
Cantora.
Formou-se em Direito.
De estilo romântico, gravou vários discos de bolero. Iniciou a carreira artística profissional em 1946 quando foi contratada peal Rádio Nacional. No início dos anos 1950 ingressou na Rádio Mayrink Veiga. Assinou contrato com o selo Elite Special e lançou o primeiro disco em 1952 com os boleros “Noite após noite”,de Vitor Berbara e Haroldo Eiras e “O m da minha mão”, de Mário Gennari Filho e Ribeiro Filho. No mesmo ano, gravou os mambos “Passa mañana”, de Dênis Brean e Blota Jr. e “Sonrie la luna”, de Alexandre Gnattali, J. Castilho e Clarice Gnattali e os boleros “Lunita blanca”, de Juanita Castilho e Alexandre Gnattali e “Nenhuma ilusão”, de Vitor Berbara e Altamiro Carrilho. Ainda em 1952,assinou contrato com a Odeon e gravou com o instrumentista Roberto Ferri no solovox o bolero “Numa noite de luar”, de Hianto de Almeida e Haroldo de Almeida.
Em 1953, gravou o fox “Chinita, Chinita”, de Osvaldo Farrel e o beguine “Porque volvi”, de Haroldo Eiras e Vitor Berbara. Ainda nesse ano, gravou o samba-canção “Aconteceu”, de Luiz de França e Oscar Bellandi e o samba “O mal que eu fiz”, de Luiz Bittencourt. Gravou no ano seguinte o pasodoble “El novillero”, de Maria Tereza Lara e o bolero “Si te llego a perder”, de Roberto Martins e Aguimar. Ainda em 1954, participou com a Orquestra Ruy Rey, Grande Otelo, Jorge Veiga, Cauby Peixoto, Jackson do Pandeiro, Dircinha Batista e Emilinha Borba de show promovido pela Associação dos Servidores do Trabalho, Indústria e Comércio em comemoração ao Dia do Trabalhador.
Em 1955, gravou o tango “A toca do José”, de R. Adler, J. Ross e Ghiaroni e o bolero “Não sei como foi”, de Haroldo de Almeida. Em 1958, realizou uma longa temporada cantando em boates de São Paulo.
Em 1960, foi contratada pela gravadora Philips e gravou o tango “A carta”, de Bidu Reis e Murilo Latine e a guarânia “Quero fitar teus olhos”, de Arsênio de Carvalho e Lourival Faissal. Em 1961, lançou pela Philips o LP “Lo que te gusta a ti” no qual interpretou os boleros “Frenesi”, de Alberto Dominguez, “Tuta”, de Malgoni e Pallesi, versão de J. M. Contursi, “El Relicario”, de José Padilla, “Ojos Verdes”, de Rafael de León, Manuel Quiroga e Salvador Valverde, “Violetas Imperiales”, de Arozamena e Francis Lópes, “Los Piconeros”, de Juan Mostazo, José Molleda e Ramón Perelló, “Alma Llanera”, de Pedro Elias Gutierrez, “Jurame”, de María Grever, “La Violetera”, de José Padilla e Eduardo Montesinos, ” Vete de Mí”, de Virgílio Expósito e Homero Expósito, “El Beso”, de A. Ortega e F. Moraleda e “Novillero”, de Maria Teresa Lara. Na contra capa desse LP, assim escreveu o jornalista e compositor Fernando Lobo sobre ela: “A voz bonita de Rosita Gonzales, a interpretação que é sua, são marcas de colorido destacado em todas as gravações onde seu nome de estrela compõe selo e capa. Ainda ontem, era apenas uma menina que sonhava, nos meios radiofônicos, a dona desta voz aqui presente. Ganhou as primeiras palmas nos programas de rádio. Ganhou a oportunidade do primeiro disco, do primeiro retrato no jornal ou na revista especializada e, de degrau em degrau, sem a pressa dos que tem a ganância das alturas, Rosita chega nos dias presentes a um lugar que era seu, merecidamente seu. Hoje é um nome, um nome bonito preso à beleza de uma moça bonita. Hoje é um nome que quer dizer “estrela”, e foi a caminho das estrelas que ela calma e suavemente seguiu, para ver de perto o brilho que as estrelas têm, e para, do alto nos dar o suave brilho de sua arte bonita”.
Gravou em 1963 o bolero “Confesion”, de Joaquin Oliver e o cha cha cha “Quando calienta el sol”, de Carlos Rigual e Mario Rigual. Em 1964, gravou pelo selo Repertório o choro “Pranto”, de Felício dos Santos e Gadé e a fantasia “Noche azul”, de Ricardo Bardaguer.
Na década de 1970, integrou o elenco do “Brazilian follies”, que fez temporada no Hotel Nacional, no Rio de Janeiro.
Em 1989, ao lado das cantoras Nora Ney, Carmélia Alves, Violeta Cavalcanti, Zezé Gonzaga, e Ellen de Lima, atuou no show “As Eternas Cantoras do Rádio”. Desse show foi gravado um LP lançado dois anos depois no qual interpretou as músicas “As cantoras do rádio”, de Alberto Ribeiro, João de Barro e Lamartine Babo, juntamente com as outras cantoras; “Fascinação”, de D.Marchetti e M. de Feraudy e “Noche de ronda”, de Maria Tereza Lara. Na década de 1990,participou do CD “Coisas Nossas”, tributo a Noel Rosa, da Leblon Records, interpretando “As pastorinhas”, de Noel Rosa e João de Barro.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.