0.000
Nome Artístico
Rubens Soares
Nome verdadeiro
Rubens Soares
Data de nascimento
29/5/1911
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
13/6/1998
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor.

Foi lutador de boxe na categoria peso-médio, atuando de 1928 a 1945. Foi ainda membro da Polícia Especial, treinador de cavalos e treinador de boxe.

Depois das lutas, reunia-se com amigos, quando compunha sambas de carnaval.

Dados artísticos

Em 1936, obteve seu primeiro grande sucesso com o samba “É bom parar”, que segundo alguns teria sido
feito em parceria com Noel Rosa, embora essa parceria não conste do selo do disco gravado por Francisco Alves na Victor. Com este samba ganhou o primeiro prêmio no concurso oficial de músicas  carnavalescas da Prefeitura do Rio de Janeiro. No mesmo ano, teve os sambas “Já não és mais aquela”, parceria com Antônio Almeida, e “Iaiá do balacuchê” gravadas também por Francisco Alves. Ainda nesse ano, destacou-se com o samba de carnaval “Lá vem ela chorando”, parceria com Demazinho,  também gravado por Francisco Alves na Victor num disco que trazia no lado B o samba “Chegou a sua vez”, parceria dos dois.
Em 1937, fez com Nássara o batuque “Batuque na cozinha” gravado pela dupla Joel e Gaúcho na Odeon e com Ataulfo Alves fez o samba “Perdi a confiança”, gravado por Luiz Barbosa na Victor. Teve ainda nesse ano o samba “Nunca pensei”, parceria com Nássara gravado por Aracy de Almeida. Em 1938, a pianista Carolina Cardoso de Menezes regravou seu samba “É bom parar”. Em 1939, Roberto Paiva gravou, também na Odeon, o samba “Estou cansado de procurar”, parceria com Luiz Pimentel, e Aracy de Almeida o samba “Já jurei”, parceria com Nássara. Ainda nesse ano, o pianista Muraro regravou “É bom parar” em ritmo de fox e Arnaldo Amaral gravou na Columbia o samba “Ela fez uma comigo”.
Em 1940, fez com Francisco Santos o samba “Bem sei”, gravado por Aracy de Almeida e com Sílvio Caldas fez a marcha “Capim mimoso”, gravada pelo próprio Sílvio Caldas. Em 1941, Francisco Alves gravou na Odeon os sambas “Eu quero uma mulher”, parceria com Evaldo Rui, e “Poleiro de pato é no chão”. Nesse ano, obteve razoável sucesso com o samba “Gênio mau”, parceria com Wilson Baptista, gravado por Aracy de Almeida na Victor com acompanhamento dos Diabos do Céu. Ainda nesse ano, mais uma regravação de “É bom parar”, dessa vez na voz de Nuno Roland na Victor. Teve ainda no mesmo período duas batucadas gravadas: “Quem engorda porcos é o Pacheco”, com Eratóstenes Frazão, por Cyro Monteiro, e “Ai que dor…”, com Nássara, por Carlos Galhardo na Victor e o samba “Ela mandou me avisar”, com Mário Lago, gravado pelos Anjos do Inferno na Columbia. 
Em 1942, a marcha “Viva quem tem bigode!”, parceria com David Nasser, foi gravada pelo grupo vocal Quatro Ases e Um Coringa. Nesse ano, obteve grande êxito com a batucada “Nega do cabelo duro” gravada pelos Anjos do Inferno. A música apresentava semelhanças com a melodia do velho samba de Sinhô “Não quero saber mais dela” com uma letra que satirizava o cabelo da personagem. Em 1943, fez com David Nasser os arranjos para a batucada “Benza-te Deus”, de motivo popular gravada pelos Anjos do Inferno na Continental. Nesse ano, teve a marcha “Feijoada” gravada pelo grupo Quatro Ases e Um Coringa, o samba “Ai amor” gravado por Nelson Gonçalves na Victor e a batucada “Não pense que vou chorar” foi lançada por Déo na Continental.
Em 1944, fez com Ari Monteiro o samba “Lições da vida” e com Antônio Nássara a marcha “Sete galinhas” gravadas pelo Quatro Ases e Um Coringa e com Eratóstenes Frazão a batucada “Vida de pobre” gravada por Francisco Alves, as três na Odeon. Nesse ano, Aracy de Almeida gravou o samba “João Cegonha”, com David Nasser, lançado no ano seguinte e Carlos Galhardo gravou a batucada “Pra que beber”. Em 1945, Jorge Veiga gravou na Continental o samba “Até numa pedreira”.
Em 1952, a Continental relançou o samba “Solteiro é melhor”, parceria com Felisberto Silva na voz de Francisco Alves gravado em 1939. Em 1956, obteve mais um sucesso com  “Nasci para o samba”, parceria com David Nasser, gravado por Nélson Gonçalves na RCA Victor. Em 1958, Nelson Gonçalves gravou na RCA Victor a marcha-rancho “Arlequim”, parceria com Jorge Faraj, e o próprio Nelson Gonçalves. Em 1960, seu samba “Já não és mais aquela”, com Antônio Almeida, foi gravado por Sílvio Mazzuca no LP “Baile de samba  – Sylvio Mazzucca e Sua Orquestra” da gravadora Columbia.

Obras
Ai amor
Ai que dor... (c/ Nássara)
Arlequim (c/ Jorge Faraj e Nelson Gonçalves)
Até numa pedreira
Batuque na cozinha (c/ Nássara)
Bem sei (c/ Francisco Santos)
Benza-te Deus (c/ David Nasser)
Capim mimoso (c/ Sílvio Caldas)
Chegou a sua vez (c/ Francisco Alves)
Ela fez uma comigo
Ela mandou me avisar (c/ Mário Lago)
Estou cansado de procurar (Luiz Pimentel)
Eu quero uma mulher (c/ Evaldo Rui)
Feijoada
Iaiá do balacuchê
João Cegonha (c/ David Nasser)
Já jurei (c/ Nássara)
Já não és mais aquela (c/ Antônio Almeida)
Lições da vida (c/ Ari Monteiro)
Lá vem ela chorando (c/ Demasinho)
Mundo mal dividido
Nasci para o samba (c/ David Nasser)
Nega do cabelo duro (c/ David Nasser)
Nunca pensei (c/ Nássara)
Não pense que vou chorar
Poleiro de pato é no chão
Pra que beber
Quem engorda porcos é o Pacheco (c/ Eratóstenes Frazão)
Sete galinhas (c/ Nássara)
Solteiro é melhor (c/ Felisberto Silva)
Vida de pobre (c/ E. Frazão)
Viva quem tem bigode! (c/ David Nasser)
só tinha 5 obras
É bom parar (c/ Noel Rosa)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume1. São Paulo: Editora: 34, 1999.

VASCONCELOS, Ari. Panorama da música popular brasileira – volume 2. Rio de Janeiro: Martins, 1965.