5.001
Nome Artístico
Preto Rico
Nome verdadeiro
José Henrique dos Santos
Data de nascimento
1923
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor.

Carioca nascido em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro. Transferiu-se para o Morro da Mangueira na década de 1950 e depois morou em Brás de Pina.

Antes de entrar para a Ala de Compositores da Mangueira, foi compositor da agremiação afilhada da Mangueira “Filhos do Deserto”, depois Escola de Samba Lins Imperial.

No início da década de 1950, quando residia no bairro Estácio de Sá, começou a compor, sendo uma das primeiras composições o samba “O crime da enfermeira”, muito cantado na Escola Filhos do Deserto.

Trabalhou como operário em fábricas de cerâmica e vidro.

Compôs vários sambas de terreiro e sambas-enredos.

Em 1957 seu samba “A velha baiana” foi classificado na Mangueira como um dos cinco melhores sambas naquele ano. No seguinte também compôs para a mesma escola o samba “Fim de semana em Mangueira”.

Integrou o grupo musical Velha-Guarda da Mangueira.

Dados artísticos

Em 1959, ingressou na Ala de Compositores da Mangueira.

Na década de 1960, com o fechamento da fábrica de vidro em que trabalhava, passou a fazer apresentações no Zicartola e na gafieira Estudantina, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro. Apresentou-se também nos clubes Cordão do Bola Preta e Renascença, além de shows coletivos no Teatro Casa Grande, dividindo o palco com Nélson Cavaquinho, Padeirinho e Cartola.

No ano de 1973, a Mangueira foi campeã com “Lendas do Abaeté”, samba-enredo de sua autoria em parceria com Jajá e Manoel.

Em 1979 foi bi-campeão com o samba-enredo “Mangueira em tempos de folclore”.

No ano de 1978, ao lado de Aniceto do Império, Baiano do Cabral, Nelson Cebola, Arielson da Bahia, Luiz Grande e Dedé da Portela, participou do LP “Os bambas do partido alto”, no qual interpretou de sua autoria “Zebra no lar”, em parceria com Moacyr da Silva.

No ano 2000, o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro produziu o CD duplo “Mangueira – sambas de terreiro e outros sambas” em homenagem aos compositores da Mangueira, disco no qual participou cantando uma de suas composições, “Baile das flores”. Esta composição havia sido gravada amadoristicamente, em casa, por Hermínio Bello de Carvalho na década de 1960, constando nesta gravação o violão de Cartola e ao fundo, a voz de Carlos Cachaça. A música foi reproduzida, integralmente, no disco produzido pela prefeitura.

Em julho de 2002, foi uma das personalidade que testemunhou o ato de fundação do Instituto Cartola, inaugurado pelo Ministro da Cultura ao lado da quadra da Mangueira, no antigo prédio do IBGE.

Teve alguns de seus sambas-enredos gravados na coletânea “História das escolas de samba”, da gravadora Marcus Pereira. No ano de 2006 participou do disco “Memória em verde-e-rosa”, de Tantinho da Mangueira, no qual interpretou em dueto com o anfitrião a faixa “Mulher comprometida”, de sua autoria.

Discografias
2006 Selo Natura Musical CD Tantinho, memória em verde e rosa

(participação)

2000 Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro CD Mangueira - sambas de terreiro e outros sambas

(vários)

1978 Soma/Sigla LP Os bambas do partido alto

(vários)

Obras
Baile das flores
Lendas do Abaeté (c/ Jajá e Manoel)
Mangueira em tempos de folclore
Mulher comprometida
Zebra no lar (c/ Moacyr da Silva)
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

ARAÚJO, Hiram. Carnaval – Seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.

BARBOSA, Marília, OLIVEIRA, Arthur L. de e CACHAÇA, Carlos. Fala Mangueira. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 1980.