Instrumentista (saxofonista, flautista e clarinetista). Arranjador. Compositor Maestro. Professor.
É primo do trompetista Cláudio Roditi.
Até os 11 anos de idade, estudou piano com professoras particulares e, em seguida, fez o curso do Conservatório Lavignac, em Santos, onde, além do piano, estudou canto coral, solfejo, teoria musical, harmonia, saxofone e clarineta.
Formou-se em Psicologia pela Unicamp aos 25 anos de idade. Em seguida, decidindo-se profissionalmente pela música, foi para Boston, onde cursou arranjo e improvisação e estudou saxofone com Joseph Viola, Ryo Noda, Lee Konitz e Joe Allard na Berklee School of Music.
Aperfeiçoou sua carreira de compositor e arranjador e de análise e composição com Damiano Cozzella, Olivier Toni, Willy C. Oliveira e H. J. Koellreutter. Seus estudos de flauta foram desenvolvidos com Grace Bush.
Aos 14 anos de idade, apresentou-se na Rádio Cacique, em sua cidade natal, tocando saxofone ao lado do violonista Antonio Rago e seu regional. Integrou, ainda adolescente, grupos de baile e de jazz.
Compôs a trilha sonora para a peça de teatro infantil “O rapto das cebolinhas”, de Maria Clara Machado, encenada em Santos, em 1968, com direção de João Russo.
Em 1971, mudou-se para São Paulo.
Participou, como compositor e instrumentista, da trilha sonora do filme “Mandala”, ao lado de Nelson Ayres, Zé Eduardo Nazário, Zeca Assumpção e Luiz Roberto Oliveira. A trilha foi registrada no LP “Mandala – Trilha sonora do filme”, lançado em 1976, com as faixas “Nadava”, de sua autoria, além de “Alga” e “Estilingue”, ambas de Zeca Assumpção, “Pithata” (Zé Eduardo Nazário), “Matilho” (Luiz Roberto Oliveira) e “El Baión” (Nelson Ayres).
Ainda na década de 1970, compôs as trilhas sonoras dos filmes de curta-metragem “Um estranho sorriso” e “Pula Violeta”, de Heitor Capuzzo. Atuou em turnê de shows com Vinicius de Moraes e Toquinho durante cinco anos.
Em 1981, lançou o LP “Roberto Sion”, com suas composições “Poeta aprendiz” (c/ Edgar Poças), “Chorinho pro Fiske Place”, “Vamos?”, “Lembrando o Tom”, “Passado e Presente” e “Círculos”, além de “Valsa dos músicos” (Mutinho e Vinicius de Moraes).
Em parceria com Nelson Ayres, lançou, em 1983, o LP “Nelson Ayres e Roberto Sion”, contendo as faixas “Pois é” (Tom Jobim e Chico Buarque), “Tatuagem” (Chico Buarque e Ruy Guerra), “Conversa de botequim” (Noel Rosa e Vadico), “Nascente” (Flávio Venturini e Murilo Antunes), “Suíte dos pescadores” (Dorival Caymmi) e “Tarde” (Milton Nascimento e Marcio Borges).
Lançou, em 1986, o LP “Happy Hour”.
Ainda nos anos 1980, fez parte do conjunto Pau Brasil, com o qual lançou os LPs “Pau-Brasil” (1983), “Pindorama” (1986) e “Cenas brasileiras” (1987).
Ao lado de Arismar do Espirito Santo, Silvia Góes e João Parahyba, lançou, em 1991, o CD “Terra Natal”, contendo suas composições “Baião de nós”, “Altino Arantes”, “Samba da alegria”, “Parabéns a vocês”, “Choro de espantar tristeza” e a faixa-título, além de “Abril” (Sílvia Goes), “Cravo e canela” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos), “A felicidade” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e “Fulô” (Arismar do Espírito Santo).
Foi professor de saxofone na Escola Municipal de Música e no Centro de Estudos Tom Jobim, de 1994 a 2000.
Em 1996, lançou, em parceria com o acordeonista Toninho Ferragutti, o CD “Oferenda”, com suas canções “Sion” (c/ Hermeto Pascoal), com a participação vocal de Jane Duboc, e “Chico e Adelermo”, além de “Ao Dominguinhos”, “Meia saudade” e “O mancebo”, todas de Toninho Ferragutti, “Modinha” e “Frevo de Orfeu”, ambas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Oferenda” (Luiz Eça e Lenita Eça) e “Dora” (Dorival Caymmi).
A partir de 2003, começou a atuar também como regente da Orquestra Jovem Tom Jobim da Universidade Livre de Música.
Lançou, em 2004, o CD “Roberto Sion & Companhia”, contendo suas composições “Meus amigos”, “Barcelona”, “Baixo de Alberto”, “Antenor, ex-cantor” e “Descarregue o arbóreo, Seu Rogério”, além de “As pastorinhas” (Noel Rosa e Braguinha), “Batida diferente” (Durval Ferreira e Maurício Einhorn), “Esses moços” (Lupicínio Rodrigues) e “Valsa de Eurídice” (Vinicius de Moraes). O disco contou com a participação dos músicos Fernando Corrêa (guitarra), Alberto Luccas (baixo) e Rogério Boccato (percussão).
Em 2010, apresentou-se com Claudio Roditi no espaço Lapinha, no Rio.
Em 2012, lançou o CD “12 canções inéditas”, registrando músicas de sua autoria com letras de Maurício Gusmão na voz de vários intérpretes: “Longo romance” (Zé Luiz Mazziotti), “O que diz” (Zé Luiz Mazziotti), “Quem dera” (Alaíde Costa), “Labirinto” (Alaíde Costa), “Loreta” (Filó Machado), “Samba da alegria” (Filó Machado), “Cena” (Jane Duboc), “Valsa de Ivã e Heloisa” (Jane Duboc), “Pés no chão” (Maurício Pereira), “Expresso executivo” (Maurício Pereira), “Cantilena” (Dominguinhos) e “Traço” (Tuca Fernandes).