5.001
Nome Artístico
Roberto Inglez
Nome verdadeiro
Robert Inglis
Data de nascimento
29/6/1913
Local de nascimento
Elgin (Moray) Reino Unido
Data de morte
4/9/1978
Local de morte
Santiago, Chile
Dados biográficos

Pianista. Arranjador. Líder de orquestra. Compositor. Nasceu e cresceu na Escócia. Aprendeu a tocar piano com apenas cinco anos de idade. Sendo de origem humilde chegou a trabalhar como dentista de dia e como maestro à noite. Em 1954, casou-se e foi morar no Chile. Abandonou a carreira artística no início dos anos 1960.

Dados artísticos

Começou a carreira artística em sua terra natal atuando com a banda The Melodymakers. Aos 15 anos formou seu primeiro conjunto. Mais tarde, mudou-se para Londres, onde passou a se destacar com a orquestra do Hotel Savoy. Em 1937, conheceu o músico e arranjador venezuelano Edmundo Ros, que na época, atuava na Don Marino Barreto’s Cuban Orchestra. Pouco depois Edmundo Ros resolveu formar sua própria orquestra e o recrutou para viajar com ele à América do Sul sugerindo que adotasse o nome artístico de Roberto Inglez por ser o único inglês da orquestra. Em 1944, montou sua orquestra dedicada exclusivamente aos gêneros tropicais. Em 1946, foi contratado pelo Hotel Savoy, um dos mais sofisticados hotéis de Londres, onde atuava o famoso pianista Carrol Gibbons. Em 1950, gravou quatro discos em 78 rpm pela Odeon com os sambas “Rio de Janeiro”, “Na Baixa do Sapateiro” e “Aquarela do Brasil”, todas de Ary Barroso, e “The Whistle Samba (nasci Para Bailar)”, de Joel de Almeida, o bolero “Tres Palabras”, de Osvaldo Farrés, o fox “Chiquita Bacana”, de Mackenzie, Montgomery e Whges, com adaptação sua, e a rumba “Mi Vida”, de Ernesto Lecuona. Em 1951, gravou os choros “Peladinho”, de Pernambuco e Zaccarias, “Tico-Tico No Fubá”, de Zequinha de Abreu, “O Mulatinho”, de Felippe Tedesco e Belmacio Pousa Godinho, e o samba “Olhos Verdes”, de Vicente Paiva. Em 1952, gravou o choro “Bem-Te-Vi Atrevido”, de Lina Pesce. No mesmo ano, realizou uma excursão ao Brasil dirigindo uma orquestra de músicos brasileiros com 30 componentes realizando apresentações de quatro semanas na Boate Casablanca, no Rio de Janeiro, e de duas semanas no Hotel Lord, em São Paulo. Também em 1952, recepcionou a cantora Dalva de Oliveira que se apresentou com ele por duas semanas no Hotel Savoy em Londes. Nessa época, acompanhou com sua orquestra Dalva de Oliveira na série de 17 gravações feitas por ela nos estúdios da EMI-Parlophone, em Londres, sendo 12 músicas em português, oito delas inéditas, e cinco em espanhol. Dessas gravações, treze foram lançadas no Brasil pela Odeon, subsidiária da EMI. Pouco depois lançou pelo selo Coral, dos Estados Unidos um LP de 10 polegadas intitulado “Samba samba” que incluiu as composições “Aquarela do Brasil” e “Os Quindins de Iaiá”, de Ary Barroso, “Whistle Samba”, de Joel de Almeida, e “Dengoso”, de Ernesto Nazareth.  Em 1954, gravou o fado “Coimbra”, de Raul Ferrão e José Galhardo, e o samba canção “Distância”, de Marino Pinto e Mário Rossi. No mesmo ano, lançou o LP ” Um Programa com Roberto Inglez”, gravado no Savoy Hotel de Londres, no qual incluiu os choros “Delicado” e “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo, e “Sururu”, de Loro, o samba canção “Distância”, de Marino Pinto e Mário Rossi, e o baião “Kalu”, de Humberto Teixeira. Também em 1954, no Chile, onde foi morar, formou a Roberto Inglez y Su Orchestra Romanza. Em 1958, lançou pela Odeon o LP  “Dançando sentimentalmente – Roberto Inglez e Sua Orquestra” com as interpretações das músicas “Se todos fossem iguais a você”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes”, “Brasil”, de Benedito Lacerda e Aldo Cabral, “Rio Triste”, de Tito Madi, “Colombina Fracassada”, de Ary Barroso, “Ave-Maria”, de Vicente Paiva e Jaime Redondo, “A Voz do Morro”, de Zé Keti, “Insônia”, de Mário Albanese e Heitor Carillo, “Bom Que Dói”, de Luiz Bonfá, “Não Tem Mais Fim”, de Hervé Cordovil e René Cordovil, “Contra-senso”, de Antônio Bruno, “Canción de Mi Alma, de Lina Pesce, e “Meu Bolero”, de sua autoria. Em 2000, o selo Revivendo lançou o CD “Dalva de Oliveira e Roberto Inglez e sua orquestra” com músicas gravadas por ela acompanhadas por sua orquestra e outros dez clássicos interpretados por ele ao piano.

Discografias
19508 Odeon 78 The Whistle Samba (nasci Para Bailar)/Mi Vida
2000 Revivendo CD Dalva de Oliveira e Roberto Inglez e sua orquestra
1958 Odeon LP Dançando sentimentalmente - Roberto Inglez e Sua Orquestra
1954 Odeon 78 Coimbra/Distância
1954 Odeon LP Um Programa com Roberto Inglez
1952 Odeon 78 Bem-Te-Vi Atrevido
1951 Odeon 78 O Mulatinho
1951 Odeon 78 Olhos Verdes
1951 Odeon 78 Peladinho/In The Chapel Of San Remo (na Capela De San Remo)
1951 Odeon 78 Tico-Tico No Fubá
1950 Odeon 78 Aquarela do Brasil
1950 Odeon 78 Na Baixa do Sapateiro/Chiquita Bacana
1950 Odeon 78 Rio de Janeiro/Tres Palabras