
Pianista. Arranjador. Regente. Compositor. Iniciou os estudo musicais com o pai Sebastião de Oliveira. Nascido em São Paulo, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1954.
Começou a carreira artística em 1935, aos 12 anos, como acordeonista clássico. Seguiu excursionando como concertista de acordeon pelo interior paulista até 1946, quando estabeleceu-se em Curitiba, no Paraná, e ingressou na na Radio Guairacá. Em 1948, foi contratado pela Rádio Tupi e mudou-se para São Paulo. Fez parte da equipe de maestros, criou música para os grandes programas da Rádio e regeu a Grande Orquestra Tupi. Em 1950, participou da inauguração da TV no Brasil, e regeu o primeiro programa de música clássica apresentado na TV brasileira. Pouco depois, foi trabalhar na Rádio Bandeirantes, na qual, em 1953, criou música original para a apresentação radioteatral do “Fausto”, de Goethe. Em 1954, foi para o Rio de Janeiro e assumiu o cargo de diretor musical dos Discos Columbia. Em 1957, lançou pela Columbia o LP “Fascinação – Grande Orquestra Sob a Regência de Renato de Oliveira”, com a interpretação das músicas “Fascinação”, de F. D. Marchetti; “Serenata”, de Rimpianto; “Amoureuse”, de Berger; “A lenda do beijo”, de Soutullo e Vert; “Avant de Mourir (Minha oração)”, de G. Boulanger; “Os milhões de arlequim”, de Drigo; “Leda”, de Julio Fonseca, e “Csardas”, de Monti. Em seguida passou a atuar na gravadora Continental e em 1959 lançou por aquela gravadora o LP “Bom mesmo é mú… Sica – Renato de Oliveira e Sua Orquestra” com as músicas “Se eu pudesse”, de Waldir Machado; “Io”, de Domenico Modugno e Migliacci; “Quem é”, dde Osmar Navarro e Oldemar Magalhães; “A felicidade”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes; “A noite do meu bem”, de Dolores Duran; “Tunel do amor”, de P. Fisher e B. Roberts; “Por uma noite ainda”, de Cid Magalhães; “Pistom de gafieira”, de Billy Blanco; “Lacinho cor de rosa”, de M. Grant; “Quero beijar-te as mãos”, de Arcênio de Carvalho e Lourival Faissal, e “Conversa”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Em 1960, lançou pela gravadora Copacabana o LP “Este é o LP – Renato de Oliveira e Sua Orquestra” com 12 músicas com arranjos seus: “Marina”, de R. Granata; “E daí”, de Miguel Gustavo; “Sotter cielo de Roma (On na evening in Roma)”, de Taccani e Bertini; “Catalina”, de B. Kempfert; “Me dá um dinheiro aí”, de Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira; “Fim de caso”, de Dolores Duran; “O vagabundo”, de Victor Simon; “Fechei a porta”, de Sebastião Mota e Ferreira dos Santos; “Chinchilla”, de R. Starr e D. Wolf; “Rebel rouser”, de D. Eddy e L. Hazlewood; “Onde estava eu”, de Victor Freire e Armando Cavalcanti, e “Sombras”, de sua autoria. No começo da década de 1960, passou a fazer parte do cast musical da TV Rio. Em 1963, teve três gravações feitas por ele e sua orquestra: “Catalania”, de B. Kempfert, “Chinchilla”, de R. Starr e D. Wolf, e “Rebel Rouser”, de D. Eddy e L. Hazlewood, incluídas na coletânea “Ritmos para dançar”, da gravadora Copacabana, com diferentes orquestras. Em 1965, lançou o LP “Melodias imortais – Orquestra Entré Sob a Direção de Renato de Oliveira”, pelo selo Entré/CBS, com as músicas “Avant de Mourir”, “A Lenda do Beijo”, “Serenata”, “Fascinação”, “Leda”, “Csardas”, “Amoureuse” e “Os Milhões de Arlequim”. Por essa época passou a fazer parte do grupo de maestros e arranjadores da TV Record. Em 1968, lançou dois LPS, o primeiro pela Continetal se chamou “Made in Brazil – Renato de Oliveira em tempo quente” com o pot-pourri “Segura Esse Samba (Ogunhê)”, de Oswaldo Nunes, “Bafo de Onça”, de Zequinha de Abreu e Duque de Abramonte, “O Teu Cabelo Não Nega”, de Lamartine Babo e Irmãos Valença, e “Cidade Maravilhosa”, de André Filho, além das músicas “Você Passa Eu Acho Graça”, de Carlos Imperial e Ataulfo Alves, “Helena, Helena, Helena”, de Alberto Land, “Marcha da Quarta-feira de Cinzas”, de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra, “Fita Amarela”, de Noel Rosa e Vadico, “Canto Chorado”, de Billy Blanco, “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo, “Bom Tempo”, de Chico Buarque, “Vem Chegando a Madrugada”, de Noel Rosa de Oliveira e Zuzuca, “Zelão”, de Sergio Ricardo, “Toda Colorida”, de Jorge Bem “Jorge Benjor”, “Eu e a Brisa”, de Johnny Alf, “Modinha”, de Sergio Bittencourt, e “Tempo Quente”, de sua autoria. No mesmo ano, lançou pela gravadora Copacabana o LP “O melhor dos Festivais – Renato de Oliveira e Sua Orquestra” com uma seleção de sucessos nos festivais de música popular então em grande sucesso, a saber: “Eu e a Brisa”, de Johnny Alf, “Kubatokuê Mulata”, de Raul Aries Peres e Emílio Vitória Pereira, “Fala Baixinho”, de Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho, “Per Uma Dona”, de M. de Martino, G. Perretta e C. Mantoni, “Margarida”, de Guarabyra, “Roda Viva”, de Chico Buarque, “In Die Liebe Kommt”, de O. Horten, “Uma Dúzia de Rosas”, de Carlos Imperial, “Travessia”, de Milton Nascimento e Fernando Brant, “Celebration”, de Bill Martin e Phil Coulter, “Volta Amanhã”, de Fernando César e Mariah Brito, e “Carolina”, de Chico Buarque. Em 1973, gravou pela Continental o LP “Música à luz da meditação – Grande Orquestra de Cordas – Regência: Renato de Oliveira” com as músicas “My Heart At The Sweet Voice”, de Saint-Saens, “Valsa”, de Brahms, “Prelúdio XXIV”, de J. S. Bach, ” Romance (Op 1 N° 71)”, de Arthur Napoleão, “Prelúdio N° 4”, de Frederic Chopin, e “Canção Indu”, de Rimsky Korsakoff, entre outras. Em 1974, fez arranjos e regência para o LP “Música à Luz da Meditação”, coletânea produzida Julio Nagib com oito temas: “The dream of Olwen”, de Charles Williams, “Chanson triste”, de Tchaikovsky; “Ich liebe dich”, de Grieg, “Aria na 4ª corda”, de Bach, “Elegia”, de Massanet, “Jealous lover”, de Charles William, e “Song of the orchid”, de Georges Melachrino e Jack Bentley, além de uma composição de sua própria autoria, com título em inglês: “End less night”. Em 1974, a composição ” Endless Night “, de sua autoria, gravada com a Grande Orquestra de Cordas de Renato de Oliveira, fez parte da trilha sonora da novela “Ídolo de pano”, da Rede Tupi em LP da gravadora Continental. Em 1975, pelo selo Tropicana/CBS, lançou o LP “Amoureuse – Grande Orquestra Sob a Regência de Renato de Oliveira”, com as músicas “Serenata (Rimpianto)”, de Toselli, “Amoureuse”, de Berger, ” Os Milhões de Arlequim”, de Drigo, e “Leda”, de Julio Fonseca, entre outras. Em 1979, fez arranjos e regências para o LP “Criança feliz”, lançado pela dupla Tonico e Tinoco pela Continental discos. Trabalhou nas gravadoras Mocambo, RGE, Copacabana, Phillips e Continental, sendo que nesta última atuou como maestro e coordenador de repertório. Ao longo da carreira acompanhou gravações de artistas como Cauby Peixoto, Angela Maria, Paulo Moura, Dóris Monteiro, Lana Bitencourt, Julie Joy, Erlon Chaves, Agnaldo Rayol, Silvio Caldas, Elis Regina, Ellen de Lima, Agostinho dos Santos, Alcides Gerardi, Noite Ilustrada, Carlos Nobre, Francisco Egídio, Jamelão, Trio Marayá, Morgana, Moacyr Franco, Isaurinha Garcia, entre outros.