5.001
Nome Artístico
Roberto Carlos
Nome verdadeiro
Roberto Carlos Braga
Data de nascimento
19/4/1941
Local de nascimento
Cachoeiro de Itapemirim, ES
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Seu pai era relojoeiro e a mãe, costureira. Aos seis anos, devido a um acidente, perdeu uma perna e passou a usar uma prótese. Educado no colégio de freiras Cristo Rei, em Cachoeiro de Itapemirim, começou a aprender piano no conservatório da cidade em 1948. No ano seguinte, já se apresentava na Rádio de Cachoeiro cantando boleros e músicas de Bob Nelson.
Aos nove anos venceu um concurso de calouros num programa de auditório na ZYL9, Rádio Cachoeiro de Itapemirim. Em meados dos anos 1950 transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, indo morar no subúrbio de Lins de Vasconcelos. Nesse período começou a se interessar por rock, ouvindo Bill Halley, Elvis Presley e Little Richard. Estudou até o antigo primeiro científico e trabalhou como datilógrafo no Ministério da Fazenda. No final dos anos 50, por intermédio de Otávio Terceiro, entrou em contato com a turma da Rua do Matoso, na Tijuca, passando a conhecer Erasmo Carlos, Tim Maia e Jorge Bem (hoje Jorge Benjor). Com eles formaria o conjunto The Sputiniks, que posteriormente passaria a se chamar The Snakes. Com o grupo chegaria a se apresentar no programa “Clube do Rock”, de Carlos Imperial.

Dados artísticos

Em 1957 começou a carreira apresentando-se em bailes e programas de TV com o conjunto The Sputniks. Em 1958, formou com Erasmo Carlos, Edson Trindade e Arlênio Gomes o conjunto The Snakes.
A carreira solo foi iniciada no mesmo ano como “crooner” da boate do Hotel Plaza, em Copacabana, cantando samba-canção e bossa nova. No ano seguinte, por intermédio de Carlos Imperial, começou a se apresentar no programa do Chacrinha. Com uma carta de apresentação de ambos, gravou pela Polydor seu primeiro disco, “João e Maria/Fora do tom”, um 78 rpm de estilo bossa nova e composições de Carlos Imperial que não teve repercussão alguma. Ainda assessorado por Carlos Imperial, gravou seu segundo disco em 1960, com as músicas “Brotinho sem juízo” e “Canção do amor nenhum”, ambas de Imperial. No ano seguinte gravou seu primeiro LP, também não obtendo êxito. Em 1963, fez sucesso com o 78 rpm “Splish splash/Parei na contramão”, esta última inaugurando a parceria com Erasmo, uma das mais profícuas e rentáveis da música brasileira. Nesse mesmo ano viajou com freqüência para São Paulo para se apresentar no programa da TV Record “Astros do Disco”. No ano seguinte, começaram a se intensificar as apresentações em programas de rádio e televisão, tornando seu nome conhecido nacionalmente. Ainda em 1964 lançou o LP “É proibido fumar”, com os sucessos “O calhambeque”, versão de Erasmo Carlos para “Road hog” e a faixa título.
O ano de 1965 foi o da consagração nacional definitiva. A TV Record decidiu lançar um programa dominical direcionado à juventude cujo comando foi entregue a ele. O programa “Jovem Guarda” foi ao ar durante quatro anos, tornando-se uma das maiores audiências da televisão brasileira de todos os tempos. Ao lado do “Tremendão” Erasmo Carlos e da “Ternurinha” Wanderléia, recebia convidados que ali se apresentavam. No mesmo ano lançou o LP “Roberto Carlos canta para a juventude”, que incluía os sucessos “História de um homem mau”, “Os sete cabeludos”, “Eu sou fã do monoquini” e “Não quero ver você triste”, todas em parceria com Erasmo Carlos. Com o sucesso do programa, ainda no final do ano, gravou outro disco, “Jovem Guarda”, que continha “Quero que vá tudo pro inferno”, de sua autoria com Erasmo Carlos, um dos hinos do movimento, que provocou polêmica por usar a palavra inferno numa canção. O disco trazia ainda sucessos como “Lobo mau”, “O feio”, de Getúlio Côrtes e “Não é papo pra mim”, outra parceria com Erasmo Carlos. Tal foi a penetração social do movimento que, em 1966, o trio lançou uma linha de roupas e adereços que se tornou moda entre os jovens. Também as gírias e o estilo de vida foram popularizados. Expressões como “é uma brasa, mora”, “bicho” e “carango” foram incorporadas à linguagem da juventude brasileira. Nesse mesmo ano, foi lançado o disco “Roberto Carlos”, com outra série de sucessos, como “Eu te darei o céu”, parceria com Erasmo Carlos, “Nossa canção”, de Luiz Airão, “Querem acabar comigo”, de sua autoria, “Esqueça”, versão de Roberto Corte Real, “Negro gato”, de Getúlio Côrtes e “Namoradinha de um amigo meu”, também de sua autoria. Apresentou ainda na TV Record os programas “Roberto Carlos à noite”, “Opus 7”, “Jovem Guarda em alta tensão” e “Todos os jovens do mundo”, que tiveram efêmera duração.
Em 1967, começou a fazer shows no exterior, apresentando-se no Festival de Midem, em Cannes, na França, e lançou “Roberto Carlos em ritmo de aventura”, com os sucessos “Eu sou terrível”, com Erasmo Carlos, “Como é grande o meu amor por você” e “Por isso eu corro demais”, de sua autoria, entre outros. O nome do LP foi também o do filme que, no ano seguinte, bateu todos os recordes de bilheteria do cinema nacional. Produzido e dirigido por Roberto Faria, contou ainda no elenco com José Lewgoy e Reginaldo Farias.
Consagrado definitivamente no Brasil, buscou dar maior impulso a sua carreira internacional. Ainda em 1968, venceu o tradicional Festival de San Remo, com a canção “Canzone per te”, de Sérgio Endrigo e Bardotti. Foi o primeiro artista estrangeiro a conseguir tal façanha. Com a vida profissional cada vez mais atribulada, deixou o programa “Jovem Guarda” para dedicar-se exclusivamente a apresentações e gravações. Nesse ano casou-se com Cleonice Rossi, na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra. Ainda em 1968 lançou o LP “O inimitável”, que trazia sucessos como “E não vou deixar você tão só”, de Antônio Marcos e “É meu, é meu, é meu” e “As canções que você fez pra mim”, ambas em parceria com Erasmo Carlos. O ano seguinte foi marcado pela mudança de seu estilo. No disco “Roberto Carlos”, em vez dos temas juvenis típicos da Jovem Guarda, observa-se um acentuado e tradicional tom romântico. Os destaques do disco foram “As curvas da estrada de Santos”, “Sua estupidez” e “As flores do jardim da nossa casa”, todas em parceria com Erasmo Carlos. Ainda em 1969, foi lançado seu segundo filme com Roberto Farias, “Roberto Carlos e o diamante cor-de-rosa”, que, como o anterior, fez enorme sucesso de bilheteria. Em dezembro nasceu o seu primeiro filho: Roberto Carlos Braga Segundo. A partir da década de 1970, consolidou seu prestígio como intérprete romântico no Brasil e no exterior, fazendo sucesso nos EUA, Europa e América Latina. Em 1970, fez sua primeira temporada de shows na cervejaria carioca Canecão. Cantando seus novos sucessos, além de relembrar toda sua carreira num potpourri que começava com “O calhambeque”, o show, com direção da dupla Miéle e Bôscoli, alcançou enorme sucesso. No disco, lançado no mesmo ano, fez sucesso com “Ana”, “Vista a roupa meu bem” e “Jesus Cristo”, as três com Erasmo Carlos. No ano seguinte, foi lançado seu último filme, “Roberto Carlos a 300 km por hora”, novo êxito de bilheria. Em março nasceu Luciana Braga, sua filha com Cleonice. O disco desse ano contou com os sucessos “Detalhes”, “Amada amante”, “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”, dedicada a Caetano Veloso, todas parcerias com Erasmo Carlos, e “Como dois e dois”, que Caetano compôs especialmente para ele. Nessa época já era o artista brasileiro que mais vendia discos. Em 1972 obteve repercussão com “A montanha” e “Quando as crianças saírem de férias”, as duas com Erasmo Carlos. No ano seguinte outras duas parcerias com Erasmo Carlos receberam ampla consagração popular, “Rotina” e “Proposta”. Em 1974, gravou um especial de fim de ano para a Rede Globo, exibido em 24 de dezembro. A repercussão e o enorme índice de audiência fizeram do programa, a partir desse instante, uma espécie de tradição do natal brasileiro, sendo levado ao ar nos anos seguintes. Em 1975 obteve sucesso com “Além do horizonte”, parceria com Erasmo Carlos. No ano seguinte, obteve novo êxito com “Ilegal, imoral ou engorda” e “Os seus botões”, ambas com Erasmo Carlos, que saíram em LP gravado nos estúdios da CBS em Nova York. Em 1977 gravou “Muito romântico”, de Caetano Veloso e “Cavalgada”, parceria com Erasmo Carlos e novamente ocupou os primeiros lugares nas paradas de sucesso. Vendendo mais de 1 milhão de cópias por ano, recordista no país, bateu também todos os recordes para uma temporada artística no Brasil. Seu show de 1978 correu o país por seis meses com casas previamente lotadas e público estimado em mais de 250.000 pessoas. Dessa época são até hoje conhecidas “Café da manhã”, com Erasmo Carlos, “Força estranha”, de Caetano Veloso e “Lady Laura”, esta última dedicada a sua mãe. O disco vendeu 1 milhão e 500 mil cópias. Em 1979, quando de sua visita ao México, o papa João Paulo II foi saudado por um coro de crianças que cantava “Amigo”, parceria de Roberto com Erasmo. O acontecimento foi transmitido ao vivo para bilhões de pessoas no mundo. No mesmo ano, fez a campanha da ONU em prol do Ano Internacional da Criança, Globo. Separou-se de Cleonice e começou um romance com a atriz Mírian Rios. Em 1980, participou de outra campanha beneficente, dessa vez para o Ano Internacional da Pessoa Deficiente. Várias das suas músicas foram gravadas por nomes como Julio Iglesias, Caravelli e Ray Conniff. Nesse momento, faleceu seu pai, Robertino Braga. O ano seguinte foi marcado por várias excursões internacionais e a gravação de seu primeiro disco cantado em inglês, “Sail away”. A maior parte do ano passou no exterior, retornando ao Brasil para gravar seu disco anual e o programa especial de Natal. O disco trouxe músicas marcantes de sua carreira, como “Emoções”, “Cama e mesa” e “As baleias”, parcerias com Erasmo. As excursões internacionais renderam-lhe, em 1982, o prêmio Globo de Cristal, oferecido pela CBS aos artistas que ultrapassam a marca dos 5 milhões de discos vendidos fora de seu país de origem. Seus discos já haviam sido lançados em espanhol, inglês, italiano e, naquele ano, em francês. No disco de final do ano,
pela primeira vez, convidando outro artista a participar das gravações, teve a participação de Maria Bethânia, que cantou em dueto a faixa “Amiga”. O destaque do disco foi “Fera ferida”, outra parceria com Erasmo.
 Em 1984, bateu mais um recorde ao ter a música “Caminhoneiro” executada mais de 3.000 vezes em um único dia. No ano seguinte, bateu o próprio recorde com “Verde e amarelo”, tocada 3.500 vezes. Nos EUA, ganhou, em 1988, o Grammy de melhor cantor latino-americano e, no ano seguinte, chegou ao primeiro lugar da parada latina da revista Billboard. Em 1989 obteve repercussão com a música ecológica “Amazônia”, parceria com Erasmo Carlos. Na década de 1990, mais um recorde em nível internacional. Tornou-se, em 1994, o primeiro latino-americano a vender mais discos que os Beatles. Na época, já havia vendido mais de 70 milhões de cópias. No ano seguinte, a nova geração de roqueiros do Brasil fez uma homenagem àquele que consideraram um dos maiores responsáveis pela popularização do rock no Brasil. Com a produção de Roberto Frejat, artistas como Cássia Eller, Chico Science & Nação Zumbi, Barão Vermelho e Skank gravaram seus hits da época da Jovem Guarda.  Ainda no mesmo ano, casou-se com Maria Rita. Em 1996 conheceu novo sucesso com “Mulher de 40”, parceria com Erasmo Carlos. No ano seguinte lançou “Canciones que amo”, em espanhol. Em 1998 foi descoberto que Maria Rita estava com câncer. Buscou conciliar a gravação do disco anual e o apoio à mulher, que estava internada em São Paulo. O cantor, que costumava acordar tarde, passou a madrugar, vindo ao Rio várias vezes. Com a rotina da gravação afetada, chegou a pensar em não terminar o disco. Acabou lançando “Roberto Carlos 98” com apenas quatro músicas inéditas, entre as quais, “O baile da fazenda”, parceria com Erasmo Carlos, que contou com a participação especial de Dominguinhos. No ano seguinte, devido ao agravamento do estado de saúde de Maria Rita, que veio a falecer em dezembro, deixou de apresentar seu tradicional programa natalino na Rede Globo e não gravou seu disco anual, tendo a sua gravadora, a Sony, optado então por lançar um álbum duplo com seus maiores êxitos, “Os 30 grandes sucessos (vol. I e II)”. A única canção inédita do disco é a religiosa “Todas as Nossas Senhoras”, parceria com Erasmo. Ainda em 1999, foi homenageado pelo cantor Roberto Leal que gravou, inicialmente de forma independente, e, depois, pela EMI, o CD “Roberto Leal canta Roberto Carlos” que acabaria se tornando um dos mais vendidos da gravadora em todos os tempos. Neste trabalho estão presentes suas composições “Os Seus Botões”, “Amada Amante”, “Desabafo”, “Cavalgada”, “A Distância”, “As Flores do Jardim de Nossa Casa”, “Um Grande Amor”, “Proposta”, “Recordações e Mais Nada”, “A Guerra dos Meninos” e “Jesus Cristo”, todas em dupla com Erasmo Carlos.
Após um ano de reclusão, retomou suas atividades com a turnê “Amor sem limite”, inaugurada em Recife, em novembro de 2000, para o lançamento do CD, cujo maior destaque foi a música em homenagem a Maria Rita, que deu nome à turnê. No ano seguinte, rompeu com a Sony, ex-CBS, pela qual gravou a maioria dos discos ao longo de sua carreira. Ainda em 2001 completou, em sua casa, na Urca, zona sul do Rio de Janeiro, 60 anos de idade, recebendo inúmeras homenagens, entre as quais, do jornal carioca O Dia, que publicou uma série de reportagens sobre sua vida e carreira intitulada “Roberto Carlos – 60 anos de emoções”. No mesmo ano gravou o CD “Acústico MTV”, após meses de adiamentos devido a uma série de questões contratuais entre a TV Globo e a MTV, trazendo antigos sucessos, como “É proibido fumar”, com participação de Samuel Rosa do Skank e “É preciso saber viver”, com participação de Toni Belloto dos Titãs. O disco chegou às lojas com uma tiragem de 1,5 milhão de cópias.
Em 2002 foi lançado o DVD “Acústico MTV”, que entretanto acabou por sair de circulação após chegar às lojas devido a problemas contratuais. No mesmo ano, sofreu um processo por parte do maestro Sebastião Braga que o acusou de ter plagiado a melodia de sua composição “Loucuras de amor” em “O careta”, de 1982. Também em 2002, apresentou-se no Rio de Janeiro após três anos, em show no ATL Hall, acompanhado da orquestra de Eduardo Lage. Tornou-se campeão de vendas em três tipos de tecnologias diferentes, discos de vinil, Cds e DVDs. No mesmo ano, apresentou show no Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro para um público estimado em 200 mil pessoas, em comemoração aos 90 anos do bondinho do Pão de Açúcar.
No final de 2003, apresentou show no Maracanãzinho, com bilheteria para 10 mil pessoas antecipadamente esgotada. No show foram gravadas imagens para seu tradicional programa de fim de ano na TV Globo, ocorrendo também a divulgação de seu novo CD, “Pra sempre”, todo dedicado a Maria Rita, com nove músicas inéditas. Neste, a única parceria com Erasmo é o blues “Cadillac”. No show, o Rei trouxe ao público diversos sucessos já consagrados, tendo o coro do público como acompanhamento. O repertório passou, entre outros, por “Emoções”, “Como é grande o meu amor por você”, Além do horizonte”, “Parei na contramão” e “Detalhes”, sua preferida, que interpretou somente com o violão. Um dos momentos marcantes do show foi a entrada do “irmão camarada”, Erasmo Carlos, que interpretou em dueto “É preciso saber viver”. O show só contou com 3 canções do novo CD: “O cadillac”, “Acróstico” (cujas primeiras letras dos versos formam a frase “Maria Rita meu amor”) e “Pra sempre”. Ele interpretou “Jesus Cristo” e, como de praxe em seus shows, distribuiu flores para as primeiras fileiras, consagrando a marca de cantor romântico e amado por seu público. Nesse período deu a já tradicional entrevista coletiva de final de ano, para a qual, também de costume, atrasou-se por mais de uma hora. Falou de sua vida atual, emocionando-se, chegando a chorar ao falar das canções para Maria Rita, passou por temas como religião e sociedade e, ainda, explicou a presença de apenas 3 músicas novas em seu show: “Não gosto de botar no show muitas músicas que ainda não são conhecidas do público.”
Em janeiro de 2004, fez um show solo, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, abrindo as comemorações dos 450 anos da cidade. O espetáculo, produzido pela Rede Globo, foi transmitido pela emissora, ao vivo, para todo o país. Nesse show, utilizando o microfone de pedestal dobrável, sua marca inconfundível, Roberto Carlos apresentou emocionado um repertório de canções que marcaram sua carreira naquela cidade. Confirmou seu título de realeza, levando o público ao delírio, passando por “Como é grande o meu amor por você”, de 1967, que foi a mais cantada balada da Jovem Guarda, e “Eu te amo”, gravada recentemente por Marisa Monte. Dedicou à cidade ícones da Jovem Guarda, como “Eu sou terrível” e “O calhambeque”, revisitando “As curvas da estrada de Santos”, “O taxista” e “Caminhoneiro”. O show também incluiu “Força estranha”, que Caetano Veloso compôs especialmente para ele. Ao final, homenageou Maria Rita com “Pra sempre”, canção de seu novo disco, sendo efusivamente aplaudido, não esquecendo a distribuição de flores, tradição que se repete em todos os seu shows. Seu CD “Pra sempre”, bateu a marca de 800 mil cópias vendidas. Em outubro do mesmo ano, Roberto reuniu milhares de pessoas, com lotação esgotada no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, que foi transformado em grande teatro a céu aberto, numa mega produção, apresentando, em edição única, o show  “Pra sempre”, que foi filmado e lançado em DVD pela Sony. Também nesse ano, mesmo ano, comemorou 30 anos do primeiro especial na Rede Globo, tendo, durante todo esse período qpresentado, o especial de fim de ano da emissora, que se tornou uma tradição. Nesse mesmo ano, Roberto, após iniciar tratamento terapêutico, reconheceu publicamente sofrer de Transtorno Obsessivo Compulsivo, síndrome que o levou a um comportamento excessivamente supersticioso que deixou fora de execução diversas canções famosas de seu repertório como “Quero que vá tudo pro inferno”, “Outra vez” e “Café da manhã”, entre outras. Já demonstrando resultados do tratamento, em entrevista coletiva admitiu voltar a cantá-las, e cantarolou algumas. Ainda nesse mesmo ano, o cantor se apresentou em shows de grandes proporções em diversas cidades, passando pelas várias regiões do país e decidiu substituir o já tradicional lançamento de novo CD no final do ano, por um  projeto de remasterização de toda sua discografia pela gravadora Sony, com previsão de lançamento da coleção “Pra sempre”, nome de seu último CD, com a primeira caixa da coletânea, com CDs dos anos 60 lançada em dezembro de 2004. O projeto foi entregue aos cuidados do pesquisador Marcelo Fróes, que já fizera trabalho semelhante com a obra de Gilberto Gil, Vinícius de Moraes e Nara Leão e com acompanhamento pessoal do cantor e do produtor Guto Graça Melo. O projeto previu a valorização dos instrumentos, a partir de matrizes originais dos discos, mudando discos que foram gravados em sistema mono para estéreo, e os mais moderno, para Dolby 5.1.
A coleção “Pra sempre” recebeu previsão de ser organizada por década, contendo a primeira caixa as obras dos anos 60;  em março de 2005, o lançamento das obras dos anos 70; em junho as dos anos 80, e, em setembro, a dedicada aos discos a partir de 1990. A última caixa, com os discos internacionais, em dezembro de 2005; cada caixa contendo ainda um CD-bônus e todas com capas e contracapas originais e com letras das músicas e fichas técnicas das gravações.
Em 2005, num pleito realizado pela Revista de Domingo do Jornal do Brasil,  averiguando os 10 discos que emplacaram não um, mas diversos sucessos ao mesmo tempo, entre os mais variados estilos e épocas, o 1º lugar foi para “Roberto Carlos em ritmo de aventura”, de 1967, que liderou as rádios da época com sucessos simultâneos como “Eu sou terrível”, “Quando” e “Como é grande o meu amor por você”. O o  2º lugar, também ficou com  Roberto, pelo o disco “Roberto Carlos”, de 1977, que estourou com “Amigo”, “Outra vez”, “Cavalgada”, “Falando sério” e “Jovens tardes de domingo”, entre outras. Ainda nesse ano, foi encerrado a querela entre o cantor e Sebastião Braga, que chegaram a um acordo no processo que já durava 15 anos, em que Roberto era acusado de plágio na música “Loucuras de amor”. O Rei chegara a ser condenado a pagar R$ 1 milhão, porém ao recorrer, o valor passou a R$ 200 mil. Em agosto desse ano, de acordo com o projeto “Roberto Carlos – Pra sempre”,  saiu a caixa reunindo toda a produção discográfica de Roberto Carlos durante os anos 1980, em que o cantor confirmou sua tendência ao romantismo em hits como “Amante à moda antiga”, de 1980, “Emoções”, de 1981, “O côncavo e o convexo”, de 1983, além de “Fera ferida”.  Há também duetos, como  “Amiga”, com Maria Bethânia (1982). Estão incluídas também os hits religiosos, como”Ele está pra chegar”. A caixa revisa sucessos como “Detalhes”, “Proposta” e “Café da manhã”, entre outros, e faz evocações à Jovem Guarda em “Lobo mau” e “Eu sou terrível”, além de trazer o CD bônus Roberto Carlos ao vivo, de 1988. Também em 2005, a banda de rock Jota Quest gravou e lançou o clip “Além do horizonte” composição de Roberto e Erasmo de 1975. Em dezembro de 2005, além do costumeiro especial para a TV Globo, lançou novo disco, com apenas uma música inédita “Arrasta uma cadeira”, de sua autoria e Erasmo Carlos, composta 14 anos atrás e gravada com a dupla Chitãozinho e Xororó. Além dessa, estão presentes as regravações de “Amor demais” e “O baile da fazenda”, gravadas mais recentemente, a clássica guarânia “Índia”, de José Fortuna, e a canção “Meu pequeno Cachoeiro”, de Raul Sampaio. Apesar do sucesso popular, comprovado por exemplo pela venda de cerca de 800 mil cópias de suas caixas com a coletânea de seus discos, seus trabalhos mais recentes continuam a desagradar a crítica por achá-lo repetitivo. A esse respeito, assim falou o maestro Eduardo Lages, que o acompanha a 28 anos, em entrevista ao Jornal do Brasil: “Daqui a dez anos as pessoas vão ouvir o Roberto Carlos cantando do mesmo jeito e continuar se perguntando por que ele não muda. Existe uma curiosidade para vê-lo de maneira diferente, mas, na verdade, ninguém quer que ele mude de verdade, ninguém quer que ele mude nada. Sua voz e a sua forma de interpretar são tão fortes que ele poderia cantar “Cai, cai balão”, que seria um sucesso.” Ainda nesse ano, foi indicado para o Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Música Romântica, com o disco “Pra sempre ao vivo no Pacaembu, concorrendo com Roberta Miranda( Alma Sertaneja), Raimundo Fagner (Donos do Brasil), Leonardo (Leonardo Canta Grandes Sucessos) e Alexandre Pires (Alto Falante). Em 2006, aos 65 anos, confirmou sua realeza, ao decidir participar, depois de longos anos, de um fato social na cidade em que mora, desde o início de sua carreira, o Rio de Janeiro. Atendendo ao convite de seu amigo, o radialista José Messias, que então lançava o livro “Somos Uma Soma De Pessoas”, numa livraria no Leblon, zona sul da cidade,(área musicalmente fechada à Jovem Guarda nos anos 1960), Roberto criou um verdadeiro repening. O evento acotovelou personalidades do mundo artístico e jornalístico, deixando grande parcela de público sem conseguir entrar, enquanto do outro lado da calçada, fãs cantarolavam seus sucessos.Também em 2006, foi homenageado com capa na revista Socinpro-Notícias – Informativo da Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Autorais, na edição julho/dezembro, tendo o editorial, assinado pelo presidente da instituição, o cantor Silvio César, dedicado a ele palavras como: “Esse cara, sem ninguém saber, age, ajudando pessoas, participando de eventos em defesa dos artistas, expondo sua imagem e prestígio, sem nenhuma restrição”(…) “sempre foi o nome da vanguarda das caravanas em Brasília, nas reivindicações da classe artística”(…). Em novembro do mesmo ano, recebeu em seu camarim personalidades e dirigentes da Socinpro ao final do show “Roberto Carlos canta Emoções”, que realizou no Credicard Hall, em São Paulo. Em dezembro do mesmo ano, foi lançado o CD com 14 faixas  e o DVD com 16 números, “Duetos”, pela Sony BMG. “Duetos” chegou ao mercado com tiragem inicial de 450 mil cópias, divididas entre  250 mil CDs e 150 mil DVDs. Cifra considerada expressiva para tempos de pirataria. O projeto “Duetos” apresenta momentos tirados dos especiais de fim de ano gravados por Roberto desde meado dos anos 1970, na TV Globo. O dueto mais antigo apresentado no CD e DVD trás Roberto e Erasmo interpretando um pot-pourri de clássicos do rock (“Tutty-frutti”, “Long tall Sally”, “Hound dog”, “Blue suede shoes” e “Love-me tender”), num tributo a Elvis Presley, uma das principais influências de ambos, no ano da morte do Rei do rock. Seguem duetos com diversos nomes da canção brasileira, como Rosana (1988), em “Olha”, “Você em minha vida”, “Outra vez”, “Falando sério”, “Um jeito estúpido de te amar” e “Proposta”;  Ângela Maria (1995) em “Desabafo”; Wanderléa, em “Ternura”(1991);Tom Jobim (1978), em “Lígia”; Fafá de Belém, em “Se você quer”; Maria Bethânia (1982), em “Amiga”; Milton Nascimento e Wagner Tiso (1985), em “Coração de estudante”; Caetano Veloso (1992), em “Alegria, Alegria”; Gal Costa (1997), em “Sua estupidez”; mais recente, o dueto com Ivete Sangalo, gravado no especial de 2004 e a turma da Jovem Guarda, representada por Ed Wilson, Marcio Augusto, Cleide Alves, Ronaldo Luiz, Waldirene, José Ricardo, além de Erasmo, Wanderléa, Martinha, Wanderley Cardoso e Jerry Adriani, fechando o especial de 1985. No mesmo período, também foi lançado o livro ” Roberto Carlos em detalhes”, (504 págs.) pela Editora Planeta, escrita por Paulo César de Araújo. O livro, que é uma biografia não autorizada do cantor, resultou de uma pesquisa ao longo de 16 anos e reuniu depoimentos de cerca de 200 pessoas que, direta ou indiretamente, participaram da trajetória de Roberto, mas sofreu críticas por parte dele, que afirmou haver ali inverdades. O cantor anunciou intenção de processar o autor do livro, apesar de manifestações de diversos fãs-clubes e também de personalidades como o jornalista e escritor Nelson Motta que entenderam o livro como uma verdadeira homenagem ao cantor, e que haveria uma interpretação equivocada por parte de seus acessores que o informaram do conteúdo da  obra, uma vez que Roberto se recusara a lê-lo. O juiz deu ganho de causa e o livro foi retirado das lojas ao final de janeiro de 2007. Por ocasião da polêmica, ainda no final de 2006, falando  em entrevista coletiva, Roberto também respondeu perguntas sobre o andamento de seu tratamento contra o TOC (Transtorno obsessivo compulsivo), afirmando ter avançado a ponto de concordar a cantar “Negro gato”, de Getúlio Cortes, que banira de seu repertório,  com Marisa Monte, para o especial daquele ano, mas, lembrou que ainda canta “se o bem e o bem existem”, em “É preciso saber viver”, no lugar do verso original “se o bem e o mal existem”, e brincou declarando: “Mas avancei, agora já digo “o bem e o mal” aqui na entrevista”. Em janeiro de 2007, viajou para a Espanha, retomando a prática que abandonara por cerca de uma década de gravar em espanhol, com agenda para fevereiro do mesmo ano, de embarcar em mais um bloco do “Projeto Emoções em alto mar”, a bordo do transatlântico Costa fortuna, apresentando show-cruzeiro, já tornado uma tradição. Em junho do mesmo ano, após 15 anos sem se apresentar no  Canecão, realizou temporada de dez dias de shows naquela casa confirmando seu grande prestígio entre um público bastante diversificado, mesmo após a desgastante polêmica sobre sua biografia não autorizada. Durante a temporada, passaram pela platéia além de um volumoso público, personalidades do mundo artístico e jornalístico, como, entre outros, o sambista Zeca Pagodinho; jornalistas como Nelson Motta e Leda Nagle; atores, atrizes consagrados e o cantor Gilberto Gil, então Ministro da Cultura, que declarou admirar toda sua obra. Acompanhado de seu maestro de sempre Eduardo Lages, Roberto, bem humorado e demonstrando o mesmo domínio e descontração que se tornaram marcas de sua carreira, apresentou repertório que passou por hits da Jovem-Guarda, canções do repertório romântico e pop, como “Como é grande o meu amor por você”, “Cavalgada”, “Além do horizonte”, “Detalhes”, “Ilegal, imoral e engorda”, “Os botões da blusa” e “Jesus Cristo”, entre outros. A novidade foi a inclusão da letra completa de “é preciso saber viver”, em que se permitiu cantar “se o bem e o mal existe”, verso que há muito cantava alterado, em função do TOC (Transtorno Compulsivo-Obsessivo), de que falou descontraído e apontando melhoras.
Em agosto de 2008, apresentou show histórico, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, juntamente com Caetano Veloso, em homenagem a Tom Jobim. O show, que teve cadeiras extras nos corredores da platéia, foi marcado com a presença de diversas personalidades do mundo artístico, tanto da música como do teatro e televisão. Entre os muitos comentários sobre o espetáculo que circularam os corredores e saguões do teatro, o de Erasmo Carlos, que sintetizou o teor do evento: “Sempre esperei pelo encontro entre Bossa Nova, Jovem Guarda e Tropicália”. No mesmo ano, Um CD foi lançado com as músicas desse show, pela Sony/BMG. Também em 2008, lançou o CD e DVD “Em vivo” com versões em espanhol de alguns de seus clássicos em gravação realizada em 2007, na cidade de Miami. Do CD constam canções como “Emoções”, “Detalhes”, “Mulher pequena” e “Cama e mesa”, entre outras, além da versão em espanhol para a canção “Um gato nel blue” que ficou sendo “Um gato em la oscuridad”, e “El dia em que me quieras”, já gravada por ele anos atrás. Em 2009, ao comemorar 50 anos de carreira, assistiu-se a um espocar de homenagens paralelas em diversos canais de rádio e TV em todo o país, entre eles: a TV Globo e o Canal Multishow, que apresentou reportagem na qual,  destacados nomes do pop além artistas que estão despontando falaram dos momentos mais marcantes da carreira de Roberto Carlos e de suas histórias pessoais com a obra dele. A TV Globo realizou programação especial dedicada ao “Rei”, que incluiu apresentações do cantor e de reportagens correlatas ao mesmo em diversos itens de sua programação, entre eles o programa  Vídeo Show”, Caldeirão do Hulk, de largo alcance popular, e o programa  “A grande família”, que apresentou o episódio “O Rei e eu”  com a participação do cantor e o programa Fantástico que exibiu, em diversos domingos, videoclipes de Roberto Carlos escolhidos pelo público por meio de uma votação no site do programa. A equipe do programa Globo Repórter gravou em 15 de maio, uma entrevista feita pelo apresentador Sérgio Chapelin com o cantor, sobre a carreira,  futebol, histórias ao longo dos 50 anos e outros assuntos. A entrevista foi material para um super programa apresentado em julho, pelo Globo Repórter, cuja equipe, para isso, acompanhou alguns shows de Roberto pelo nordeste, conversaram com fãs, além de mergulhar nos arquivos particulares do “Rei”. Coroando as comemorações, Roberto Carlos apresentou um mega show no Maracanã, (RJ), com o estádio completamente lotado e ingressos esgotados duas semanas antes. O show, que teve produção da Rede Globo e diversos patrocinadores, foi transmitido ao vivo, pela primeira vez em 5.1 HD, a mais moderna tecnologia de audio e vídeo e contou com a presença de inúmeras personalidades do mundo artístico e intelectual, o que mais uma vez atestou a unanimidade do “Rei”, na aceitação do público, cuja penetração em todas as regiões do país tornou-se fato ao longo de sua carreira. No mesmo período, o cantor apresentou shows em diversas capitais do país, entre eles um mega show no Ibirapuera, (SP), em proporções semelhantes ao show do Maracanã no que se refere à acorrência do público. Também no mesmo ano, no mês de maio, como parte das comemorações dos 50 anos da carreira de Roberto, o Teatro Municipal de São Paulo recebeu  vinte divas da música e do teatro brasileiro, para um espetáculo de interpretações de sucessos de Roberto. O evento intitulado “Elas Cantam Roberto Carlos”, resultou no CD duplo homônimo, lançado ainda no mesmo ano pela Sony, trazendo 22 dos 25 números apresentadas naquela noite. No repertório do CD 1 estão: “Você Não Sabe” – Hebe Camargo; “Canzone per te” – Luiza Possi e Zizi Possi; “Proposta” – Zizi Possi; “Sua Estupidez” – Alcione; “Desabafo” – Fafá de Belém; “A Distância” – Celine Imbert; “Se Você Pensa” – Daniela Mercury; “Você Vai Ser o meu Escândalo” – Wanderléa; “Nossa Canção” – Rosemary; “Todos Estão Surdos” – Fernanda Abreu; “11. 120… 150… 200 Km por Hora” – Marília Pêra. No CD 2 estão: “As Curvas da Estrada de Santos” – Paula Toller; “Como 2 e 2 – Marina Lima; “As Canções que Você Fez pra mim” – Sandy; “Só Você Não Sabe – Martnália;  “Do Fundo do meu Coração” – Adriana Calcanhotto; “Falando Sério” – Claudia Leite; “Não se Esqueça de mim” – Nana Caymmi; “Força Estranha” – Ana Carolina; “Olha” – Ivete Sangalo; “Emoções” – Roberto Carlos; “Como é Grande o meu Amor por Você” – Roberto e cantoras. Em março de 2010, recebeu homenagem da Rede Globo de Televisão, em programa exclusivo para o evento, com o título “Emoções Sertanejas”. Roberto, que protagonizou o programa, recebeu convidados, no ginásio do Ibirapuera em São Paulo. Participaram do mega show grandes nomes representativos da música brasileira, especialmente da música sertaneja, como Almir Sater, Bruno & Marrone, César Menotti & Fabiano, Chitãozinho & Xororó, Daniel, Dominguinhos, Elba Ramalho, Martinha, Gian & Giovani, Leonardo, Milionário & José Rico, Nalva Aguiar, Paula Fernandes, Rio Negro & Solimões, Roberta Miranda, Sérgio Reis, Victor & Léo e Zezé di Camargo & Luciano. Participou, na apresentação do programa, a atriz Déborah Seco. Às vésperas de seu aniversário, em abril de 2010, sofreu outro abalo em sua vida pessoal, ao morrer sua mãe, tornada famosa em todo o país, através da canção “Lady Laura”, de sua autoria, com o parceiro Erasmo Carlos, gravada no LP de 1978. Ainda no mesmo ano, dois fatos comprovaram, mais uma vez, seu sucesso e prestígio internacional: Nos Estados Unidos, teve uma entrevista de página inteira publicada no jornal The New York Times; e na Itália, teve uma coletânea dupla lançada com o título “I Miei Successi”, que reúne 20 músicas cantadas pelo “Rei” em italiano. Na capa, foi colocada uma fotografia sua de 1978, tirada na última vez em que gravou na Itália.
No fim do mesmo ano, seu tradicional programa especial  de fim de ano promovido pela Rede Globo de Televisão, foi realizado através de um mega show na Praia de Copacabana, com transmissão ao vivo e superprodução na noite do natal dia 25 de dezembro. O show trouxe à famosa praia cerca de 1 milhão de pessoas que comemoraram também os 50 anos de carreira do cantor. Sentado, na maior parte do espetáculo, forçado por dores no joelho, causadas por uma queda acidental de sua moto, o “Rei” recebeu convidados como Paula Fernandes, jovem cantora que se destacou no CD “Emoções sertanejas”, com a qual interpretou uma sequência constando  “Cama e mesa”, Eu sou terrível”, “Na paz do seu sorriso” e “Eu te darei o céu”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos; “Eu te adoro meu amor”, de Rossini Pinto; e “Ciúme de você” e “Nossa Canção”, de Luiz Ayrão. Roberto recebeu também a dupla Bruno e Marrone, o Coral da Escola de Música da Rocinha, com 200 crianças, que cantaram com o Rei, “Noite Feliz”. Também foi convidado o grupo Exaltasamba, que apresentou o samba-enredo composto por Erasmo Carlos, em parceria com Eduardo Lages e Marcos Valle, para o concurso de sambas-enredo da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis (RJ), cujo enredo escolhido para o carnaval de 2011 foi “Roberto Carlos, a simplicidade de um Rei”. Apesar do samba composto pelo amigo Erasmo não ter sido o escolhido para o desfile na Marquês de Sapucaí, o grupo Exaltasamba o gravou e o apresentou no show de Copacabana, sendo ovacionado pelo público. Ao final do evento na praia, Roberto recebeu a Escola de Samba Beija-Flor, na figura de passistas, ritmistas, o famoso casal de mestre-sala, porta-bandeira Claudinho e Selminha Sorriso e o cantor Neguinho da Beija-Flor que interpretou o samba-enredo ganhador do concurso para o carnaval de 2011, em sua homenagem, de autoria de Samir Trindade, Serginho Aguiar, JR. Beija-Flor, Sidney de Pilares, Jorginho Moreira, Théo M. Netto, Mourão e Cleber do Sindicato. Das mãos de Neguinho da Beija-Flor e Selminha Sorriso, Roberto recebeu de presente uma bandeira da escola campeã de Nilópolis. O show foi encerrado com Roberto interpretando “Jesus Cristo”, acompanhado da bateria da Beija-Flor.
A Escola de samba Beija Flor de Nilópolis foi a campeã do desfile do carnaval de 2011, dentre as agremiações do Grupo I, no sambódromo do Rio de Janeiro, com o Enredo ” A simplicidade de um Rei”, em homenagem ao cantor que desfilou no último carro alegórico, sendo aplaudido por todo o público. O enredo citou diversas canções ícones de sua carreira e sua trajetória. Roberto compareceu à festa da viotória na sede da agremiação, recebendo ovações de milhares de componentes que lotaram a quadra da escola de samba. Na semana subsequente ao carnaval, o jornal “O Dia”, do Rio de Janeiro, iniciou uma série especial de reportagens, que durou uma semana, com um caderno diário dedicado ao cantor, contando sua história e falando de seus inúmeros sucessos. 
Em setembro de 2011, apresentou show para 5 mil pessoas, na cidade de Jerusalém, em Israel.  O espetáculo, dirigido por Jayme Monjardim, foi exibido pela TV Rede Globo Internacional para: Africa, todas as Américas, Ásia, Europa, Oriente Médio e Oceania. Roberto cantou em cinco idiomas: português, inglês, espanhol, italiano e hebraico, sendo efusivamente aplaudido. O show mostrou cenário grandioso ao fundo. Imagens mostravam pontos sagrados da Cidade Antiga de Jerusalém, como a Igreja do Santo Sepúlcro, o Muro das Lamentações e a Mesquita de Al-Aksa. O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, fez uma declaração oficial para “o Rei”. “É uma honra receber tantos brasileiros na cidade sagrada do mundo”, declarou o político antes do início do show, que começou às 20h20 (14h20 no horário de Brasília). Mais de mil brasileiros viajaram para Israel para assistir o evento. Os brasileiros chegaram a Jerusalém e compraram ingressos, que, em alguns casos, atingiram preço em torno de R$ 10 mil. O repertório mostrou clássicos de sua carreira, começando com “Emoções”. Em seguida, Roberto Carlos cantou: “Além do horizonte”, “Como vai você”, “Como é grande o meu amor por você”, “Detalhes”, “Outra vez”, “Eu sei que vou te amar”, “Mulher pequena”, “Ave Maria”, “Lady Laura”, “Olha”, “Proposta”, “Falando sério”, “Desabafo”, “Eu quero apenas”, “O portão”, “Eu te amo, te amo, te amo”, “A montanha”, “Aquarela do Brasil”, “É preciso saber viver” e “Jesus Cristo”. Roberto ainda dançou e cantou no palco com a jornalista Glória Maria, da Rede Globo e, entoou “Unforgettable”. O Rei ainda foi cantou “Jerusalém de ouro” em hebraico. Após o show, em entrevista, o prefeito Nir Barkat comentou : “Foi um marco para Israel e Jerusalém. Ele tem uma voz suave, bela, e a nossa cidade se emocionou com a presença da música brasileira, de tantos fãs brasileiros. Foi uma experiência incrível”. O show musical teve diversas intercalações que mostraram trechos de entrevistas com o cantor a respeito do evento. Também em 2011, a cantora Pitty gravou, pela gravadora Deckdisk, o clip “Se você pensa”, dirigido por Ricardo Spencer, interpretando sua composição com Erasmo Carlos, que foi sucesso nos anos 1970, na voz dele mesmo, e de outros intérpretes importantes, como Nara Leal, Gal Costa e Elis Regina, entre outros. No fim do mesmo ano, a Focus Cia. de Dança usou trechos de 72 músicas suas para compor o espetáculo teatral “As canções que você dançou pra mim”, apresentado no Espaço Sesc, no Rio de Janeiro (RJ). A peça, dirigida pelo coreógrafo Alex Neoral, revisitou seu repertório dos anos 1960, 1970 e 1980. No fim de 2012, em seu especial de natal para a Rede Globo de Televisão, apresentou-se em tom mais popular, cantando ao lado de Michel Teló o sucesso “Ai se eu te pego”.
Nesse período, lançou a música “Esse cara sou eu”, que fez sucesso como trilha sonora da novela “Cheias de charme”, da Rede Globo, e o funk-melody “Furdúncio”. Ainda na mesma época, teve suas músicas cantadas em formato de soul e funk,  no projeto “Black Carlos”, um show apresentado por músicos das bandas Kid Abelha e Cidade Negra. Em dezembro de 2013, apresentou na TV Globo seu tradicional especial de fim de ano dessa vez comemorando a 40º edição. O especial contou com as participações especiais da cantora Anitta, que interpretou com ele seu sucesso “Show das poderosas; Lulu Santos, Thiago Abravanel e Erasmo Carlos. Em 2015, gravou no mítico estúdio Abbey Road, em Londres, Inglaterra, o CD e DVD “Primera Fila”, voltado ao mercado de língua hispânica e que contou com a participação especial do cantor mexicano Marco Antonio Solis na faixa “Arrasta uma silla”. No mesmo ano, foi homenageado pelo Grammy Latino como “Personalidade do Ano”. Na ocasião, foi realizado um show no South Pacific Ballroom do Centro de Convenções do Mandalay, em Las Vegas, com a presença de nomes como Dione Warwick, Alejandro Sanz, Julieta Nenegas e Carlos Vives, além dos brasileiros Seu Jorge, Paula Fernandes e Ana Carolina, que interpretaram composições do “Rei”. Os ingressos para o show se esgotaram antes mesmo de anunciados os artistas que participariam da homenagem ao cantor. No final de 2015, foi ao ar seu tradicional especial de Natal pela TV Globo. O espetáculo foi gravado ao vivo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e contou com as participações especiais de Erasmo Carlos, Wanderléa, Carlinhos Brown, Paulo Ricardo e o grupo Jota Quest, que interpretaram com ele sucessos do início da carreira e da Jovem Guarda, além da banda Abbey Road, que o acompanhou nas músicas “Outra Vez” e “Detalhes”, entre outras. Também estiveram presentes em participações especiais o cantor Thiaguinho, o percussionista Paulinho da Costa e a cantora Ludmilla. Em 2016, gravou sua composição inédita, a balada “Chegaste”, em dueto com a cantora norte americana de origem latina Jennifer Lopez. O clip com a gravação foi exibido no especial de fim de ano do cantor na TV Globo. Em 2017, teve as composições “Você em minha vida”, “Sua estupidez”, “Sentado à beira do caminho”, “Desabafo”, “Não se esqueça de mim”, “Despedida”, “Eu disse adeus”, “Jovens tardes de domingo” e “O show já terminou”, todas de parceria com Erasmo Carlos, além de “Como é grande o meu amor por você”, somente de sua autoria, gravadas pela cantora Angela Maria  CD “Angela Maria e as canções de Roberto & Erasmo”, do selo Biscoito Fino. Em 2018, foi indicado ao Prêmio da Música Popular, na categoria “Melhor cantor”. No mesmo ano, apresentou na TV Globo seu tradicional especial de fim de ano que foi intitulado “Muito Romântico”, que passou por diferentes ritmos, do rock ao romântico, pela MPB e pelo Pop. O especial contou com participações de Michel Teló, Zizi Possi e o espanhol Alejandro Sanz, além da atriz Marina Ruy Barbosa, que protagonizou com ele as cenas mais elogiadas do especial. Já a participação da cantora Zizi Possi, que cantou com ele a música “Non ti scondar di me”, fez o cantor  programar a gravação de um CD em italiano. Em 2019, o jornal O Globo publicou a seguinte nota a respeito da produção de um longa metragem com a história do cantor: “Com o roteiro pronto, entrou em fase de pré-produção o filme que vai contar a história de Roberto Carlos, do seu nascimento até o fim da Jovem Guarda, A ideia é começar a rodá-lo no último trimestre e lançá-lo no final de 2020, Antes de fazer carreira nos cinemas, o filme será apresentado em cinco estádios (Maracanã, Allianz Parque e noutros três ainda por definir), Depois da exibição, Roberto se apresentará, numa noite de cerca de quatro horas de atrações. Além do filme, o diretor Breno Silveira será o responsável por uma série, que será exibida via streaming. Serão entre sete e 14 episódios. E neles a vida de Roberto Carlos será contada integralmente”. No mesmo ano, o jornal O Globo publicou nota anunciando que o especial de final de ano do cantor incluiria várias entrevistas com ele conversando com entrevistados como o ex jogador Roberto Carlos, batizado com seu nome em sua homenagem, e o também jogador do Real Madrid Marcelo. Também foram apresentados trechos de shows em Nova York, Madrid, Paris e Londres.

Também em 2019, foi homenageado pelo cantor Nando Reis que lançou o CD “Não Sou Nenhum Roberto, Mas às Vezes Chego Perto” com 12 composições do Rei: “Alô”, “Amada amante”, “A guerra dos meninos”, “De tanto amor”, “Nossa história”, “Nossa Senhora”, “Vivendo por viver” e “Todos estão surdos”, todas com Erasmo Carlos.

 

Em 2020, devido a pandemia de corona vírus fez um show ao vivo diretamente de sua casa no bairro da Urca, Rio de Janeiro com transmissão pelo canal You Tube e também com um trecho transmitido pela TV Globo, detentora dos direitos de imagem do cantor que também aproveitou a ocasião para comemorar seus 79 anos de idade. Poucas semanas depois, realizou uma segunda live no período de quarentena em homenagem aos dias das mães. Os músicos que o acompanharam no estúdio usavam máscaras e estavam separados por telas de acrílico. O “Rei” abriu sua apresentação cantando a música “Lady Laura”, em homenagem à sua mãe, ao invés de “Emoções” que tradicionalmente abre suas apresentações. A live teve a participação à distância da cantora Wanderléa que com ele cantou a balada “Ternura”, versão de Rossini Pinto para “Somehow It Got To Be Tomorrow”, de Estelle Levitt e Kenny Karen. Durante a apresentação o cantor fez discurso em defesa do isolamento social na luta contra a pandemia.

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Discografias
2012 Esse cara sou eu - Sony Music - CD
2011 Em Jerusalém - Sony Music - CD
2010 Sony BMG CD Emoções sertanejas
2010 Sony BMG DVD Emoções sertanejas
2009 Sony Music CD Elas cantam Roberto Carlos
2008 Sony BMG CD Em vivo
2008 Sony BMG DVD Em vivo
2008 Sony BMG CD Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim
2006 Sony BMG CD Duetos
2006 Sony BMG DVD Duetos
2005 Sony CD Pra sempre-Anos 80
2004 Sony DVD Pra sempre
2003 Sony CD Pra sempre
2001 Sony CD/DVD Acústico MTV
2000 Sony CD Amor sem limite
1999 Sony CD Os 30 grandes sucessos
1998 Sony CD Roberto Carlos 98
1997 Sony CD Roberto Carlos
1996 Sony CD Roberto Carlos
1995 Sony CD Roberto Carlos
1994 Sony CD Roberto Carlos
1993 Sony CD Roberto Carlos
1992 CBS LP Roberto Carlos
1991 CBS LP Roberto Carlos
1990 CBS LP Roberto Carlos
1989 CBS LP Roberto Carlos
1988 CBS LP Roberto Carlos
1987 CBS LP Roberto Carlos
1986 CBS LP Roberto Carlos
1985 CBS LP Roberto Carlos
1984 CBS LP Roberto Carlos
1983 CBS LP Roberto Carlos
1982 CBS LP Roberto Carlos
1981 CBS LP Roberto Carlos
1980 CBS LP Roberto Carlos
1979 CBS LP Roberto Carlos
1978 CBS LP Roberto Carlos
1977 CBS LP Roberto Carlos
1976 CBS LP Roberto Carlos
1976 CBS LP Roberto Carlos San Remo 1968
1975 CBS LP Roberto Carlos
1974 CBS LP Roberto Carlos
1973 CBS LP Roberto Carlos
1972 CBS LP Roberto Carlos
1971 CBS LP Roberto Carlos
1970 CBS LP Roberto Carlos
1969 CBS LP Roberto Carlos
1968 CBS Compacto simples Canzone per te/L' ultima cosa
1968 CBS Compacto simples Eu te amo, te amo, te amo/Com muito amor e carinho
1968 CBS Compacto Duplo O inimitável
1968 CBS LP O inimitável
1968 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos
1968 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos em ritmo de aventura, vol. II
1968 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos em ritmo de aventura, vol. III
1967 CBS Compacto simples Eu daria a minha vida/Fiquei tão triste
1967 CBS Compacto simples Maria, carnaval e cinzas/Ai que saudade de Amélia
1967 CBS Compacto simples Namoradinha de um amigo meu/Não precisa chorar
1967 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos em ritmo de aventura
1967 CBS LP Roberto Carlos em ritmo de aventura
1967 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos, vol. II
1967 CBS Compacto simples Só vou gostar de quem gosta de mim/Tudo que sonhei
1966 CBS Compacto simples Esqueça/É papo firme
1966 CBS Compacto simples Jovem guarda, vol. III
1966 CBS Comacto Duplo Roberto Carlos
1966 CBS LP Roberto Carlos
1965 CBS Compacto simples História de um homem mau/Aquele beijo que te dei
1965 CBS Compacto Duplo Jovem guarda
1965 CBS LP Jovem guarda
1965 CBS Compacto simples Não quero ver você triste/Parei... Olhei
1965 CBS Compacto simples Quero que vá tudo pro inferno/Escreva uma carta, meu amor
1965 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos canta para a juventude
1965 CBS LP Roberto Carlos canta para a juventude
1965 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos canta para a juventude, vol. II
1965 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos canta para a juventude, vol. III
1965 CBS Compacto Duplo É proibido fumar, vol. III
1964 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos
1964 CBS Compacto Duplo É proibido fumar
1964 CBS LP É proibido fumar
1964 CBS Compacto Duplo É proibido fumar, vol. II
1964 CBS 78 É proibido fumar/Minha história de amor
1963 CBS 78 Parei na contramão/Na lua não há
1963 CBS Compacto Duplo Parei na contramão/Relembrando Malena/Na lua não há/Professor do amor
1963 CBS Compacto Duplo Roberto Carlos
1963 CBS LP Roberto Carlos
1963 CBS 78 Splish splash/Baby, meu bem
1962 Colúmbia 78 Fim de amor/Malena
1962 CBS 78 Susie/Triste e abandonado
1961 Colúmbia LP Louco por você
1960 Colúmbia 78 Canção do amor nenhum/Brotinho sem juízo
1959 Polydor 78 João e Maria/Fora do tom
Obras
120... 150... 200 km por hora (c/ Erasmo Carlos)
1990 - Projeto Salva Terra (c/ Erasmo Carlos)
A bronca da galinha (c/ Erasmo Carlos)
A cigana (c/ Erasmo Carlos)
A despedida (c/ Erasmo Carlos)
A distância (c/ Erasmo Carlos)
A estação (c/ Erasmo Carlos)
A experiência (c/ Erasmo Carlos)
A festa do Bolinha (c/ Erasmo Carlos)
A festa do corpo lindo (c/ Erasmo Carlos)
A garota do baile (c/ Erasmo Carlos)
A guerra dos meninos (c/ Erasmo Carlos)
A hora é essa (c/ Erasmo Carlos)
A janela (c/ Erasmo Carlos)
A lenda de Bob Nelson (c/ Erasmo Carlos)
A montanha (c/ Erasmo Carlos)
A pescaria (c/ Erasmo Carlos)
A próxima dança (c/ Erasmo Carlos)
A semana inteira (c/ Erasmo Carlos)
A volta (c/ Erasmo Carlos)
Acróstico
Adolescente enamorado (c/ Erasmo Carlos)
Alguém da vida da gente (c/ Erasmo Carlos)
Alô, benzinho (c/ Erasmo Carlos)
Amada amante (c/ Erasmo Carlos)
Amante à moda antiga (c/ Erasmo Carlos)
Amar para viver (c/ Erasmo Carlos)
Amazônia (c/ Erasmo Carlos)
Amiga forte (c/ Erasmo Carlos)
Amigo (c/ Erasmo Carlos)
Amor sem limite (c/ Erasmo Carlos)
Ana (c/ Erasmo Carlos)
Angelina (c/ Erasmo Carlos)
Apocalipse (c/ Erasmo Carlos)
As canções que você fez pra mim (c/ Erasmo Carlos)
As curvas da estrada de Santos (c/ Erasmo Carlos)
As flores do jardim de nossa casa (c/ Erasmo Carlos)
Ave-Maria dos olhos dela (c/ Erasmo Carlos)
Baby (c/ Erasmo Carlos)
Beijo quente (c/ Erasmo Carlos)
Bom dia rock'n'roll (c/ Erasmo Carlos)
Brotinho enamorado (c/ Erasmo Carlos)
Brotinho transviado (c/ Erasmo Carlos)
Broto no jacaré (c/ Erasmo Carlos)
Cachaça mecânica (c/ Erasmo Carlos)
Café da manhã (c/ Erasmo Carlos)
Canção de enganar o coração (c/ Erasmo Carlos)
Cavalgada (c/ Erasmo Carlos)
Choro de amor (c/ Erasmo Carlos)
Ciça, Cecília (c/ Erasmo Carlos)
Claustrofobia (c/ Erasmo Carlos)
Close (c/ Erasmo Carlos)
Como é grande o meu amor por você
Coqueiro verde (c/ Erasmo Carlos)
Coração roubado (c/ Erasmo Carlos)
De que vale tudo isso
De tanto amor (c/ Erasmo Carlos)
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos (c/ Erasmo Carlos)
Dela (c/ Erasmo Carlos)
Detalhes (c/ Erasmo Carlos)
Dia de chuva (c/ Erasmo Carlos)
Difícil amar na minha idade (c/ Erasmo Carlos)
Duas bonequinhas (c/ Erasmo Carlos)
E por isso estou aqui
Editora Mayo bom-dia (c/ Erasmo Carlos)
Ela é boa (c/ Erasmo Carlos)
Emoção (c/ Erasmo Carlos)
Emoções (c/ Erasmo Carlos)
Estou dez anos atrasado (c/ Erasmo Carlos)
Eu canto (c/ Erasmo Carlos)
Eu disse adeus (c/ Erasmo Carlos)
Eu estou apaixonado por você (c/ Erasmo Carlos)
Eu queria era ficar sambando (c/ Erasmo Carlos)
Eu quero apenas (c/ Erasmo Carlos)
Eu quero ser sua namorada (c/ Erasmo Carlos)
Eu sou fã do monoquini (c/ Erasmo Carlos)
Eu sou terrível (c/ Erasmo Carlos)
Eu te amo, te amo, te amo (c/ Erasmo Carlos)
Eu te darei o céu (c/ Erasmo Carlos)
Fala, Dorival (c/ Erasmo Carlos)
Fera ferida (c/ Erasmo Carlos)
Festa de arromba (c/ Erasmo Carlos)
Frustrações (c/ Erasmo Carlos)
Fusca do Pedrinho (c/ Erasmo Carlos)
Gabriela, mais bela (c/ Erasmo Carlos)
Gatinha manhosa (c/ Erasmo Carlos)
Gente aberta (c/ Erasmo Carlos)
Grego só (c/ Erasmo Carlos)
Grilos (c/ Erasmo Carlos)
Harold, o robô doméstico (c/ Erasmo Carlos)
Homem de rua (c/ Erasmo Carlos)
I love you (c/ Erasmo Carlos)
Instantes (c/ Erasmo Carlos)
Jacaré (c/ Erasmo Carlos)
Jesus Cristo (c/ Erasmo Carlos)
Jesus Salvador (c/ Erasmo Carlos)
Johnny Furacão (c/ Erasmo Carlos)
Juro por Deus (c/ Erasmo Carlos)
Largo da segunda-feira (c/ Erasmo Carlos)
Larguem meu pé (c/ Erasmo Carlos)
Louco não estou mais (c/ Erasmo Carlos)
Lucinha (c/ Erasmo Carlos)
Luz divina (c/ Erasmo Carlos)
Madame sabe tudo (c/ Erasmo Carlos)
Maior amor da cidade (c/ Erasmo Carlos)
Mamãe acha que é normal (c/ Erasmo Carlos)
Mané João (c/ Erasmo Carlos)
Mapa do tesouro (c/ Erasmo Carlos)
Maria Joana (c/ Erasmo Carlos)
Matando a miséria a pau (c/ Erasmo Carlos)
Mesmo que seja eu (c/ Erasmo Carlos)
Meu mar (c/ Erasmo Carlos)
Meu nome é Gal (c/ Erasmo Carlos)
Meu primeiro amor (c/ Erasmo Carlos)
Mexerico da Candinha (c/ Erasmo Carlos)
Milhões de vezes (c/ Erasmo Carlos)
Minha fama de mau (c/ Erasmo Carlos)
Minha gente (c/ Erasmo Carlos)
Minha senhora (c/ Erasmo Carlos)
Moleque 30 (c/ Erasmo Carlos)
Moço (c/ Erasmo Carlos)
Moço toque balanço (c/ Erasmo Carlos)
Mulher pequena (c/ Erasmo Carlos)
Mundo cão (c/ Erasmo Carlos)
Mundo deserto (c/ Erasmo Carlos)
Namoradinha de um amigo meu
Namorado bobinho (c/ Erasmo Carlos)
Nossa Senhora (c/ Erasmo Carlos)
Nunca mais vou fazer você sofrer (c/ Erasmo Carlos)
Não lhe quero mais (c/ Erasmo Carlos)
Não quero ver você triste (c/ Erasmo Carlos)
Não é papo pra mim (c/ Erasmo Carlos)
O Zorro (c/ Erasmo Carlos)
O bofe (c/ Erasmo Carlos)
O comilão (c/ Erasmo Carlos)
O coração de Jesus (c/ Erasmo Carlos)
O diamante cor-de-rosa (c/ Erasmo Carlos)
O divã (c/ Erasmo Carlos)
O dono da bola (c/ Erasmo Carlos)
O homem (c/ Erasmo Carlos)
O marginal (c/ Erasmo Carlos)
O menino e a rosa (c/ Erasmo Carlos)
O muro de Berlim (c/ Erasmo Carlos)
O portão (c/ Erasmo Carlos)
O progresso (c/ Erasmo Carlos)
O show já terminou (c/ Erasmo Carlos)
O sorriso da Narinha (c/ Erasmo Carlos)
O sorriso dela (c/ Erasmo Carlos)
Oh! Meu imenso amor (c/ Erasmo Carlos)
Olha (c/ Erasmo Carlos)
Os brutos também amam (c/ Erasmo Carlos)
Os sete cabeludos (c/ Erasmo Carlos)
Palavras (c/ Erasmo Carlos)
Panorama ecológico (c/ Erasmo Carlos)
Papai Noel apanhou um resfriado (c/ Erasmo Carlos)
Papai, não foi esse o mundo que você falou (c/ Erasmo Carlos)
Parei na contramão (c/ Erasmo Carlos)
Pega na mentira (c/ Erasmo Carlos)
Perdido no mundo (c/ Erasmo Carlos)
Peço a palavra (c/ Erasmo Carlos)
Por amor (c/ Erasmo Carlos)
Por isso corro demais
Porcelana, vidro e louça (c/ Erasmo Carlos)
Pra sempre c/ Zélia Duncan
Preciso encontrar um amigo (c/ Erasmo Carlos)
Promessa (c/ Erasmo Carlos)
Proposta (c/ Erasmo Carlos)
Quando
Quando a cidade acorda (c/ Erasmo Carlos)
Quando as crianças saírem de férias (c/ Erasmo Carlos)
Que bobo fui (c/ Erasmo Carlos)
Quem mandou (c/ Erasmo Carlos)
Querem acabar comigo
Quero que vá tudo pro inferno (c/ Erasmo Carlos)
Quero voltar (c/ Erasmo Carlos)
Rainha da roda (c/ Erasmo Carlos)
Rei da Brotolândia (c/ Erasmo Carlos)
Rotina (c/ Erasmo Carlos)
Samba da preguiça (c/ Erasmo Carlos)
Samba do sapatão (c/ Erasmo Carlos)
Se você gosta de samba (c/ Erasmo Carlos)
Se você pensa (c/ Erasmo Carlos)
Senhor, aqui estou (c/ Erasmo Carlos)
Sentado à beira do caminho (c/ Erasmo Carlos)
Seres humanos (c/Erasmo Carlos)
Seu corpo (c/ Erasmo Carlos)
Sodoma e Gomorra (c/ Erasmo Carlos)
Sua estupidez (c/ Erasmo Carlos)
Surpresa de domingo (c/ Erasmo Carlos)
Sábado morto (c/ Erasmo Carlos)
Só de brincadeira (c/ Erasmo Carlos)
Tema de Chacrinha (c/ Erasmo Carlos)
Tema de Johnny Aleluia (c/ Erasmo Carlos)
Tema de Kiko (c/ Erasmo Carlos)
Tema de Não quero ver você triste (c/ Erasmo Carlos e Mário Teles)
Tenho raiva do mundo (c/ Erasmo Carlos)
Terror dos namorados (c/ Erasmo Carlos)
Todas as Nossas Senhoras (c/ Erasmo Carlos)
Todo mundo me pergunta
Todos estão surdos (c/ Erasmo Carlos)
Traumas (c/ Erasmo Carlos)
Trá-lá-lá (c/ Erasmo Carlos)
Um quilo de doce (c/ Erasmo Carlos)
Vi meu bem com outro rapaz (c/ Erasmo Carlos)
Vida antiga (c/ Erasmo Carlos)
Vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato (c/ Erasmo Carlos)
Vista a roupa, meu bem (c/ Erasmo Carlos)
Você (c/ Erasmo Carlos)
Você sabe que eu não volto outra vez (c/ Erasmo Carlos)
Você tem que mudar, meu bem (c/ Erasmo Carlos)
Você vai perder o seu bem (c/ Erasmo Carlos)
Você vai ser o meu escândalo (c/ Erasmo Carlos)
Você é linda (c/ Erasmo Carlos)
Vou chorar, vou chorar, vou chorar (c/ Erasmo Carlos)
Vou deixar (c/ Erasmo Carlos)
Vou fechar a porta (c/ Erasmo Carlos)
Vou ficar nu para chamar a sua atenção (c/ Erasmo Carlos)
Vou recomeçar (c/ Erasmo Carlos)
É duro ser estátua (c/ Erasmo Carlos)
É meu, é meu, é meu (c/ Erasmo Carlos)
É preciso dar um jeito, meu amigo (c/ Erasmo Carlos)
É preciso saber viver (c/ Erasmo Carlos)
É preciso ser assim (c/ Erasmo Carlos)
É proibido fumar (c/ Erasmo Carlos)
É tão fácil dizer não fique triste (c/ Erasmo Carlos)
Shows
1968, Festival de San Remo. Itália.
1970, Roberto Carlos. Canecão, RJ.
1978, Roberto Carlos. Canecão, RJ
2000, Amor sem limite. Ginásio Geraldo Magalhães, PE.
2003, Pra sempre. Maracanãzinho, RJ.
2003, Pra sempre.Estádio do Pacaembu.São Paulo
2004, Comemorações dos 450 anos de São Paulo. Ginásio do Ibirapuera, SP.
2008:Homenagem a Tom Jobim. Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
2009:50 anos de carreira. Estádio do Maracanã. Rio de Janeiro.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014. 4ª ed. EAS Editora, 2020.

ARAÚJO, Paulo César; Roberto Carlos em detalhes. Rio de Janeiro. Editora Planeta, 2006.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

PUGIALLI, Ricardo. No embalo da Jovem Guarda. Rio de Janeiro, Ampersand Editora, 1999.

SANTOS, Alcino; BARBALHO, Gracio; SEVERIANO, Jairo e AZEVEDO, M. A . Azevedo (NIREZ), Discografia Brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

Crítica

O rock começou a falar português com Roberto Carlos. Tony e Celly Campelo já tinham tentado no fim dos anos 50, mas o sotaque era ingênuo demais, os jovens não se reconheciam naqueles lacinhos cor-de-rosa e túneis do amor, Roberto, com seu eterno parceiro Erasmo Carlos, botou em cena a língua das ruas (“Essa garota é papo firme”), a sexualidade pulsante (“Eu sou o lobo mau”) e a crônica da época (“Eu sou fã do monoquíni”). Cantava anasalado como Anísio Silva, seu ídolo nas guarânias, e suave como João Gilberto, a quem imitava no início da carreira. As letras eram claras, coloquiais e cheias de humor, no justo momento, ali pelo meados dos anos 60, em que a MPB ficava seriosa, tomada pelas palavras de ordem da canção de protesto. A Jovem Guarda era considerada alienada dos problemas sociais, embora alguns vissem em “Quero que vá tudo pro inferno” uma canção contra o regime militar. O forte mesmo era a alegria, o culto aos carrões de um Brasil que começava a se industrializar e às garotas que começavam a ficar mais soltinhas com a pílula anticoncepcional. Roberto fez a consolidação do rock brasileiro, algo antenado com as últimas notícias que vinham de Liverpool, mas sem perder a ternura tão coisa nossa de saudar a dor-de-cotovelo e a fossa de autores que o inspiraram, como Johnny Alf, Tito Madi. A partir do início dos anos 70, esse lado mais sentimental ficou predominante e Roberto, ao mesmo tempo que fez algumas das mais lindas canções românticas da MPB (“Detalhes”), tornou-se também um autor repetitivo e interessado apenas em adular um público que foi envelhecendo junto com ele.

Joaquim Ferreira dos Santos