
Compositor. Cantor.
Filho de Waldemar Tavares, professor de Filosofia da Música no Conservatório Mineiro de Música. Casou-se e teve dois filhos. Foi, também, jornalista e vereador em Belo Horizonte.
Em 1936, foi associado da Sbat e em 1946, tornou-se conselheiro da Sbacem, levado pelo seu amigo, o compositor Henrique de Almeida. Primo de Ary Barroso.
Em 1935, iniciou carreira de cantor de rádio acompanhando-se ao chapéu de palha, mas não chegou a gravar discos. Mais tarde, foi diretor artístico da Rádio Guarani e comandou a Rádio Mineira. Nos 20 anos que trabalhou em radiofonia lançou nomes, entre eles, Dalva de Oliveira. Sua primeira composição foi gravada pelos Anjos do Inferno. Em 1945, compôs com Valdomiro Lobo o samba “Maestro atenda o pedido” gravado por Wilson Roberto na Continental. Em 1949, teve a toada “Triste adeus” gravada por Valdomiro Lobo na Star.
Em 1952, fez com Carvalhinho e Bentinho a música “Com esse calor” e com Bentinho a moda “Meu batizado” gravadas pela dupla Xerém e Bentinho, com Felisberto Martins, fez a toada “Chiquinho e Antônia”, registrada pela dupla Caxangá e Sanica, todas na Odeon, com Henrique de Almeida, fez o “Baião de Diamantina”, gravado por Stelinha Egg na RCA Victor e, com Haroldo Lobo, o baião “Canção as noivas”, levado ao disco por Marlene na Continental. No ano seguinte, Violeta Cavalcanti gravou o baião “Minha morena”, parceria com Henrique de Almeida e Braga Filho e a dupla Neide e Nanci regravou o “Baião de Diamantina”. Nesse ano, Stelinha Egg gravou o baião “Benzinho dos outros”, com Henrique de Almeida e Emilinha Borba e Ruy Rey lançaram a batucada “A louca chegou”, com Henrique de Almeida e Adoniran Barbosa.
Em 1954, três de suas composições foram gravadas por Zaíra Rodrigues, os baiões “Compadre José” e “Baião do Bombardino”, com Jair Silva e o samba “Madalena”, com Pedro Silva. Um ano depois, a dupla Neide e Naci gravou o fox “Minha furraca”, com José Guimarães, Zaíra Rodrigues, o baião “Um matuto em Santa Rosa”, com Vicente Lima e Joel de Almeida a marcha “Camisolão”, parceria dos dois. Em 1956, teve a toada “Açucena cheirosa”, com Celso Garcia gravada por Luiz Gonzaga, o fox “Flor do céu”, com Henrique de Almeida, registrada por Carlos Galhardo e o recortado “Sabiá conquistadô”, com Curió e Jadir Ambrósio gravado pela dupla Curió e Canarinho, as três na RCA Victor. Ainda nesse ano, Dircinha Batista gravou as marchas “Galinha carijó”, com Ivo Jorge e “Minha Belo Horizonte”, com Eli Murilo.
Em 1957, Linda Batista gravou na RCA Victor o samba “Até que enfim” e Blecaute na Copacabana a marcha “Lavadeira”, com Henrique de Almeida e o próprio Blecaute. Também nesse ano, Gilberto Alves gravou a marcha “Já comi, já bebi”, com Mirabeau e Sebastião Gomes. No ano seguinte, o samba “Mulata imperial” foi gravado por Gilberto Santana.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume1. São Paulo: Editora: 34, 1999.
VASCONCELLO, Ary. Panorama da Música Popular Brasileira – volume 2. Rio de Janeiro: Martins, 1965.