
Líder de conjunto. Instrumentista. Saxofonista.
Iniciou a carreira artística no começo da década de 1950. Foi fundador da da Orquestra Marajoara, de Catanduva, na qual atuou de 1951 a 1953. Pouco depois mudou-se para a cidade de São Paulo tocando em bares e boates.Em 1957, decidiu ir morar na cidade de São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo. Logo foi contratado com seu quarteto para fazer algumas apresentações no Jockey Club. Agradou tanto que lhe foi oferecido um contrato de um ano com quatro apresentações semanais: terça, quinta, sábado e domingo. Acabou permanecendo por três anos. Entre 1958 e 1960, foi integrante da Orquestra da Rádio Nacional, de São Paulo, regida pelo maestro Osmar Milani. Em 1960, gravou um compacto duplo pela gravadora Chantecler interpretando com seu quarteto os foxes “Perdido”, de Juan Tizol, Harruy Link e Irving Drake, “Night in Tunisia”, de Dizzy Gisllepie, “You do something to me”, de Cole Porter, e “Swedish Rapsody”, de Charles Wildman. Nesse ano, criou a seu próprio grupo musical, chamado Renato Perez e sua orquestra, que se tornaria a maior orquestra de bailes do interior paulista. Ainda em 1960, gravou o LP “A noite do meu bem – Renato Perez e seu conjunto de danças”, com música título de Dores Duran, além da interpretação de “Cabelos brancos”, de Herivelto Martins e Marino Pinto.
Em 1962, lançou o LP “Renato Perez e seu conjunto” com os sambas “Ideias erradas”, de Dolores Duran e J. Ribamar, “Exaltação à Bahia”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia, “Volta”, de Djalma Ferreira e Luiz Bandeira, “Cabelos brancos”, de Marino Pinto e Herivelto Martins, e “Faceira”, Ary Barroso, os foxes “The Continental”, de Jack Shaindlin, “Moritat “Mack the knife”, de K. Weill e Bertolt Brecht, “Once in a while”, de B. Green e M. Edwards, e “Lullaby of a birdland (Lola)”, de George Shearing e B. Y. Forster, os cha cha chas “Perfídia”, de Alberto Domingues, e “Fascinação”, de Marchetti, e o rock “Baby rock”, de Renato Carosone.
Em 1964, lançou o LP “Samba Toff” com as músicas “Mas Que Nada”, de Jorge Ben Jor, ” Insensatez”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, ” Menina Feia”, de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini, “Samba Jazz”, de Armando de Paula, “Chora Coração”, de Denis Brean e Osvaldo Guilherme, “Samba Toff”, de Orlandivo e Roberto Jorge, “Bolinha de Sabão”, de Orlandivo e Adilson Azevedo, e “Canção de Amor”, de Chocolate e Elano de Paula, além de “Duas Contas”, de Garoto, “Lua de Mel”, de Airton Ávila, “Você Nem Telefona”, de Lauro Miranda, e “Brinquedo de Menino”, de Generoso e Venâncio, faixas que contaram com a participação especial da cantora Helinha Leporacce.
Atuou como sax barítono na orquestra do maestro Enrico Simonetti.
Foi integrante também da Orquestra do maestro Enrico Simonetti, em São Paulo, em 1961, e da Banda Veneno, regida pelo maestro Erlon Chaves, no Rio de Janeiro, da Orquestra Élcio Alvarez, São Paulo, entre 1971 a 1972, e da Orquestra do Maestro Zezinho, em 1982.
Em 1972, foi agraciado como músico do ano no Clube Federal, no Rio de Janeiro. Foi eleito pela Ordem dos mùsicos do Brasil por onze anos consecutivos como o “Melhor sax barítono do Brasil”. Em 1998, a pedido do instrumentista Paulo Moura, fez com o pianista Luis Carlos Ribeiro o show de abertura do Festival Paulo Moura, realizado em Rio Preto, naquela que acabaria sendo sua última apresentação.