Violonista clássico, arranjador e luthier
Neto e filho de músicos, compartilhou, com o irmão, Eduardo Abreu, a formação musical e o aprendizado de violão com o avô, Antonio Rebello – que, por sua vez, foi aluno de Quincas Laranjerias e de Isaías Sávio. Prosseguiram o aprendizado familiar com o pai, Osmar Abreu.
Em 1961 começaram a ter aulas quinzenais, que rosseguiram durante dez anos, com a violonista e alaudista argentina Adolfina Raitzn de Távora, conhecida como Monina Távora, aluna de Andres Segovia e de Domingo Prat.
A teoria musical foi aprendida com o compositor Florêncio de Almeida Lima. Também mantiveram contato e trocaram conhecimento com o compositor italiano radicado no Uruguai Guido Santorsola.
Em 2015 foi publicada a biografia de Sérgio Abreu “Sérgio Abreu: Uma Biografia”, escrita por Ricardo Dias e lançada de forma independente.
Em fevereiro de 2016, o violonista Marcelo Kayath, por meio do selo Guitar Coop (www.guitarcoop.com.br), fez uma entrevista com Sérgio Abreu.
O violonista e luthier faleceu devido a problemas pulmonares.
Em 1963 começou a carreira profissional estreando oficialmente o Duo Abreu, no qual tocou com o irmão Eduardo Abreu, com um recital na Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
Em 1964 repetiram o recital na ABI.
Em 1965 fizeram os primeiros recitais internacionais, em Buenos Aires, Argentina.
Com o amadurecimento musical e a empresária Sulla Jaffe, começaram a atuar de forma mais consistente no circuito mundial de concertos.
Em 1967 Sergio Abreu foi o violonista mais jovem a vencer o concurso de violão da ORTF, em Paris, França. Um dos mais prestigiados da época.
Ainda em 1968, assinaram contrato com a CBS e lançaram o primeiro álbum: “The Guitars of Sergio and Eduardo Abreu” pela Decca sob permissão da CBS. No álbum constam peças em duo de John Dowland, Frecobaldi, Vivaldi, Scarlatti e Ravel e peças solo de Bach e Villa-Lobos. Na mesma época, começaram a trabalhar com o empresário Harold Shaw, que também agenciou nomes como John Williams, Jacqueline Du Pré e Vladimir Horowitz.
Em 1969 lançaram, pela CBS, o segundo álbum, apenas com peças em duo: “Os Violões de Sérgio e Eduardo Abreu”, com peças de Anon, Telemann, Scheidler Rodrigo, Granados e Falla.
Em 1970, lançaram o terceiro e último álbum. No repertório, concertos para dois violões e orquestra de Guido Santórsola e Castelnuovo-Tedesco.
Após esses três álbuns, foram feitas apenas gravações não oficiais, tais como “Sergio & Eduardo Abreu: The 1970`s BBC Recording ” em 1970, “Duo Abreu Live Town Hall NY” em 1974 e “Sergio & Eduardo Abreu: The 1975`s BBC Recording”, em 1975 e outras que circularam em ferramentas de compartilhamento de música.
O duo se dissolveu em novembro de 1975, após a saída de Eduardo Abreu.
Prosseguiu a carreira de violonista gravando “Sérgio Abreu interpreta Paganini e Sor”, gravado entre 1976 e 1977 mas lançado em 1980 pela gravadora Ariola.
Ainda em 1977, participou da gravação do álbum “Maria Lucia Godoy Interpreta Villa-Lobos”, lançado no mesmo ano pela Polygram.
Também neste período final dos anos 1970, Sérgio Abreu fez dupla com o flautista Norton Morozovicz.
Em 1978 aprendeu a atividade de luthier com os profissionais David Rubio e Paul Fischer.
Em 1980, em paralelo à carreira de concertista, começou a trabalhar como luthier na fábrica de instrumentos Giannini, na qual fica até 1987. Lá, produziu violões semi-artesanais como o violão Giannini Modelo Abreu, nomeado como C7. Ao todo foram quase 500 violões construídos na fábrica. Ao sair, já havia construído sozinho por volta de 30 violões tendo já formado clientela.
Em 1982 encerrou a carreira de concertista e começa a se dedicar exclusivamente à atividade de luthier.
Participação em álbum de Maria Lúcia Godoy
Sérgio Abreu: uma biografia, de Ricardo Dias (Independente, 2015, 256p.)