
Cantor. Compositor.
Irmão ou marido da cantora Maria Roldan.
Embora pouco reconhecido hoje, gozou de prestígio no Rio de Janeiro como cantor na década de 1910. Atuou na cidade durante toda a década de 1910 e gravou alguns discos na Odeon. Estreou em discos em 1912 gravando de autor desconhecido a canção “Flor do céu”. Gravou em 1913 as canções “Celina” e “Deus da manhã”, de autores desconhecidos, e “Tens no olhar”, de Catulo da Paixão Cearense. Ainda no mesmo ano, gravou as modinhas “Quem sou eu”, ” de A. Santana, “Meus versos”, de Ignotus, e “Olhos sedutores”, de J. Carvalho; a valsa “Doce amor”, de autor desconhecido, a canção “Aventura”, de A. Santana, e o fado “Pobre fado”, de sua autoria. Gravou na mesma época, com Maria Roldan, cujas informações não permitem precisar se era sua mulher ou sua irmã, o dueto “Boccacio na rua”, de autor não registrado. Lançou ainda em 1913 mais onze discos nos quais gravou as modinhas “Lucíola”, de Lúcio Barbado e Hermes Fontes, “Crepúsculo”, de C. de Abreu, “Constelações”, de Hermes Fontes e Cupertino de Menezes, “Fechei o meu jardim”, de Catulo da Paixão Cearense, “Jura”, de autor desconhecido, “Amor ingrato (Descrente)”, de Neco, e “Solidão”, de Hermes Fontes, além das canções “História de amor”, de autor desconhecido, “As andorinhas”, de Zé Povinho, e “Caraboo”, de Sam Marshall em versão de Alfredo Albuquerque e grande sucesso na época, que o ajudou a consagrar-se junto ao público.
Gravou um total de vinte e uma músicas numa época em que eram raros os artistas que gravavam tanto.
(Com Maria Roldan)
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
VASCONCELOS, Ary. Panorama da música popular brasileira. Rio de Janeiro: Martins, 1965.