0.000
Nome Artístico
Rogério Guimarães
Nome verdadeiro
Rogério Pinheiro Guimarães
Data de nascimento
8/6/1900
Local de nascimento
Campinas, SP
Data de morte
23/6/1980
Local de morte
Niterói, RJ
Dados biográficos

Violonista. Compositor.

Estudou no Colégio Militar e ingressou na Escola de Guerra, mas não concluiu o curso. Aos 15 anos de idade começou a aprender violão. Sua família possuía importantes relacionamentos sociais e por isso passou a apresentar-se em festas nas quais compareciam poetas e cantores líricos.

Dados artísticos

Participou de suas primeiras gravações em 1927, acompanhando o cantor Gastão Formenti na canção-sertaneja “Anoitecer”, de motivo popular, na toada-sertaneja “Cabocla apaixonada”, de Marcelo Tupinambá e na toada-canção “Canarinho” e na toada-brasileira “Rolinha”, de Joubert de Carvalho. No mesmo ano, tocou em dueto com o cantor e violonista Patrício Teixeira na gravação das canções “Cabocla bonita”, de Catulo da Paixão Cearense e “Luar do Brasil”, de Pedro de Sá Pereira e da modinha “Casinha pequenina”, motivo popular. Ainda nesse ano, tocou em dueto com Patrício Teixeira em mais três discos do cantor. Em 1928, teve sua primeira composição lançada, a embolada “Malabá” gravada por Francisco Alves na Odeon. Nesse ano, lançou suas primeiras gravações em solo de violão com o “Prelúdio de violão” e o tango “Atlântico”, de sua autoria. Em seguida, gravou três discos na Odeon em dueto de violões com Francisco Alves apresentando a valsa-lenta “Sílvia”, o choro “Araca”, a marcha “Cinco de julho”, o fox-trot “Uma noite na Urca”, o tango-argentino “Saudades” e a valsa “Ao luar”, todas de sua autoria. Ainda em 1928, acompanhou ao violão com Francisco Alves o cantor Vicente Celestino na gravação das canções “Casinha da colina” e “Eterna canção”, da canção-modinha “Bem-te-vi” e da valsa “Avião”. Também com Francisco Alves acompanhou as gravações da “Toada sertaneja”, da modinha “Malandrinha”, do samba “Passarinho bateu asas” e da cançoneta “O perfume da crioula”, feitas por Francisco Alves. Acompanhou também o cantor Gastão Formenti na gravação da clássica toada “Sussuarana”, de Hekel Tavares e Luiz Peixoto.

Em 1929, tornou-se diretor artístico da gravadora Victor que então iniciava suas atividades no Brasil. Nesse ano, gravou ao violão o primeiro disco lançado pela Victor no Brasil com a toada “Saudades do sertão” e o romance “Solidão”, de sua autoria. Também nesse ano, fez com André Filho o samba “Rosa meu amor”, gravado por Sílvio Salema. Gravou ainda, nesse mesmo ano, o choro “Vamos deixar de intimidade” e a mazurca “Deliciosa”, de sua autoria. Como diretor artístico dessa gravadora, promoveu o lançamento da cantora Carmen Miranda.

Em 1930, teve gravadas diversas composições: Artur Costa gravou o samba “Mariquinha eu quero vê”, Os Fuzarcas Aliados a marcha “Bloco das nações”, Sílvio Caldas os sambas “Balaco baco” e “Vira as butuca” e as marchas “Bambina, meu bem” e “Sestrosa” e Arnaldo Pescuma o samba “Você já deu seu coração”, parceria com Randoval Montenegro. No ano seguinte, teve gravado por Castro Barbosa o samba-canção “Tenho medo”. No ano seguinte gravou o cateretê “O cuco do meu relógio” e a valsa “Noite silenciosa”, de sua autoria. Em 1932, fez com Gastão Bueno Lobo a rumba “Pampeira” gravada pelo grupo Os Namorados da Lua.

Em 1935, passou a atuar na Rádio Tupi do Rio de Janeiro fazendo acompanhamento com seu regional para diversos artistas. Em 1936, acompanhou ao violão o acordeonista Antenógenes Silva na gravação do choro “Assanhado”, das valsas “Lair” e “Recordação”, da mazurca “Sertaneja”, do tango “Soluçando” e da toada “Madrugada na roça”, todas de Antenógenes Silva. No ano seguinte, acompanhou ao violão o mesmo Antenógenes Silva na gravação da valsa “Soluços dálma”, da mazurca “Caprichosa”, da rancheira “Tia Chica no baile”, na polca “Alegria do sertão”, no xote “Uma noite na serra” e da quadrilha “Olha o sapo”, todas de Antenógenes Silva.

Em 1939, acompanhou Antenógenes Silva a gravação da clássica valsa “Saudades de Ouro Preto”, de Antenógenes Silva.

Em 1940, acompanhou ao violão a dupla Alvarenga e Ranchinho na gravação da canção “Dona felicidade”, da valsa “Não posso deixar de te amar, oh Guiomar” e da moda-de-viola “Arta do algodão” e tocou viola na gravação das modas-de-viola “Sindicato das galinhas” e “Moda dos poetas”, todas de autoria da dupla Alvarenga e Ranchinho. Ainda nesse ano, voltou a gravar na Odeon e lançou, de sua autoria, o choro “Aguenta o galho” e a valsa “Sinha Chica no baile”. Atuou na Rádio Tupi até meados da década de 1950 quando abandonou a carreira artística.

Discografias
1940 Odeon 78 Aguenta o galho/Sinha Chica no baile
1931 Victor 78 O cucu do meu relógio/Noite silenciosa
1929 Parlophon 78 Cateretê paulista/Radiosa
1929 Victor 78 Tarantella
1929 Vicrtor 78 Trem de luxo/Noite de prazer
1929 Victor 78 Vamos deixar de intimidade/Deliciosa
1929 Victor 78 Victor
1928 Odeon 78 Cinco de julho/Uma noite na Urca

Com Francisco Alves

1928 Odeon 78 Prelúdio de violão/Atlântico
1928 Odeon 78 Saudades/Ao luar

Com Francisco Alves

1928 Parlophon 78 Stambul/Norma
1928 Odeon 78 Sílvia/Araca

(Com Francisco Alves)

Obras
Aguenta o galho
Ao luar
Araçá
Atlântico
Balaco baco
Bambina. Meu bem
Bloco das nações
Cateretê paulista
Cinco de julho
Deliciosa
Feijoada (c/ Ornellas)
Malabá
Mariquinha eu quero vê
Noite de prazer
Noite silenciosa
Norma
O cucu do meu relógio
Pampeira (c/ Gastão Bueno Lobo)
Prelúdio de violão
Quando as frô pega nascê (c/ Josué de Barros)
Radiosa
Rosa meu amor (c/ André Filho)
Saudades
Saudades do sertão
Sestrosa
Sinha Chica no baile
Solidão
Stambul
Sílvia
Tarantella
Tenho medo
Trem de luxo
Uma noite na Urca
Vamos deixar de intimidade
Victor
Vira as butuca
Você já deu seu coração (c/ Randoval Montenegro)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário biográfico da música popular. Rio de Janeiro: Editora: do autor, 1965.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.