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Nome Artístico
Radamés Gnattali
Nome verdadeiro
Radamés Gnattali
Data de nascimento
27/1/1906
Local de nascimento
Porto Alegre, RS
Data de morte
13/2/1988
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Arranjador. Regente. Pianista.

Filho primogênito de uma pianista gaúcha descendente de italianos, Adélia Fossati Gnattali, e de um imigrante italiano radicado em Porto Alegre, Alessandro Gnattali. O pai, marceneiro de profissão, era um apaixonado pela música, principalmente pela ópera e, logo depois que chegou ao Brasil, começou a tomar aulas com César Fossati, chegando, anos depois a se tornar músico profissional, tocando fagote e, posteriormente, passando a regente.

Foi no convívio com a família Fossati que conheceu Adélia. Os nomes dos três primeiros filhos do casal: Radamés, Aída e Ernâni, personagens de óperas de Verdi, demonstram a paixão que ambos nutriam pela ópera, fato que se refletiria na decisão dos filhos em seguir a carreira de músicos. Anos depois o casal ainda completaria a família com mais dois filhos: Alexandre e Teresinha. A própria mãe, Dona Adélia, pressentindo o interesse do pequeno Radamés intuiu: “Vai ser músico!”.

Começou a aprender piano ainda menino, com a mãe, Dona Adélia. Ao mesmo tempo iniciou-se nos estudos do violino com a prima Olga Fossati. Aos nove anos foi condecorado com uma medalha pelo cônsul da Itália, na Sociedade dos Italianos, por sua atuação como regente de uma pequena orquestra infantil, que tocou arranjos feitos por ele. Em “Radamés Gnattali: o eterno experimentador”, biografia escrita por Valdinha Barbosa e Anne Marie Devos, pode-se conhecer esse fato nas palavras do próprio Radamés: “Apareceu lá uma ‘trupezinha’. Um teatro mambembe. Tinha um pianinho, um violino, uns cinco ou seis instrumentos. E eu fiz os arranjozinhos, e dirigi a orquestra. Dirigi nada… Palhaçada.”

Aos 14 anos, entrou para o Conservatório de Porto Alegre para estudar piano, ingressando já no 5º ano. Aprimorou-se também no violino, estudando ao mesmo tempo solfejo e teoria musical. Nessa época, já freqüentava blocos de carnaval e grupos de seresteiros boêmios. Nessas ocasiões, já que não podia levar o piano, passou a tocar violão e cavaquinho. Até se formar no conservatório, estudava para ser concertista, como aluno do professor Guilherme Fontainha e tocava com a Jazz Band Colombo, fazendo as trilhas dos filmes mudos exibidos no Cine Colombo. Também tocava em bailes para ganhar um pouco mais de dinheiro.

Em 1923, terminou com mérito o 8º ano do curso de piano e logo foi levado por seu mestre ao Rio de Janeiro, para um recital. Vários jornais destacaram sua “triunfal atuação”, segundo as palavras de seu mestre Guilherme Fontainha. Retornando à cidade de Porto Alegre, concluiu com medalha de ouro o curso de piano no Instituto de Belas-Artes de Porto Alegre. Na ocasião dessa sua primeira estada no Rio de Janeiro, ficou conhecendo o compositor Ernesto Nazareth, que costumava ouvir do lado de fora do cinema Odeon. Ainda em 1924, conheceu Vera, uma estudante de piano, com quem se casou em 1932 e viveu por 33 anos, até 1965, quando ficou viúvo. Com ela teve seus dois filhos: Roberta, que se tornou psicanalista, e Alexandre, formado em odontologia e que se dedicou à filosofia ioga.

Em 1942, faleceu seu pai, Alessandro, e em 1954, sua mãe, Dona Adélia. Em 1966, passou a viver com Nelly Martins, ex-atriz da Rádio Nacional, cantora e pianista que, abandonando a carreira artística, acabou se formando em medicina. Em 1986, sofreu um derrame, fato que o obrigou a um longo tratamento para voltar a tocar. Em 1987, faleceu vítima de um segundo derrame. Foi membro da Academia Brasileira de Música e da Academia de Música Popular Brasileira.

Dados artísticos

Em 1924, quando de sua aporesentação no Instituto Nacional de Música do Rio assim foi saudado pelo Jornal do Brasil: “Um pianista que dignifica a arte e honra o seu professor, o maestro Fontainha, diretor do Conservatório de Música de Porto Alegre. Em 1925, foi convidado pela Sociedade Paulistana, que tinha o escritor Mário de Andrade como vive-presidente, a realizar um recital no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Depois do concerto retornou à Porto Alegre, onde passou a lecionar piano. Nesse período, criou com os irmãos Alexandre e Ernani e um amigo violoncelista o Quarteto Henrique Oswald, no qual trocou o violino pela viola. Com esse quarteto fez apresentações nas cidades de Porto Alegre, Caxias e São Leopoldo tocando peças de músicos clássicos. A experiência com o quarteto foi fundamental para sua futura carreira como orquestrador. Em 1929, foi convidado pelo professor Fontainha  a se apresentar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro tocando pela primeira vez com acompanhamento de orquestra no “Concerto em si bemol maior”, de Tchaikovski, tendo recebido grandes elogios da crítica carioca. Por essa época, já radicado no Rio de Janeiro, encontrava-se em dificuldades financeiras quando recebeu o convite para atrabalhar no Cassino das Fontes, na cidade mineira de Lambari, substituindo o pianista Mário Martins. Nessa ocasião, conheceu o baterista Luciano Perrone, com quem construiria uma sólida amizade por toda a vida e que se tornaria um de seus músicos prediletos. De volta ao Rio de Janeiro, trabalhou como pianista no Teatro Lírico e, foi convidado a tocar viola numa companhia russa de ópera com a qual viajou para São Paulo. Na capital paulista, tocou o “Concerto em si bemol maior”, de Tchaikovski, numa rádio e, foi convidado pelo maestro da companhia russa a ser assistente dele, excursionando até a Argentina.
Em 1930, de retorno ao Brasil, passou a atuar como pianista na Rádio Clube do Brasil, ao mesmo tempo em que atuava como pianista, violista, como assistente de maestro. Nunca ficou sem trabalho, apesar da crise de emprego provocada pelo advento do cinema sonoro no Brasil. Nessa época passou a ver a área da música popular como um bom espaço para garantir sua sobrevivência. Nesse ano, estreou como compositor apresentando no Teatro São Pedro, em Porto Alegre, o “Prelúdio nº 2 (Paisagem)” e o “Prelúdio nº 3 (Cigarra)”. Também no mesmo ano, apresentou-se em novo recital apresentando suas composições “Ponteio – roda e samba” e “Rapsódia brasileira”. Em 1931, teve apresentada na sala Beethoven, de Porto Alegre, a “Noite brasileira de Radamés Gnattali e Luiz Cosme”. Sua obra já chamava a atenção da crítica. O jornalista Ângelo Guido, sobre ele escreveu no Diário de Notícias: “Radamés, como muitos belos espíritos da nova geração de músicos brasileiros, entre eles Villa-Lobos, aspira a fazer música nossa, em que sejam aproveitados os nossos ritmos típicos, originalíssimos, de nossa música folclórica, que é aquela que fala à alma de nossa gente”. Nesse mesmo ano, mudou-se definitivamente para o Rio de Janeiro afim de preparar-se para o concurso de “lente catedrático” do Instituto Nacional de Música, tendo estudado harmonia com Agnelo França. O concurso acabou não se realizando, apesar da promessa feita pelo então presidente Vargas, o que acabou mudando os rumos de sua carreira. O próprio compositor declararia um dia: “Getúlio mudou minha vida…” Foi escolhido como a revelação do 4º Concerto da Série Oficial de 1931, do Instituto Nacional de Música quando foram apresentadas suas obras “Suíte para piano”, “Rapsódia brasileira” e “Pequena suíte para quarteto de arco e piano”.
Em 1932, apresentou seu último concerto como pianista clássico no Teatro Municipal sob a regência do maestro Francisco Braga. Teve também sua “Raposódia brasileira” interpretada pela primeira vez por outro instrumentista que não ele, a pianista Dora Bevilacqua. Começou nesse ano a dedicar-se a música popular passando a tocar nas orquestras de Romeu Silva e Simon Bountman tocando em bailes de carnaval, rádios, gravações de discos e em operetas. Começou também a chamar a atenção como arranjador. Ainda no mesmo ano,escreveu a música e regeu a orquestra na opereta “Marquesa de Santos”, de Luís Peixoto e Batista Júnior. Fez também, com Jaime Ovale, a música para a opereta  “Os sertões”. Suas idéias revolucionárias logo chegaram aos discos. Ainda em 1932 começou a atuar como pianista das Orquestras Típica Victor, Diabos do Céu e Guarda Velha. Como na época não se aceitava músico erudito fazendo música popular, passou a utilizar o pseudônimo de Vero, o masculino de Vera, nome de sua mulher.
Em 1933, teve gravadas suas valsas “Vibrações dalma” e “Saudosa” pela Orquestra Típica Victor na qual atuou como pianista além de fazer arranjos e posteriormente passar a regente. Em 1934, seu choro “Serenata do Joá” e sua valsa “Vilma” foram gravadas por Luiz Americano na Odeon. Nesse ano, passou a ser o orquestrador da gravadora Victor e dois anos depois participou da inauguração da Rádio Nacional. Nesta emissora, Radamés atuou como pianista, solista, maestro, compositor, arranjador, usando toda a sua experiência no trato com a música popular. Permaneceu na Rádio Nacional por 30 anos e criou arranjos emblemáticos para vários sucessos da música popular brasileira. Em 1935, voltou a ter músicas gravadas pela Orquestra Típica Victor, a valsa “Berenice”; a polca-choro “Estilo de vida” e os choros “Tristonho”; “Saudoso” e “Dengoso”. Fez também o arranjo para a moda popular “Prenda minha” gravada por Almirante e Paulo Tapajós. Teve gravadas pela Orquestra Típica Victor em 1936 as valsas “Às duas da manhã”; “Primavera de amor” e “Zeli”, e o choro “Amoroso”. Nesse ano, foi contratado pela Rádio Nacional onde formou juntamente com o violonista Iberê Gomes Grosso e o violonista Romeu Ghipsman o Trio Carioca, no qual tocava piano. Esse trio atuou em diversos programas na Rádio Nacional, além de suprir eventuais faltas na programação, numa época em que os programas não tinham roteiro.
Gravou com o Trio Carioca, em 1937, seus choros “Recordando” e “Cabuloso”. No memo ano, fez os arranjos para a valsa “Lábios que Beijei”, de J. Cascata e Leonel Azevedo, gravado por Orlando Silva  com grande sucesso na Victor. Em 1938, teve a valsa “Súplica de amor”, parceria com Luiz Peixoto, gravada na Odeon por Nuno Roland. Nesse ano, começou a inovar nas orquestrações da Rádio Nacional ao colocar o ritmo na orquestra pois lá não havai ritmistas suficientes. A idéia, dada pelo baterista Luciano Perrone, foi posta em prática pela primeira vez na audição da música “Ritmo de samba na cidade”, de Luciano Perrone, assim anunciado por um jornal carioca: “A orquestra carioca, sob a direção de Radamés, apresentará “Ritmo de samba na cidade”, tema de Luciano Perrone, estilizado por Radamés Gnattali. Orquestração nova e nova utilização de compassos melódicos nativos, essa forma musical inédita será o mais lindo presente de Ano Novo da Nacional e seus ouvintes…”. Seu arranjo para a marchinha “A Jardineira”, de Benedito Lacerda, gravada por Orlando Silva na Victor inaugurou a utilização de três saxofones e flauta, fato inédito até então.
Em 1939, teve o choro “Alma brasileira” e a batucada “Eu hei de ver você chorar”, esta com vocal de Nuno Roland, gravadas pela Orquestra Odeon. Nesse ano, foi escolhido como um dos representantes brasileiros na Feira Mundial, de Nova York. Depois dessa feira, sua “Rapsódia brasileira” foi interpretada pela Orquestra da Rádio de Berlim. Ainda nesse ano, regeu as orquestras das rádios Mayrink Veiga e Nacional durante o espetáculo “Joujoux e balangandãs” apresentado no Teatro Municipal, e no qual foi tocada sua famosa orquestração para o samba-exaltação “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, “num arranjo onde os metais e as palhetas apresentavam nova função”, segundo as pesquisadora Valdinha Barbosa e Anne Marie Devos. Com esse arranjo, “Aquarela do Brasil” foi gravada no mesmo ano por Francisco Alves.  O tratamento dado à introdução incorporou-se de tal maneira à música de Ary Barroso, que é impossível dissociá-la da música. Esse arranjo é ainda hoje sucesso nacional e internacional. Outros arranjos importantes foram os realizados para: “Carinhoso” e “Rosa”, de Pixinguinha, e “Meu consolo é você”, de Nássara e Roberto Martins, ambos gravados por Orlando Silva. Nesse período destacou-se com seu trabalho de pesquisa feito para o programa “Instantâneos sonoros do Brasil” apresentado na Rádio Nacional no qual mostrava motivos folclóricos por ele pesquisados. Em 1940, fez com Augusto Meyer a canção “Gaita” gravada por Cristina Maristany na Odeon. Em 1941, o programa “Instantâneos sonoros do Brasil” passou a ser apresentado na Argentina dentro do programa “Hora do Brasil”. Foi convidado a organizar em Buenos Aires uma orquestra com as mesmas características daquela organizada por ele na Rádio Nacional. Na ocasião foi homenageado com alguns concertos como os da Associação Sinfônica de Rosário e o do Instituto Argentino de Cultura Integral, de Buenos Aires. Nesse mesmo ano, recebeu o prêmio Roquete Pinto por seu trabalho no Rádio brasileiro.
Em 1943, teve a valsa “Teus olhos…água parada” gravada por Moacir Bueno Rocha na Columbia; o choro “Tristonho” e a valsa “Entardecer”, gravadas pela Orquestra Victor Brasileira, na Victor, e os choros “Remexendo” e “Assim é melhor”, gravados pelo Quarteto de saxofones”, na Continental. Nesse ano,  criou a Orquestra Brasileira de Radamés Gnattali, que tocava seus arranjos no programa “Um Milhão de Melodias”, dando um colorido brasileiro aos sucessos estrangeiros. Para isso, passou a usar os instrumentos da orquestra de forma percussiva, conseguindo efeitos até então inéditos. O programa foi também o primeiro a prestar homenagens a compositores como Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga e Zequinha de Abreu. Para esse programa, uma espécie de parada musical, que apresentava composições de várias partes do mundo, fazia nove arranjos por semana. Esse programa ficou treze anos no ar e nele novamente revolucionou a orquestração e a formação da orquestra tornando-a mais brasileira, substituindo a base de jazz americano que até então prevalecia, com piano, baixo, bateria e guitarra, pela utilização de dois violões, com Garoto e Bola Sete; cavaquinho, com Zé Menezes; bateria e percussão, com Luciano Perrone; contrabaixo com Vidal; pandeiro com João da Bahiana; caixeta e prato com faca com Heitor dos Prazeres e o ganzá, com Bide. Enquanto atuou no rádio não deixou de lado as carreiras de pianista, concertista e compositor. Compôs concertos e peças sinfônicas executados ao redor do mundo.
Em 1945, seus choros “Mulata Risoleta” e “Olhe bem pra mim”, com Alberto Ribeiro, foram gravados na Continental por Nuno Roland. No ano seguinte, teve os choros “Saltitante” e “Sofisticada” gravados pela orquestra Rio Serenaders, na Continental. Em 1948, gravou ao piano, pela Continental, os sambas “A saudade mata a gente”, de João de Barro e Antônio Almeida e “Copacabana” e “Fim de semana em Paquetá”, de João de Barro e Alberto Ribeiro.
Em 1949, seu samba-canção “Fim de tarde” e seu choro “Remexendo” foram gravados pelo Quarteto Continental, formado por ele nesse ano na gravadora Continental e no qual tocava piano, José Menezes, guitarra; Vidal, no contra-baixo e Luciano Perrone na bateria. No mesmo ano, gravou ao piano os sambas “Barqueiro do São Francisco”, de Alcir Pires Vermelho e Alberto Ribeiro; “Um cantinho e você”, de José Maria de Abreu e Jair Amorim, e “Isso é Brasil”, de José Maria de Abreu e Luiz Peixoto, além do choro “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro. Gravou também, ao piano, com Zé Bodega no sax-tenor,  o choro “Bate papo” e a valsa “Caminho da saudade”, de sua autoria.
Em 1950, gravou com o pseudônimo de Vero e seu ritmo os choros “Tocantins”, de José Rabelo da Silva e “Onde estás?”, de Dermeval Netto, e as valas “Madrigal” e Terna”, de Aurélio Cavalcanti. Em 1951, teve o samba-choro “Salamaleque” e o choro “Na gafieira”, ambos em parceria com Valdemar de Abreu, o Dunga, gravados pelo Quinteto Todamérica. No mesmo ano, fez a trilha sonora do filme “Sai da frente”, dirigido por Abílio Pereira e estrelado por Mazaropi.
Em 1952, gravou ao piano o mambo “Mambolero”, de sua autoria e José Menezes, e o fox-trot “Improviso”, um arranjo seu sobre motivo de Chopin. Em 1953, gravou com sua orquestra, de sua autoria e Laurindo Rabelo, a “Fantasia brasileira” e o samba-baião “Rapsódia brasileira”. No mesmo ano, gravou ao piano uma série de oito obras de Ernesto Nazareth, os tangos “Odeon”; “Tenebroso” e “Fon-Fon”; as polcas-choro “Ameno Resedá” e “Apanhei-te cavaquinho”; as valsas ” Expansiva” e “Confidências” e a toada-característica “Batuque”. Também em 1953, gravou mais quatro disco com sua orquestra, registrando o choro “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro; os sambas-canção “No rancho fundo”, de Ary Barroso e Lamartine Babo, e “Linda flor”, de Henrique Vogeler; as canções “Casinha pequenina”, de domínio público; “Guacira”, de Hekel Tavares e Joracy Camargo, e “Luar de Paquetá”, de Freire Júnior e Hermes Fontes, e o tango “Despertar da montanha” e a valsa “Nuvens”, de Eduardo Souto.
Em 1954, gravou com sua orquestra a “Valsa de Melba”, de M. Spolianky e N. Mewll e o samba-canção “Através da vidraça”, de sua autoria e Di Veras. Nesse ano, teve o choro “De mansinho” gravado na Sinter por Luiz Bittencourt; a valsa “Um baile em Santa Cruz” e o dobrado “Dragão do Rio Pardo”, ambas com Chiquinho do Acordeom, gravadas por Chiquinho do Acordeom e sua banda, na Continental, e o samba “Através da vidraça”, lançado por Orlando Correia na Todamérica. Em 1955, fez os arranjos para o samba “Minueto no morro”, de Padarewkky gravado por Gentil Guedes e sua orquestra na Continental. Nesse ano, gravou na Sinter, ao piano, os sambas “Ai que saudades da Amélia”, de Ataulfo Alves e Mário Lago; “Cai, cai”, de Roberto Martins e Nássra; “Mundo de zinco”, de Wilson Batista, e “Estão batendo”, de Gadé e Valfrido Silva; a valsa “Vaidosa”, de sua autoria e, o maxixe “Rio antigo”, de Altamiro Carrilho. Também no mesmo ano, teve gravada por Elizeth Cardoso, no LP “Canções à meia-noite”, sua canção “Pra que me iludir?”, com Norival Reis.
Em 1956, gravou ao piano, com Luciano Perrone na bateria e Vidal no contrabaixo, os sambas “Faceira”, de Ary Barroso, e “Bate papo a três vozes”, de sua autoria. Lançou também o LP “Suíte popular brasileira para violão e piano – Radamés Gnattali e Lurindo de Almeida”, no qual interpretou ao piano, com Laurindo de Almeida ao violão, as músicas “Invocação a Xangô”; “Toada”; “Choro”; “Samba canção”; “Baião” e “Marcha”, todas de sua autoria. Nesse ano, escreveu  uma de suas composições mais famosas, a suíte “Retratos”, para orquestra e solista de bandolim, especialmente para seu amigo Jacob do Bandolim e gravado por ele oito anos mais tarde. Ainda em 1956, foi escolhido em votação realizada pela equipe de redatores e repórteres da revista Radiolândia como “O melhor arranjador do ano”.  Também em 1956, regeu sua orquestra na gravação do LP “Lamento negro” lançado pelo cantor negro Nelson Ferraz e que se tornaria um marco com a interpretação dos sambas “Terra seca”, de Ary Barroso; “Algodão”, de Custódio Mesquita e David Nasser, e  “Navio negreiro”, de Alcyr Pires Vermelho, Sá Roris e J. Piedade; as canções “Leilão”, de Hekel Tavares e Joraci Camargo, “Banzo”, de Hekel Tavares e Murilo Araújo; o canto de alufá “Funeral dum Rei Nagô”, de Hekel Tavares e  e Murilo Araújo; o batuque “Lamento negro”, de Humberto Porto e Constantino Silva, o Secundino, e o samba-canção “Preto velho”, de Custódio Mesquita e Jorge Faraj.
Gravou com sua orquestra em 1957 as valsas “Clube XV”, de Oscar Ferreira e “Saudades de Ouro Preto”, de domínio público. Nesse ano, lançou o LP “Valsas da minha terra”, no qual interpretou valsas clássicas como “Minha valsa” e “Branca”, de Zequinha de Abreu; “Abismo de rosas”, de Américo Jacomino; “Rapaziada do Brás”, de Alberto Marino; “Saudades do Matão”, de Jorge Galati e Raul Torres; “Velho realejo”, de Sady Cabral e Custódio Mesquita; “Deusa da minha rua”, de Jorge Faraj e Newton Teixeira e, “Alma dos violinos”, de Lamartine Babo e Alcyr Pires Vermelho. Também em 1957, fez os arranjos para as músicas “Chove lá fora” e “Gauchinha bem querer”, ambas de Tito Madi que deram ao cantor uma Medalha de Ouro, dada pelo então presidente da República Jucelino Kubischek. Recebeu também o “Disco de ouro” pela vendagem do disco. Ainda no mesmo ano, foi escolhido pela equipe de redatores e repórteres da revista “Radiolândia” como o melhor arranjador do ano.
Lançou em 1958, o LP “Radamés e a bossa eterna” no qual interpretou doze obras de sua autoria sendo dez delas compostas apenas por ele: “Papo de anjo”; “Puxa puxa”; “Bolacha queimada”; “Pé de moleque”; “Zanzando em Copacabana”; “Gatinhos no piano”; “Vou andar por aí”; “Cheio de malícia”; “Escrevendo para você” e “Seu Ataulfo”, além de “Amargura”, com Alberto Ribeiro, e “De amor em amor”, com Silva Costa.
Em 1960, ampliou o Quarteto Continental transformando-o em Sexteto Continental, formado então por ele e Aída Gnattali ao piano, Chiquinho do Acordeom, Zé Menezes na guitarra, Pedro Vidal Ramos no baixo e Luciano Perrone na percussão. Com esse grupo viajou para a Europa integrando a II Caravana Oficial da Música Popular Brasileira com apresentações em Portugal, nas cidades de Lisboa, Coimbra e Porto, além de apresentações na França, no Teatro Sarah Bernhardt, e ainda na Alemanha, na Itália e na Inglaterra. Ainda nesse ano, lançou o LP “3ª Caravana – Radamés na Europa com seu sexteto e Edu”, gravado com o instrumentista Edu da Gaita, com obras como “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso; “Capricho nortista”, com um pot-purri das obras “Baião”; “Asa branca”; “No meu pé de serra”; “Mangaratiba”; “Juazeiro” e “Siridó”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira; “A felicidade”, de Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim; “O apito no samba”, de Luiz Bandeira e Luiz Antonio; “Batuque”, de Edu da Gaita, e “Baião da garoa”, de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil.
Lançou em 1963 o LP “Segredo para dois”, com um repertório de músicas românticas como “Samba de uma nota só”, de Newton Mendonça e Tom Jobim; “Saudade querida”, de Tito Madi; “Ser só” e “Segredo para dois”, de Fernando César e Ted Moreno; “Céu e mar”, de Johnny Alf; “Pior pra você”, de Almeida Rêgo e Evaldo Gouveia, e “O amor e a rosa”, de Pernambuco e Antônio Maria. Em 1964, gravou com Jacob do Bandolim o LP “Retratos – Jacob e seu bandolim com Radamés GnattaliI e orquestra” para o qual compôs a série “Retratos” homenageando os compositores Pixinguinha, Ernesto Nazareth; Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga, além de obras como “Uma rosa para Pixinguinha” e “Moto contínuo”. No mesmo ano, viajou para a Europa em companhia de Iberê Gomes Grosso para aprersentações em duo de piano e violoncelo com apresentações em Berlim e Roma e, posteriormente, em Jerusalém e Tel-Aviv, em Israel. Foi contratado pela TV Globo, onde trabalhou durante 11 anos como arranjador, compositor e regente.
Em 1968, participou com sua orquestra do famoso espetáculo “Pixinguinha 70” realizado no Teatro Municipal em homenagem aos 70 anos de Pixinguinha. Na ocasião, interpretou com sua orquestra as músicas “Uma rosa para Pixinguinha”, de sua autoria, “Rosa”, de Pixinguinha e Otávio de Souza e “Marreco quer água”, de Pixinguinha e, com sua orquestra e Jacob do Bandolim, as músicas “Pixinguinha”, de sua autoria e “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro. O concerto foi gravado ao vivo pelo MIS e lançado em LP pelo diretor de então, Ricardo Cravo Albin ao final daquele mesmo ano.
Foi peça fundamental no movimento de redescoberta do choro ocorrido na década de 1970, atuando como incentivador e mestre de jovens instrumentistas como Raphael Rabello, Joel Nascimento, Maurício Carrilho, a Camerata Carioca, e estimulando releituras de Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e outros mestres do choro. Em 1975, na série “Depoimentos VOL. 2”, da Odeon, apareceu com seu sexteto interpretando obras clássicas como “Um a zero”, de Benedito Lacerda e Pixinguinha; “Cochichando”, de Alberto Ribeiro, Pixinguinha e João de Barro; “Urubu malandro”, de Louro e João de Barro; “Sofres porque queres”, de Benedito Lacerda e Pixinguinha, e “Por um beijo (Terna saudade)”, de Anacleto de Medeiros e Catullo da Paixão Cearense, além de “Meu amigo Tom Jobim”, uma homenagem sua ao maestro Antônio Carlos Jobim. Em 1976, a Som Livre lançou o LP “Radamés Gnattali”, com nove obras de sua autoria, as músicas “Maria Jesus dos Anjos”; “Bate-papo”; “Sonatina coreografia”; “Marcha”; “Samba-canção”; “Valsa”; “Baião” e “Caminho da saudade”.
Em 1979, fez os arranjos sinfônicos para dez músicas de Noel Rosa gravadas no LP “A grande música de Noel Rosa – Série a grande música do Brasil – arranjo sinfônico Radamés Gnattali – Piano: Arthur Moreira Lima”, entre as quais, “Último desejo”; “Três apitos”; “Fita amarela” e “Silêncio de um minuto”. No mesmo ano, lançou com a Camerata Carioca um LP em homenagem a Jacob do Bandolim. Nesse disco foram interpretadas sua suíte “Retratos”, em 4 movimentos e “Conversa mole [Jacobeana]”, composta em homenagem a Jacob do Bandolim, além das obras “Gostosinho”; “Doce de coco”; “Vôo da mosca”; “Noites cariocas” e “Vibrações”, todas de Jacob do Bandolim.
Em 1982, gravou ao piano, com Raphael Rabelo ao violão, um LP em tributo ao violonista Garoto que incluiu as obras “Desvairada”; “Gente humilde”; “Enigmático”; “Nosso choro” e “Duas contas”, todas de Garoto, além de “Concertino para Violão e Piano”, uma redução do Concertino nº 2 para Violão e Orquestra; “Allegro moderato”; “Adágio (Saudoso)” e “Presto (Com espírito)”, todas de sua autoria. Em 1983, recebeu o Prêmio Shell na categoria música erudita, concedido por unanimidade, ocasião em que foi homenageado com um concerto no Teatro Municipal, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, do Duo Assad e da Camerata Carioca. Dois anos depois, lançou novo disco no qual interpretou nove clássicos do cancioneiro popular: “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro; “Ponteio”, de Capinan e Edu Lobo; “Preciso aprender a ser só”, de Paulo Sergio Valle e Marcos Valle; “Corcovado”, de Tom Jobim; “Chovendo na roseira”, de Tom Jobim; “Manhã de carnaval”, de Antônio Maria e Luiz Bonfá; “Cochicho”, de Pixinguinha; “Do lago à cachoeira”, de Sergio Ricardo, e “Nova ilusão”, de José Menezes e Luiz Bittencourt. Em 1985, lançou LP pela Funarte interpretando obras de sua autoria em que homenageou três músicos brasileiros e por eles foi homenageado, Tom Jobim, Capiba e Paulinho da Viola, nas músicas “Meu amigo Radamés”, de Tom Jobim; “Meu amigo Tom Jobim”, de sua autoria; “Sarau para Radamés”, de Paulinho da Viola; “Obrigado, Paulinho”, de sua autoria; “Capibaribe”, de sua autoria, e “Um choro para Radamés”, de Capiba.
Em 1990, dois anos após sua morte, o selo Kuarup lançou o LP “Radamés Gnattali e a música popular”, que incluiu obras como “Remexendo”; “Maneirando”; “Amargura”; “Negaceando” e “Concerto para acordeon, tamboras e cordas”, todas de sua autoria. Um ano depois, a mesma gravadora lançou o disco “Radamés Gnattali/ Waldemar Henrique – 80 anos de música brasileira”, homenageando os dois músicos. Nesse disco, foram gravadas suas obras “Concerto para bandolim e cordas (Dedicado a Joel Nascimento) e “Suíte antiga para cordas (Dedicado a Orquestra de Cordas de Blumenau): Abertura.
Em 2002, foi o grande homenageado na finalíssima do Festival de Choro “Chorando no Rio” promovido pelo MIS, transmitido para todo o Brasil pela TV-E e apresentado por R. C. Albin na Sala Cecília Meirelles, Rio, quando sua suíte “Retratos” foi apresentada.
Um dos músicos brasileiros que  transcendeu preconceitos e o tradicional distanciamento entre a música dita erudita e a música popular. Sua participação nas duas áreas o colocam como uma figura emblemática da música brasileira como um todo. Em 2006, por ocasião das comemorações do centenário de seu nascimento, foi homenageado com a  apresentação do seu Concerto Para Piano e orquestra com a Orquestra Petrobrás Sinfônica em espetáculo que foi gravado e convertido em CD lançado no mesmo ano em album duplo. No mesmo ano, foi lançado o álbum “100 anos de Radamés Gnattali” com a gravação da obra integral para violoncelo e piano composta pelo artista e executada pelo violoncelista inglês David Chew, músico da Orquestra Sinfônica Brasileira, e pela pianista carioca Fernanda Canaud. Em 2010, foi homenageado na coletânea “Chorinho do Brasil (Vo. 2)”, que lhe dedicou um CD inteiro intitulado “Radamés Gnattali – O modernizador do choro”. O CD em 13 faixas apresenta o maestro como compositor e intérprete à frente de seu sexteto. Segundo reportagem do jornal O Globo, o CD “… Oferece um painel da obra e da atuação do pianista, compositor, arranjador e maestro gaúcho, que ao chegar ao Rio, nos anos 20, incorporou a música popular à sua formação clássica”.

Discografias
1991 Kuarup LP Radamés Gnattali/ Waldemar Henrique - 80 anos de música brasileira
1990 Kuarup LP Radamés Gnattali e a música popular
1985 Funarte LP Radamés Gnattali
1984 Libertas LP Radamés Gnattali
1983 LP Uma Rosa Para Pixinguinha-Elizeth Cardoso, Radamés Gnattali e Camerata Carioca
1982 Funarte LP Tributo a Garoto - Radamés Gnattali (Piano) e Raphael Rabello (Violão 7)
1982 LP Vivaldi & Pixinguinha-Radamés Gnattali (Piano/Cravo) e Camerata Carioca
1979 Copacabana LP A grande música de Noel Rosa - Série a grande música do Brasil - arranjo sinfônico Radamés Gnattali - Piano: Arthur Moreira Lima
1979 Atlantic/WEA LP Tributo a Jacob do Bandolim - Radamés Gnattali e Camerata Carioca
1976 Som Livre LP Radamés Gnattali
1975 Odeon LP Série Depoimento Vol. 2-Radamés Gnattali Sexteto
1968 LP Pixinguinha 70
1968 LP Villa-Lobos/Radamés Gnattali-Itiberê Gomes Grosso
1964 CBS LP Retratos - Jacob e seu bandolim com Radamés GnattaliI e orquestra
1963 Continental LP Segredo para dois
1960 EMI Music LP 3ª Caravana - Radamés na Europa com seu sexteto e Edu
1959 LP Dois Concertos De Radamés Gnattali-Orquestra Sinfônica Brasileira-

(Regência:Radamés Gnattali)

1958 Continental LP Radamés e a bossa eterna
1957 Continental 78 Clube XV/Saudades de Ouro Preto

(Com sua orquestra)

1957 Continental 78 Laura/Baião campana

(Vero e seu ritmo)

1957 Continental 78 Samba brilhante/Eu tenho ritmo

(Vero e seu ritmo)

1957 Continental LP Valsas Da Minha Terra
1956 Continental 78 Faceira/Bate papo a três vozes

(Com Luciano Perrone e Vidal)

1956 Continental LP Suíte popular brasileira para violão e piano - Radamés Gnattali e Lurindo de Almeida
1955 Sinter 78 Ai que saudades da Amélia/Vaidosa
1955 Sinter 78 Cai, cai/Mundo de zinco/Estão batendo/Rio antigo
1954 Continental LP Ernesto Nazareth
1954 Continental LP Jóias Musicais Brasileiras
1954 Continental 78 Valsa de Melba/Através da vidraça

(Com sua orquestra)

1953 Continental 78 Carinhoso/No rancho fundo

(Com sua orquestra)

1953 Continental 78 Casinha pequenina/Guacira

(Com sua orquestra)

1953 Continental 78 Confidências/Batuque
1953 Continental 78 Despertar da montanha/Nuvens

(Com sua orquestra)

1953 Continental 78 Expansiva/Tenebroso
1953 Continental 78 Fantasia brasileira/Rapsódia brasileira

(Com sua orquestra)

1953 Continental 78 Fon-Fon/Apanhei-te cavaquinho
1953 Continental 78 Luar de Paquetá/Linda flor

(Com sua orquestra)

1953 Continental 78 Odeon/Ameno Resedá
1952 Continental 78 Mambolero/Improviso
1950 Continental 78 Onde estás?/Tema

(Vero e seu ritmo)

1950 Continental 78 Tocantins/Madrigal

(Vero e seu ritmo)

1949 Continental 78 Barqueiro do São Francisco/Um cantinho e você
1949 Continental 78 Bate papo/Caminho da saudade
1949 Continental 78 Isso é Brasil/Carinhoso
1949 Continental 78 Sempre esperei por você/Remexendo

(Com o Quarteto Continental)

1949 Continental 78 Tico-tico no fubá/Fim de tarde

(Com o Quarteto Continental)

1948 Continental 78 A saudade mata a gente/Copacabana-Fim de semana em Paquetá
Obras
A noite inteira esperei (c/ Silva Costa)
Abolição
Amargura (c/ Alberto Ribeiro)
Amigo Pedro
Amoroso
Através da vidraça (c/ Edson Colaço Veras)
Baile na fogueira (c/ Chiquinho do Acordeom)
Baile no galpão
Baião
Bate-papo
Berenice
Bolacha queimada
Cabuloso
Camboriú (c/ Alberto Paz)
Caminho da saudade
Cantiga (c/ Sangirardi Jr.)
Caçador de borboletas
Cheio de malícia
Choro
Conversa fiada
Conversa mole
De amor em amor (c/ Silva Costa)
De mansinho
Dengoso
Dobrado Vinte e Sete de Fevereiro (c/ Chiquinho do Acordeom)
Duas da manhã
Entardecer
Escrevendo para você
Espritado
Esquina da saudade (c/ Alberto Ribeiro e Chiquinho do Acordeom)
Estilo de vida
Estranho (c/ Luís Bittencourt)
Estrela (c/ Chiquinho do Acordeom)
Fim de tarde
Foi um sonho (c/ Edson Colares Veras)
Fuxico
Fábula em Copacabana (c/ Roberto Martins)
Hora de amar (c/ Alberto Ribeiro)
Invocação a Xangô
Marcha
Mazurca sentimental
Mestre Filó
Meu amigo Pixinga
Mulata Risoleta (c/ Alberto Ribeiro)
Na gafieira (c/ Dunga)
Nosso amor, minha saudade (c/ Luís Bittencourt)
O mal que eu fiz (c/ Luís Bittencourt)
O ontem, amanhã (c/ Domício Augusto)
O porco camisola (c/ Silva Costa)
Obra completa popular
Olha bem pra mim (c/ Alberto Ribeiro)
Papo-de-anjo
Pau no burro (c/ João de Barro)
Polquinha gaúcha (c/ Chiquinho do Acordeom)
Pra que me iludir (c/ Norival Reis)
Praiana (c/ Alberto Ribeiro)
Primavera de amor
Puxa-puxa
Pé ante pé
Pé-de-moleque
Quadrilhas dos coqueiros
Recordando
Relembrando o passado
Remexendo
Salamaleque (c/ Dunga)
Samba-canção
Saudade, vai dizer a ela (c/ Alberto Ribeiro)
Saudosa
Saudoso
Segura a saia Iaiá (c/ Alberto Ribeiro)
Serenata do Joá
Sertão moderno (c/ Capitão Furtado)
Sinimbu (c/ Chiquinho do Acordeom)
Súplica de amor (c/ Luís Bittencourt)
Toada
Toada (c/ Alberto Ribeiro)
Tristinho
Tá no ré
Um baile em Santa Cruz (c/ Chiquinho do Acordeom)
Urbano
Vai-da-valsa (c/ Luís Bittencourt)
Vibrações d'alma
Vida de caboclo (c/ Roberto Roberti e Marques Jr.)
Volta (c/ Luís Bittencourt)
Vou andar por aí
Zanzando em Copacabana
Zeli
Zeli
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. MPB – A História de um século. Rio de Janeiro: Funarte, 1998.

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

BARBOSA, Valdinha e DEVOS, Anne Marie. Radamés Gnattali – O eterno experimentador. Rio de Janeiro: Funarte, 1985.

CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da música Popular. Rio de Janeiro: Edição do autor, 1965.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume1. São Paulo: Editora: 34, 1999.

VASCONCELOS, Ari. Panorama da música popular brasileira – volume 2. Rio de Janeiro: Martins, 1965.