
Cantor. Compositor.
Iniciou sua atividade artística quando ainda era criança, tendo atuado em diversas rádios de Santos, ao lado de cantores famosos na época. Estudou canto, mas seu estilo sempre foi o popular, muito influenciado, aliás, por Francisco Alves.
Por volta de 1940, atuou como crooner de “Amleto e sua orquestra”, “Quarteto Marabá” e dos “Brazilian Boys”, apresentando-se em Santos e São Paulo. Entre os anos de 1952 a 1965, atuou como artista contratado em divesas emissoras de São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1954, estreou em disco gravando o samba “Brincando sim”, de Antônio Duarte, Georgino Abrangel e Antônio Lopes e a marcha “Mulher de cego”, de guido Medina, Geneci Azevedo e Alfredo Ribeiro. Em seguida, gravou o bolero “Fantástica visão”, de Ângelo Reale e Antônio Duarte pela Sinter. Por essa época, o cantor Alcides Gerardi gravou uma composição sua, o bolero “Recordando”, na Odeon. Em 1955 gravou o samba “Jóia falsa”, de Luiz de França e Armando Nunes, o tango “Adeus querida”, de Eduardo Patané e Floriano Faissal e a valsa “Volta para o meu amor”, de Joubert de Carvalho e Tostes Malta.
Em 1956, passou a gravar na RCA Victor estreando com o samba “Adeus Bahia”, de Cyro Monteiro e Dias da Cruz e a canção “É tão sublime o amor”, versão de Almeida para música de Webster e Fain. No mesmo ano, gravou o tango “Voltei querida”, parceria com Nelson Bastos e o samba canção “Cicatrizes”, parceria com José Batista. Em 1957, participou como ator e cantor do filme “Samba na vila”, dirigido por Luís de Barros. No mesmo ano, gravou o fox trot “Outros tempos”, de Bruno Marnet e Irani de Oliveira e a valsa “Meu burrinho”, de Almeida Rego. Em 1958, lançou pela Continental, de Dante Santoro e Ghiaroni o bolero “Loucura” e o choro “Nosso passado”.
Em 1960, passou a gravar na Copacabana estreando com o tango “Miragem”, de Adelino Moreira e a valsa “Serenata”, de Adelino Moreira e Nelson Gonçalves. Em 1961 regravou a clássica canção “A voz do violão”, de Francisco Alves e Horácio Campos. Gravou o LP “Homenagem ao Rei da Voz”, em homenagem a Francisco Alves na gravadora Odeon, tendo alcançado sucesso. Em 1962, gravou os boleros “A última tristeza”, de Jota Santos e “Estou só”, de sua autoria e Cícero Acaíaba. Dentre seus parceiros, destacam-se os compositores Guido Medina, Nelson Bastos e José Batista.
Em 1963 gravou na Continental o bolero “Volta pra mim”, de Getúlio Macedo e Luiz de Carvalho. Em 1993, gravou pelo selo Nova Ipanema o LP “Lembranças – Vol. 5” no qual interpretou nove composições de sua autoria: “Retorno” e “Pense”, com Marino Pece; “Pesadelo”, com Anastácio Silva; “Vou buscar você”, com Jadir Vilela de Souza; “Leva-me”, com Cecília G. Blanco; “O amor vai chegar”, com Orlando Orlandi; “Linha cruzada”, com João de Oliveira; “Predio de apartamentos”; “Duelo” e “O machão”, além de “Almas iguais”, de Armando Nunes e Luis R. Andrade, e “Via-láctea”, de Paulo Terezino e Delcio Carvalho. Em 2001, continuava em atividade, divulgando nas emissoras cariocas uma compilação de suas músicas em CD.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.