
Compositor. Cantor. Ritmista.
Também conhecido pelo pseudônimo de Carrol Blanchez.
Inicialmente apareceu como corista em programas de rádio, como Favela da Rádio São Paulo, que também era transmitido para a Rádio Tupi no Rio de Janeiro. Por essa época, participou também em gravações de outros cantores. Ritmista, tocou com vários artistas da época. Em 1941, fez com Henricão o samba “Será possível?” gravado por Cyro Monteiro na Victor. Nesse ano, compôs com Henricão “Está chegando a hora”, adaptação da canção mexicana “Cielito lindo”, de A. Sedos e F. Tudela, lançada por Carmen Costa com grande sucesso.
Em 1942, teve a marcha “Salve a mulher brasileira”, parceria com Sebastião Lima gravada por Dircinha Batista na Odeon e a marcha “A festa é boa” e os sambas “Depois que ela partiu” e “Formosa morena”, com Henricão, gravadas por Carmen Costa e Henricão na Victor. Em 1943, Carmem Costa gravou os sambas “Já é de madrugada”, parceria com Henricão, “Chorei de dor”, com Henricão e “Não me abandone”, com Henricão e J. Alcides. Em 1944, o samba “Casinha da Marambaia”, com Henricão, foi lançado na Victor por Carmen Costa, que incorporaria o número aos seus sucessos posteriores. Em 1946, Carmen Costa gravou os sambas “Siga seu destino” e “Bahia, terra santa”, parcerias com Henricão. Nesse ano, fez turnê com o Conjunto Brasiliana por vários países europeus.
Em 1951, a marcha “Por pouco…pouco”, parceria com Raul Carrazzato foi gravada na Odeon pelos Trigêmeos Vocalistas. Em 1952, fez com Ari Rabelo e Jarbas Reis a marcha “Mister Eco” gravada por Odete Amaral na Odeon. Com William Duba fez o samba-be-bop “Vai nessa?” gravado por Alencar Terra ao acordeom na Star. Em 1953, o baião “Chegou a hora”, com Henricão, foi gravado pelo instrumentista Garoto ao cavaquinho, na Odeon. Em 1956, Gravatinha gravou seu samba “Não poderei”, parceria com Ernâni Correia e Duba. Na década de 1950, sob o pseudônimo de Carrol Blanchez, compôs mambos e chá-chá-chás.
Em 1980, Elis Regina regravou com grande sucesso seu samba “Casinha na Marambaia”, com Henricão, no registro em LP de seu show “Saudades do Brasil”. Em 1996, seu samba “Só vendo que beleza”, com Henricão, foi regravada por Carmen Costa para o CD “Tantos caminhos”, da Som Livre.
Em 2019, seus sambas “Só vendo que beleza”, “Bahia terra santa”, “Já é madrugada” e “Casinha na Marambaia”, com Henricão, foram incluídos no repertório do espetáculo “Só vendo que beleza! Homenagem a Henricão”, com o qual o grupo Coisa da Antiga, homenageou o compositor Henricão, no projeto Quintas no BNDES, realizado no Espaço Cultural BNDES.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.