Rutinaldo

Em janeiro de 1946, antes de completar os dezenove anos de idade, teve sua primeira composição gravada, o samba “Ela não me esquece”, parceria com Alcebíades Nogueira, lançado por Gilberto Alves na Victor. No mesmo ano, a batucada “Casado não pode”, também com Alcebíades Nogueira, foi gravada na Continental pelo grupo vocal Namorados da Lua, que entre seus integrantes contava com Lúcio Alves e Miltinho.

Em 1950, compôs com Ruy Rey o mambo “Naná”, uma composição gravada por Ruy Rei e sua orquestra e apresentada no filme musical da Atlântida “Carnaval de Fogo”. No ano seguinte, seu “Mambo do gato”, foi lançado por Emilinha Borba na Continental. Em 1952 seu samba “Ingratidão”, parceria com Altamir Greco foi gravado por Elizete Cardoso na Todamérica.

Em 1953, a marcha “Catumbi encheu”, parceria com Norival Reis foi gravada para o carnaval daquele ano pela cantora Emilinha Borba na gravadora Continental. Em 1954, teve os sambas “Dinheiro de pobre”, com Norival Reis, gravado por Jorge Goulart, além de “Vai fazer um mês”, gravado por Emilinha Borba, ambos na Continental. Nesse ano, seu samba “Parabéns São Paulo!”, homenagem ao quarto centenário de São Paulo, foi lançado por Emilinha Borba. Em 1956, seu samba “Hoje ou amanhã”, com Norival Reis, foi gravado na Continental por Severino Araújo e Orquestra Tabajara.

Em 1957, fez com Mirabeau e Dom Madrid, pseudônimo da cantora Carmen Costa, a marcha “Macaco não”, gravada por Carlos Gonzaga na RCA Victor para o carnaval do ano seguinte. No mesmo ano, seu samba “Chegou a escola”, com Milton de Oliveira e Vicente Amar, foi gravado por Angela Maria na Copacabana.

Teve gravado por Lana Bittencourt na Columbia em 1959 o samba “Desistência”, com Ivo Marins. Nesse ano, teve o samba-canção “Minha serenata”, com Vicente Amar gravado por Vicente Celestino em LP da RCA Victor que recebeu o nome dessa composição. Em 1960, teve a marcha “A danada da saudade” gravada por Emilinha Borba no LP “Emília no país dos sucessos”, lançado pela CBS. Em 1962, teve a música “Domingo de sol”, com Vicente Amar gravada por Sérgio Murilo no LP “Baby”, da Columbia. Também nesse ano, sua marcha “Papai e mamãe”, com Brasinha, foi gravado por Waldir Azevedo e sua Bandinho no LP “Souvenir de carnaval”, da Continental.

No ano seguinte teve o samba “Vedete”, com Carlos Nobre incluído no LP “Nos braços da saudade” lançado por Carlos Nobre na RCA Victor.

Em 1967, a música “Só não pode me faltar você”, com Klécius Caldas, foi gravada por Rosemary na RCA Victor. Em 1970, venceu o festival de Músicas de Carnaval promovido pela TV Tupi com a marcha-rancho “O primeiro clarim”, parceria com Klécius Caldas, grande sucesso criado por Dircinha Batista e consagrado por um júri de alta respeitabilidade integrado por membros do Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som.

Em 1972, a cantora Marília Medalha no LP “Caminhada”, da RGE, regravou o samba “O primeiro clarim”, com Klécius Caldas. Em 1976, seu samba “Perdão Mangueira”, com Adelino Moreira, foi gravado por Cauby Peixoto.

Entre seus intérpretes estão Gilberto Alves, Dircinha Batista, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Sérgio Murilo, Carlos Galhardo e Elizeth Cardoso. Entre seus vários parceiros destacam-se: Adelino Moreira, Paulo Gracindo, Alcebíades Nogueira, Milton de Oliveira, Klécius Caldas, Brasinha e Vicente Amar. Teve cerca de 150 músicas gravadas.