
Instrumentista. Clarinetista. Nascido no Rio Grande do Norte, em fins dos anos 1950 fixou-se no Rio de Janeiro. Irmão do guitarrista, compositor e produtor Paulo Tito. Filho do poeta e compositor Francisco Tito.
Iniciou a carreira artística em sua cidade natal tocando no regional do violonista Duca Nunes. Em 1956, participou de sua primeira gravação tocando clarinete, como integrante do regional de Duca Nunes, que acompanhava a cantora Valdira Medeiros na música “Praieira”, de Eduardo Medeiros e Othoniel Menezes. Chegando ao Rio de Janeiro, foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Considerado um dos artífices da transformação do choro em ritmo dançante. Animador de bailes e festas nas décadas de 1950 e 1960. Lançou seu primeiro disco em 1959, pela Discobrás, o LP “Chorinhos em HI-FI – Renato Tito e Seu Conjunto Teleco-Teco”, com os choros “Petite Fleur”, de Sidney Bechet; “Vivaldo no Choro” e “Espinha de Bacalhau”, de Severino Araújo; “Eu e Você”, de Hamilton; “Compromisso Com a Saudade”, de Billy Blanco; “Idealizando”, com Ka Zinho; “Pudim de Maria”, de Alventino Cavalcanti e Elias Soares; “Sai do Bar”, de Ricardo Galeno e Paulo Tito; “Pezadinho”, de Francisco Tito; “Um Chorinho Diferente”, de Gaúcho; “Louco Por Música”, de Portinho, e “Perigoso”, de Orlando Silveira e Esmeraldino Sales. Em 1960, lançou pelo selo Carroussell um disco em 78 rpm com o samba “Teleco-teco Nº 2”, de Nelsinho e Oldemar Magalhães, e o samba-canção “Marina”, de Rocco Granata. Em 1961, pelo selo Carroussell, gravou o LP “Gingando na Bossa – Renato Tito e Seu Conjunto” com as músicas “Marcianita”, de José Imperatore Marcone e Galvarino Villota Alderete; “Rosas Vermelhas”, de Wilson Batista e Jorge de Castro; “Menina Moça”, de Luis Antônio; “Q Q C F”, de Avarese; “Eu Quero É Sossego”, de K-Ximbinho; “São Todas Iguais”, de Florentino Coelho e Armando Costa; “Teleco-teco Nº 2”, de Nelsinho e Oldemar Magalhães; “Carinho e Amor”, de Tito Madi; “Raimundo Nobre no Choro” e “No Bar do Padilha”, com Nascimento Gomes; “Discotecando”, de Jota Santos, e “Marina”, de Rocco Granata. Contratado pela gravadora Continental em 1962, lançou um 78 rpm com os choros “Chorinho Na Chuva”, de Antônio Soares e Agenor Madureira, e “Guaratiba”, de Antônio Soares e Arnaud P. Gomes. Em 1963, pela Musicolor/Continental, lançou o LP “Renato no Choro”, com os choros “Renato no Choro”, com M. Vitalino; “Sorriso de Criança”, de Armando Nunes e Agenor Madureira; “Guaratiba”, de Antônio Soares e Arnaud P. Gomes; “Caminhando”, de Nelson Cavaquinho e Nourival Bahia; “Choro Sem Consolo”, de Osvaldo Oliveira e Valentim Assis; “Flor Em Botão”, de Raimundo Olavo; “Maluquinho”, de José Menezes; “Infelizmente”, de J. Piedade e Moacir Vieira; “Um Chorinho na Chuva”, de Antônio Soares e Agenor Madureira; “Chorinho no Planalto”, de Nelson Trigueiro e Elpídio Viana; “Saudoso”, de Providência e Moacir Vieira, e “Querência”, de Alcebíades Nogueira. Em 1964, gravou na Continental o LP “Onde Está Mangueira – Renato Tito e Seu Conjunto”. Neste disco, no qual tocou clarinete, seu conjunto era composto por Rubens de Freitas, Violão 7 cordas, Darly Louzada, Violão, Daniel Rangel, Cavaquinho, Idorino Ferreira, Pandeiro, Barão, Bateria e Jorge Marinho, Contrabaixo. Foram interpretadas as músicas “Onde Está Mangueira”, de Nito Canhete; “Serenatando”, de Armando Nunes e José Guimarães; “Rumo ao Norte”, de Ari Monteiro e Garcia Santos; “Lavo Minhas Mãos”, de Paulo Viana e Auri Silveira; “Subindo a Serra”, de Ari Monteiro; “Rio Quatrocentão”, de Julio Ricardo e Sebastião Rodrigues; “Gotas de Lágrimas”, de Luis de Souza e Paulo de Carvalho, e “Plantando o Bem”, de Buco do Pandeiro e Avelar Júnior, além de quatro composições suas: “Angustia de Artista”, com José Amâncio; “Niquinho no Choro”, com Niquinho; “Antônio Peixoto no Choro”, com Avelino Santos, e “Ivaneide”, com Milton Santos. Em 1966, contratado pela gravadora Copacabana lançou o LP “Clarinete Espetacular – Renato Tito e Seu Conjunto” com as músicas “Clarinete Espetacular”, com Zé Amâncio; “Moendo Milho”, de João Silva e Sebastião Rodrigues; “Amoroso”, de Garoto e Luis Bittencourt; “Rodrigues no Choro”, de Avelino Santos e De Castro; “Sugestivo”, de Moacyr Silva; “Serra da Boa Esperança”, de Lamartine Babo; “Um Chorinho Em Realengo”, de Jair Louzada e Darly Louzada; “Amanhecendo Em Copacabana”, de Dilson Dória e João Barone; “Murmurando”, de Fon-Fon e Mário Rossi; “Ivanira”, de De Castro e Milton Santos; “Xavier Não Brinca Em Serviço”, de José Lima e J. C. Souza, e “Chorando Baixinho”, de Abel Ferreira. Costumava dedicar suas composições aos amigos, como foi o caso do choro “Niquinho no choro”. Em 1967, sua gravação para o choro “Rumo ao Norte”, de Ari Monteiro e Garcia Santos, foi incluída no LP “Festival de Sucessos”, da Continental. Em 1972, gravou, pela Tapecar, o LP “Aconteceu… – RenatoTito e Seu Conjunto”, com as músicas “A Flauta do Belarmino”, de Osvaldo Oliveira, D. Figueiroa e Moacir Vieira; “Soraia”, de Moacir Vieira; “Aconteceu”, de Roberto Martins; “Ovo de Codorna”, de Severino Ramos; “Clarinete Romântico”, de Paulo Tito e Rubem Gerardi; “Gabriela”, de Raimundo Evangelista e Anatalicio; “Alguém Pra Me Guiar”, de Paulo Marques e Delmiro Ramos, e mais cinco composições de sua autoria: “Um Domingo Sozinho”, com Moacir Vieira; “Isa”, com J. C. Souza; “Quadrilha do Apéu”, com Geraldo Monteiro, e “Tranca Rua” e “Tudo É Saudade”.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CÂMARA, Leide. Dicionário da Música do Rio Grande do Norte. Editora: Acervo da música potiguar. Rio Grande do Norte, 2001.