Cantora.
Irmã da cantora e compositora Maria Helena Toledo. Começou a cantar no ano de 1938, aos quatro anos de idade, no orfanato de São João Batista (BH). No ano seguinte, transferiu-se para o Colégio Nossa Senhora do Monte Calvário, participando de todas as apresentações musicais realizadas nas festas da escola.
A partir de 2001, passou a morar no Retiro dos Artistas, de onde sai eventualmente para shows e eventos promovidos pela entidade. Faleceu no Retiro dos Artistas, vítima de câncer.
Iniciou sua carreira artística em 1947, como uma das integrantes da dupla Irmãs Toledo, juntamente com sua irmã Maria Helena. A dupla atuou no cenário artístico até 1951, voltando a se reunir oito anos depois, apresentando-se na TV Itacolomi. Em 1955, deu início à sua carreira solo, apresentando-se na Rádio Mineira. Foi escolhida como melhor cantora por um júri de diretores artísticos mineiros. No ano seguinte, recebeu o título de Rainha do Rádio de Belo Horizonte. Participou da programação musical da TV Itacolomi e da TV Tupi, RJ.
Em 1957, foi contratada pela gravadora Polydor, onde gravou seu primeiro 78 rpm com a valsa “Chove lá fora”, de Tito Madi e o bolero “Faça de conta”, de Fernando César com acompanhamento da orquestra de Enrico Simoneti. Voltou a Belo Horizonte, onde recebeu o Prêmio de Melhor Estrela da Televisão Mineira. Assinando contrato com a gravadora Odeon, gravou o LP “A voz acariciante de Rosana”, com destaque para “Sonata sem luar”, de Fred Chateaubriand e Vinícius Carvalho, apresentando-se nas principais cidades brasileiras.
Em 1960, gravou o “Samba triste”, de Baden Powell e Billy Blanco e a “Canção que morre no ar”, de Carlos Lyra e Ronaldo Boscoli. No ano seguinte, foi para a RCA Victor e gravou o samba “Maldade” e o samba-canção “Eu e tu”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, o samba-canção “Saudadezinha”, de Hianto de Almeida e Macedo Neto e o samba “Saudade vem correndo”, de sua irmã Maria Helena Toledo e Luiz Bonfá. Embora atuando como cantora do samba-canção, foi muito solicitada nessa época a participar de espetáculos ligados a bossa-nova, em clubes e boates do eixo Rio-São Paulo.
Em 1962, ingressou na RGE e gravou o bolero “E a vida continua”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim e o samba-canção “Dá-me tuas mãos”, de Erasmo Silva e Jorge de Castro. Em seguida, lançou o LP “Rosana… a voz do amor”, incluindo “Tudo de mim”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, “Samba em prelúdio”, de Vinícius de Moraes e Baden Powell e “Segredo”, de Herivelto Martins e Marinho Pinto. No ano seguinte gravou o LP “… e a vida continua”, destacando-se a faixa título de Jair Amorim e Evaldo Gouveia e “Não me diga adeus”, de Paquito, Luís Soberano e João Correia da Silva.
Em 1963, lançou o LP “Sorriso e lágrima”, com “Eu e tu”, de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, “Se houver você”, de Fred Chateaubriand e Vinícius Carvalho e “Tristeza de nós dois”, de Durval Ferreira, Bebeto e Maurício Einhorn, entre outras. Gravou ainda em 78 rpm o samba-canção “Segredo”, de Herivelto Martins e Marino Pinto.
Em 1965, gravou o elepê “Momento novo”, com “Inútil paisagem”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, “Momento novo”, de Luiz Bonfá e Maria Helena Toledo e “Só tinha de ser com você”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira. Em 1975, participou da série de programas de rádio “MPB 100 ao vivo”, transmitida para todo o Brasil pelo Projeto Minerva, pela Rede Nacional de Emissoras, produzida e apresentada por Ricardo Cravo Albin. Dessa série resultaram oito LPs de igual título. Em 1976, estrelou, juntamente com o compositor Cartola, o espetáculo “O sol nascerá”, apresentado no Ibam no Rio de Janeiro, com direção e apresentação de Ricardo Cravo Albin, show que narrava a história da MPB nos anos 1960 e 1970. Para o lançamento da série de oito LPs, participou de dois shows em 1976, o primeiro no MAM do Rio e o segundo no Teatro Guaíra de Curitiba, ambos apresentados pelo produtor R. C. Albin quando um grande elenco se revezava para apresentar em duas horas a história da MPB em suas diversas décadas. Em 2011, foi lançado pelo selo Discobertas em convênio com o ICCA – Instituto Cultural Cravo Albin a caixa “100 anos de música popular brasileira” com a reedição em 4 CDs duplos dos oito LPs lançados com as gravações dos programas realizados pelo radialista e produtor Ricardo Cravo Albin na Rádio MEC em 1974 e 1975. No volume 6 estão incluídas suas interpretações para o samba “Canto de Ossanha”, de Baden Powell e Vinícius de Moares; “Travessia”, de Milton Nascimento e Fernando Brandt; “Esse cara”, de Caetano veloso; “Roda”, de Gilberto Gil e João Augusto, e “Preciso aprender a ser só”, de Gilberto Gil, e os duetos com Peri Ribeiro nas músicas “Mais que nada”, “País tropical” e “Fio maravilha”, as três de Jorge Benjor, então ainda chamado de Jorge Ben. No mesmo ano, foi tema de ampla reportagem da Revista Carioquice, uma publicação trimestral do Instituto Cultural Cravo Albin, na qual foram registrados fatos de sua vida e carreira desde o começo em Belo Horizonte, passando por sua participação na bossa nova até seu recente recolhimento no retiro dos Artistas.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.