui Cest Toi)”, de Francis Lai e Pierre Barouh, versões de Nazareno de Brito. No mesmo ano, lançou LP com as composições “Tanta Chuva Em Meu Caminho”, de Nenéo; “Lia Não Existe” e ” Ordem Geral”, de Fábio e Paulo Imperial; “As Estradas”, de Tom Gomes e Luis Vagner; “Um Garoto Como Eu (Um Muchacho Como Yo)”, de Palito Ortega e Mandy, versão de Hamilton Di Giorgio; “Jaguar Espacial”, de Paulo Diniz e Odibar; “A Guitarra (Joue Guitarre)”, de Rika Zarai e André Pascal, e “As Verdes Colinas (Nos Verts Collines)”, de Darry Cowl e Eddy Marnay, versões de Ernâni Campos; “A Diligência”, de Klécius Caldas; “O Que Eu Quero É Viver”, de Robert Livi e Vinhas, e “Quando Eu Digo Acabou” e “Acredite Se Quiser”, ambas de Martinha. Ainda em 1969, foi lançado, especialmente no Peru, país onde possuía razoável cartaz, o LP “Sérgio Murilo em castellano” com a interpretação de músicas como “Tanta Chuva Em Meu Caminho (Tanta Lluvia Em Mi Camino)”, de Nenéo; “Lia Não Existe (Lia No Existe)”, de Fábio e Paulo Imperial, e “As Estradas (Solitário Y Vagabundo)”, de Tom Gomes e Luis Vagner, todas em versões de Pocho Pérez. Ainda nesse ano, gravou o tema tradicional “Sinos de Belém (Jingle Bells)”, com adaptação de Evaldo Ruy, para o LP “Natal Feliz”, da Continental. Em 1970, lançou compacto simples com as músicas “Tenho (Tengo)”, de Sandro e Oscar Anderle, versão de Pocho Pérez, e “A Guitarra (Joue Guitarre)”, de Rika Zarai e André Pascal, versão de Ernâni Campos. No final da década de 1960 e início 1970 gravou vários compactos pelo selo Continental, porém sem obter sucesso. Em 1975, foi lançada pelo selo Entré/CBS o LP “Os grandes sucessos de Sérgio Murilo”, que incluiu sucessos como “Marcianita”; “Oh! Carol”; “Broto Legal” e “Adam And Eve”, entre outros. Em 1976, sua interpretação para a balada “Broto legal” voltou às paradas de sucesso ao ser incluída na trilha sonora da novela “Estúpido cupido”, da TV Globo, sendo ainda relançada pela CBS em compacto simples trazendo no lado B o sucesso “Marcianita”. Em 1989, lançou, de forma independente, o LP “Sérgio Murilo”, interpretando as composições “Viver É Ser Bom”; “Tarde de Verão” e “Os Dias Não São Iguais”, as três de Paulo Sette; “Rebuscando”, de Paulo Sette e Marcondes; “Tira-teima” e “Descendo Pelo São Francisco”, de Paulo Sette e Leonardo de Souza; “Curvas & Ciladas” e “Tapete Mágico”, de Paulo Sette e Cícero Pestana; “Calmaria do Meu Porto”, de Paulo Sette e Pery Pereira; “Fuga” e “Na Próxima Semana”, de Márcio Monteiro e Marcos Monteiro; “Outro Astral”, de Gilson e Joran; “Armadilhas”, de Savalla, e “Apesar dos Pesares”, de Rita Ribeiro e Frank Gal. Em 2000, teve seus LPs do período de 1959 a 1962 relançados pela Sony na coleção “Jovem Guarda”. Teve gravações incluídas em mais de 20 coletâneas de sucessos.