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Nome Artístico
Rubem Confete
Nome verdadeiro
Rubem dos Santos
Data de nascimento
7/12/1936
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Jornalista. Roteirista. Teatrólogo. Radialista. Gráfico. Cantor. Ativista e estudioso das questões afrobrasileiras.
Cursou o 1º grau na Escola Paraná e o ginásio industrial na Escola de Artes Gráficas, em 1953.
Em 1955 frequentava o bloco carnavalesco Independentes da Serra, em Vaz Lobo.
Entre 1967 e 1970 estagiou na Imprensa Nacional. No mesmo período trabalhou também na revista “Guanabara em Revista”, órgão oficial do Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro, na publicação criada pelo diretor de MIS, Ricardo Cravo Albin.
Como radialista manteve durante vários anos o programa “Rio de Toda Gente”, na Rádio Nacional AM, do Rio de Janeiro.
Fez diversos cursos, entre eles: “Música pela Escola Villa-Lobos”, “Música Popular Brasileira”, pelo MIS (Museu da Imagem e do Som), “Teoria Musical” com Nori Mendes e “Técnica Vocal”, com a professora Maria Amália.
Entre os anos de 1962 e 1963, fez um curso de dança com a professora Mercedes Batista.
Escreveu para vários jornais cariocas, entre os quai o Jornal Tribuna da Imprensa.
Fundador da Agremiação Apóstolos do Samba, Sociedade Cultural e Recreativa, com sede na Avenida Passos, no centro do Rio de Janeiro.
Foi Conselheiro da Associação Independente dos Comunicadores do Carnaval e Sócio Honorário do Cordão do Bola Preta.
Portador da “Comenda do Mérito do Clube Municipal do Rio de Janeiro”.
Foi Presidente da Associação dos Barraqueiros do Terreirão do Samba, da qual foi um dos fundadores no ano de 1991.
Em setembro de 1992, recebeu a “Medalha Pedro Ernesto”, concedida pelo vereador Fernando William, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Dados artísticos

No ano de 1961, atuou como passista da Escola de Samba Mangueira. Dois anos depois, foi passista da Escola de Samba Salgueiro.
Entrou para a Ala dos Compositores do Império da Tijuca, em 1967.
Em 1970, integrou a Ala dos Compositores da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense.
Nos anos de 1972 e 1973, foi o autor do enredo vencedor do carnaval, com o samba “Uma certa negra fulô” para a Escola Paulista Camisa Verde e Branco.
Entre 1972 e 1974, trabalhou na Rádio Continental. Fundou, em 1973, o grupo de capoeira “Filhos de Angola”. Dois anos depois, em 1975, ao lado de Wilson Moreira, Candeia e Nei Lopes, fundou o Grêmio Recreativo de Artes Negras e Escola de Samba Quilombo, na qual atuava como compositor e mestre-sala.
Entre 1975 e 1977, trabalhou na Rádio Roquete Pinto como comentarista e produtor do programa “A Hora e A Vez do Samba”.
No ano de 1976, fundou o IPCN (Instituto de Pesquisa de Cultura Negra).
Entre 1975 e 1992, escreveu para vários jornais e revistas, entre eles Pasquim, Jornal Lampião, Revista Nacional, Revista Panorama, Jornal Tribuna da Imprensa, Revista Unidos da Tijuca. Trabalhou, também, na Rádio Nacional como locutor e comentarista a partir de 1980.
Em televisão, trabalhou na TV Excelsior em 1964, como ator e figurante.
Entre 1981 e 1982, participou, ao lado de José Ramos Tinhorão e Fernando Pamplona, do “Programa Mesa Redonda”, que tinha como tema a Música Popular Brasileira.
De 1988 a 1990, fez os comentários para os desfiles de carnaval transmitidos pela Rede Globo.
Em 1992, foi integrante do Júri Paralelo de Carnaval na Rede Manchete.
Conferencista, ministrou várias palestras em diversos lugares como PUC, Faculdades Cândido Mendes, Hélio Alonso, Museu Nacional de Belas Artes, UERJ e Secretaria Municipal de Cultura.
Em cinema, produziu roteiros para três filmes de Carlos Alberto Tourinho: “Partido Alto”, “Partideiros” e “Escola de Samba S/A”.
Criou enredos para os Blocos Carnavalescos Boi da Freguesia e Coração de Éden.
Em 1991, foi enredo do Bloco Carnavalesco Grêmio da Curtição, cujo título foi “Pierrô e Serpentina, o Guerreiro do Samba”.
Tem diversas músicas gravadas: “Pagode do Exorcista”, por Nei Lopes e Wilson Simonal, “Xangô é de Baê”, interpretada por João Donato e Caetano Veloso, “Poeira pura”, cantada por Roberto Ribeiro e que deu título ao disco do cantor, “Terreirão grande”, gravada por Nadinho da Ilha, João de Aquino e ele próprio, “Gosto amargo da vida”,  interpretada por Paulo Ramos e “Combinado assim”, gravada por Joel Teixeira.
Em 2003, manteve o  programa “Rio de toda gente” na Rádio Nacional AM, do Rio de Janeiro e lançou o CD “Sou raça”, no qual interpretou diversas composições de sua autoria, entre elas “Cabrocha, criação do poeta” e “Manga”, composição em homenagem à Escola de Samba Mangueira.
No ano de 2004, atuou na Rádio Nacional, no programa “Dorina.Samba”, no qual tecia comentários sobre os convidados, rítmos e agenda do samba.

Discografias
2003 Independente CD Sou raça
Obras
Cabeça feita (c/ João de Aquino)
Cabrocha, criação do poeta
Combinado assim (c/ Adilson Silva)
Gosto amargo da vida (c/ Hudson e Sebastião Valentim)
Manga
Mangueira mulata Mangueira (c/ Barbosa da Silva)
Pagode do exorcista (c/ Nei Lopes)
Poeira pura (c/ João de Aquino)
Terreirão grande (c/ João de Aquino)
Uma certa negra fulô
Xangô é de Baê (c/ João Donato e Sidney da Conceição)
Shows
Show com vários compositores. Botequim do Império, RJ,
Show com vários artistas. Apresentação e direção de Rubem Confete. Pagode do Obelisco, Olímpico Clube do Rio de Janeiro, RJ.
Show com vários compositores e intérpretes. Clube Internacional de Regatas, RJ,
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.