
Cantora. Compositora.
Aos cinco anos de idade, sua família mudou-se para São Luís.
Em 1989, mudou-se para São Paulo, onde estudou canto com Ná Ozetti e Madalena Bernardes, além de fazer shows em casas noturnas da cidade.
Para ela o compositor Itamar Assumpção compôs “Tá na cara que tá no sangue”, da qual destacamos os seguintes versos:
“Eu sou do Maranhão/vim ao mundo pra cantar/bumbá, reggae, baião/salsa, blues, jazz, chá chá chá/abro meu coração/ pra quem quiser escutar”.
No ano de 2012 modificou seu nome artístico para Rita Benneditto.
No ano de 2024 participou do evento “Parada 7 – Levante Floresta!”, um cortejo-parada realizado por músicos, atores, poetas, dançarinos e artistas visuais por alguns logradouros do centro da cidade do Rio de Janeiro, com concentração em frente ao Centro Cultural Justiça Federal, na Cinelândia, depois percorrendo a Avenida Rio Branco e chegando ao Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, na rua Luís de Camões, na Praça Tiradentes, onde aconteceu a exposição “Parada 7 – Levante Floresta!”. No final do trajeto foram realizados shows musicais com os grupos Pacto Social, Involuntários e Repressão Social, além de apresentação solo da cantora.
Na década de 1980 integrou vários grupos vocais, entre eles, Vira Canto e Vox Femini, participando também do grupo folclórico Boi Barrica.
Em 1997 gravou o primeiro CD “Rita Ribeiro” (Velas), contendo as faixas “Jurema”, adaptação da cantora para tema folclórico, “Divino”, de sua parceria com Zeca Baleiro, “Missiva”, “Olhozinho” e “Lenha”, todas de Zeca Baleiro, “Yes (Deixa nós ir)” (Banda de Pífanos de Caruaru e Zeca Baleiro), “Pé do lajeiro” (José Cândido, Paulo Bangu e João do Vale), “Cocada” (Antônio Vieira), “Isso” (Chico César), “Impossível acreditar que perdi você” (Márcio Greyck e Cobel), “Pra você gostar de mim” (Vital Farias), “O biltre” (Josias Sobrinho), “Cortei o dedo” (Raul Cruz e Carlos Careqa) e “Tem quem queira” (Antônio Vieira). O disco foi produzido por Mário Manga e Zeca Baleiro.
Lançou, dois anos depois, em 1999, o CD “Pérolas aos povos” (MZA Music), registrando suas composições “Na gira” e “Tô” (c/ Zeca Baleiro), além de “Mana Chica”, adaptação da cantora para cantiga de bailado dos escravos do séc. XVIII, “Mambo da dor” e “Muzak”, ambas de Zeca Baleiro, “Filhos da precisão” (Erasmo Dibel), “Déjà vu” (Natália Mallo), “Banho cheiroso” (Antônio Vieira), “Jamais estive tão segura de mim mesma” (Raulzito), “Pensar em você” (Chico César), “Vendedor de bananas” (Jorge Bem), “Há mulheres” (Vânia Borges), “Eclipse em meia-lua” (Adriano Sátiro, Arrigo Barnabé e Carlos Careqa) e a faixa-título (Isla Jay).
O disco foi lançado também no mercado norte-americano, pelo selo Putumayo. Neste mesmo ano, ao lado de Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Zeca Baleiro e Chico César, apresentou-se na noite brasileira do “Festival de Jazz de Montreux”, na Suíça, e foi convidada para se apresentar no “Festival Brasil-Caracas”, na Venezuela.
Em 2000 dando continuidade ao lançamento e divulgação do CD “Pérolas aos povos” foi convidada a participar do “Festival Todos os Cantos do Mundo”, dividindo o palco com Lokua Kanza, considerado um dos grandes expoentes da música pop africana. Ainda nesse ano, teve seu CD lançado nos Estados Unidos e Canadá pela gravadora Putumayo World Music, o que resultou na realização de uma turnê internacional. Os shows aconteceram entre agosto e setembro de 2000 nas principais cidades americanas e canadenses, entre elas São Francisco, Los Angeles, Toronto e Montreal, para plateias de 15 mil pessoas. O resultado desse empreendimento a levou a ser indicada entre os melhores do mundo ao “Grammy Awards”, na categoria de “Melhor álbum de pop latino”, realizado em fevereiro de 2001, ano em que lançou o CD “Comigo” (MZA Music), contendo a faixa-título e “Não tenho tempo”, ambas de Zeca Baleiro, “Uma noite sem você” e “O conforto dos teus braços”, ambas de João Linhares, “Contra o tempo” e “Românticos”, ambas de Vander Lee, “Parangolé” (César Teixeira), “Essa dona” (Mano Borges e Alê Muniz), “A riqueza” (Santacruz), “Nego forro” (Chico César), “Você está sumindo” (Jorge de Castro e Geraldo Pereira), “Caramba!… Galileu da Galiléia” (Jorge Bem) e “Moça bonita” (Jair Amorim e Evaldo Gouveia). Nesse mesmo ano, apresentou-se no Teatro Municipal de Niterói, acompanhada de Pedro Mangabeira (guitarra e violão).
Em 2002 participou do CD “Teu nome, Pixinguinha”, de Marcelo Vianna, interpretando a faixa “Teu nome” (Pixinguinha e Paulo César Pinheiro).
Em 2004, seu videoclipe “O conforto dos teus braços”, dirigido por Flávio Rassekh e Pablo Nobel, foi exibido como complemento da programação de filmes do Espaço Unibanco de Cinema (SP).
No ano de 2005, interpretando “Caminhos do sol”, de Herman Torres e Salgado Maranhão, participou do CD “Amorágio”, de Salgado Maranhão, disco no qual também participaram Elba Ramalho, Ivan Lins, Paulinho da Viola, Amélia Rabello, Zeca Baleiro, Selma Reis, Zé Renato, Sandra Duailibe, Alcione e Dominguinhos. Neste mesmo ano ganhou o “Prêmio Rival Petrobras de Música” na categoria “Melhor Show”. Neste mesmo ano participou do “Ano Brasil na França” pelo “Projeto Pixinguinha”, ao lado de artistas contemporâneos como o saxofonista Carlos Malta e o compositor Totonho O Cabra. No Brasil foi convidada a participar das comemorações de 30 anos do “Projeto Pixinguinha” realizando uma série de shows pelo Brasil ao lado do cantor e compositor carioca Tantinho da Mangueira. Ainda em 2005 foram lançadas duas coletâneas com seus discos anteriores, sendo elas “Uma nova história”, pelo selo MZA, do produtor Mazzola, contendo as faixas “Lenha”, “Contra o tempo”, “Há mulheres”, “Muzak”, “Pérolas aos povos”, “O conforto dos teus braços”, “Não tenho tempo”, “Românticos”, “Comigo”, “Cortei o dedo”, “A riqueza”, “Pra você gostar de mim”, “Filhos da precisão”, “Moça bonita” e ainda a coletânea “Novo Millenium”, pela gravadora Universal/MZA, na qual foram incluídas a s músicas “Há mulheres”, “Não tenho tempo”, “A riqueza”, “Contra o tempo”, “Românticos”, “Moça bonita”, “Mambo da dor”, “Pensar em você”, “Comigo”, “Essa dona”, “Uma noite sem você”, “Filhos da Precisão”, “Musak”, “Déjá vu”, “Pérolas aos povos”, “Jamais estive tão segura de mim mesma”, “O conforto dos teus braços”, “Vendedor de bananas”, “Parangolé” e “Nego forro”.
Em 2006 lançou o CD “Tecnomacumba”, uma parceria do seu selo musical Manaxica com a gravadora Biscoito Fino. No disco interpretou “Saudação” (domínio público – adaptação Rita Ribeiro e Jongui), “Domingo 23” (Jorge Benjor), “Cavaleiro de Aruanda” (Tony Osanah), “Babá Alapalá” (Gilberto Gil), “Oração ao tempo” (Caetano Veloso), “A Deusa dos Orixás” (Romildo e Toninho), “Iansã” (Caetano Veloso e Gilberto Gil), “Rainha do mar” (Dorival Caymmi), “É DOxum” (Gerônimo e Vevé Calazans), “Coisa da antiga” (Wilson Moreira e Nei Lopes), “Cocada” (Antônio Vieira), “Jurema” (domínio público – adaptação Rita Ribeiro), “Tambor de crioula” (Junior Barreto e Oderban Oliveira) e “Canto para Oxalá”, de domínio público com adaptação da própria Rita Ribeiro.
No ano de 2008, ao lado das cantoras Teresa Cristina (carioca) e Jussara Silveira (mineira radicada na Bahia) gravou o CD “Três Meninas do Brasil”, lançado pelo selo Quitanda em parceria com a gravadora Biscoito Fino. No CD foram incluídas as composições “Meninas do Brasil” (Moraes Moreira e Fausto Nilo), “Menina amanhã de manhã” (Tom Zé e Perna Froes), “Seo Zé” (Carlinhos Brown, Marisa Monte e Nando Reis), “Mulher nova bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor” (Zé Ramalho e Octacílio Batista), “Na cabecinha da Dora” (Antonio Vieira – Pedro Giusti), “Nega do cabelo duro” (David Nasser e Rubens Soares), “Para ver as meninas” (Paulinho da Viola), “Maiúsculo” (Sérgio Sampaio), “Dama do cassino” (Caetano Veloso), “Cantar” (Teresa Cristina), “Maria, Mariazinha” (Aloísio Ventura), “Chula cortada” (Roque Ferreira), “Isso aqui tá bom demais” (Dominguinhos e Nando Cordel), “Homem de saia” (Marcelo Reis e Eneas de Castro), “Minha tribo sou eu” (Zeca Baleiro), “Deixa a gira girar” (domínio público – adaptação de Mateus, Dadinho e Heraldo, do grupo Tincoãs). Neste mesmo ano foi lançada mais uma coletânea “Vip Collection” (Selo MZA) com músicas de seus discos anteriores, entre as quais “Impossível acreditar que perdi você”, “Lenha”, “Há mulheres”, “Comigo”, “Pra você gostar de mim”, “Filhos da precisão”, “O conforto dos teus braços”, “Muzak”, “Românticos” e “Contra o tempo”. Ainda em 2008 foi lançado o DVD “Três Meninas do Brasil” (com Jussara Silveira e Teresa Cristina, Selo Quitanda/Biscoito Fino), no qual foram incluídas, além das gravadas no CD, as faixas “Nu com minha música” (Caetano Veloso), “Ludo real” (Chico Buarque e Vinicius Cantuária), “Divino” (Rita Ribeiro e Zeca Baleiro), “Impossível acreditar que perdi você” (Márcio Greyck e Cobel), “Lá vem a baiana” (Dorival Caymmi), “Poxa” (Gilson de Souza), “Homem de saia” (Marcelo Reis e Eneas de Castro) e “Minha tribo sou eu” (Zeca Baleiro). Nesse mesmo ano participou de shows, ao lado de Eduardo Dussek, em homenagem aos 100 anos de Carmen Miranda.
Em 2009 lançou o primeiro disco ao vivo “Tecnomacumba a tempo e ao vivo” (Selo Manaxica/Biscoito Fino), no qual interpretou as composições “Saudação” (domínio público – adaptação Rita Ribeiro e Jongui), “Moça bonita” (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), “Domingo 23” (Jorge Benjor), “Cavaleiro de Aruanda” (Tony Osanah), “Babá Alapalá” (Gilberto Gil), “Xangô, o vencedor” (Rui Maurity, José Jorge e J.B.de Carvalho), “A Deusa dos Orixás” (Romildo e Toninho), “Iansã” (Caetano Veloso e Gilberto Gil) com participação especial de Maria Bethânia, “Rainha do mar” (Dorival Caymmi), “É DOxum” (Gerônimo e Vevé Calazans), “Coisa da antiga” (Wilson Moreira e Nei Lopes), “Jurema” (domínio público – adaptação Rita Ribeiro), “Tambor de crioula” (Junior e Oderban Oliveira) e “Canto para Oxalá / Oxalá novo remix” (domínio público – adaptação Rita Ribeiro e DJ MAM). Neste mesmo ano também foi lançado o DVD com as mesmas músicas do CD. O DVD foi gravado ao vivo casa de show Vivo Rio (no Rio de Janeiro) e contou com participação de Maria Bethânia, além de conter nos extras depoimentos de Alcione, Ney Matogrosso, Angela Leal e Jean Wyllys.
Em 2010 fez turnê de lançamento do DVD “Tecnomacumba ao vivo” pelo circuito SESI – RJ, nas unidades Centro, Duque de Caxias, Jacarepaguá, Macaé, Campos e Itaperuna. Neste mesmo ano foi a vencedora do “21º Prêmio da Música Brasileira” na categoria “Melhor Cantora – Canção Popular”, em festa de comemoração do evento no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com reprise na programação da Rede Globo. Participou da “Feira Música Brasil” no palco Funarte em Belo Horizonte (MG) e do “Festival Mundial de Artes Negras” em Dakar, no Senegal.
Em 2011 apresentou-se no Sesc Itaquera, em São Paulo e ainda no “Projeto X Tudo Carioca”, no Teatro do Sesi, no Centro do Rio de Janeiro, além de ser a artista convidada do mês do projeto “MPB 12:30 Em Ponto”, programa de entrevista apresentado no Centro Cultural da Light, pelo jornalista e crítico musical Ricardo Cravo Albin, no qual a cantora falou da vida e obra, além de executar ao vivo sucessos da carreira. No ano posterior, em 2012, apresentou o show “Rita Benneditto – Technomacumba” no projeto “Dia de Biscoito”, da gravadora Biscoito Fino, no Teatro Net Rio (antigo Teresa Rachel), na Zona Sul do Rio de Janeiro.
No ano de 2014 apresentou, acompanhada pela banda Cavaleiros de Aruanda, o show “Technomacumba” no Imperator – Centro Cultural João Nogueira, no Rio de Janeiro.
No ano de 2024 apresentou o show “Dos Brasis: a arte e pensamento negro”, no palco do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, de 2024, montou o show “Tecomacumba” no Circo-Voador, na Lapa, no Centro do Rio de Janeiro. O espetáculo contou com abertura da banda AfroRibeirinhos.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Edição Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. MPB Mulher. (Fotos: Mario Luiz Thompson). Rio de Janeiro: Instituto Cultural Cravo Albin/Elpaso e SESC Rio de Janeiro, 2006.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
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THOMPSON, Mario Luiz. Música Popular Brasileira (vol. 1 e 2). São Paulo: Editora Bem Te Vi, e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001.