
Cantor. Compositor. De uma família de músicos, seu pai José Rielli também foi músico, e o irmão Emílio Rielli, tornou-se maestro. Começou seu estudos de música e piano com o pai. Posteriormente tornou-se aluno do irmão. Estudou em conservatório de música. Começou a se apresentar aos 12 anos, tocando piano, acordeom e órgão, na Congregação Mariana do Pari, em São Paulo.
Em 1935 iniciou a carreira artística, trabalhando na orquestra Típica del Plata, tocando bandônio, e no conjunto regional da Rádio Educadora Paulista. Em 1937 trabalhou como bandolinista na Orquestra Típica Rielli na Rádio Piratininga. Em 1938 passou a trabalhar na Rádio Cruzeiro formando com o pai um dueto de acordeom. Em seguida trabalhou no programa Genésio Arruda na Rádio Tupi. Em 1939 passou a trabalhar na Rádio Bandeirantes, apresentando o programa sertanejo Brasil Caboclo, no qual se apresentava ao lado de diversos artistas. Em 1943 fez sua primeira gravação com a valsa “Sol de minha terra” e com a rancheira “Sanfona de oito baixos”, ambas de sua autoria. Em 1944 gravou a rancheira “Sorocabana” de Antenor Martins e o rasqueado “Fronteiriço” de sua autoria. No mesmo ano, gravou o rasqueado “Calanguinho” de sua autoria e Serrinha e o rasqueado “Quem canta o mal espanta” de Nhô Pai. Nos anos 1940, atuou em trio com Serrinha e Caboclinho com quem fez algumas gravações. Em 1947, o trio gravou o choro “Filosofando” de sua autoria e Décio Silva e a valsa “Antinópolis” com Elias Antônio. Em princípios dos anos 1950, excursionou com Nhô Pai e Nhô Fio ao interior de São Paulo e de Mato Grosso, obtendo grande sucesso com o rasqueado “Casinha de Carandá”. Em 1951 gravou o chorinho “Macaco na brasa” de sua autoria e o baião “Favela” de Heckel Tavares. Nas Emissoras Associadas de São Paulo, formou com Nhô Pai, Mariano e Laureano o Quarteto Sertanejo. Foi em seguida para a Rádio Cruzeiro do Sul, onde formou com Serrinha e Mariano, este depois substituído por Caçula, o Trio Sertanejo, com o qual realizou diversos trabalhos, entre os quais a novela Rosinha do Sertão na Rádio Tupi. Em 1952 gravou a clássica guarânia “Índia” de Guerrero e Flore. No mesmo ano, Tonico e Tinoco gravaram de sua parceria com Tonico, “Pé de ipê”. Em 1956 teve participação no filme “O sobrado” de Walter George Durst e Cassiano Gabus Mendes. No mesmo ano, lançou o xote “Pensando em ti” de sua autoria e o baião “Mané João” de Carijó. Em 1959 gravou o arrasta-pé “Feijão queimado” de José Rielli e Raul Torres e a valsa “Lírios da catedral” de José Rielli. Em 1960 gravou a valsa “Flor morena” de Ariovaldo Pires. Em 1961 gravou o corridinho “Forasteiro”, dele e Milton Cristofani, e a valsa “Tardes em Lindóia” de Zequinha de Abreu. Excursionou pelos Estados Unidos, Oriente Médio e pela Argentina, onde atuou ao lado de grandes bandonistas no Tabaris de Buenos Aires. Atuou em rádios do Paraguai e da Bolívia. Em São Paulo dirigiu a academia Riellinho Studios de acordeom. Em 1985 resolveu retirar-se da vida artística. Em 1999 teve a música “Pé de ipê”, parceria com Tinoco, regravada por Célia, Celma e Renato Teixeira no disco “Caipirarte”.
(C/Vagalumes do Luar)