Cantor. Instrumentista. Compositor.
Concluiu o mestrado em Etnomusicologia na Sorbonne.
De 1966 a 1968, atuando com o nome de Ricardo Sá, fez parte, juntamente com Zé Rodrix, Maurício Maestro e David Tygel, do quarteto vocal Momentoquatro.
Em 1968, estudante de Psicologia, foi preso por sua atuação política contra o regime militar.
No ano seguinte, como um dos prisioneiros políticos libertados em troca da vida do embaixador norte-americano Charles Elbrick, seqüestrado por movimentos de esquerda, foi banido do país, exilando-se na França.
Em 1970, conheceu Teca Calazans, com quem formou a dupla Teca & Ricardo, que atuou no cenário artístico de 1971 a 1981.
Em 1979, retornou ao Brasil, beneficiado pela anistia. Quatro anos depois, foi contratado pela Rede Globo, assumindo a direção musical do “Sítio do pica-pau amarelo”. Lançou, nessa época, o disco “Faz-de- conta – Ricardo Villas vai ao sítio”, com os melhores temas de sua autoria criados para o programa. Ainda nessa emissora, compôs músicas e trilhas sonoras para novelas como “Roque Santeiro” e “Selva de pedra”. Atuou, ainda, como diretor do programa “Globo de Ouro”, gravado ao vivo.
Na década de 1980, lançou os discos “Locomotiva” (1985) e “Nós andróides” (1986).
Voltou à França em 1989, lançando o CD “Música mestiça”, e realizou turnês pela Europa.
Em 1993, gravou “Guanabara” e, no ano seguinte, “Brazilian Kaleidoscope”.
A partir de 1995, começou a dividir sua atuação artística entre Rio e Paris. Lançou “Novas saudades do Brasil” na França, em 1995, e no Brasil, em 1996.
Gravou, em seguida, “Novas, do Brasil & Guanabara” na França (1996).
Em 1998, lançou, na Europa, seu 19º disco, o CD “Bem Brasil – Ricardo Villas e amigos”, com 14 composições próprias e participação de diversos artistas como Chico Buarque, Lenine, Joyce, Sá & Guarabyra, Wagner Tiso, Nana Caymmi, Zé Ramalho, Ângela Maria, Flávio Venturini, Zé Renato e o francês Didier Sustrac, além de brasileiros radicados na Europa, como Nazaré Pereira, Loalwa Braz (do grupo Kaoma) e o duo Les Étoiles (Rolando & Luís Antônio). Participaram também do disco os antigos companheiros do Momentoquatro: Zé Rodrix, Maurício Maestro e David Tygel. O CD foi gravado no Rio, em São Paulo e em Paris.
Lançou, em 2001, o CD “Mandinga de amor”.
Em 2003, lançou o CD “Feliz” e, no ano seguinte, o CD “Cine Ipanema”.
Em 2007, comemorando 40 anos de carreira, apresentou-se no Teatro Maison de France, no Rio, acompanhado por uma banda formada por Bilinho Teixeira, Eduardo Neves, Beto Cazes, Luisinho Sobral, André Freitas e Gerson Horta. O show teve direção geral de Túlio Feliciano e direção musical de Maurício Maestro, em parceria com o próprio compositor, e contou com a participação das cantoras Joyce e Kay Lyra. Também no palco os companheiros do Momentoquatro Maurício Maestro, Zé Rodrix e David Tygel, em sua primeira atuação pública desde 1969, com os quais cantou suas canções “Glória” (c/ Zé Rodrix), “Novo romântico” (c/ David Tygel), “Flechas envenenadas” (c/ Maurício Maestro) e “Viver”, além de “Três apitos/Minha viola” (Noel Rosa) e “Ponteio” (Edu Lobo e Capinam), canções do repertório do único LP gravado pelo grupo. O show foi gravado ao vivo para registro em DVD.
Em 2008, voltou a morar no Brasil, onde assumiu a direção musical da TV Brasil.
Em 2018, ainda engajado com a política, celebrou 50 anos de carreira com o CD “Canto de Liberdade”, gravado em 2017 através de um crowdfunding. Com 8 canções inéditas e autorais e clássicos da década de 1960, como “Marcha da Quarta Feira de Cinzas”, “Ponteio”, “Opinião”, “A Voz do Morro”, “O Morro não tem Vez”, “Aquele Abraço”, entre outras.
Teca e Ricardo
Teca e Ricardo
Teca e Ricardo
Teca e Ricardo
Teca & Ricardo avec Leonardo Ribeiro
Teca e Ricardo
Teca e Ricardo
Teca e Ricardo
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.